Silêncio na Primavera.
Olá, olá! Aqui está o capítulo 13, acho que me empolguei um pouco ao escrever este capítulo. Onegai, não me odeiem! Curiosos?!? Hihihiii, que bom!
Ii tenki desu ne = Está um dia agradável, não?
Matte = Espere.
Sumimasen = Sinto muito.
Nani? = O que?
Watashi wa anata o aishiteimasu = Eu amo você. – (Watashi = eu), (Anata = você), (Aishiteimasu = é o verbo Ai = amar, já conjugado). Só para vocês terem uma idéia. :oP (note que aishiteru = eu te amo e Suki da yo = gosto de você ou algo assim. Essa expressão também é muito usada como se fosse "eu amo você", mas na verdade não é, né?!?)
Capítulo 13 – Entre as estações.
Kaoru sentia-se muito feliz só pelo fato de estar junto de Seta, mas isso não a fazia de modo algum esquecer Kenshin Himura. O dia estava fresco e calmo, o céu perfeitamente limpo e os animais alegres.
- Ii tenki desu ne? – A jovem disse sorrindo.
- Hai.
- Aonde vamos?
- Você verá.
Eles continuaram caminhando até que o caminho que seguiam começava a subir de leve. E Soijiro Seta parou de repente.
- Chegamos.
Kaoru olhou ao redor com cautela analisando cada pedaço do local, dando grande importância para tudo o que via. O local parecia conhecido, de fato. Soijiro observava as expressões da jovem.
- Reconhece esse local?
- Não exatamente. – Ela fitou uma árvore que lhe chamou a atenção. – Mas parece-me incrivelmente familiar.
Ela encostou a palma da mão esquerda na árvore e fechou os olhos. "Papai...". Ela arregalou os olhos, surpresa.
- Esse lugar era muito especial para você. – Seta disse se aproximando. – Disse-me uma vez que essa árvore, que você está tocando agora, lembrava o seu...
- Pai. – Ela terminou a frase por ele.
- Hai. – Ele sorriu simpaticamente.
- Lembrei-me dele quando encostei minha mão nesta árvore.
Soijiro segurou a mão de Kaoru entre as suas e fitou-a por um breve momento. Kaoru observou-o em silêncio, sabendo que ele falaria algo assim que arrumasse seus pensamentos ou que achasse apropriado.
- No dia que você sumiu, tínhamos uma missão.
Ela acenou com uma leve inclinação da cabeça, dizendo que compreendia.
- E estávamos conversando, antes de partirmos para tal assunto. Kaoru, eu não consegui terminar o que estava falando... e depois você... – Ele fez uma pausa e fitou-a. – Sempre escondi minhas emoções, mas você viu além dos muros que ergui ao meu redor.
A jovem novamente acenou, seu coração se acelerou um pouco. O que ele dizia fazia sentido de alguma forma, mesmo que ela não se lembrasse de como Seta era. A calma e paz que o local transmitia era confortável. Uma gostosa energia os envolveu quando uma brisa correu pela região. Kaoru se viu sendo abraçada por Seta, um abraço caloroso e sincero que demorou alguns momentos. O coração da jovem batia descompassado.
- Watashi wa... watashi wa...
Os olhos de Kaoru se exclamaram em surpresa, Soijirio diria o que ela estava pensando que ele diria? Ele largou-a do abraço e segurou suas mãos, pôde até sentir o nervosismo e timidez da jovem. Mas não desistiria, não erraria como o fez no passado. Ele beijou as mãos de Kaoru com ternura e calma. A jovem enrubesceu e fitou-o timidamente, o olhar de Seta a deixou mais tímida ainda. O tempo pareceu parar, como se a eternidade fosse deles e de ninguém mais.
- Kaoru-chan, watashi wa... anata...
Uma das mãos de Seta fez uma carícia no rosto da jovem. Kaoru lutava para ignorar o calor que estava sentindo dentro de si. Precisava dizer a Seta o que sentia por Himura, mas como o faria? Como?
Ela viu Seta se aproximando e se descobriu indefesa,também o amava. E nesse momento um galho seco estalou, Seta e Kaoru não estavam sós...
- Que encontro mais agradável! Encontrei juntas, as duas pessoas que mais ansiava por encontrar. Afaste-se dela, Seta.
- E por que acha que eu obedeceria? – O rosto de Seta continuava sorridente e simpático.
