Infelizmente os personagens de Rurouni Kenshin não me pertencem, o mundo é realmente cruel. =^.^x=
Próxima parada, Kyoto!
Por Artemisa
Ah! O doce cheiro da vegetação penetrava nas narinas como um delicado perfume de verão com suas chuvas noturnas. Seijuurou Hiko aproveitava esse momento absorvendo cada minuto daquela tranqüilidade. O dia estava perfeito, céu claro e o sol brilhando forte refletindo-se no orvalho das árvores. Ele estava sentado na sua habitual pedra apreciando a paisagem das montanhas e a calma do lugar com sua inseparável garrafa de sakê na mão. Tudo continuaria perfeito se não fosse a aterradora visão que Hiko viu surgir no horizonte. Ele reconheceu de imediato o seu estúpido pupilo com um sorriso amarelo na face e um enorme embrulho de presente nos braços. "Coisa boa não pode ser", pensou.
Hiko agora estava em sua pequena cabana fitando seu pupilo, que parecia muito nervoso, e seus dois acompanhantes: Sanosuke, o encrenqueiro que já tivera o desprazer de conhecer, e uma garota que parecia muito com Kenshin.
Hiko olhava para o ex-rurouni com o seu habitual ar sério. Não gostava de admitir, mas o adorava como um filho. Claro que para ele Kenshin era um filho problema, a ovelha negra do Hiten Mitsurugi. Hiko havia lhe dado todas as oportunidades para aquele baka tomar seu lugar como o décimo quarto sucessor do estilo, mas ele recusou tudo e foi para a guerra. Desde então Hiko nunca o perdoara por ter negado essa chance.
Kenshin olhava seu mestre que sempre gostou de dificultar as coisas, principalmente depois que ele foi embora para lutar no Bakumatsu. Ele sabia que Hiko queria que ele fosse o melhor, em outras palavras queria que Kenshin fosse igual a ele. De qualquer maneira precisava admitir que Hiko o ajudou muito e acreditava que agora não seria diferente.
Hiko: NÃO, NÃO e NÃO.
Kenshin: Sensei...
Hiko: Só um estúpido como você para achar que vou criar sua filha recém descoberta.
Kenshin: Mas é só por uma semana no máximo.
Sano: Trouxemos até o melhor sakê de Kyoto para retribuir o favor (ele e Kenshin mostram o embrulho para Hiko).
Hiko: VOCÊS ACHAM QUE VÃO ME SUBORNAR COM SAKÊ!!?? (abre o embrulho e olha a garrafa) É do bom mesmo...
Kenshin: Então vai cuidar da Hitomi?
Hiko: Mas é claro que... NÃO.
Kenshin: Sensei...
Hiko: (Levantando-se) Eu já falei que minha resposta é não, por isso vão embora e é claro, o sakê fica. (ele percebe que a garota está olhando para ele) E você garota, por que está me olhando assim?
Hitomi: É que o senhor é tão forte e bonito... é impossível acreditar que é mais velho que meu pai. Pena que não terei a oportunidade de conviver com o senhor e aprender com seu grande intelecto.
Hiko: (Vira-se para Kenshin) Como eu ia falando vão embora, mas o sakê e a garota ficam.
Sano/ Kenshin: Como?
Hiko: Eu não posso deixar uma criança ser educada por dois seres incompetentes como vocês. Comigo ela terá a chance de conviver com um ser superior.
Kenshin/Sano: * gota *
Hitomi: *sorriso*
Kenshin e Sano chegaram no dia seguinte a Shitamachi. Sano foi aproveitar a noite enquanto Kenshin preferiu voltar para o dojo. Chegando lá ele viu Kaoru com um Kenji profundamenrte adormecido no colo. Ele sorriu ao ver os dois e de súbito surgiu dentro dele o sentimento de culpa por estar escondendo Hitomi de Kaoru e pelo que estava fazendo com sua filha. Não era justo para nenhuma das duas, mas o simples fato de pensar que Kaoru pudesse despreza-lo e deixa-lo o enlouquecia, ele não suportaria viver sem ela. Ele continuava a olhar os dois em silêncio. Kaoru estava tão distraída olhando Kenji, que não percebeu que também era observada. Kenshin distanciou-se dos dois para não atrapalhar, sabia que aquele momento pertencia apenas a mãe e filho e tomou uma decisão: falaria o mais breve possível com Kaoru sobre Hitomi.
Haviam- se passado apenas dois dias, mas já pareciam dois anos. Diferente de Sano que nunca se encontrava em casa e que quando estava, fazia questão de dormir, Hiko era um homem madrugador e que estava sempre presente, por isso Hitomi tinha a impressão de conhece-lo há muito tempo. A monotonia estava se apossando dela, pelo menos em Shitamachi ela podia ver a movimentação das ruas e até mesmo as várias mulheres e os amigos que iam constantemente visitar seu tio Sano. A cabana de Hiko estava em meio as montanhas, longe da civilização tendo apenas o mestre de seu pai como companhia. Hiko por morar tanto tempo isolado virou um homem previsível e rotineiro em seus hábitos caseiros: acordava de manhã cedo para buscar a água, bebia sakê, treinava o Hiten Mitsurugi, bebia sakê, fazia suas peças de cerâmica, bebia sakê, preparava a comida, bebia sakê... por isso Hitomi sentia cada vez mais a necessidade de contato com outras pessoas. Na tarde daquele segundo dia ela conseguiu convecer Hiko a levá-la a Kyoto. Ele não fizera muitas objeções, afinal, seu sakê havia acabado e precisava comprar mais.
