Silêncio na Primavera.
Bom, aqui está o terceiro capítulo, espero que gostem. Ah, eu provavelmente usarei expressões japonesas de capítulos anteriores. Só que não vou copiá-las a cada capítulo novo, porque isso faria com que logo mais eu tivesse que escrever uma página inteira só com as explicações para as expressões...
Matte = espere.
Doomo = obrigado (a), só que mais simples... Ele vem de Doomo arigatô (Ou Arigatou) que significa muito obrigado (a). Há um outro sentido para "doomo" muito parecido, mas não vem ao caso.
Capítulos 3 – Cuidados.
Kaoru acordou de um pesadelo. Cada centímetro de seu corpo doía loucamente e então ela soube que o pesadelo não fora um sonho. Ainda de olhos fechados tentou se lembrar do que tinha acontecido. Lembrava dos ninjas, do brilhante cabelo de Himura, de sangue... Apertou os olhos com um pouco mais de força como se isso recuperasse as imagens. E então mais algumas imagens vieram em sua mente. Lembrou do vento que soprava contra seu rosto, do mal estar causado pelos dardos que foram atirados pelos ninjas e uma outra imagem que não fazia muito sentido, parecia estar em cima de um grande animal dourado e alguém...a abraçava? "Isso não faz sentido algum" pensou Kaoru levando as mãos ao rosto.
- Sente-se melhor? – Uma voz gélida soprou não muito longe dela.
Kaoru se sentou, a cabeça doendo muito. Viu Himura sentado observando-a, ele estava na sua clássica posição de dormir: Encostado de costas para algo e com a espada descansando apoiada em seu ombro. Olhou ao redor, absorvendo cada centímetro do quarto.
- Acho que sim. O que aconteceu?
No meio daquela confusão com os ninjas, Kenshin tinha não só que atacar os ninjas e se defender, como tinha que cuidar de Kaoru que jazia inconsciente. Num momento ele a carregou nos ombros, e nesse momento mais dois dardos voaram na direção de Himura que defendeu com um golpe apenas. Correu um pouco para ganhar distância e viu o jardineiro se aproximando com um enorme cavalo marrom.
- Himura-san, aqui! - Ele acenava para que Kenshin se aproximasse. E então desceu do cavalo em uma das mãos tinha um embrulho e na outra uma espada – Salve Kaoru, e entregue isso para ela. – disse se referindo ao embrulho. – Corra raio de luz! Corra! – disse dando uma palmada no cavalo que saiu veloz.
Battousai sabia que não poderia continuar com os ninjas se quisesse Kaoru viva, não que ele quisesse ou se importasse, mas Katsura-san disse para cuidar dela. Então montou no cavalo, com um dos braços ele segurava Kaoru para junto de si e com a outra guiava o animal. O Jardineiro certamente gostava muito da jovem, mesmo que não a conhecesse direito. Ele foi deixado para trás, segurava a espada com firmeza e respirou fundo ao ver a onda negra de inimigos estava ali se aproximando velozmente. Lutou bravamente até a sua morte. Os ninjas massacraram-no por ele ter permitido que a presa fosse levada embora. E como vingança, depois foram até a casa. Destruíram e mataram todos que estavam ali, sem piedade ou dó.
