Capítulo 3 - Mansão Malfoy.

Sem duvida nenhuma aquilo não era o que ela estava esperando da Mansão Malfoy.

Na sua cabeça imaginava um grande e sombrio castelo imperial. Talvez imaginasse a Mansão Malfoy feita de pedra, igual como imaginava feito o coração dos donos.

Talvez pudesse ser alguma coisa mais sombria. Parecida a uma daquelas casas de terror.

Imaginava também muito preto e cinza, mas nunca imaginou se deparar com o que estava a sua frente.

De longe conseguia avistar a linda e bonita mansão. Tirou a cabeça para fora da carruagem querendo divisá-la melhor. Os dois Malfoy que continuavam dentro riram com gosto da cara de idiota que Gina sustentava.

Nada do que tinha imaginado. Somente era uma mansão. Uma mansão normal, bonita e luxuosa, mas normal. Com grandes sacadas e portas em mogno. Mas nada fora do comum.

A carruagem parou. Malfoy desceu acompanhado de sua prima. Depois vinha Gina quer tinha que se conter para não dar pulinhos de felicidade. Nunca antes estivera numa mansão.

Os elfos-domésticos abriram a grande porta de entrada. Os dois Malfoy passaram solenemente, enquanto Gina não conseguia fechar a boca para o que via.

Estavam num grande salão. No final do mesmo existiam duas grandes escadarias que levavam ate o segundo andar.

Pareceu-lhe a Gina que a Sra. Malfoy tinha um extremo bom gosto. Todas as paredes de coradas com cores claras para dar ao ambiente mais luz.

Simplesmente aquela mansão parecia acolhedora.

Deveria de ter suspeitado que mesmo sendo corações de pedra e sinistros, os Malfoy eram ricos e snobs. Por que então os desgraçados não teriam uma casa bonita? "Gina onda você estava com a cabeça quando pensou besteiras sobre a casa deles?".

Um dos elfos chegou perto dele lhe tirando a mala das mãos o que a fez sair dos seus devaneios sobre mansões.

- O que Moony faz com mala Sr. Draco Malfoy? - perguntou o elfo tremendo. Draco instantaneamente olhou para Yuri.

- Jogue no lixo! - disse sem remorso nenhum. No mesmo instante Gina arregalou os olhos e começou a gritar para o elfo não fazer isso com as coisas dela. Afinal eram as únicas coisas que tinha.

- Nem pensar! São as únicas coisas que eu tenho Malfoy! Se você é podre de rico e tem essa mansão mirabolante é problema seu! Eu já não tenho a mesma sorte! - e caminhou decidida ate o elfo e começou a puxar a mala de um lado - Me de essa mala Moony! - Malfoy fez um gesto com a mão e o elfo parou de puxar. No mesmo instante Gina voou para trás junto com a mala.

- Seu...seu...seu...*****! - gritou Gina esfregando o bumbum que doía.

Enquanto isso Sayuri se segurava para não rir e Malfoy não mudava a expressão controlada do rosto.

Ele caminhou ate ela e lhe estendeu uma mão. Gina não pensou duas vezes antes de revidar.

Pegou a primeira coisa que viu pela frente - no caso a sua mala - e dirigiu-a com força ate a cabeça do loiro. O golpe fez um sonoro "Ploft" retumbar no salão. A mala voou a uns dois metros deles e Malfoy caiu.

Por um breve momento ela chegou a pensar que Malfoy estava desmaiado e pela cara de Sayuri ela também pensava o mesmo.

Mas foram breves momentos até ele levantar a cabeça do seu peito. Ele olhou maliciosamente dos seus peitos ate os seus olhos e lhe deu um sorriso debochado.

Gina sentiu toda a sua preocupação ir embora e não duvidou em dar um tapa na cara dele, que saiu de cima dela e ficou sentado no chão. Gina olhou uma última vez para os dois, lhes deu as costas e saiu em disparada daquele lugar, mesmo que não soubesse nem para onde se dirigir.

Antes de conseguir sair do salão ela escutou a voz irritante de Malfoy lhe gritando.

- Bom lugar para se cair Weasley! Você tem um bom potencial!

*** ***

- Bom potencial? - perguntou a sua prima enciumada.

- É, parece que ela herdou isso da sua mãe balofa - respondeu ainda do chão.

- Você não muda, não Draco?

- Claro que não, mas essa Weasley vai ser difícil!

- Pode ser, mas eu não quero que por uma diversão qualquer você esqueça da sua parte do trato - continuou ela seria. Draco levantou de um pulo só.

- Claro que não Yuri. Você acha que eu esqueceria de você? - disse se aproximando perigosamente dela.

Mesmo a sua prima tendo 18 anos e quase um 1,90m, ele continuava sendo maior. Sempre elegante e sexy conseguia dela tudo o que queria e desejava, mas mesmo assim Yuri continuava sendo uma Malfoy e não deixava que lhe passassem a perna.

Era uma sorte ela ter gostado da brincadeirinha deles em Roma. E era uma sorte maior ainda, ela estar sempre querendo mais.

Claro que não esqueceria dela, ainda mais quando estava com vontades extravagantes.

Mesmo sendo a sua prima Draco não tinha remorso no que fazia. E não evadiria as possibilidades de usar Sayuri para os seus assuntos particulares.

No momento o seu assunto era a tal Weasley e Yuri tinha que ajuda-lo a transforma-la. Mesmo a transformação parecendo impossível devido a todos os grande defeitos que Gina possuía.

Depois da suposta ajuda da sua prima ele entraria com a sua parte do trato. O que não seria nada difícil de cumprir. Afinal, Sayuri era linda, sangue-pura, era uma Malfoy, era inteligente e sobre todas as suas outras qualidades ela tinha sido a primeira. E disso Draco Malfoy não esquecia.

Tinha por ela uma simpatia especial. Essa simpatia ele só dedicava a ela e aos seus pais. Os outros, se não servissem para os seus planos poderiam morrer que ele não estaria nem ai.

E sabia que Sayuri lhe dedicava a mesma simpatia. Isso lhe esquentava de certa forma o coração. Amor? Não, era só simpatia mesmo. A simpatia que dedicaria a uma irmã, mesmo que esta dormisse com ele, mas isso não deveria ser levado em conta. Aquilo era só diversão.

Esperava muito que a pequena Weasley - que de pequena não tinha nada - se espelhasse na sua prima para se tornar uma mulher. E talvez assim conseguisse desbancar de alguma forma o podre do Potter.

O difícil seria ensinar a menina a ser mulher. Levaria seus dois meses de férias trancafiado numa mansão tentando explicar a menina como beijar. E com certeza os seus planos não iriam ate simples beijinhos.

Ele queria que Gina chegasse em Hogwarts seduzindo e pisando. Aquilo ate lhe faria bem ao seu ego. E se tinha uma coisa que Draco Malfoy admitia na sua personalidade era a sua teimosia. Iria conseguir nem que isso lhe levasse toda uma vida.

- Eu sei que você não esqueceria de mim Draco - murmurou ela no seu ouvido. As suas bocas muito próximas - mas tenho certeza de que esta última diversão que você encontrou vai lhe render um trabalho enorme. Espero que você este inteiro para quando vier cumprir a sua promessa - Draco segurou fortemente Yuri pela nuca.

- Não se preocupe, eu vou estar! - e a largou no mesmo instante lhe dando as costas e saindo do salão a procura da menina.

Quase saindo pela porta que levava a sala de jantar escutou um suspiro cansado de Yuri e sorriu internamente.

Este seria um verão muito longo.