Onde Li e Sakura foram parar? Que lugar é este que nem magia eles podem usar? (Ih, rimou!) Como se livraram do chato do Wong e encontrar um caminho de volta para casa? Lute por estas respostas lendo mais um dos meus intermináveis capítulos... (não liguem, eu sempre me empolgo)
Capítulo 07: A agonia de um guerreiro.
Na manhã seguinte, a Sakura acordou abraçada a Li, que ainda dormia. Era maravilhoso senti-lo tão perto que apenas se acomodou melhor nos braços dele e voltou a fechar os olhos, porem um estrondo os acordou. Li levantou rapidamente, e encarou os homens que o cercavam. Era novamente os guardas de Wong que vieram atrás deles. Não adiantaria combatê-los ali, precisava cortar o mal pela raiz, precisava era lutar contra e Wong e vencê-lo, assim finalmente ele os deixaria em paz até descobrirem um jeito de voltar para casa.
Sakura se levantou num só pulo, Li já estava em posição de luta, eram apenas 5 homens, não seria difícil derrotá-los. O primeiro o atacou com sua espada, Li jogou Sakura no chão, desviando-os do ataque e com a agilidade de um gato, se abaixou ficando a altura o estomago do oponente, ali desferiu seu poderoso golpe. Os quatro restantes o cercaram, encurralando-o com suas espadas e lanças. Um tentou golpeá-lo, mas Li pulou e num giro de 360 graus o golpeou na nuca, deixando o pobre homem inconsciente. Um dos que sobrou, o segurou por trás e um outro foi para lhe socar, porem Li desferiu um golpe com as pernas, fazendo-o se afastar foi o tempo de com uma cotovela se livrar do que o prendia e lhe acertar mais alguns golpes. O destino não foi diferente para os demais, com golpes perfeitos a luta não se estendeu por mais alguns minutos.
Sakura estava maravilhada, ela já tinha visto Li lutando outras vezes, mas não com tanta intensidade, precisou de alguns segundos para cair em si e correr até ele que permanecia em posição de ataque no meio dos soldados inconscientes.
Sakura: 'Você está bem?'
Syaoran (relaxando): 'Se me fizer esta pergunta novamente eu juro que lhe jogo neste lago.'
Sakura: Hei eu só estou preocupada com você, não precisa ser grosso.'
Syaoran (irritado): 'Não agüento mais este cara no meu pé, vamos resolver isso de uma vez.'
Voz (vindo por entre as arvores): 'Realmente você tem muita fibra, meu rapaz.'
Sakura: 'Quem está aí?'
Ryu apareceu junto com um grupo de ex-prisioneiros de Wong.
Ryu: 'Estou tão diferente assim, menina?'
Realmente ele estava muito diferente, sem aquela barba toda e limpo, poderia até disser que estava muito bonito.
Syaoran: 'É você. O que estava fazendo aí parado?'
Um dos homens: 'Estávamos observando você lutar.'
Ryu (olhando para os desmaiados): 'Derrotou 5 dos melhores soldados de Wong sozinho usando apenas seus punhos e chutes. Só vi um homem lutando assim na minha vida.'
Outro dos prisioneiros: 'Foi quando fomos para China, meu senhor. Eu me lembro bem daquele guerreiro, realmente impressionante.'
Ryu: 'Isso mesmo meu caro Yume, foi um guerreiro chinês. Agora eu me pergunto o que um faz sozinho no Japão?'
Syaoran: 'O que lhe faz crer que eu seja um?'
Ryu (se aproximando): 'A sua força e técnica. Mas se não quiser não precisa responder, apenas quero que nos ajude a derrubar Wong.'
Syaoran: 'Não vim para fazer uma guerra.'
Ryu (colocando a mão no ombro dele): 'Rapaz, não pode fugir do que você é...'
Yume: 'Você é um guerreiro, e o melhor que estes meus velhos olhos já viram. Por favor, ajude o senhor a recuperar o que foi lhe tirado.'
Sakura viu que Li hesitava na resposta, talvez porque ele nunca tinha se dado conta que realmente era um guerreiro e que fora treinado para isso: Guerrear. Ele olhou para Sakura, como se buscasse ali refúgio para a sua agonia interna. Ela se aproximou dele e passou seu braço pelo dele tentado lhe dar apoio para o que ele decidisse.
Ryu: 'Ele não os deixará em paz até ter vossa esposa para ele e você, morto.'
Syaoran (para Sakura): 'Ele tem razão.'
Sakura: 'Faça o que achar certo, Syaoran.'
Syaoran (encarando Ryu): 'Está bem, irei ajudá-los.'
Ryu (abrindo um sorriso): 'Agora sim teremos uma chance de vitória. Vamos meus caros amigos, tenho comida para lhes oferecer.'
