Olá, aí esta a continuação de Mortes no campus. O que posso disser... espero que gostem. O título foi inspirado num velho ditado, mas verdadeiro, é incrível como fofoca corre rápido e tem gente que ainda vive de cuidar da vida dos outros.
Capítulo 03: A mentira tem perna curta, mas corre rápido.
Na manhã seguinte não poderia ser pior para Sakura, os boatos sobre a noite passada tinham aumentado, até inventavam coisas absurdas. Mas entre eles estava o pior para Sakura, as suposições sobre o que ela e Li estavam fazendo quatro da madrugada fora de seus quartos eram cada vez mais constrangedoras para ela.
Naquela manhã as aulas tinham sido suspensas, havia milhares de policiais vasculhando o enorme lago a fim de achar o corpo de assassino.
Sakura e seus amigos estavam conversando embaixo de uma das árvores do pátio do campus.
Kimura (depois que Sakura já tinha contado a história sem alguns detalhes sobre magia e monstros): 'Nossa que aventura.'
Tomoyo: 'Aventura? Ela podia ter morrido.'
Kimura: 'Mas não morreu, está vivinha e ainda foi salva por aquele deus grego da KΩε.' (isso eu tenho que concordar com ela, ser salva pelo Li não deve ser nada mau)
Takeshi: 'Makoto não quer nem ouvir falar de você.' (só se ele assumisse sua posição de corno do ano)
Sakura (revoltada): 'Eu só estava passeando com o Syaoran...'
Takeshi: 'Não é isso que ando dizendo por aí.'
Tomoyo (um pouco irritada): 'E o quê andam dizendo?'
Takeshi: 'Que um nerde da KΩε pegou a namorada de um dos jogadores da nossa irmandade.'
Kimura: 'Isso é puro preconceito, vai fundo Kinomoto. Ele até pode ser da KΩε, mas é lindo...' (é isso aí! Esta Kimura é das minhas)
Naoko: 'Makoto é nosso amigo, Kimura.'
Kimura: 'E daí? É uma questão de escolha. Quem pode, pode.'
Tomoyo: 'Como você é maldosa.'
Kimura: 'Eu faria a mesma coisa.'
Naoko: 'Com certeza, você nem pensaria se o Makoto resolvesse ficar com você.'
Kimura (levantando o tom de voz): 'O que você tá dizendo?'
Naoko: 'Que você é caidinha pelo Makoto!'
Kimura (mal se controlando): 'E você que é louca pelo Li e tá morrendo de inveja da Kinomoto.'
Naoko: 'Você tá é maluca.'
Kimura: 'Não fui eu que disse que gostava dele desde os tempos de colégio.'
Tomoyo: 'Você gostava do Li no colégio, Naoko?'
Naoko (se levantando): 'Não leva a sério o que esta garota disse. Tchau para vocês.'
Naoko saiu como um furacão deixando Sakura e os outros meio abobalhados. Um grupo de cinco meninas da Kαβ se aproxima do grupo de amigos.
Voz: 'Podemos conversar com você Kinomoto?'
Sakura olha assustada para as meninas.
Sakura (sorrindo sem graça): 'Claro.'
Menina1: 'Bem é que nos queríamos saber... se...bem...'
Menina 2: 'Se você o Li só estão ficando ou se é sério?'
Sakura (não acreditando naquela pergunta): 'O quêêêê???'
Menina2: 'É que se vocês estão só ficando, quer disser que não está comprometida com ele, até porque você era comprometida com o Makoto...'
Sakura (já se irritando): 'Não aconteceu nada do que...'
Menina1: 'Oras, Kinomoto. Não se faça de santa que isso você não é. Tudo mundo sabe o que você e o Li andam fazendo de madrugada...'
Menina3: 'Só estamos perguntando se ele já lhe propôs alguma coisa.'
Tomoyo (que ouvira tudo): 'E porque vocês querem saber isso?'
As meninas riram baixinho de novo, irritando cada vez mais Sakura.
Menina 4: 'Quem sabe se o Li não se interesse por outra menina. Ele é agora o cara mais popular da faculdade.'
Menina 2: 'Andam dizendo aí que ele é um guerreiro chinês e que acabou com a raça do maluco que andou matando no campus.'