Himura correu inicialmente pela estrada para ganhar tempo e distância. Depois de uma ou duas horas ele conduziu o veloz e disposto "Raio de Luz" para dentro da mata. Subiram uma montanha por mais uma hora, mais ou menos. Kaoru encolhida delirava, ela se agarrava ao Gi de Himura como se a vida dela dependesse daquilo, algumas lágrimas correram por seu rosto. De tempo em tempo Himura olhava para a garota, preocupado em saber quanto tempo teria, podia sentir o calor do corpo que abraçava e sentiu uma estranha paz... tentou ignorá-la. Chegou ao topo de uma montanha e desceu mais um pouco, agora mais devagar. Observou tudo ao redor e parou o cavalo. Deitou Kaoru, acendeu uma fogueira e sumiu por um tempo. Ao voltar tinha um punhado de ervas em suas mãos, amassou-as e andou até o riacho que corria ali perto. As ervas trituradas estavam em sua mão esquerda, ele pingou um pouco de água em cima e voltou para Kaoru. Levantou-a com o braço direito e a fez beber as ervas de sua mão. Kenshin olhou admirado para ela e por um momento sentiu pena do sofrimento da jovem. Estava com febre, mas como a temperatura estava esfriando rapidamente com o cair da noite ele não fez compressas de água fria, não queria que a garota morresse de hipotermia. Esperou algumas horas e tornou a dar-lhe água com ervas.
Quando o dia estava nascendo, deu-lhe mais uma vez as ervas antes de voltarem a cavalgar. Cavalgou por umas cinco horas e parou num vilarejo. Pediu um quarto e duas refeições, sendo que uma teria que ser sopa e bem quente. Himura levou Kaoru para o quarto, precisava descansar já que não dormira na noite passada. As refeições chegaram.
- Algum problema com ela? Quer que chame um médico? – A atendente disse simpaticamente.
- Iyé. – veio a resposta.
Himura colocou as ervas que guardara na sopa e deu para Kaoru beber, a mão da Jovem pousou suavemente na de Himura nesse momento. E logo em seguida, a macia mão deslizou deixando claro que a garota tinha apagado novamente. Kenshin comeu sua refeição com calma e descansou um pouco. Estava revoltado com a idéia de estar preocupado com a jovem que só lhe trazia problemas. Himura já tinha deixado tudo pago antes de ir para o quarto e sem ninguém ver, saiu com Kaoru quando a noite caiu. Kaoru já apresentava uma melhora, mesmo que fraca. Raio de Luz cavalgou a noite toda, hora correndo hora andando com calma. Por volta de umas seis da tarde do outro dia chegaram no local que Katsura-san tinha anotado num papel.
- Olá, Himura-san. Em que posso ajudar? – Kiri era bonita e esbelta, fez uma leve reverência.
Himura pediu dois quartos que fossem vizinhos com uma shoji interna entre eles. A mulher sorriu e indicou o caminho.
- Katsura-san já deu notícias?
- Não, sinto muito. Posso ajudar em algo mais?
Himura disse que não e a mulher saiu polidamente. Não adiantava pedir por mais ervas, agora o trabalho seria todo de Kaoru. Deitou-a num futón e abriu a shoji interna, caminhou para seu quarto e depois fechou a shoji. Ficou atento a cada ruído no quarto ao lado, não houve nenhum.
Bom, isso foi o que aconteceu, mas é óbvio que a resposta de Himura à pergunta de Kaoru não seria tão detalhada.
- Você foi atacada por ninjas. – foi a resposta.
- Embora eu saiba que você vai dizer que não foi por mim... eu agradeço por me salvar.
Kaoru olhou para o seu lado e viu uma tigelinha de arroz e uma com legumes cozidos ao shóyo. E então percebeu que estava com fome.
- Isso é para mim?
- Sim.
Himura, que até então estava olhando para o chão, levantou o rosto para ver a garota comer. Ela estava bem melhor. Kaoru começou a comer com calma, sentiu-se mais alegre. Ele pôde até reparar num leve rubor que surgiu em seu rosto quando ela percebeu que estava sendo observada..
Mas parou de comer ao ver um embrulho de pano do outro lado.
- Isso é do... – ela pegou o embrulho e o abriu, havia umas poucas sementes. – Ele está bem?
Não houve resposta. Sentiu-se triste, abraçou o embrulho e agradeceu. Kaoru sentiu que ele não estava mais vivo, mas nunca soube do jeito cruel que morreu.
- Vou plantar depois. – ela disse forçando um sorriso.
- Você falou muito enquanto dormia. – ele a observava friamente.