Kaoru recebeu o olhar de Okita e estremeceu. O breve momento que se passou em silêncio estava repleto de tensão. Okita e Seta se fitavam intensamente, há muito ansiavam por este encontro.
- Isso vai ser divertido.
Okita avançou em Seta e os seis vassalos de Okita, em Kaoru.
- Não!! –A jovem gritou fugindo dos homens.
Soijiro desembainhou a espada e deferiu o golpe de cima para baixou e contra-atacou. Okita sorriu e recuou defendendo.
- Sua velocidade é muito boa, Seta.
- Posso dizer o mesmo da sua.
E ao terminar de dizer isso Soijiro avançou. Okita pulou para o lado defendendo-se com a espada por cima do ombro, rodou-a em sentindo horário e acertou Seta de raspão no braço.
Kaoru gritou ao ver o sangue no braço de Soijiro. Tinha até agora corrido dos homens, usando as árvores como proteção. No entanto, o atual ocorrido deixou-a ser pega pelos capangas. Dois deles a seguravam, um em cada braço. Ficariam agora assistindo a luta.
- É uma pena, você não tem a experiência em anos na espada como eu. – Okita sorriu simpaticamente.
- Tive um ótimo mestre e o tempo que tive de lutas até hoje... – Disse atacando. – é o suficiente para derrotar você!
Okita defendeu o ataque de baixo para cima com a mão direita, e nesse momento a mão esquerda sacou a outra espada e atacou, acertando Soijiro no abdômen. A cena ficou lenta. Uma brisa fresca correu com o cheiro da morte pelo local. Kaoru tentava loucamente se soltar dos homens que a seguravam, sentia algo se mexendo em seu interior e estava doendo. Sentia que estava preste a enlouquecer.
No momento em que Soijiro foi perfurado ele girou e atacou Okita, cortando-o no braço. Eles se afastaram em defesa. E voltaram a se atacar, as espadas se travaram. Estavam medindo forças... se analisando... se matando aos poucos, numa insanidade não contida... numa frieza não humana. "Não... não... Seta-san está com um ferimento muito grave... ele vai...".
- Não... – Kaoru o viu atacar e ser atacado. Lágrimas escorriam angustiadas pelo rosto da jovem. – Não... NÃO!! See-kun!!!
E foi quando ela se viu invadida por uma enorme onda. Conhecimento... sabedoria... tempo... passado... experiências... E tudo passou a fazer sentido. Kaoru juntou os braços com força, puxando os dois homens que a seguravam, e acertou-os com os cotovelos. Deu uma rasteira no homem que estava a sua direita e chutou o que estava a sua esquerda. Vendo a cena, os outros quatro homens de Okita avançaram na garota. Kaoru se abaixou e pegou a espada de um dos homens que estava ainda no chão com dor. Ela recuou de costas fitando todos os homens.
- Parem! – Ela disse afrouxando um pouco seu kimono.
E fitou-os com um brilho sinistro nos olhos. Os homens ficaram confusos e um pouco intimidados, mas não recuariam. Afinal, era apenas uma garota com uma espada na mão, ne? Kaoru sorriu, sua mão direita segurava a espada de modo que estava ficasse na posição horizontal, paralela com o chão. A mão esquerda estava espalmada na lamina na direção dos homens.
- Ei, essa é minha espada. – Um deles disse.
-Há! – Kaoru sorriu sarcasticamente. – Se você a quer... venha pegar!
E todos os capangas avançaram. E foi assim que o fim de outono tornou-se conturbado.
Seta estava tonto, poderia em breve perder os sentidos, aproveitou-se do momento e atacou com uma ilusão. Seu inimigo se defenderia da ilusão, recebendo diretamente o ataque. E foi o que aconteceu. Sangue...
Okita atacou por cima sabendo que Seta defenderia e chutou-o no abdômen. Soijiro se viu caindo lentamente... silêncio... calma... Sim, a morte viria com o próximo golpe. Okita estava avançando. Soijiro fechou os olhos e sorriu para si mesmo. "E não disse a Kaoru o que sentia...". E esperou pelo golpe... que não chegou. Ao abrir os olhos viu Kaoru. Ela estava com a perna esquerda esticada e a direita flexionada, os braços esticados empunhavam uma espada... a espada perfurava Okita. Ela retirou velozmente a espada de dentro do corpo de Okita que recuou caindo de joelhos. Ele fitou-a, seu rosto estava surpreso, mas logo a surpresa se dissipou e veio aquele olhar... ternura.