Os dois acompanharam o numeroso grupo liderado agora por Ryu, todos eram ex-prisioneiros ou camponeses insatisfeitos com os mandos e desmandos de Wong. No acampamento improvisado, havia comida e algumas armas. Li e Sakura comeram um bom café da manhã e se trocaram com roupa que alguns camponeses lhe ofereceram. Depois os homens traçaram planos para invadir a mansão e acabar com o poder de Wong.
Ryu: 'Eu tenho direito de desafiá-lo para um duelo, ele me roubou tudo.'
Yume (que pelo jeito era o senhor das leis, pois as conhecia como ninguém): 'Isso é verdade, mas Wong é um nobre agora, se qualquer um o matar terá que ser punido pelo imperador, apenas poderá matá-lo quem possuir uma rixa de honra.'
Ryu: 'Mas eu tenho o direito de duelar pelo que é meu.'
Um homem: 'Eu também, Wong cassou as minhas terras.'
Yume: 'Não, não, não senhor. Suas terras foram retiradas por falta de impostos. É injusto, mas Wong estava no seu direito.' (Alguém aí é da época de Que Rei sou eu?)
Homem (revoltado): 'Ele aumentou os impostos por contra própria. Isso é um absurdo.'
Outro: 'Ele me mandou para a masmorra só porque fui contra seus desmandos.'
Yume (serenamente): 'Meu caros senhores, nosso sistema de leis é impróprio (isso é pq ele não conhece o do Brasil), mas é o que temos ao nosso favor. Se alguns de vocês o matar o imperador os caçará como animais, apenas o Senhor Ryu e o senhor estrangeiro possuem o direito a um duelo.'
Li que até então estava indiferente àquele falatório sem fim levantou os olhos para o senhor ao ser mencionado.
Camponês: 'Mas porque apenas os dois?'
Yume: 'O senhor Ryu, pela fortuna que lhe é direito por ser o primogênito da família Wong e o estrangeiro pela honra perdida da esposa.'
Li sentiu como se um raio o atingisse, como ele não havia pensado no que aconteceu com Sakura antes de ela o libertar? Ele viu que os homens olhavam para ele sérios e calados. Levantou-se em silêncio ainda sentindo os olhares o acompanhando, ouviu alguns comentários. Isso pesou mais na cabeça do rapaz. Precisava falar com Sakura. A procurou pelo acampamento e a viu perto das outras mulheres que lavavam roupa. Ela apenas observava quietinha as outras conversando alto, uma vez ou outra respondia alguma pergunta delas, na maioria mentia tentando ao máximo lembrar das aulas de história. Ele ficou um tempo apenas observando ela, até que a menina percebeu que estava sendo vigiada e se virou para ele abrindo um belo sorriso. Syaoran sentiu uma fisgada no coração, queria perguntar a ela, mas não tinha a coragem suficiente para ouvir a resposta e confirmar que foi incapaz de protegê-la. Sakura percebeu uma nuvem preta se formar nos olhos de rapaz e foi até ele.
Sakura (sorrindo): 'O que aconteceu? Acha que vai ser difícil enfrentar os guardas do Wong? Você não está pensando em se arriscar daquela maneira, não é? Espero que o senhor Ryu saiba o que está fazendo, porque...'
Syaoran (interrompendo): 'O que aconteceu com você?'
Sakura (vendo que ele simplesmente ignorou a suas perguntas): 'Como assim?'
Syaoran: 'Ele fez algum mal a você?'
Sakura (sem entender sobre o que ele se referia): 'Claro. Ou você acha que o que ele fez a você foi bom?'
Syaoran (quase em desespero): 'Não estou falando de mim. Ele e você...bem...ele...'
Sakura (olhando séria para ele): 'O que você quer me perguntar Syaoran?'
Syaoran (se arrependendo): 'Não é nada, esquece.'
Sakura: 'Não, espera. O que foi? Porque não olha para mim direito?'
Syaoran (se afastando): 'Desculpe, eu não devia nem ter...'
Sakura (correndo até ele e parando na sua frente): 'Sabe, eu tô cansada de você ficar me escondendo as coisas. Você até pode ser o todo poderoso guerreiro chinês, mas não tem o direito de me excluir das coisas.'
Syaoran: 'Não é nada disso...'
Sakura: 'É isso sim. Você vive me criticando, o que eu deveria fazer ou o que eu não deveria fazer. Eu posso não saber nada de artes marciais, mas eu sei usar direitinho as cartas. Droga, você não vê que eu não sou mais uma criança!'
Syaoran (depois de um suspiro): 'Este é o problema.'
Sakura: 'O que? Eu saber usar as cartas? Você está mentindo. Você está me escondendo as coisas e eu não tenho como usar magia aqui.'
Syaoran: 'Não... Olha foi mal, está bem?'
Sakura: 'O que você tem medo de me disser?'
Syaoran: 'Eu não tenho medo.'
Li se afastou sem encará-la novamente, Sakura o observou bufando de ódio, como ele podia tratá-la como se fosse ainda uma menininha, foi ela que o tirou daquela masmorra. Claro que precisou de uma ajudinha, mas fora ela que propiciou tudo.
