Oi, pessoal!
Desculpe a demora... É meio difícil ficar traduzindo/adaptando as coisas...
Mas os próximos capítulos serão mais rápidos, porque eu estou escrevendo os
rascunhos em português.
Disclaimer: Hana-chan doesn't own Rurouni Kenshin... She is just a poor
girl with a sick sense of humor that loves to torture Kenshin a bit (you should
read her funny fics to see how sick she can be).
To Love you Again
2. To see you again
Durante a noite, dois homens se moviam pelas sombras em um bairro não muito amigável. Quando tinham certeza de que ninguém os observava, saltaram o muro de uma pequena casa.
Um dos homens permaneceu no quintal, enquanto o outro dirigiu-se ao interior da casa. Tudo estava uma completa bagunça. O homem saltou sobre pedaços de mobília, antes de parar para olhar os buracos de bala na parede. Caminhou por um corredor, até chegar a um quarto de garota. As roupas estavam espalhadas e os móveis quebrados. Começou a procurar algo entre os destroços.
'Kuso' O homem pensou. 'Ela deve ter uma agenda em algum lugar! Não me diga que ela não tem amigos!?'
"Nada ainda?" O homem que havia ficado para trás entrou no quarto.
"Não, mas eu não acho que eles tiveram tempo o bastante para encontrar. A polícia chegou logo após o tiroteio haver começado."
"O que faremos, Sano?"
"Precisamos ser discretos, por enquanto." Sano continuou sua busca. "Tenho certeza de que Jou-chan deve ter uma agenda em algum lugar..."
"Talvez estivesse na mochila dela."
"A mochila estava vazia, Tsunan. Eu apenas joguei algumas roupas dentro dela, juntamente com algum dinheiro. Dinheiro sujo, que eu tenho certeza que ela não aceitaria em nenhuma outra situação. Ela ainda é muito íntegra."
"Talvez ela tenha ido até a polícia, então..."
"Não. Ela não iria fazer isso, não depois do que ela fez. E ela sabe que ela teria problemas se ela fosse à polícia. Há muitos policiais corruptos. Eles a entregariam e ela terminaria morta. Se ela for pega, nossa vida não vale um tostão furado. É por isso que nós temos que encontrá-la, antes que eles o façam." Sano estava preocupado. 'Por favor, Jou-chan, esteja bem. Não faça nada estúpido.'
"Então, o nosso melhor palpite é que ela esteja com um de seus amigos. Que tal aquela garota que vai à escola com ela?" Tsunan perguntou.
"Eu não sei onde ela mora, mas é melhor isso que nada."
"Podemos segui-la após a aula." Tsunan sugeriu.
"Vamos sair daqui, antes que alguém nos encontre."
Logo eles estavam de volta às ruas. Ninguém saberia que eles haviam estado lá. Ninguém, exceto o homem com olhos de lobo, que os viu sair e então acendeu um cigarro.
***
'O sono nunca vem fácil. Ao menos, nunca tão fácil quanto viria quando eu era criança. Quando eu era adolescente, eu tinha pesadelos. Pesadelos sangrentos. Mas eles já passaram há tempos. A única coisa que permaneceu foi a sensação de desconforto, como se alguém fosse me machucar enquanto eu dormia.
Tomoe me fez ir a um Psiquiatra. Ela pensou que dormir sentado contra a parede não me faria bem. Porém, a única coisa que o bom doutor fez foi me receitar sedativos. Eu os tomei por dois meses, mas eles não diminuíam a minha ansiedade. Ao invés disso, eles me deixavam sonolento a maior parte do dia. À noite, eu ainda temia por minha segurança e os meus reflexos estavam lentos por causa das pílulas, então eu deixei de as tomar.
Eu me forçaria a dormir como uma pessoa normal, deitado em uma cama, apenas para não fazer com que minha família se preocupasse. Se eu fosse Tomoe, eu ficaria louco com a quantidade de tempo que eu deixava a televisão ligada durante a noite. É por isso que eu sou sempre irritável e sombrio durante as manhãs, mas eu raramente durmo demais.
Estou geralmente atrasado para tudo. O tempo nunca me incomodou realmente. Talvez seja por causa da maneira em que eu fui criado. Ninguém nunca esperou que eu fosse pontual. Minha mãe também sempre esteve atrasada para tudo. Na verdade, ela esteve atrasada até para o funeral de meu pai. Eu não a culpo. Ela estava viajando quando ele morreu. Houve complicações em seu retorno. Ela tomou mais sedativos do que poderia suportar e terminou em um hospital por cinco dias. Enterrei meu pai sozinho.