Sakura (irritadíssima): 'Não me diga. Ele é o garoto mais popular da faculdade agora, deixou de ser nerde rapidinho.'
Menina 5: 'Andamos verificando e descobrimos que ele pertence a uma das famílias mais importante...'
Menina 3: 'E ricas...' (que interesseira!)
Menina 5: 'Isso, de Hong-Kong.'
Sakura: 'Não me diga, e você descobriram isso tudo em uma manhã?'
Menina 1: 'Bem na verdade já sabíamos disso.'
Sakura: 'Verdade? Quando?'
Menina 3: 'Depois que vimos ele jogar futebol ontem.'
Menina 2: 'Ele estava tão bonito sem camisa.'
Kimura: 'Como vocês são tolas, vocês acham mesmo que o Li trocaria a Kinomoto por uma de vocês. Não tem espelho, não.'
Menina 5 (enfurecida): 'Até parece que um cara importante como o Li teria alguma coisa séria com uma garota fácil como a Kinomoto.'
Sakura: 'Fácil são vocês. Suas interesseiras. Eu já disse, eu e Li somos amigos!'
Menina 1: 'Amiiiiiigos? Claro...'
Menina 3 (para suas companheiras): 'É claro que o Li só está se divertindo com ela, uma família importante como a dele não irá permitir um namoro assim.'
Aquela tinha sido demais, Sakura teve vontade de usar magia naquela garota, mas fez o que estava ao seu alcance voou até ela e deu um tapa muito bem dado na cara dela. A confusão foi armada. As meninas tentavam segurar a amiga que revidou em Sakura o tapa que por sua vez estava sendo segurada pelos seus amigos (isso vai acabar no programa do Ratinho!). Conclusão de tudo: um dos seguranças levou as duas para a reitoria, onde levaram um esporo do reitor e uma observação na ficha por indisciplina e tumulto no campus. Só não foram suspensas porque a faculdade estava com problemas demais para resolver.
Sakura saiu da reitoria e foi direto para a aula de anatomia. Pensou que mais nada tinha como dar errado, depois de tudo que aconteceu ainda tinha que enfrentar uma aula com aquele cara insuportável, provavelmente comentaria sobre o que aconteceu na faculdade, ainda mais agora que estava com a cara marcada. "Podiam ter suspendido as aulas da tarde também", pensou enquanto caminhava em direção ao prédio.
Li não havia lhe procurado aquele dia, pensou que não tivesse com tempo, tinha que se gabar com seus colegas pelo feito heróico (Desculpem-me rapazes mas que todo homem age assim, age). Mesmo que dissesse para si mesma que não se importava com os comentários maliciosos sobre eles, era insuportável ver que todos cochichavam enquanto ela passava pelos corredores. Só teve paz quando se enfurnou no quarto com Kero para estudar, não foi nem mesmo ao treino de vôlei daquela tarde.
Tomoyo chegou a noitinha do ensaio do coral. Viu Sakura debaixo das cobertas tentando inutilmente ler um livro que Yukito havia lhe mandado a um tempão.
Tomoyo: 'Está bem Sakura?'
Sakura não respondeu, apenas fez que sim com a cabeça.
Kero (voando até Tomoyo): 'Está na primeira página por duas horas. Como lê devagar.'
Tomoyo: 'Ela não está lendo Kero, está pensando em alguma coisa.'
Kero: 'E precisa ficar com o livro aberto na cara.'
Tomoyo: 'É que às vezes tentamos fazer alguma coisa, mas nossos pensamentos são tão fortes que não conseguimos nos concentrar em nada.'
Kero: 'Garotas, são umas tolas mesmo.'
Tomoyo sorriu para Kero e olhou para Sakura que continuava enfiada com a cara no livro. Foi ao banheiro tomar um banho e trocar de roupa.
No dia seguinte Sakura foi acordada pelo telefone tocando.
Sakura (com voz de sono): 'Alô.'
Voz (enfurecida): 'O que você estava fazendo com aquele moleque na rua de madrugada?' (adivinhem quem é?)
Sakura (sem graça): 'Oi Touya.'
Touya: 'Ainda não me respondeu, Monstrenga. O que este moleque está fazendo aí?'