Sakura: 'Droga!'
As mulheres que estavam mais afastadas ouviram o grito de Sakura e a olharam com mais estranheza ainda. Li por sua vez tinha a cabeça fervendo, como podia não ter medo de uma guerra e não ser capaz de fazer uma pergunta a Sakura. Ele sabia que a dúvida corroia qualquer pessoa, mas talvez ela fosse melhor do que a certeza de que tinha falhado, como encararia Touya, Ywe e Kerberus. Como ele encararia Sakura, se só a dúvida já fazia com que não tivesse coragem de olhá-la. Olhou para o céu, já deviam ser quase seis da tarde, e tomou uma resolução, mesmo sendo proibido pela tradição da sua família repararia seu erro, casaria com Sakura.
Aquela mesma noite, Ryu resolveu que iriam invadir as propriedades de Wong. Ficou decidido que ele cuidaria de Wong, Syaoran se recusou a matá-lo. Podia ser um guerreiro e ter motivos, mas não era um assassino.
Ryu: 'Estão todos prontos.'
Os homens em coro responderam que sim, Li permaneceu no seu canto, olhando para eles. Muitos talvez não voltassem, talvez eles ainda não tinham se dado conta disso.
Sakura (atrás de Li): 'Estão todos prontos?'
Syaoran (sem fitá-la): 'Sim, iremos daqui a pouco. Quero que fique junto com as outras.'
Sakura: 'Eu irei com vocês.'
Syaoran (erguendo uma sobrancelha): 'Não me diga?'
Sakura: 'Isso mesmo, falei com o senhor Ryu hoje à tarde e decidimos que eu irei para guiá-los dentro da casa.'
Syaoran: 'Pois me diga como é a casa.'
Sakura: 'Ela é muito grande, você não conseguiria decorar tudo.'
Syaoran: 'Você está inventando isso para ir junto. Eu te conheço, Sakura.'
Sakura: 'Se for isso, o problema é meu.'
Syaoran (encarando-a sério): 'Pois eu lhe digo que não vai.'
Li se afastou deixando-a falando sozinha. Ela correu até ele.
Sakura: 'Hei, você não manda em mim não.'
Li continuava caminhar em silêncio.
Sakura (puxando o braço dele): 'Droga, será que você podia descer um pouco do pedestal e falar comigo?'
Syaoran: 'Não há nada a se falar, eu não vou deixar você se arriscar.'
Sakura: 'Mas você pode.'
Syaoran: 'Primeiro eu sou homem, segundo eu sou mais forte, terceiro e último eu fui treinado para isso.'
Sakura: 'Estou morrendo de medo. Corta essa Senhor todo poderoso, fui eu que te tirei daquele lugar imundo. Posso não ter todas estas qualidades, mas eu sou muito esperta.'
Ryu (se aproximando): 'Estão prontos?'
Syaoran: 'Estou.'
Sakura: 'Eu também.'
Syaoran: 'Eu já falei que você não vai.'
Sakura: 'Você não pode me dar ordens.'
Yume (que vinha logo atrás do seu senhor): 'Acho que deu muita liberdade a sua esposa, senhor.'
Syaoran (lembrando-se que ali, ela era sua esposa): 'Também acho.'
Sakura (erguendo uma sobrancelha): 'O que quer disser com isso?'
Yume (se divertindo com aquele estranho casal): 'Deve obedecer ao seu esposo, senhora Li.'
Syaoran: 'Agora, vá se juntar as outras.'
Sakura iria falar alguma coisa, mas lembrou-se das suas aulas de história, se virou bufando de raiva e caminhou até as outras com passos pesados. Os homens se divertiam em ver uma mulher tão temperamental. Em meia hora estavam indo em direção a Wong.
O grupo era formado por quase 50 homens, levando-se em conta que deveria se ter pelo menos uns 100 guardas, isso daria um saldo bem negativo para os rebeldes. Ryu volta e meia olhava para Li, sentia uma mistura de satisfação por tê-lo ao seu lado e admiração. Mal sabia ele que dentro do rapaz havia um enorme conflito e insegurança.
Ryu: 'Nervoso, Li?'
Syaoran: 'Não.'
Ryu: 'Está calado.'
Syaoran: 'Estou bem, apenas um pouco preocupado com a desvantagem.'
Li mentiu descaradamente, não estava preocupado com isso, ele sabia que venceria agora que Sakura estava salva e não precisava ficar preocupado com sua segurança, o problema era ter que conviver com o sentimento de ter fracassado ao protegê-la de Wong.
Os homens cercaram a casa, mas já estavam sendo esperados pelo exercito particular do seu dono. A guerra começou. Li e Ryu, acompanhados de outros 5 homens tentavam entrar na casa para atacar Wong diretamente. Porem um grupo os esperava, o que forçou Li e Ryu a se separarem. Ryu e alguns homens ficaram no primeiro andar, enquanto Li e um outro rapazinho subiram para o segundo pavimento. Corriam pelos corredores, Li ia à frente, até que o rapazinho falou.