Logo após a morte de meu pai, o caso de minha mãe com seu guarda-costas se tornou público. Eu já sabia sobre eles. Havia sabido por anos. Quando você vive sob o mesmo teto com alguém por dezessete anos, você nota essas coisas. E minha mãe nunca foi muito boa para esconder. Ela sempre tinha um sorriso especial para ele. Um sorriso que ela nunca daria a meu pai. Mais uma vez, eu não me irritei. Ela era minha mãe. E seu amante era um homem que eu admirava pelas coisas que ele me ensinou.
Depois disso, mamãe e Seijuro Hiko foram para a Suíça e nunca voltaram. Não queriam encarar a mídia mais uma vez. Minha mãe telefona ocasionalmente. Eu apenas telefonei três vezes. A primeira, quando Tomoe e eu decidimos nos casar. A segunda foi quando Yahiko nasceu. A terceira ligação foi para avisá-la que eu estava me divorciando.
A morte de meu pai teve um impacto muito grande na minha vida. Estava só, de um instante para o outro. Tive que assumir a companhia. É estranho como eu não consigo manter a noção do tempo em coisas do dia-a-dia, mas eu nunca estive atrasado para uma reunião que eu tivesse. Não me importo realmente com a companhia. Acho que a única razão pela qual eu me esforço tanto é para manter vivo o legado de meu pai, até o momento de passá-lo para meu filho.
Yahiko. Eu olho para ele, adormecido no sofá. Aqui há alguém que não tem problemas para dormir. Levei-o para a cama. Estávamos assistindo a um filme policial. Muitas explosões e tiroteios. Isso não foi capaz de acordá-lo. Nenhum barulho o incomoda. Este é um outro problema... O despertador dele. Ele também não é capaz de acordá-lo.'
Kenshin abriu seus olhos. Havia tido aquele sonho novamente. Porque estava sonhando que era um samurai, não saberia dizer. Mas aqueles sonhos eram bons, isso ele sabia. Desta vez o sonho havia sido diferente. Não havia limpeza. Ele simplesmente havia ido com a garota para comprar tofu em um mercado estranho. Era uma garota doce. Sempre sorrindo para ele, quando ela achava que ele não estava prestando atenção. 'Daria qualquer coisa para conhecer uma garota como ela. Mas provavelmente eu a assustaria de qualquer forma.'
Acordando de suas divagações, Kenshin percebeu que havia alguma coisa errada na forma em que a luz atingia o quarto. Prontamente saltou da cama e correu ao quarto em que seu filho dormia.
"ACORDE! NÓS DORMIMOS DEMAIS!" Kenshin gritou, mas sabia que aquilo não seria o bastante para acordar seu filho. Sacudiu o garoto. "Vista-se, rápido!"
Kenshin correu de volta para o seu quarto, despindo-se no caminho e quase entrando no chuveiro ainda de meias. Cinco minutos depois, pai e filho pararam na sala de estar, vestidos e prontos para sair. Exceto que:
"É muito cedo." Yahiko disse.
"Não é." Kenshin declarou.
"Claro que é." Yahiko disse, pegando um relógio. "São seis e cinqüenta e cinco."
"De jeito nenhum."
Yahiko mostrou a ele o relógio.
"Você me acordou para nada." Yahiko queixou-se. Ele não queria saber que teria que acordar cedo de qualquer forma. Tudo que sabia é que ele estava pronto para ir para a escola e ainda não eram sete horas.
'Eu poderia jurar que estávamos atrasados... Por quê?'
"Então, o que você quer fazer neste tempo livre." Kenshin perguntou.
"É muito cedo para qualquer coisa... Mas estou com fome e não quero café da manhã feito em casa."
"O Akabeko?"
"Hai. O Akabeko." Yahiko concordou, caminhando em direção à porta.
***
"Vamos tentar mais uma vez..." Tae disse à garota.
'Eu não entendo como ela pode ser tão gentil comigo... É o segundo copo que eu quebro em menos de cinco minutos.' Kaoru pensou. Ela tinha uma bandeja em suas mãos, mas os copos pareciam simplesmente não querer permanecer sobre ela.
"Eu pagarei pelo prejuízo..." Kaoru disse.
"Você nem começou a trabalhar ainda. Eu disse que a ensinaria. Além do mais, esses copos estavam tão velhos que eu os jogaria fora de qualquer jeito. Vê?" Tae pegou um copo e jogou-o ao chão.
Kaoru deu uma risadinha.