Sakura: 'Eu já disse que não sou monstrenga.'
Touya: 'Não muda de assunto, está na primeira página do jornal 'Casal de namorados enfrenta assassino serial na faculdade de Tomoeda".
Sakura: 'Bem é que eu e o Syaoran estávamos justamente investigando isso quando ele apareceu...'
Touya: 'Como é que você me sai com aquele moleque de madruga, eu tô indo para ai dar uma surra nele...'
Sakura ouviu que alguém tirava o telefone da mão de Touya o que deixou o rapaz protestando.
Voz: 'Como está Sakura?'
Sakura (sorrindo): 'Estou bem, Yukito.'
Yukito: 'Que bom. Ficamos muito preocupados quando lemos a manchete do jornal de hoje. Tem alguém querendo muito falar com você.'
Sakura: 'Hã?'
Voz (muito mais grave): 'Fico feliz que esteja tudo bem com você.'
Sakura (reconhecendo): 'Não precisa mais se preocupar Ywe.'
Ywe: 'Acha melhor eu ir para ai?'
Sakura: 'Não se preocupe o Kero está aqui comigo.'
Ywe: 'Eu li a respeito, não é algo humano.'
Sakura: 'Achamos que seja algum monstro de algum mundo paralelo.'
Ywe: 'Sim, provavelmente. Diga ao descendente de Clow ficar com os olhos bem abertos. Um monstro que atravessou uma barreira como aquela deve ser muito forte.'
Sakura (triste): 'Vou tentar falar com ele.'
Ywe: 'Tente falar sobre isso com o Clow, talvez ele possa lhe ajudar com alguma informação.'
Sakura: 'Vou tentar ligar para Eriol esta noite.'
Ywe: 'Faça isso e cuide-se.'
Sakura: 'Peça a Yukito tentar controlar meu irmão.'
Ywe (observando o irmão da menina arrancando os cabelos na sala): 'Vou tentar.'
Sakura: 'Obrigada, Ywe. Tchauzinho...'
Sakura desligou o telefone.
Tomoyo (que acabava de acordar): 'Quem era?'
Sakura (se levantando): 'Era o Touya e o Yukito...Ah e o Ywe também.'
Tomoyo: 'Deviam estar preocupados com você.'
Sakura: 'Saiu sobre a faculdade no jornal desta manhã.'
Tomoyo (pegando o telefone do gancho): 'Acho melhor ligar para minha mãe avisando que está tudo bem.'
Passaram-se quase uma semana, os policiais já tinham desistido de vasculhar o lago e acreditaram que por algum motivo o corpo se decompôs ou coisa parecida (ai que desculpa esfarrapada! E olha que são policiais japoneses, imagina se fossem os cariocas, nem se davam ao trabalho de vasculhar alguma coisa). Sakura tentou falar com Eriol, mas não conseguiu Nakuru disse que ele estava em viagem para resolver uns problemas. Li não havia procurado Sakura por esses dias, o que deixou a menina muito mais depressiva. Sabia que não existia nada entre ela e o amigo, mas a faculdade inteira fofocava que ele tinha dado um fora nela ou coisa parecida (cara com existe gente fofoqueira neste mundo. É assim mesmo que acontece). Hoje era o jogo de futebol tão temido por Makoto e Takeshi, KΩε X Kαβ. Os rapazes estavam nervosos desde a noite anterior. Makoto não falava mais com Sakura e pelo que ela soube até foi tirar satisfações com Li, mas não conseguiu dar a tal surra que queria.
O estágio estava lotado, Sakura era uma das animadoras de torcida, mas de animada não tinha nada. Os times entraram em campo. O Kαβ entrou primeiro depois o KΩε, Li foi o último jogador a entrar em campo. Sakura viu que ele parecia estar indiferente àquela algazarra e parecia muito preocupado, talvez como ela sabia que o monstro não estava morto coisa nenhuma e que logo, logo outra vitima apareceria, era só o tempo do monstro se recuperar.
Ele olhou para ela e tentou sorrir, fez menção em ir falar com Sakura, mas um dos seus colegas o segurou pelo braço e os dois se posicionaram para começar o jogo.