Rapaz: 'Espera!'
Li parou de imediato, sentiu o sangue escorrer para fora do corpo.
Rapaz (indo até uma das portas): 'Precisamos tirar as meninas daqui.'
Syaoran: 'O que você está fazendo aqui?!'
Rapaz (nervoso): 'Do que você...'
Syaoran (irritadíssimo): 'Você pensa que eu sou estúpido, Sakura?'
Sakura (tirando o lenço do rosto): 'Como você...'
Sakura iria falar quando ouviu um grupo de soldados subindo.
Sakura (puxando Li): 'Vamos.'
A menina entrou com Li no quarto onde as esposas de Wong ficavam, todas levaram um susto ao vê-la com o rapaz ao lado. Ela fechou a porta e ouviu os guardas passarem.
Kyra (se aproximando deles): 'O que está acontecendo?'
Sakura (tentando acalmá-las): 'Estamos invadindo a casa, vocês precisam sair daqui.'
Senhora: 'Menina, você é mais maluca do que eu pensei.'
Uma das jovens: 'Para onde vamos?
Sakura: 'Precisam se esconder e se protegerem, ta havendo uma guerra lá fora.'
Uma ruiva (reparando em Li que havia ficado na estreita da porta): 'É ele o seu marido?'
Kyra (o olhando, todas viraram –se para ele): 'Ele é muito bonito e corajoso.' (claro né minha filha ele é o herói da minha história!)
Sakura (sem graça): 'Agora não é hora de apresentações.'
Senhora (a abraçando): 'Pensei que estava morta depois aquela noite que foi para o quarto do senhor.'
Li virou-se finalmente para aquelas mulheres, o coração parou por alguns segundos, então o seu maior temor era real, Sakura tinha ido para o quarto de Wong.
Syaoran: 'Fique aqui com elas.'
Disse e saiu, deixando Sakura sem saber o que fazer, olhando para o porta que ele havia saído e... trancado. Ela pensou em como ele podia ser tão insuportável e machista, e um dia ela pensou que estava apaixonado por ele, devia ser pura carência pensou.
Kyra: 'O que vamos fazer agora?'
Sakura (tentando colocar os pensamentos): 'Irei dar um jeito de sair daqui e ele me paga.'
Senhora: 'Menina, é melhor ficarmos aqui, estaremos seguras. Não há como sair daqui, nem como entrar. As janelas possuem grades e a porta está trancada.'
Ruiva: 'Vamos rezar, é o máximo que podemos.'
As mulheres se ajoelharam e começaram sua ladainha, Sakura estava nervosa demais para rezar. Li por sua vez, corria pelos corredores, os pobres coitados que o encontravam no caminho eram atacados por uma verdadeira fera. Ryu o encontrou depois de poucos minutos, junto com apenas um dos homens que vieram com eles.
Ryu: 'Ele deve estar no quarto do final do corredor.'
Syaoran (apresando o passo): 'Vamos.'
Os três homens invadiram o grande aposento e lá estava Wong, sentado calmamente numa das enormes poltronas.
Wong: 'Demorou quase trinta minutos para conseguir chegar até aqui, irmão.'
Ryu: 'Não pensei que estivesse com tanta pressa em me ver.'
Wong (olhando agora para Li): 'Ora, ora. Veja o que temos aqui, se não é o estrangeiro.'
Ryu (em posição de luta com sua espada): 'Agora resolveremos isso de uma vez, Foe.'
Syaoran (dando uns passos à frente): 'Não, eu quero acertar as minhas contas com ele.'
Wong (depois de uma longa gargalhada): 'É irônico que queira lutar comigo aqui, neste quarto.'
Li parou de fitá-lo por alguns segundos percorrendo os olhos pelo luxuoso aposento.
Wong (finalmente se levantando e empulhando sua espada): 'Foi aqui que sua esposa foi minha.'
O sangue de Li ferveu, mal Wong sabia, mas sua estratégia de desconsertar o inimigo abalando-o psicologicamente, havia sido o estopim para liberar em Li o que ele tentou controlar em si o tempo inteiro: o guerreiro.
Wong o atacou, Li apenas desviou do ataque se abaixando e o golpeando no estomago. Wong recuou com a mão na altura do golpe. Li não moveu um músculo, apenas controlava sua respiração e observava os movimento de Wong. O nobre o atacou mais uma fez e desta vez mais forte, os dois duelaram por quase dez minutos destruindo todo o aposento. Wong já estava quase fugindo, sendo perseguido por Li. O som das espadas se golpeando violentamente ecoava por toda a casa, Ryu olhava apreensivo para os lutadores, um medo enorme cresceu dentro dele, o estrangeiro havia se tornado um guerreiro frio e até certo ponto irônico, ele sabia que o rapaz já poderia ter acabado com aquele combate a algum tempo, era com um gato que brincava com o rato antes de matá-lo. Por fim Li o golpeou com um chute que o desarmou, deixando sua espada a poucos centímetros do pescoço do nobre. Era agora que ele se tornaria o que tentou recusar por tanto tempo. Wong o encarou com os olhos em fúria, ele sabia que morreria, mas iria ferir seu assassino onde ele nunca poderia se recuperaria: a honra.