- Arigatô... go...zaima... shita...
Kaoru observou Okita caindo enquanto a morte o levava. E a calmaria voltou a reinar. O local havia bebido muito sangue e nunca mais voltaria a ser como era antes. A brisa fria que correu, carregou consigo as últimas palavras de Okita, bem como seu espírito.
A jovem voltou sua atenção para Soijiro.
- Vamos... – Disse levantando-o e deixando-o apoiar-se a ela. – Você precisa de ajuda.
Seta nada disse no caminho de volta. Precisava salvar a energia que lhe restava para voltar. Kaoru estava ciente disso, também estava certa de que se Soijiro sobrevivesse era pelo fato de ser um homem de sorte. Ou porque era forte, e de acordo com ele, "somente os mais fortes sobrevivem". Sim, ele tinha que sobreviver! Precisava sobreviver!
Chegaram à mansão de Shishio. Yume estava no salão principal com Shishio, Aoshi e Misao.
- Chame Megume! Ela está na torre. – Aoshi disse à atendente que se encontrava no salão.
Seta foi levado para um dos quartos mais próximos. Quando Megume entrou no quarto, Kaoru tentava estancar o sangue do homem que estava ali deitado. Megume disse que apenas uma pessoa poderia ficar ali com ela, além de seu ajudante. Quando a mão de Seta segurou a mão de Kaoru, ficou claro para todos presentes, quem ficaria.
As mãos de Megume trabalhavam habilmente no ferimento de Seta. Kaoru fitou-a mergulhada em sua seriedade para com seu trabalho. Kaoru podia ler em seus olhos o que se passava. O rosto de Soijiro permanecia impassível ao acontecimento. Ele sentiu Kaoru acariciar-lhe o rosto vez ou outra. O momento estava chegando... Ele abriu os olhos e viu que a jovem chorava em silêncio.
- Kaoru...
- Shh... não fale.
- Escute, - Ele dizia lentamente. – minha hora está chegando, meu último suspiro...
- Não diga isso. – Ela sussurrou horrorizada, levando uma das mãos à boca.
- Você se lembrou – Soijiro sorriu docemente, segurando sua mão.
As lágrimas da jovem continuaram a escorrer, só que mais velozmente agora. Ela soluçou uma vez e se forçou a sorrir.
- Hai, lembrei de tudo.
- Que bom...
Soijiro fechou os olhos. Seu rosto estava tão calmo que parecia que ele estava pronto para dormir. E ainda de olhos fechados apertou um pouco a mão de Kaoru.
- Watashi wa... anata... o ...
Silêncio. Kaoru sentiu o aperto em sua mão enfraquecer-se. Ela fitou-o, o rosto permanecia como antes.
- See-kun? – Ela chamou.
- Sumimasen. – Megume disse, os olhos cheios de lágrimas.
- Nani? IYÉ!!! – Ela abraçou o corpo de Soijiro. – Matte! MATTE! – Seu coração perdeu o compasso em meio ao seu desespero. – See-kun! Não... NÃO!!
A jovem caiu em prantos, caía de um abismo cujo fim parecia não existir. O corpo de Seta jazia inerte ali, deitado em um futón. A palidez de seu rosto se acentuando, o calor de seu corpo se dissipando. Silêncio... eram apenas sussurros perdidos numa floresta.
E foi assim que o conturbado final de outono deu passagem para um inverno que nasceu banhado em sangue.
Continua...
Como disse antes: não me odeiem!! Sessha estava muito inspirada, afinal, sessha ansiava muito por esse capítulo. Espero, - Ai! Quem jogou essa pedra em mim?!? – Ahm... como ia dizendo, espero que tenham gostado desse capítulo. Comentários, críticas... são bem vindos!
... e vocês não fazem nem idéia do que está para vir!
Hihihiiii!!!
Natsu no Ame – Bom, você conseguiu o que queria: A luta de Seta com Okita. Eu disse que não dependia de mim. :oP
Madam Spooky - O passado de Kaoru já está pronto para ser revelado, isso se ela quiser falar, ne?!? :op
Juli-chan – Ora, ora! Obrigada! Sessha até ficou sem graça! Pode deixar que lerei sim, viu?!?
Kaoru Himuramiya - Doomo! Doomo!!
Agradeço de coração pelas r/r!!! Matta ne.
Chinmoku