"É isso mesmo! Eu quero vê-la sempre sorrindo. Não há lugar para caras tristes aqui." Tae disse. "Agora eu vou buscar uma vassoura para limpar esta sujeira."
"Deixe que eu faço isso!" Kaoru disse, colocando a bandeja sobre a mesa e correndo para os fundos do Café, para buscar material de limpeza.
'Quando ela não está pensando nas coisas ruins que aconteceram a ela, ela é realmente jovial. Eu gosto disso nela.' Tae pensou, enquanto se abaixava para juntar os pedaços maiores de vidro quebrado. 'Bem... Ela nunca disse que poderia ser uma garçonete.'
Ouviu a porta se abrir e olhou para ver um garoto entrar.
"Que bagunça! Ohayou, Tae-san. O que aconteceu aqui?"
"Ohayou, Yahiko-kun. Não é nada de mais. Eu estava treinando uma nova ajudante." Tae respondeu com um sorriso.
"Ela deve ser muito desajeitada."
Eles ouviram um barulho alto de baldes e vassouras caindo, juntamente com uma voz feminina gritando:
"Ai! Isso dói!"
"Ela é." Tae concordou. "Mas acredito que ela estará bem."
Kaoru voltou, carregando uma vassoura.
"Desculpe, Tae-san. Eu derrubei algumas coisas, mas nada está quebrado!" Ela disse, e só então notou então o menino.
"Kaoru-chan, este é Yahiko-kun. O pai dele é um cliente regular. Falando nele, Himura-san não veio com você?" Tae perguntou a Yahiko.
"Nem comece a falar naquele cara!" Yahiko resmungou. "Ele me acordou esta manhã, como se o mundo estivesse acabando. No final das contas, nós nem estávamos atrasados."
"Mas isso é uma coisa boa, não é?" Kaoru perguntou.
"O quê? Você não tem nada a ver com isso... Busu."
"Quê? Quem você está chamando de busu?! Seu pequeno... Pequeno..." Kaoru não teve tempo de inventar uma resposta.
"Não me chame de pequeno! Sua mulher velha e feia!"
"Eu não sou velha! E nem feia!" Kaoru retrucou.
"Sim, você é!"
"Maa maa... Pare já com isso, Yahiko." Kenshin havia entrado no café, carregando um jornal, justamente no momento em que Yahiko e Kaoru estavam prestes a saltar um sobre o outro. "Diga à moça que você sente muito."
"De jeito nenhum!" Yahiko retrucou.
Kenshin teve vontade de bater Yahiko na cabeça com o jornal que havia acabado de comprar.
"Por favor." A voz de Kenshin era suave, mas parecia não admitir um 'não' como resposta. Yahiko só precisou de um olhar para perceber que não tinha outra alternativa a não ser se desculpar.
"Desculpe ter te chamado de Tanuki." Yahiko disse.
"Você não me chamou de 'tanuki'." Kaoru replicou.
"Agora chamei!" Yahiko se virou rapidamente, seguindo para uma mesa antes que alguém pudesse falar qualquer coisa.
"Desculpe, senhorita. Ele anda chateado. Tenho certeza que não é nada pessoal." Kenshin desculpou-se pela falta de educação de seu filho.
"Você não deveria deixar ele se safar com isso! Foi simplesmente rude! Ele não pode tratar as pessoas assim! O que ele pensa que é?!" Kaoru explodiu.
"Falarei com ele. Sinto muito."
"Apenas falar não vai adiantar nada! Ele precisa ser castigado!" Kaoru estava indignada.
"Sessha... Fará o que ele acha que é certo." Kenshin disse e pensou: 'Por que estou me chamando sessha?!'
"É melhor que você faça algo sobre seu filho, senhor. Caso contrário, ele crescerá como um pirralho mimado e quando você perceber, ele estará andando com companhias erradas. Então você lamentará!"
'Nossa... Estou me excedendo... Eu não tenho direito de falar com ele desta forma. Mas é esse menino! Eu sinto como... Se eu não pudesse ficar simplesmente calada com as provocações dele!' Kaoru pensou.
"Eu sinto muito, senhorita... Senhorita?"
"Kaoru. Meu nome é Kaoru."
"Você não tem um crachá no seu avental." Kenshin notou.
"Eu sou nova aqui. E depois do que eu lhe disse, acho que não vou mais trabalhar aqui..." Kaoru disse, olhando para o chão.
"Tae-san não irá a despedir por contar a um velho a verdade, não é, Tae-san?" Kenshin sentia pena da garota. Ela não deveria ter que agüentar o temperamento ruim de Yahiko.