Wong: 'Termine com isso de uma vez, ou quer que eu lhe conte antes como sua esposa foi uma das minhas melhores amantes.'
Novamente Li sentiu o sangue quente percorrer pelo corpo, olhando para aquele homem nojento e o vendo possuir o que mais amava, afastou a espada pronto para corta-lhe a garganta. Um estranho silêncio dominou o ambiente, nem mesmo a respiração dos homens naquele quarto era escutado. Wong fechou os olhos e sorriu, sabendo que poderia ter perdido aquela batalha, mas havia vencido a guerra, agora era apenas a morte honrada. Porem ele ouviu o barulho da espada de Li ser jogada no chão. Abriu os olhos, surpreso e encarou os olhos mais frios da face da terra. Syaoran se afastou e com um gesto com as mãos mandou que ele levantasse. Ryu assistia a tudo boquiaberto, o que aquele rapaz queria agora, porque não o matou quando podia, pensou.
Wong (rindo): 'O que foi não tem coragem de me matar? Realmente não entendo com um fraco como você conseguiu comprar uma esposa como aquela.'
Li não disse nada, apenas o golpeou e o golpeou, fazendo dele um boneco de pano. Quando Wong caiu novamente no chão sangrando.
Syaoran: 'É muito forte quando força mulheres ou quando pode mandar homens serem torturados em sua masmorra. Sozinho é um fraco e inútil.'
Wong se levantou e encarou-o novamente, Li queria o humilhar e conseguia. Humilhar para depois matar, era realmente o que qualquer assassino faria. Os dois homens que assistiam a tudo não sabiam mais o que pensar, estava a frente de um verdadeiro guerreiro, não um qualquer mais o melhor e talvez o mais terrível.
Wong: 'Acha que se sentirá melhor em me humilhar, está muito enganado. Nunca poderá mudar o que já foi feito. Pode me matar agora, mas sempre que estiver com ela lembrará que ela foi minha e lhe digo que ela gostou e muito.'
Syaoran o golpeou mais uma fez, fazendo-o voar até a parede. Depois se virou e caminhou até a porta.
Ryu: 'Aonde vai?'
Syaoran (sem encará-lo): 'Não vou matá-lo, sou um guerreiro, não um assassino. Faça o que achar melhor com ele.'
Wong (se sentindo mais humilhado): 'É um covarde. Não tem coragem de matar um homem!'
Syaoran (virando-se antes de sair pela porta): 'E quem disse que você é um homem?'
Humilhado por um estrangeiro, mal conseguindo se levantar devido aos golpes dele, Wong só esperou pela morte que viria pelo seu irmão ou pelo camponês que o acompanhava.
Li caminhava pelo corredor com o sangue ainda fervendo por dentro, recebeu os cumprimentos dos outros homens que haviam vencido, os soldados se entregaram assim que Ryu jogou o corpo de seu irmão pela janela. Ele parou em frente à porta onde havia deixado Sakura e pegou a chave que estava em seu bolso. Colocou a chave na fechadura e depois de um longo suspiro abriu a porta. Do outro lado um monte de belos pares de olhos surgiu, porem um belo par de esmeraldas foi o que mais lhe chamou a atenção.
Sakura (correndo até ele): 'O que aconteceu?'
Syaoran (abrindo completamente a porta): 'Podem sair, Wong está morto.'
Kyra: 'Morto?'
Syaoran confirmou com a cabeça.
Sakura (vendo a roupa dele suja de sangue): 'Como você está?'
Syaoran (saindo do quarto): 'Quantas vezes eu vou ter que te disser que estou bem?'
Sakura (correndo até ele): 'Eu só estou perguntando se está com algum machucado.'
Syaoran (sem fitá-la): 'Só alguns arranhões. Não se preocupe. É melhor ficar com elas, depois iremos falar com Ryu como as coisas ficaram.'
Sakura (parando na sua frente): 'Não foi você que matou ele, não é?'
Syaoran (encarando-a finalmente): 'Porque me pergunta?'
Sakura (abraçando-o): 'Tenho certeza que você não mataria um ser humano.'
Syaoran sentiu a alma se acalmar ao sentir o calor do corpo de Sakura tão perto do seu. Como ela podia ser tão teimosa e tão doce ao mesmo tempo.
Sakura (se afastando dele): 'Mas não tinha o direito de me trancar.'
Syaoran (sorrindo): 'Você me desobedeceu.'
Sakura (empurrando-o): 'Já não chega o Touya e o Kero me disser o tempo todo o que eu tenho que fazer agora é você?'
Syaoran: 'Agora que eles não estão aqui, acho que isso cabe a mim.'