O jogo estava muito equilibrado, quando um time fazia um gol o outro logo depois empatava o placar. A torcida ia ao delírio com cada lance. Quando Li fazia um gol ou um lance certo as meninas iam a loucura (Lindo! tesão! Bonito e gostosão!!!). Sakura pensou que realmente ele estava muito popular entre elas e teve uma pontada de ciúmes. O jogo terminou com vitória da KΩε (claro né, vocês achavam que o time adversário do Li ganharia no meu fanfic?) por um gol apenas (também não vou exagerar, coitado do Makoto, é o corno mais popular da faculdade e ainda tomar uma goleada do time de nerdes é caso de suicídio, não sou tão má assim). Houve um tumulto geral, mas uma vez Sakura não pode nem chegar perto de Li que estava rodeado pelos seus companheiros de jogo e colegas.
A tarde no salão principal da irmandade Kαβ, os rapazes discutiam sobre a derrota do jogo, um jogando a culpa no outro (típica reação masculina). Sakura, Tomoyo e Kimura resolveram sair para dar uma volta pelo campus, assim podiam se distrair e sair daquele ambiente pesado. Encontraram com aquele mesmo grupo de meninas com que Sakura havia se desentendido outro dia. Sakura já estava preparada para uma nova onde de deboches.
Menina 3: 'Como vai o rosto, Kinomoto?'
Sakura: 'Vai bem e o seu, Yuma?'
Yuma: 'Nada como uma maquiagem para esconder uma marca, mas vejo que você nem tentou esconder a sua, ou não tem dinheiro para comprar uma base?'
Menina 5: 'Yuma, se esqueceu que a Kinomoto é uma pobre órfã.'
Sakura: 'Já chega.'
Voz: 'Sakura!'
Todos olharam para o lado onde tinham ouvido a voz chamando por Sakura. Li estava caminhando em direção ao grupo, as meninas tentaram ajeitar o cabelo e dar sorrisinhos. Tomoyo e Kimura olharam o rapaz se aproximar devagar do grupo.
Syaoran (depois de cumprimentar Tomoyo e Kimura): 'Preciso falar com você Sakura. Pode vir comigo?'
Tomoyo: 'Vai Sakura.'
Kimura: 'Isso mesmo, coitado do rapaz está atrás de você o tempo todo.'
Li ia falar alguma coisa, mas Tomoyo não deixou.
Tomoyo (olhando pra Li): 'Conversamos com a Sakura e ela disse que te perdoa por tudo.'
Syaoran (sem entender): 'Perdoar?'
Sakura (se deliciando ao ver a cara das meninas): 'Isso mesmo. Bem agora vamos, não quero que um monte de fofoqueiras fique ouvindo o que temos a conversar.'
Sakura puxou Li pelo braço ainda meio atordoado. Mas antes deu uma careta para Yuma que ficou vermelha de raiva.
Sakura (depois que se afastaram do grupo): 'O que quer falar comigo?'
Syaoran: 'Que história é essa de que você me perdoou?'
Sakura: 'Não é nada. Porque resolveu me procurar agora. Estava muito ocupado se gabando para faculdade inteira?'
Syaoran: 'Porque está falando assim comigo?'
Sakura: 'Ah por nada, só porque a faculdade inteira anda falando de mim.'
Syaoran: 'Falando o quê?'
Sakura: 'Sobre o que nos estaríamos fazendo na rua as quatro da manhã.'
Syaoran: 'Você não levou a sério o que eu falei para o delegado, levou?'
Sakura: 'Claro que levei Syaoran! Como você pode pensar que eu não levaria?'
Syaoran: 'E você queria que eu falasse o quê para ele, que estávamos invadindo a reitoria para investigar as vítimas de um demônio que anda se alimento de carne humana?'
Sakura: 'Não, mas também não precisava disser que tínhamos alguma coisa se não temos nada um com o outro.'
Syaoran (olhando para o grupo de meninas que continuava olhando para eles curiosas): 'Já entendi.'
Sakura: 'Sabe como os boatos correm rápidos pela faculdade.'
Syaoran: 'Entendo, os garotos acham que você é uma garota fácil.'
Sakura: 'Alem de ter traído Makoto.'
Syaoran: 'Eu tentei conversar com ele, mas não quis me ouvir.'