"Não irei a despedir, Himura-san." Tae assegurou.
"Kaoru-san, você se importaria em nos trazer um pouco de café?"
"Pois não, Himura-san."
Kenshin caminhou para a mesa como se tivesse todo o peso do mundo sobre seus ombros. Sabia que teria que ser duro com Yahiko e isso não era algo que ele conseguia fazer normalmente. Odiava ter que repreender seu filho.
Kenshin sentou em silêncio, em frente ao garoto. Yahiko parecia não estar prestando atenção nele.
"Eu falarei com sua mãe." Kenshin disse.
"E?" Yahiko perguntou, despreocupadamente.
"Farei com que ela confisque o seu Playstation."
"Eu tenho outros video games."
"Farei com que ela confisque todos... E seu computador. E sua televisão. Vai ficar sem assistir televisão por um mês".
"Como se ela fosse realmente fazer isso." Yahiko resmungou.
"Tente-a." Kenshin disse, sorrindo maliciosamente.
Yahiko olhou para baixo. Estava sentindo o peso de suas ações.
"Mesmo que aquela jovem fosse... Um busu, como você disse, você não tem direito de dizer isso a ela. Acho que terei que levar você para fazer um exame de visão. Não há nada de busu em Kaoru-san."
Kenshin olhou para a garota que estava servindo café em uma xícara. 'Ela poderia ser modelo, se quisesse. É bonita. Um tipo jovem e doce de beleza. Ela realmente deve chamar a atenção dos rapazes quando passa. Porém eu não diria muito sobre o temperamento dela.'
Kaoru trouxe a comida deles.
"Eu... Sinto muito pelo que disse ao senhor." Kaoru disse, embaraçada.
"Está tudo bem. Não machuca ouvir a verdade, Kaoru-san." Kenshin sorriu educadamente e chutou Yahiko por baixo da mesa.
"Hein? Ah! Desculpe." Yahiko disse e olhou em outra direção.
Kaoru sorriu suavemente. Sabia que o garoto não era sincero em suas desculpas. Estava sorrindo pelo fato do homem ruivo haver feito seu filho se desculpar.
"Se você precisar de qualquer coisa, Himura-san, chame-me. Eu estarei ali." Kaoru não deu dois passos, antes de se voltar novamente. "Ano... Himura-san, eu poderia pegar emprestado o seu jornal por alguns minutos?
"Claro."
Kaoru levou o jornal e sentou-se em uma mesa afastada.
'Deve estar em algum lugar por aqui. Dei uma olhada no jornal de ontem e no do dia anterior... Não havia nada. Nada nos obituários, nada na seção policial. Era como se nada houvesse acontecido. O que está errado? Por que não há nada no jornal? Eu estou louca? E se não aconteceu nada? Talvez eu tenha estado sonhando. Deveria simplesmente ir para casa.'
Kaoru dobrou o jornal antes de levá-lo de volta a Kenshin. Ele a olhou.
"Você está bem, Kaoru-san?" Kenshin perguntou.
"Sim..."
"Você não parece bem."
"Eu estou bem."
"Tem certeza?" Kenshin insistiu. Era estranho para ele sentir tão preocupado por uma estranha. Além disso, ela parecia bem. Por alguma razão, porém, ele sentia como se ela estivesse perdida e emocionalmente machucada. 'Talvez eu esteja louco.'
"Meu pai é uma aberração." Yahiko resmungou.
"Tenho certeza de que estou bem, Himura-san. Obrigada por sua preocupação." Ela respondeu, educadamente. "Precisa de mais alguma coisa?"
"Sim. A conta, por favor."
***
Kenshin estava parado diante da janela de seu escritório. 'A melhor vista da cidade' Kenshin sorriu tristemente. Não conseguia lembrar quem havia lhe disse aquela frase. Tinha uma sensação estranha àquela tarde. 'O que é isso? Um vazio? Ótimo! Estou deprimido por causa da ex-esposa... Não, não é isso. Talvez eu esteja ficando louco. Primeiro foi aquela garota no Café... Simplesmente fiquei perguntando se ela estava bem. Gostaria de saber se ela tinha um problema ou não. Ela provavelmente deve ter me achado uma aberração, como Yahiko disse.'
A secretária chamou-o pelo interfone.
"Shinomori-san está aqui para o ver."
"Deixe-o entrar."
'Ótimo! Outra aberração como eu. Ainda bem que ele está fora daquela fase de eu quero ser melhor que você, que ele estava quando nós estávamos na faculdade.'
A porta se abriu e um homem alto de frios olhos azuis entrou.