Por um breve momento o silêncio reinou no quarto.
- O que eu disse?
- Coisas que não disse antes. Disse que não se lembrava de nada, ou esqueceu isso também?
- Não. – ela disse. – Falei tudo que sabia, só não contei os detalhes que não importavam.
- O que ouvi não pareciam ser apenas detalhes.
Kaoru ficou em silêncio. Himura odiava quando ela ficava calada, omitindo assuntos importantes.
- Por que você não coopera? – ele já estava de pé.
- O que você quer que eu diga? Mentiras? Isso pode ser feito, mas não ajudaria em nada! – ela gritou de volta.
Uma voz chamou atrás da shoji interrompendo a briga.
- Himura-san? Kinou deseja lhe falar...
Himura abriu a shoji e viu Kiri-san. Saiu do quarto sem olhar para trás. Kiri-san olhou para
Kaoru e seu kimono sujo que usava faz um tempo.
- Venha comigo, sim?
- Ahm... – Kaoru timidamente perguntou. – Eu?
- Sim. Acredito que vai se sentir melhor com um banho.
Kaoru acenou que sim e sorriu. Caminharam por um longo corredor e desceram uns lances de escada. A decoração era clara e serena. Kaoru caminhava com dificuldade.
- Algum problema com sua perna? – Kiri perguntou jovialmente.
- Meu tornozelo, vem me incomodando faz um tempo. Tinha melhorado mas... – ela se lembrou de quando caiu no chão no quarto de Himura e de quando fugira de assassinos no meio da noite. – mas voltou a doer...
- Compreendo. – Kiri sorriu. – Vamos dar um jeito nisso.
Kinou observou curioso a aproximação de Himura.
- Algo errado? Interrompi alguma coisa? – perguntou com um sorriso malicioso.
- Iyé.
- Vejo que está agitado.
- O que você tem a dizer? – perguntou friamente ignorando os comentários de Kinou.
- Maa... Himura-san! Já entendi! – Disse levantando as mãos se rendendo. – Direto ao assunto, pois bem... – fez uma pausa. – Katsura-san vai se atrasar um pouco.
Kinou observou Kiri e Kaoru ao longe. Himura sabia para quem ele estava olhando e observou Kinou sorrir maldosamente. Suspendeu uma sobrancelha se perguntando o motivo daquele sorriso, mas logo se arrependeu por ter se perguntado isso.
- Vejo que vai ficar mais um tempo com a garota, já que as suspeitas de Katsura-san estavam corretas. – e riu para si mesmo.
- Se é só o que tinha para me dizer...
Himura agora se levantava.
- Matte, Himura-san. – Kinou se levantou. – Em duas ou três semanas este lugar ficará vazio por algum tampo. Mushô e algumas poucas atendentes ficarão alguns dias mais, porém depois eles irão embora também.
Mushô era um senhor, com mais ou menos 55 ou 60 anos. Trabalhava como massagista na casa de banho, era especialista em vários tipos de terapias alternativas. Tinha o rosto bondoso e olhos que transmitiam paz. Himura fitou Kinou como quem diz "Tá, e daí?".
- Não deixe a garota fugir. Não haverá guardas nem sentinelas, apenas você, será a oportunidade perfeita para ela. Katsura-san descobriu coisas interessantes a seu respeito, e espera que ela recupere a memória. – ele riu. – mas isso não é garantido, né?
Kinou se esticou e caminhou para a entrada principal da casa.
- Vai ficar um bom tempo com a garota, por isso, tenha paciência. Bom, até mais Himura.
E saiu rindo pelos jardins, feliz com si mesmo por torturar Himura com pensamentos sobre a
garota.
Kiri-san indicava o caminho.
- É por aqui.
Passaram por um jardim muito bem cuidado, o céu estava branco por causa das nuvens de algodão que passavam calmamente e um vento frio correu por ali. Kaoru tentou olhar para o céu, admirada com a brancura, mas a forte claridade fez com que seus olhos doessem.