Sakura: 'Sabe de uma coisa: Você é tão chato ou mais que eles.'
Syaoran: 'Não me compare àqueles dois.'
Sakura sorriu do comentário, era incrível como podia passar os anos e a implicância dos três continuava a mesma. Junto com Li foi para fora se encontrar com os outros para comemorar a vitória. Foi uma grande festa, com direito a saquear toda a despensa da casa. Os empregados se juntaram a eles, logo a notícia da derrota de Wong foi levada e comemorada para todos aqueles que estavam sobre o seu domínio. Ryu Wong assumiria aquela noite mesmo o que era seu de direito. Em seu discurso a todos, ele agradeceu o empenho de todos, rezou pela morte de todos os companheiros e ditou suas novas leis, na qual entre elas estava a diminuição de impostos e condições justas para cada japonês livre daquela área. O povo aclamou com vivas o novo senhor. Enquanto o povo festejava lá fora, os bravos homens se recolheram em suas casas. Ryu convidou todos aqueles que não tinham lar a viverem com ele em sua nova residência, em especial Li e sua esposa.
Os empregados já estavam limpando toda a casa e tirando todos os cadáveres que estavam lá. Ryu, a pedido de Sakura, foi muito generoso com as esposas de seu terrível irmão, acolheria todas aquelas que quisessem permanecer até que formassem suas próprias famílias.
Sakura (agradecendo): 'Obrigada, senhor Ryu. Estava muito preocupada com o que seria delas.'
Ryu (sorrindo): 'Assim estou pagando a dívida que eu tenho com a senhora. Não se preocupe com isso mais.'
Sakura: 'Posso falar com elas?'
Ryu (se divertindo com a alegria da garota): 'Claro, pode disser tudo isso a elas e depois as traga aqui.'
Sakura correu pela casa até o encontro delas, ela estava muito preocupada com o que poderia acontecer àquelas tristes meninas.
Ryu (depois que Sakura sumiu pela porta): 'Ela é muito alegre e bela, deve ter custado uma fortuna.'
Yume: 'Apenas um pouco temperamental.'
Ryu: 'Isto é verdade.'
Li permanecia calado com o olhar vazio.
Ryu (colocando uma mão no ombro daquele que já considerava como amigo): 'Talvez não saiba o que está passando pela sua cabeça agora, caro amigo, mas lembre-se que ela não tem culpa.'
Syaoran: 'Eu sei disso. O único culpado sou eu por ter sido incapaz de protegê-la.'
Ryu: 'Não pense por este lado, já vingou sua esposa da maneira mais terrível possível. Ela está bem e feliz, alegre-se.'
Syaoran (forçando um sorriso): 'Você tem razão.'
Yume: 'Porque não vá descansar e cuidar de seus ferimentos, senhor.'
Ryu: 'Isso mesmo. Yume?'
Yume: 'Sim, meu senhor.'
Ryu (depois de beber o restante do vinho da caneca): 'Leve meu amigo para um dos melhores quartos que estejam já limpos.'
Yuem: 'Com muito prazer. Vamos, senhor Li.'
Li agradeceu e acompanhou o velho senhor até um dos quartos do terceiro andar, não estava com sono, mas queria realmente tomar um banho e fugir daquela festa toda. Yume mandou que uma das empregadas preparassem um bom e quente banho para ele. E assim foi feito, Li se sentiu bem melhor dentro da banheira, já não agüentava mais usar aquela roupa suja de sangue.
Sakura chegou no quarto onde estavam todas as viúvas de Wong.
Sakura (sorrindo): 'Olá!'
Uma delas (a mais amargurada): 'Está feliz desta maneira porque já tem marido, mas e nós?'
Kyra: 'Deixa de ser ranzinza.'
Sakura: 'Deixa ela, tenho uma notícia maravilhosa para vocês. Falei com o senhor Ryu, bem agora eu acho que ele é o senhor Wong...'
Uma loura (nervosa): 'Ele vai nos abandonar, não é?'
Sakura: 'Claro que não, ele irá cuidar de vocês todas até se casarem novamente e com bons homens.'
Ouve uma mistura de alegria e choro delas, a velha senhora que cuidava de todas como mãe abraçou cada uma. Sakura se sentiu bem melhor em vê-las felizes e livres daquele cara nojento. Só em ver a felicidade no rosto de cada uma, já valeu a pena ter vindo parar naquele lugar.
Uma bela mulher com cabelos negros: 'Você nos salvou, menina.'
Sakura: 'Que isso. Na verdade foram todos os homens do povoado.'
Kyra: 'Talvez se não tivesse vindo para cá, nunca isso teria acontecido.'
Senhora (a abraçando): 'Não sabe o quanto rezei para que uma pessoa como você viesse para este fim de mundo.'
Sakura: 'Assim vocês me deixam sem graça.'
Ruiva: 'Mas menina, porque não vai ficar com seu marido?'
Sakura: 'Marido?'