"Himura." Ele disse, educadamente, porém sem se curvar adequadamente.
"Aoshi. O que foi agora?"
"Tenho uma informação para você." Aoshi disse, tirando de dentro do casaco um grande dossiê e colocando-o sobre a mesa. "Aconselho que você o leia o mais breve possível."
"De que se trata?" Kenshin perguntou, pasmo pela quantidade de páginas do documento.
"Você me pediu que descobrisse tudo que eu pudesse sobre aquela companhia de software que você estava pretendendo comprar."
'O que é ele? Louco? Desde quando uma firma tão pequena precisa de uma pesquisa tão detalhada? Provavelmente agora ele está naquela fase de eu vou provar para você como eu sou bom. Essa é diferente de ele querer ser melhor do que eu. Esta fase é como: eu sei que você é bom no que faz, mas você nunca será tão bom quanto eu no meu trabalho. Com isso eu concordo, porque ninguém é tão bom quanto Aoshi para coletar informações.
"Lerei quando eu tiver tempo." Kenshin disse.
"Hoje à noite."
"Não posso fazer isso hoje. Estou com meu filho em casa. Ele nunca me deixa tratar de negócios nos finais de semana." 'Eu não tenho que me explicar a ele. Ele não é o meu chefe... Eu sou o chefe dele.'
"Faça como queira. Estou indo." Aoshi disse e partiu, sem dizer adeus.
'Realmente... Este sujeito está mais louco que eu... Mas ele conseguiu me deixar curioso para ler isso. Talvez seja importante.'
Kenshin pegou o dossiê e decidiu que estava na hora de apanhar Yahiko na escola. 'Hoje não estarei atrasado.'
***
Tae olhou para a garota. Não poderia acreditar que ela pudesse aprender tão rapidamente. Naquele momento, Seiji - o outro atendente do Café - estava tentando ensinar Kaoru a fazer um cappuccino. 'Ela se esforça tanto! É como se sua vida dependesse disso. Ela não se entrega se não conseguir aprender na primeira tentativa. Ela tenta até conseguir fazer certo. Ela me lembra Eiko...'
"Parece bom, Kaoru-san." Seiji disse.
"Não importa a aparência. É o gosto que me preocupa. Preciso aprender a fazer isso direito." Kaoru respondeu.
"É apenas o seu primeiro dia. Você não precisa saber tudo."
'Eu preciso fazer isso. Por Tae. Ela está me ajudando. Eu não quero ser um fardo.'
"Eu preciso aprender tanto quanto possível." Kaoru declarou.
"Seiji-kun está certo. Você não precisa se esforçar tanto, Kaoru-chan." Tae sorriu para ela.
"Quanto mais rápido eu aprender, mais cedo você pode ir para casa à noite. Você estará mais segura."
'Como Eiko... Ela se preocupa muito com as outras pessoas.'
"Não se canse demais, ou ficará doente." Tae disse.
Seiji olhou para Kaoru. Ninguém poderia ser espontaneamente tão gentil. Talvez ela estivesse fingindo. Olhou aqueles lindos olhos azuis, enquanto Kaoru sorria para Tae. 'Ela não está fingindo. Ela realmente é o que mostra.' Seiji gostou dela por isso.
"Está bem, Kaoru-san. Eu vou mostrar a você o meu segredo." Seiji disse, sorrindo.
"Legal! Uma 'técnica secreta de fazer café'!" Kaoru empolgou-se. "E por favor me chame de Kaoru. Eu acho que nós seremos amigos!"
Seiji piscou. Ela com certeza era energética e muito amigável. 'Por que ele está me olhando assim? Ele deve pensar que eu sou uma aberração...' Kaoru tentou não rir da cara de seu novo amigo.
"Então, você não vai me ensinar como fazer meu café não ter gosto de água de esgoto?"
Seiji despertou de seu encantamento.
"Ah! Você está sendo muito rígida consigo, Kaoru. Seu café não tem um gosto tão ruim..."
"Tão ruim... Você quer dizer que ainda é ruim."
"Não! Não foi isso o que eu quis dizer!" Seiji enrubesceu.
"Não se preocupe, Seiji-kun. Eu sei que meu café é ruim. Mas você e Tae-san irão me ensinar a melhorá-lo, não é?"
"Claro, Kaoru-san. Nós iremos..."
"Kaoru." Ela retrucou.
"Kaoru." Seiji repetiu.
"Então, você vai me ensinar ou não?" Kaoru perguntou, colocando as mãos na cintura e fingindo estar irritada.
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