- Mou... que luz forte! – Disse tampando os olhos.
Passaram por um pequeno lago e logo chegaram a casa de banho cuja decoração lembrava muito a da casa principal.
- Yuri-chan! Hikari-chan! Kaoru-san é... hum... é hóspede de Himura-san.
Kiri viu o rosto de Kaoru começar a enrubescer e se apressou em dizer para evitar fofocas (entre as duas) e constrangimentos (para Kaoru).
- E de Katsura-san também. Então, vocês duas cuidem para que Kaoru seja atendida por Mushô depois do banho.
- Hai. – Yuri sorriu. Yuri-san era muito parecida com Hikari-san, só que o rosto de Yuri era mais fino e ela era um pouco mais miúda e magra que a amiga, muitos perguntavam se eram irmãs.
- Você parece bem melhor. – Hikari disse jovialmente. – Quando Himura-san a trouxe, estava pálida. Não deixou ninguém entrar em seu... – Uma forte cutucada de Yuri a fez parar de falar.
- Não é hora para fofocas, né? Não vê que Kaoru ainda não está completamente boa?! – Disse disfarçando. – Venha comigo, Kaoru.
As duas alegres jovens levaram Kaoru para uma salinha e despiram-na. Depois encaminharam-na para uma outra parte da casa de banho, onde ela se lavaria. Yuri esfregava as costas de Kaoru com uma esponja ou uma toalha, que Kaoru não conseguiu identificar. Depois a enxaguaram.
- Mou! Que gelado!
As duas sorriram, Kaoru se sentia mais leve. Hikari, agora, estava ocupada em outra sala, arrumando roupas e toalhas para a visitante.
- Yuri-san... você conhece Himura-san há muito tempo?
- Humm... sim... Mas não é sempre que ele vem aqui. Ele é muito reservado, né?
Yuri tinha acabado de desembaraçar os cabelos, agora limpos, de Kaoru. Prendeu-o fracamente num coque e a encaminhou para o ofurô. A água estava bem quente. Kaoru se sentiu mais relaxada e até esqueceu de perguntar sobre Himura não deixar ninguém entrar em seu quarto, pois tinha certeza de essa era a continuação do que Hikari-san estava dizendo. Depois de uns dez minutos Kaoru se secou com a toalha se perguntando o que vestiria. Mas logo Hikari-san apareceu e encaminhou-a até Mushô que estava pronto para atendê-la. Fez uma leve massagem com óleos aromáticos e Kaoru já tinha se entregado ao relaxamento e não sentia mais seu corpo doer tanto. Chegou quase a pensar que dormiria ali. Depois de um tempo, Mushô pediu que se virasse de barriga para cima. Depois que a jovem o fez ele segurou seu pé pressionou uns pontos e puxou o pé com força e depois o girou.
- Aiiiêê!! – Kaoru levantou num pulo e ficou de pé. – Por que fez isso? Doeu muito!
E ao andar percebeu que seu pé sarara. Hikari ria alto da outra sala já sabendo o que acontecera.
- Ahm? Não dói mais! – disse andando um pouco mais pelo local. Então abriu um sorriso. – Meu pé ficou bom! Como você soube que...?
Mushô sorria.
- Kiri-san me contou de seu problema.
Kaoru ficou muito agradecida. Foi abraçá-lo num impulso de felicidade, mas ao se lembrar que só estava de toalha se afastou e se curvou mais que polidamente agradecendo. Yuri apareceu e ficou feliz ao ver que Kaoru não mancava mais ao andar, o pé estava bom. Entregou um Kimono verde-água a Kaoru e um outro que ela usaria para dormir. Kaoru ficou mais um tempo conversando com Mushô e as duas mulheres. Então depois foi para seu quarto, estava arrumado. Estava com o coração tão mais leve que nem se lembrava da discussão com Himura.