Sakura: 'Eu imaginei isso, ele nem quis me ouvir também.'
Syaoran (depois de um longo suspiro): 'OK, vamos terminar com isso.'
Sakura: 'Terminar como?'
Syaoran: 'Vamos contar toda a verdade para ele?'
Sakura (olhando para ele abobalhada): 'O quêêê?'
Syaoran: 'Só vejo esta saída para ele entender as coisas.'
Sakura (indecisa): 'Bem, eu não sei direito. Ele não vai acreditar.'
Syaoran: 'Mostramos nossos poderes a ele e pronto, se não acreditar é porque é mais burro e tolo que você.'
Sakura: 'Como é que é?'
Syaoran: 'Vamos logo tenho uma coisa importante para lhe mostrar, depois disso procuramos aquele idiota que você gosta e contamos para ele.'
Sakura: 'Eu não sei não.'
Syaoran: 'Anda logo Sakura, é importante o que tenho a lhe mostrar.'
Sakura (depois de respirar fundo): 'Você tem razão. Esta é a única saída.'
Syaoran: 'Eu sempre tenho razão.'
Sakura (irritada): 'Nunca lhe disseram que você é insuportável.'
Syaoran: 'Algumas vezes. Agora vamos a biblioteca.'
Sakura: 'Posso chamar a Tomoyo?'
Syaoran: 'Tudo bem desde que seja rápido.'
Os Três foram até o velho prédio onde abrigava a enorme biblioteca da faculdade. Era uma das mais completas do Japão. Li seguia na frente acompanhado por Sakura e Tomoyo, que estava excitadíssima. O rapaz entrava cada vez mais para dentro dos corredores com livros até o teto. No final de um dos cantos escondidos ele parou, fazendo com que Sakura batesse nas costas dele.
Sakura: 'Nossa que cheiro de mofo.'
Syaoran: 'Aqui é a parte mais escura da biblioteca, quase não entra luz e como a manutenção não é lá estas coisas.' (isso é porque ele não viu a biblioteca da minha faculdade)
Tomoyo: 'O que viemos procurar aqui?'
Li olhou para um lado e para o outro, como não viu ninguém estendeu a mão e o livro que ele olhava voou da ultima prateleira para mão dele.
Sakura: 'Não sabia que tinha este tipo de poder.'
Syaoran (sorrindo): 'Treinei isso com um velho sensei. Há muitas coisas que não sabe sobre mim.' (nossa isso soou tanto como lugar comum)
Sakura: 'Era isso que queria me mostrar. Pronto já vimos. Você é o máximo. Agora vamos porque este cheiro de mofo está me asfixiando.'
Syaoran: 'Não te trouxe aqui para ver o que fiz, mas o que eu peguei.'
Sakura (olhando para o livro): 'Este livro mofado?'
Syaoran sentou no chão e acendeu um dos seus talismãs para enxergar melhor o que estava no livro. Sakura viu ele folhear o livro. O cheiro de mofo que saia dele era insuportável.
Syaoran (ainda folheando o livro): 'Aquela noite que encontramos o monstro eu liguei para o Hiragizawa assim que cheguei e falei com ele sobre o que descobrimos e enfrentamos.'
Sakura: 'Você conseguiu falar com Eriol?'
Syaoran: 'Eu preciso repetir tudo para você entender as coisas?'
Sakura (sentando na frente de Li): 'Como você é grosso.' (pior que é verdade, barrou o Touya)
Syaoran (não se importando): 'Achei!'
Tomoyo (forçando a vista para ver o que ele tinha achado no livro): 'O que você achou?'
Syaoran (virando o livro para ela ver a figura): 'É isso que estamos enfrentando.'
Sakura viu a figura de uma criatura no mínimo assustadora, seu corpo era bem formado revestido de pelos negros, suas unhas eram compridas o que tornavam facas perfeitas e perigosas. O rosto era meio humano meio lobo o que dava um aspecto de lobisomem super desenvolvido.
Sakura: 'Como é feioso.'
Syaoran: 'Isso é um lobisomem, vai me disser que nunca ouvi falar deles.'
Sakura: 'É claro que sim, também assisto filmes de terror.'