Kyra: 'Oras, menina. Já se esqueceu do rapaz lindo que esteve aqui?'
Morena: 'Se não quiser eu fico com ele.'
Ruiva: 'Nem vem, já estou na frente.'
Senhora: 'Parem com isso, meninas assanhadas.'
Todas riram e continuaram a fazer comentários maldosos sobre Syaoran deixando Sakura cada vez mais envergonhada, mas uma coisa ela não podia negar, ele era realmente lindo como elas estavam falando.
Mas tarde Ryu pediu para que uma das empregadas acompanhasse a menina até o quarto que tinha oferecido a Li, ela iria pedir para ficar em outro, mas lembrou que para todos, eles eram casados. Entrou no cômodo sem fazer barulho, como já era tarde da noite, o ambiente estava apenas iluminado por velas. Ela olhou em volta e não viu Li, foi até o armário e como a serviçal havia lhe dito havia algumas roupas, pegou uma camisola, a mais discreta e comprida possível e foi para o banheiro tomar um banho. Ela abriu a porta e viu Li na banheira.
Syaoran (a vendo): 'Não bate na porta não é?'
Sakura (de costas envergonhada): 'Desculpe, pensei que estivesse comemorando com os outros.'
Syaoran (se enrolando na toalha limpa): 'Da próxima vez, vê se bate na porta. Precisa trocar a água da banheira, aqui não existe chuveiro.'
Sakura (saindo): 'Eu sei, não sou burra. Vou chamar alguém.'
A menina ainda sentiu as faces quentes até sair pelo corredor e chamar uma das mulheres que ainda limpavam a casa. Pediu que trocasse a água e ela disse que já viria com água limpa. Sakura entrou novamente no quarto e Li estava parado em frente à janela de toalha.
Sakura: 'Não vai colocar uma roupa?'
Syaoran: 'Só depois que você entrar no banheiro. Não quero ser pego sem roupa de novo.'
Sakura: 'Pois saiba que eu não vi nada.'
Syaoran: 'Melhor.'
Sakura ficou o admirando enquanto ele permanecia calado olhando para fora, sempre quando os pensamentos dele estavam o remoendo tinha esta mania de ficar olhando para o nada e não encarava ninguém. A mulher levou água limpa na banheira. Sakura tomou seu banho em silêncio, olhava para a porta que separava o banheiro do quarto, pensando no que tinha realmente acontecido com Li e Wong. Será que ele tinha o matado? Porque ele permanecia calado e triste, olhando para o nada e principalmente não a encarava? Saiu na banheira e se vestiu. Ficou um tempo ainda na dúvida se abria a porta ou não, abriu.
Li permanecia olhando pela janela, tinha se vestido, mas permanecia sem nada cobrindo o tórax. Sakura viu inúmeros aranhões nele, mas não deixou de reparar nas costas desenhadas dele.
Sakura (cruzando o quarto): 'Acho que devia cuidar melhor desses machucados.'
Syaoran: '...'
Sakura (sentando-se na cama): 'Sabe estou muito preocupada com o que faremos a partir de agora. Precisamos achar um jeito de voltarmos para o nosso tempo.'
Syaoran: '...'
Sakura: 'O mais estranho é que não conseguimos usar nossas magias. Talvez estejamos não no passado, mas num outro lugar.'
Syaoran: '...'
Sakura (espantada): 'Será que estamos no mundo das trevas?'
Syaoran: '...'
Sakura (irritada): 'Você está me ouvindo?'
Syaoran: '...'
Sakura explodiu de ódio, pegou o travesseiro que estava na cama e jogou com toda força no rapaz.
Syaoran (após sentir o travesseiro na cabeça): 'Hei, o que está fazendo?'
Sakura (subindo em cima da cama, armada com outro travesseiro): 'Estou falando com você há tempos e você fica aí parado olhando para o nada.'
Syaoran: 'O problema é meu.'
Sakura tacou o outro travesseiro, mas Li o pegou no ar.
Syaoran (vendo que ela pegava o outro travesseiro): 'Se eu fosse você não faria isso.'
Sakura (debochando): 'Porque? O todo poderoso guerreiro tem medinho de levar uma travesseirada na cara?'
Syaoran: 'Você tá é ficando maluca. Estou avisando se jogar este, eu vou reagir.'
Sakura: 'Estou morrendo de medo.'
A menina tacou o travesseiro com toda força que possuía, mas foi em vão Li o pegou no ar e olhou sério para ela.
Syaoran (jogando o travesseiro no chão): 'Agora é a minha vez.'
Sakura (assustada): 'O que você vai fazer?'
Syaoran: 'Lhe dar umas boas palmadas por ser tão desobediente.'
Sakura (correndo pelo quarto): 'Você não teria coragem.'
Syaoran (andando até ela): 'Porque não?'
Sakura (tentando fugir dele): 'Se fizer alguma coisa comigo eu vou contar para o meu irmão.'