A noite caiu e o ventou mudou de direção dizendo que o clima mudaria. Kaoru respirou fundo para criar coragem.
- Himura-san?
- Nani ka?
- Posso entrar?
Houve um breve silêncio do outro lado da shoji. – Hai. –ele respondeu. Kaoru deslizou para dentro de seu quarto e sentou-se sobre as pernas. Era hora de falar o que tinha vontade de dizer há um bom tempo. Sua coragem se esvaiu rapidamente ao sentir o penetrante e frio olhar de Kenshin. Ela sabia que ele estava esperando.
- Bom... posso acompanhar você no jantar hoje? - mas não era isso o que queria dizer...
Himura foi pego de surpresa pelo pedido da garota. Perguntava-se qual era o jogo dela, mas podia ver claramente em seu rosto o nervosismo e medo. Ela não seria capaz de nada, não conseguia esconder o que sentia. Deu de ombros à pergunta dela e disse. – Faça o que quiser.
- Hai, Doomo.
Ela saiu polidamente e tempo depois foi para o jantar com Himura. Kaoru se perguntava porque ficava nervosa na presença de Himura, talvez fosse por causa de seu olhar frio, ou talvez medo... quem sabe? Poderia ser apenas pelo fato de que ele era um assassino e que poderia matá-la a qualquer momento. Ambos já tinham acabado de comer quando a voz de Kenshin soara baixa e calma.
- Por que quis se juntar a mim?
Kaoru sentiu o estômago embrulhar e o rosto enrubescer.
- Bom... eu... não queria ficar sozinha. - Ela queria se matar pela resposta horrível.
A jovem serviu sakê a ele, as mãos tremendo um pouco. Himura sorveu o sakê e ela tornara a servi-lo. O gosto do sakê estava agradável, mas não disse nada.
- A verdade... – ela manteve o olhar no sakê quente. – é que quero agradecer. Apesar de saber que só trouxe problemas e que agora sou sua... hum... refém, - ela fez uma pausa. – fico agradecida por ter paciência comigo e por... – fez outra pausa. – por não me bater.
Ela olhou para ele sorrindo, tirou da mão de Himura o recipiente de sakê e segurou-a com suavidade entre ambas as mãos.
- Sumimasen, Himura-san, por fazê-lo perder seu lenço . – ela disse. – Imagino que ele devia ser muito especial para você.
Kenshin fitou a garota. Apesar de seu rosto não demonstrar emoção alguma, estava perplexo.
As palavras de Kaoru sobre o lenço não o incomodaram pois as lembranças do passado não o afetavam mais já fazia um bom tempo.
- Sei que não sei nada sobre você, e que é um assassino da noite como alguns que me perseguem, mas... – seus olhares se encontraram. – acredito que você é uma boa pessoa e...
Kaoru ainda segurava sua mão quando parou de falar, ele sentia seu macio toque e o ambiente pareceu mais agradável que nunca. Fitou os profundos olhos da jovem como se pudesse ler sua alma. Levantou-se, foi embora sem dizer nada a deixando sozinha. Himura foi para seu quarto, se lembrou brevemente de quando cuidou de Kaoru, quando esta estava perto da morte. Lembrou-se dela segurando seu Gi com força, aquele corpo frágil em seus braços... Lembrou do toque em sua mão há pouco tempo lá embaixo. Ele a odiara nesse momento. O que ela estava fazendo? Talvez estivesse seduzindo-o para poder fugir, ou talvez não...
Continua...
Calma! Calma! Não atirem pedras em mim ainda! Sei que a Kaoru está parecendo uma fraca e está quase submissa, mas lembrem que ela perdeu sua identidade (Não é do documento que estou falando :oP). Outra coisa que gostaria de dizer é que embora eu ainda não tenha falado sobre o passado de Kaoru, ele está um pouquinho diferente. Humm... que mais tenho a dizer? Acho que nada mais tenho a declarar.
Chinmoku.