Tomoyo (completando): 'De terror barato.' (isso é verdade, nunca vi um filme legal de lobisomem. Acho que só um melhorzinho.)
Syaoran: 'Bem como eu estava dizendo falei com Hiragizawa e ele contou que estas criaturas são muito antigas, os homens já sabem de sua existência assim como sabem da magia, o problema que para todos o que é desconhecido e inexplicado é temido (Alguém aí vê Arquivo X?). Por isso temos que esconder nossa magia do resto das pessoas. Porem, há pessoas que estudam e registram este tipo de acontecimentos e criaturas...'
Sakura: 'Assim como a Tomoyo que grava tudo.'
Tomoyo (emocionada): 'Nossa, existia pessoas corajosas como eu a milhares de anos atrás. Que honra.' (exagerada a menina...)
Syaoran: 'É, mais ou menos, estas pessoas escrevem livros e pergaminhos. Na maioria das vezes estes livros são esquecidos, são apenas lembrados nas horas que algum idiota resolve fazer um filme, mas no fundo ninguém leva a sério.'
Sakura: 'Sei, então estamos enfrentando um lobisomem.'
Syaoran: 'Que não deixa de ser uma criatura mágica assim como Kerberus e Ywe.'
Tomoyo: 'Mas eles não tirando a vida das pessoas.'
Syaoran: 'Na verdade ele não mata por matar.'
Sakura: 'Tadinho, ele é a vitima agora.'
Syaoran: 'Não estou falando que ele é a vítima, mas ele mata para se alimentar. É como um predador na cadeia alimentar.'
Sakura: 'Mas tenho certeza que ninguém quer fazer parte desta cadeia alimentar.'
Syaoran (já impaciente): 'É claro que não, precisamos saber é como ele conseguiu passar pela barreira que separa o nosso mundo do mundo das trevas.'
Tomoyo: 'Você falou trevas?'
Syaoran (encarando-a): 'Sim, mundo das trevas.'
Li folheou algumas páginas do livro mofado e enorme procurando algo. Depois de um tempo ele mostrou para as duas a figura assustadora.
Sakura (assustada): 'Isso é o mundo das trevas?'
Li concordou com a cabeça sério.
Tomoyo: 'Que horrível.'
Syaoran: 'Não é o lugar mais indicado para passar as férias.'
Sakura: 'Não seja sarcástico. Precisamos encontrar este cachorrinho e perguntar para ele como passou pela barreira.'
Syaoran (fechando o livro, formando uma nuvem de pó): 'Agora ele é um cachorrinho...Não é tão simples. Ele não vai contar se você fizer carinho na barriga dele.'
Li fez o mesmo gesto e o livro voltou para o lugar na prateleira.
Tomoyo: 'Eriol lhe contou tudo isso.'
Syaoran: 'Não na verdade estive a semana toda enfurnado nesta biblioteca procurando informações sobre estas criaturas. Li tudo isso em alguns livros que eu encontrei.'
Sakura: 'Porque não me pediu ajuda?'
Syaoran: 'Você é muito atrapalhada. Iriam expulsar a gente no primeiro dia.' (isso é verdade, já reparou quantas vezes Sakura já caiu no anime)
Tomoyo: 'Bem, nisso eu tenho que concordar. Mas quando quiser ajuda pode me procurar, Li.'
Syaoran (sorrindo para ela): 'Obrigado. Irei precisar muito da sua ajuda.'
Sakura: 'Cansei de vocês. Se é para ficar me criticando porque me contou isso tudo?'
Syaoran (caminhando para a saída): 'Às vezes eu me faço esta mesma pergunta.'
Sakura (mostrando-lhe uma careta): 'Chato.'
Os três saíram do prédio. Finalmente Sakura sentiu o ar fresco, aquele cheiro de mofo estava a sufocando.
Syaoran: 'Ele não demorará a atacar, melhor ficarmos atentos.'
Tomoyo: 'É mesmo.'
Syaoran: 'Boa sorte no jogo de amanhã contra a θBP, Sakura.'
Sakura (sorrindo): 'Obrigada.'
Syaoran: 'Cuidem-se.'
Sakura (vermelha): 'Espera. Você vai assistir ao jogo?'
Syaoran: 'Se não tiver mais nada interessante para fazer.'
