Capítulo 6 - Uma manha de mãos, dedos e banhos frios.

Caminhava atordoada pelos corredores da mansão.

O que dera nela? O que tinha feito?

Por Merlin! Nunca imaginou o seu primeiro beijo de uma forma tão depravada. Sempre imaginou muitas flores e passarinhos e um beijo com intensidade, mas não tanta, sem contar que o beijo tinha que ser com Harry, não com um maníaco pervertido!

Além do mais aquilo não tinha sido um simples beijo. Aquilo tinha sido em todo o sentido da palavra um desentupidor de pia. E ainda tinha toda à parte do tira-tira.

Bem, tinha que admitir que aquele calor que produziam os dois corpos juntos era verdadeiramente bom. E depois veio o língua dele, não poderia esquecer dela e da sensação que produziam no seu corpo.

Ele em dez minutos a fez descobrir mais sensações do que em todos esses quatro anos de paixão por Harry.

Tinha perdido a cabeça e aquilo a assustava.

Só agora sentia vergonha da cena de alguns momentos atrás. Se não fosse porque respirava ela poderia ter servido muito bem de boneca inflável para Malfoy.

Além disso, ela sentia uma vergonha retardada pelas mãos e beijos dele. Uma vergonha do seu próprio corpo. Uma vergonha que não deixou transparecer pelo susto da hora.

Ela sentia pudor pelos seus atos ou pela falta deles. Pensava que se tivesse sido só um beijo, mas não, como sempre ele não se conformava com pouco.

Não sentia raiva dele. Mas bem dizer, não sentia nada com respeito a Malfoy. Aquilo parecia instintivo do garoto. Não era culpa dele e sim dela que não soube controlar a situação.

Se tivesse acontecido alguma besteira o que ela iria dizer para a sua mãe? O que diria para sua família? O que diria para Harry?

- Já deixe de pensar besteiras menina! Não aconteceu nada! – uma lagrima sem explicação rolou pelo seu rosto.

Estava perto do seu quarto assim que se dirigiu até lá. Entrou e chaveou a porta. Deitou-se na cama e sem nem notar começou a passar suas mãos delicadamente pelo seu pescoço descendo ate os seios e acariciando-los por cima do tecido.

Para esse então seus olhos já estavam fechados e as suas mãos desciam cada vez mais. Já estava imaginando coisas. Já estava imaginando que era ele quem lhe tocava daquela maneira tão provocativa. Já estava imaginando aquele cabelo loiro grudado na sua frente pelo suor e aquela língua percorrendo o seu corpo lhe causando arrepios. Já estava imaginando demais!

Abriu os olhos surpresa. O que a sua mão fazia por debaixo da calcinha?! Ate que era bom. Aquela sensação de novo.

De todas formas aquilo não estava errado. Estava? Ela estava sozinha Não sabia muito sobre o assunto e se sentia curiosa sobre ele.

Sua mãe nunca fora muito aberta a falar sobre isso. Sabia algumas coisas por escutar seus irmãos às escondidas. Certamente seu pai falava com ele, mas ela era a garotinha da casa. Coisas dessas nunca aconteceriam com ela na cabeça dos seus pais e irmãos.

Tentou esquecer dos outros e se concentrar no que estava fazendo agora. Fechou os olhos e desta vez um moreno de olhos muito verdes se achava sobre ela. Com um movimento de dedinho começou a sua árdua tarefa novamente.

*** ***

Uma porta aberta e um Malfoy atordoado.

- Weasley?!

Um Malfoy atordoado.

- Esta bem Weasley, pode voltar aqui... – *grilos* - ...AGORA!!! - *grilos* - M****!

Draco olha para o vulto formado no meio das pernas na esperança de que ele desapareça. Não é isso o que acontece.

- Que droga! – berra – Sayuri!!! – berra ainda mais alto. Nenhuma resposta.

Joga-se para trás na cama e se pergunta se esse tipo de coisas só acontecem com ele.

Como uma "Weasley" tinha coragem de deixa-lo naquele estado e depois correr dele? Ela era maluca? Nem nos sonhos mais doidos a Weasley conseguiria ir para a cama com ele e agora que isso se tornava realidade ela fugia?

Aquela...um bicho do mato. Só podia ser. Feia, neurótica, gorda, histérica, rude, grosseira e mesmo assim era a única que o rejeitara ate agora.

Mesmo assim tinha que admitir que aquela Weasley era bem dotada. Que peito Merlin! Claro que sempre preferira as magrinhas, mas elas quase sempre tinham seios pequenos e a Weasley o surpreendeu.

E aquela pele. Que pele! Aquilo seria dote só dos sangue-pura como eles? Pele lisa e pálida como a porcelana mais fina. Só um defeito. Aquelas sardas que eram igual a sujeira na linda pele de porcelana dela. Talvez essa pele fosse o único atrativo da menina.

Mas no que estava pensando?! Os peitos grandes se baseavam no fato de que era robusta e gorda e a pele de porcelana em que não tomava sol!

Levantou um pouco a cabeça do colchão e olhou para suas partes baixas. Aquilo já estava latejando. Sem pensar duas vezes desceu a mão esquerda em busca do fecho da calça, mas parou e pensou. Malfoys não faziam esse tipo de coisa! Eles tinham mulheres aos montes!

Ele simplesmente não podia se rebaixar a isso. Não podia voltar aos seus doze anos. Sem chances.

E a cada pensamento negativo seu corpo reagia implorando. Talvez outro banho frio não fosse tão má idéia. Assim poderia pensar melhor nas atitudes que vinha tomando e nas que tomaria.