Syaoran (correndo atrás dela): 'Não tem como contar para ele mesmo.'
Sakura correu por todo quarto perseguida por Li, ela se protegeu atrás de uma mesa do quarto.
Sakura (já suada): 'Eu estava só brincando.'
Syaoran: 'Mas eu não.'
Os dois correram em volta da mesa como numa brincadeira de criança, até que o rapaz numa manobra mais ágil pegou-a pelo braço. Ela reclamava e tentava se soltar dele, mas Li era infinitamente mais forte que ela. O rapaz a encostou contra a parede segurando seus dois braços.
Sakura (rindo): 'Pronto já me pegou, você é o melhor.'
Syaoran (ainda a segurando): 'Mas não te dei uma boa lição por tamanha teimosia.'
Sakura: 'Há é? E o que vai fazer?'
Syaoran: 'Isso.'
O rapaz colou seus lábios nos de Sakura começando a beijá-la devagar, porem vendo que a menina retribuía o beijo começou a ficar cada vez mais envolvente. Li a soltou e repousou suas mãos na cintura dela enquanto Sakura envolveu o pescoço do rapaz, passando carinhosamente seus dedinhos na nuca dele. Quando os dois já não tinham mais fôlego para continuar afastaram os rostos porem permaneciam abraçados.
Sakura (tentando recuperar o ar que há poucos minutos lhe faltava): 'Uau...'
Syaoran (com um sorriso maroto): 'Pelo jeito não foi tão ruim assim a sua lição.'
Sakura (se fazendo de desentendida): 'Sabe eu acho que realmente sou muito teimosa, acho que meu castigo deve ser maior.'
Syaoran: 'Mesmo?'
A menina sorriu e confirmou com a cabeça, Li então voltou a beijá-la com ternura, os dois emendavam um beijo no outro, dando apenas um curto intervalo para recuperarem o fôlego. Os dois trocavam carícias enquanto um explorava no outro os pontos que mais lhe davam prazer. Syaoran queria Sakura, desde aquele dia em que ela apareceu no seu quarto ainda enfeitiçada pela porção de Makoto, um desejo cada vez maior crescia dentro dele, tentava vencer implicando com ela e a evitando. Quando ele deu por si já estava quase tirando a roupa. Ele se afastou dela para tentar colocar a cabeça no lugar.
Sakura (ainda abraçada nele): 'O que foi?'
Syaoran: 'É que não é certo.'
Sakura (sorrindo docemente): 'Somos casados, não somos.'
Syaoran: 'Sakura, isso foi só...'
Sakura (encostando seu dedo nos lábios dele): 'Mas se não conseguirmos mais voltar? Já estamos a quase 4 dias aqui.'
Syaoran: 'Acha isso?'
Sakura confirmou com a cabeça, Li sorriu e a pegou nos braços levando-a até a cama. Os dois se amaram com tanta intensidade, como se cada um já soubesse o que o outro queria e desejava. Depois que já haviam se amado, o rapaz sentou-se na beirada da cama com os braços apoiados nos joelhos, Sakura o abraçou por trás dando beijinhos no seu ombro.
Sakura: 'O que foi?'
Syaoran: 'Foi sua primeira vez.'
Sakura (se afastando e tentando se cobrir com o lençol): 'Que tipo de garota você pensava que eu fosse?'
Syaoran (a segurando): 'Não é isso que eu estava pensando.'
Sakura (séria): 'Então era o que?'
Syaoran (segurando o belo rosto com as mãos e passando o polegar pelas bochechas coradas): 'Você sabe porque apenas eu ou o Ryu podíamos enfrentar Wong sem sofrer intervenção do imperador?'
Sakura apenas acenou negativamente.
Syaoran: 'Ryu podia lutar pela herança que lhe cabia e eu porque como todos pensam que somos casados pela sua honra.'
Sakura (arregalando os olhos): 'Você pensou então que... era isso que queria me perguntar ontem?'
Syaoran confirmou com a cabeça.
Syaoran (caminhando até a janela): 'Eu quase o matei por isso. Eu queria matar ele, eu podia ter matado ele.'
Sakura (indo até ele e o abraçando): 'Mas não o matou, isso é o que importa. Você não é um assassino.'
Syaoran (a envolvendo com os seus braços): 'Mas eu queria isso, foi a primeira vez que eu senti vontade.'
Sakura: 'Calma, o importante é que você sabia que era errado e não fez.'
Syaoran a beijou novamente com ternura para buscar apoio, ela só estava errada numa coisa, o importante para ele não era que ele não tivesse matado Wong, e sim que o fantasma do que ele tinha feito com sua flor de cerejeira havia desaparecido com o sangue que manchava o lençol daquela cama.
Continua.
E aí gostaram? Espero e-mails com a opinião de vocês. OK para os que acharam este capítulo muito como eu poderia disser, picante, poxa, eles tem 20 anos, acho que isso é bem normal, não? Não tem nada de hentai aí só fiz alusão ao que aconteceu.