Sakura: 'Que bom.'
Syaoran: 'Vê se não faz seu time pagar mico.'
Tomoyo: 'Sakura é nossa melhor jogadora.'
Syaoran: 'Assim espero. Bem agora eu tenho que ir.'
Sakura: 'Espera. Quando iremos contar para Makoto sobre isso?'
Tomoyo: 'Vocês pretendem contar para o Makoto?'
Sakura: 'Não vejo outra saída.'
Syaoran: 'Sua amiga ta caidinha pelo cara, é o melhor que temos a fazer.'
Tomoyo: 'Nunca achei você tão apaixonada pelo Makoto e sim por outra pessoa.'
Syaoran (irritado): 'Ah não, eu não vou ficar espalhando para faculdade inteira sobre o meu poder. Escolhe para quem você quer contar e contaremos para ele hoje à noite. Tchau para vocês.'
Sakura (depois que Li se afastou): 'Tomoyo, o que você quis disser com aquilo?'
Tomoyo: 'Que no fundo não a vi sofrer pela indiferença de Makoto, mas pela de outra pessoa.'
Sakura (olhando para o chão): 'Eu não quero que o Makoto pense mal de mim, eu gosto dele.'
Tomoyo: 'Mas não o ama, não é?'
Sakura: 'Eu pensava que sim, mas agora...'
Tomoyo sorriu para a amiga, sabia que ela estava passando por situações cada vez mais difíceis, seja no campo da Magia ou no sentimental.
Tomoyo: 'Vamos, precisamos contar para Kero o que Li descobriu.'
Sakura: 'Certo.'
À noitinha Syaoran chegou no dormitório de Sakura, de lá eles iriam até o de Makoto contar toda a verdade para o rapaz.
Syaoran (quando pararam a frente da porta dele): 'Tem certeza disso?'
Sakura confirmou com a cabeça e bateu na porta. Makoto surgiu e ficou assustado ao ver os dois a sua frente.
Makoto: 'O que fazem aqui?'
Sakura: 'Viemos contar toda a verdade para você?'
Makoto: 'Ah claro. Mas não precisava ter o trabalho de vir até aqui me contar que anda saindo com este cara.'
Sakura: 'Não é nada disso. Já lhe disse eu e Syaoran não temos nada um com outro. Apenas uma grande amizade.'
Makoto (rindo debochado): 'Não precisa mentir. Você me enganou por muito tempo com este seu jeitinho, mas agora eu vejo que não passa de uma fingida...'
Makoto ira terminar a frase, mas Li emburrou a porta entreaberta, fazendo com que o rapaz pulasse para trás.
Syaoran: 'Isso não é assunto para se tratar no corredor. Entra Sakura.' (eu adoro o Li!)
A menina fez o que ele pediu. Li entrou e trancou a porta. Era nítido que estava contrariado em estar ali.
Syaoran (com voz grave): 'Fica quieto e escuta o que sua namorada tem a lhe disser. Depois vamos ver se você vai continuar com esta arrogância.'
Makoto: 'Quem esta sendo arrogante aqui é você.'
Sakura (tentando acalmar os ânimos dos dois rapazes): 'Viemos aqui para disser a você o que estávamos fazendo naquela noite juntos.'
Makoto: 'E o que seria?'
Sakura: 'Fomos invadir a reitoria.'
Makoto (arregalando os olhos): 'Para que? Não sabia que tinha estas fantasias, Sakura.' (maldoso o menino)
Sakura (vermelha): 'Não é nada disso.'
Makoto: 'E o que mais seria?'
Sakura: 'Eu e Syaoran somos...somos...'
Syaoran (secamente): 'Feiticeiros.'
Makoto deu uma risada de deboche. O que irritou profundamente Li e no fundo, Sakura.
Makoto: 'Claro, feiticeiros...Nunca imaginei que iriam inventar uma coisa destas para...'
Li não pensou, materializou sua espada numa fração de segundo.
Syaoran: 'Dragão d'água, vinde a mim.'
A rajada de água saiu de um dos seus talismãs e atingiu Makoto em cheio (tadinho!). O rapaz olhou assustado para as duas figuras na sua frente, principalmente Li.