Hitomi estava encantada com Kyoto, era tão grande e movimentada que procurava não piscar para não perder nada. O mais interessante era ver Seijuro Hiko entre as pessoas. Ele comprou o sakê e a levou para passear na cidade, as pessoas sentiam um impacto ao vê-lo. Os homens o olhando com inveja e admiração enquanto as mulheres pareciam encantadas com ele. Hiko se divertia sorrindo e piscando para elas como em um jogo. Hitomi pensou que não era à toa que ele era tão egocêntrico.
Os pensamentos de Hitomi foram interrompidos por uma voz masculina que gritou o nome de Hiko. Era um velho esquisito, com uma rídicula fita na barba ascenando de frente a um restaurante de nome Aoyia, Hiko então foi falar com ele.
Hiko: Okina, há quanto tempo.
Okina: Realmente Hiko. Me surpreende vê-lo pelas ruas de Kyoto.
Hiko: Estou mostrando a cidade para Hitomi (e aponta para a garota)
Okina: Hum, é bonita mais não acha que é jovem demais para você?
Hiko: (dando um soco em Okina) NÃO É NADA DISSO SEU VELHO TARADO, O MEU BAKADEISHI PEDIU PARA QUE EU CUIDASSE DELA.
Okina: Menos mau, afinal Kenshin já está velho, mas não aparenta a idade, só que se a Kaoru souber...
Hiko: (dando outro soco em Okina) TAMBÉM NÃO É ISSO, ESSA GAROTA É FILHA DELE SEU DEPRAVADO...oops, falei demais.
Okina: F-Filha???
O velho ficou observando Hitomi com os olhos arregalados, incrédulo no que havia escutado. Hiko preparava-se para explicar tudo quando uma mulhere que saia de dentro do Aoyia o chamou com olhar apaixonado, era Omasu que os convidou para entrar e almoçarem lá. Hiko aceitou, assim poderia explicar tudo a Okina.
Okina estava de frente para Hiko, os dois sentados ao redor da mesa bebendo sakê. Hiko explicava toda a história enquanto Hitomi estava quieta, bebendo chá ao lado dele.
Hiko: ...e essa é toda a história.
Okina: Interessante... acho que Battousai está mais encrecado do que na batalha contra Shishio.
Hiko: É só confusão que aquele imbecil sabe arrumar.
Nesse momento um homem alto, vestindo um gi branco, entra no restaurante. Ele percebe a presença de Hiko e se aproxima para cumprimentá-lo com a habitual maneira fria e expressão imutável em seu belo rosto, em seguida ele sai. Hiko observa Aoshi ir embora.
Hiko: Shinomori continua o mesmo.
Okina: Sim, está sempre meditando e com o mesmo ar sério. Conversa muito pouco apesar de estar de volta a nós na Oniwabanshu.
Hiko: Sim, sei...(Hiko então se dá conta de que Hitomi estava em estado de transe, com os olhos fixos na direção em que Aoshi se foi) Hitomi, aconteceu algo?
Hitomi: Quem era aquele deus?
Hiko / Okina: Ham???
Hitomi: Ai, que cabelos, que olhos, que boca, que peitoral, que abdome, que...
Hiko: É MELHOR IR PARANDO POR AÍ MOCINHA.
Hitomi: Ele é o homem mais perfeito que já vi.
Hiko: Isso é inadmissível.
Okina: Isso mesmo, você é muito jovem para se apaixonar.
Hiko: Não é isso, o único homem perfeito que existe sou eu.
Okina/ Hitomi: (caem no chão)
Hiko: Eu sou lindo, maravilhoso, perfeito... Aoshi é apenas bonitinho.
Okina / Hitomi: *gota*
Hiko: ...ele apenas "dá pro gasto"...
Omasu: (que surge do nada) Concordo, concordo...
Hitomi: Shinomori Hitomi, soa perfeito...
Okina: Ai ai, lá vem dor de cabeça.
Fim do terceiro capítulo.
Oiiiiiiii
Queria agradecer pelos reviews . Obrigada pelo incentivo e espero que tenham gostado desse terceiro capítulo. Dúvidas, sugestões, críticas, ou seja lá o que quiserem saber podem me enviar pelo e-mail .
Até mais.
Artemisa =^.^x=
Hiko: Sem essa de "até mais", estou furioso.
Artemisa: Oro???
Hiko: Exijo que esse capítulo seja rescrito.
Artemisa: Rescrito? Por que?
Hiko: É óbvio! Falar que Aoshi é um homem perfeito é um insulto a minha pessoa, pois todos sabem que o único homem perfeito sou eu. Eu exijo uma retratação, esse capítulo deve ser rescrito e no final deve ter um pedido de desculpas de sua parte para o Belo Mestre do Estilo Hiten e... ei, Artemisa, aonde pensa que vai?
Artemisa: Fui! (e sai correndo)
Hiko: VOLTE AQUI EU AINDA NÃO TERMINEIIIIIIIIIIII (e também sai correndo)