Sakura (brava): 'Syaoran, o que você fez?'
Syaoran (com desdém): 'Ele não acreditaria se não visse uma pequena demonstração.'
Sakura (para Makoto que se encolhia no canto do quarto com medo): 'Você está bem?'
Makoto (tremendo como vara verde): 'Vo...vo...você tam..bem...po...po...de fazer isso?'
Sakura (sorrindo docemente): 'Nossas magias são de origem um pouco diferente. Mas possuem a mesma essência.'
Makoto (tentando se controlar): 'Então foi por isso que conseguiram sobreviver ao ataque do assassino?'
Sakura: 'Na verdade isso se deve ao fato de Syaoran ser um ótimo guerreiro chinês.'
Li sorriu com o comentário de Sakura sobre ele.
Makoto (olhando receoso para Li): 'Você sabe quem é o assassino?'
Syaoran: 'É uma criatura das trevas. Um lobisomem.'
Makoto: 'Mas isso existe?'
Sakura: 'Claro, assim como as nossas magias. Não precisa mais ter medo da gente.'
Makoto (levantando-se): 'Então eu namoro uma bruxa.'
Sakura (sorrindo): 'Prefiro a palavra feiticeira. É mais bonitinho.' (eu também acho)
Makoto (olhando de relance para Li): 'E como vocês se conheceram?'
Sakura: 'Isto é uma longa história...'
Syaoran: 'E eu não estou a fim de ficar ouvindo. Já fiz o que lhe prometi Sakura.'
Sakura: 'Obrigada Syaoran.'
Syaoran (fitando Makoto): 'Não preciso lhe avisar para não abrir o bico.'
Makoto: 'Cla...claro.'
Syaoran (virando-se para ir embora): 'Então está tudo certo.'
Sakura observou Li sair do quarto, viu que a expressão dele não era das melhores.
Makoto (depois de Li fechar a porta): 'Acho que ele não gosta muito de mim.'
Sakura: 'Syaoran nunca foi muito sociável.'
Makoto (a abraçando por trás): 'Então a minha namoradinha é uma feiticeira.'
Sakura (sem graça): 'É melhor eu ir indo...'
Makoto: 'Não sabe o quanto eu senti a sua falta.'
Sakura (tentando se soltar): 'Eu também.'
Makoto (parando em frente da jovem): 'Me desculpe por julgá-la mal.'
Sakura: 'Tudo bem.'
Makoto: 'Eu te amo muito.'
O rapaz se inclinou e tocou seus lábios nos de Sakura. Beijando-a com paixão. Sakura, no entanto não conseguia retribuir e Makoto percebeu isso.
Makoto: 'Está chateada comigo? Precisa entender que eu nunca imaginaria isso.' (realmente se eu pego meu namorado com outra e depois ele me vem com uma desculpa dessas eu não ia acreditar mesmo)
Sakura: 'Eu sei. Não se preocupe isso passa. É melhor eu ir indo, tenho aula amanhã cedo.'
Makoto (se afastando dela): 'Eu também tenho uma prova de microbiologia amanhã à tarde. Será que você consegue descobrir o que cai na prova?'
Sakura (sem entender): 'Como?'
Makoto: 'Você não é uma feiticeira?'
Sakura: 'Mas não posso usar os meus poderes para isso. Isso é trapaça.' (até parece que eu não ia fazer isso, mas ela é a heroína e heroína sempre são metidas a certinhas)
Makoto: 'Aposto que o tal de Li faz isso o tempo todo, por isso é um dos melhores alunos.' (eu também apostaria)
Sakura (um pouco irritada): 'Syaoran tem um senso de honra mais forte do que de qualquer um que já conheci, nunca ele faria algo assim.'
Makoto (não gostando da defesa da namorada): 'Eu só estava brincando.'
Sakura: 'Bem, tenho que ir agora. Tchauzinho...'
Makoto iria falar mais alguma coisa porem Sakura já tinha saído e batido a porta.
Continua.
Espero E-mails com comentários e críticas.
kathklein2002@yahoo.com.br
No próximo capítulo: finalmente o confronto final dos nossos heróis contra o Lobisomem. Qualquer semelhança com Buffy é pura coincidência (Rá, rá, rá... até parece).
