Capítulo II - A 1ª Morte

Era um dia solarengo em Veneza, onde Mamoru, Usagi e Chibi-Usa estavam a passar férias. Tinham ido todos andar de gondola e estavam muito descontraídos. Bem,... Nem todos estavam descontraídos, Chibi-Usa continuava de "trombas" por não lhe terem comprado outro conjunto de cosméticos para a sua infindavel "colecção". Ela tentou roubar "algum" da carteira do Mamoru, mas em vão.
Ao chegar ao hotel tiveram um diálogo um tanto ou quanto estranho. Quando se dirigiam para as escadas ouviram gritar:
-Usagi! Usagi!
Olharam para todos os lados mas não viram ninguém.
-Aqui, aqui, usagi!- gritou alguém outra vez com uma voz triste.
Foi então que olharam para o balcão e viram uma cara familiar a acenar perto dele.
-Ami!- exclamou Chib-Usa de seguida com entusiasmo, correu e abraçou a cintura de Ami(apesar dos seus 13 anos continuava muito baixa) sem reparar na maneira diferente como vinha vestida, de preto.
De seguida apróximou-se Usagi e deu a Ami um abraço tão apertado e cheio de lágrimas que, se não a largasse, ou ela morria afogada ou sofucada. Mas Ami nem reagiu, manteve o corpo direito e os braços esticados para baixo segurando cada vez com mais força. De repente os três repararam que por baixo dos óculos escuros escorriam lágrimas que desciam o rosto e caiam no chão.
O silêncio fez-se sentir, era como se mais ninguém estivesse ao pé deles, Usagi afastou-se e juntou-se a Mamoru, Chibi-Usa olhava fixamente para cima fitando a cara de Ami. E foi então que tudo subitamente se tornou mais vazio...
-Setsuna morreu!- disse ami num tom de voz baixo.
Permaneceram os três parados a olhar para ela até que segundos depois Usagi desfaleceu e caiu de joelhos. Um braço mantinha a mão colada ao chão e tremia como varas verdes apoiando o tronco, o outro apesar de tremer tapava a cara cada vez mais molhada. Mamoru pegou nela e levou-a para o quarto, apesar de também ele estár muito deprimido e quase não conseguir andar.
Chibi-Usa levou Ami para o seu quarto que por acaso tinha duas camas,e depois de terem jantado passaram algum tempo a conversar. Perto da meia-noite foi bater á porta do quarto dos seus amigos. Estava receosa que Usagi estivesse a dormir por isso bateu á porta o mais leve possível. Mamoru veio atender e saiu para o corredor, encostou-se á porta e apoiou-se na ombreira. Ami encostou-se á parede do outro lado do corredor.
-Como está ela?
-Adormeceu! Chorou até cair no sono. Está muito habatida com a notícia e com a tua vinda. Como nos descobriste?
-Telefonei á mãe dela. Contou-me que vocês tinham viajado pois tinhas tido férias.
-Já todas sabem?
-Só a Minako é que não, está em Hollywood! Se tudo correr como previsto a Haruka chegará lá amanhã de manhã, contam com elas em Tokio daki a dois dias. Já trataste...
-Já, pensei que me fosses dizer isso e troquei os bilhetes. Partimos de manhã, todos juntos.
De repente calaram-se os dois enquanto um grupo de pessoas saía do elevador e enfiava para quartos diferentes ao mesmo tempo em que se dispersaram. Quando todos entraram Ami prolongou o silêcio pois sabia que vinham a caminho perguntas sobre o acontecimento. Mas o silâncio sedo foi interronpido.
A porta do quarto abriu-se e de lá saiu Usagi em camisa de dormir e com o cabelo desgrenhado. Abraçou o peito de Mamoru, pousou a cabeça no seu ombro e ele colocou o seu braço a contornar a nuca dela. Olharam uns para os outros até ela perguntar:
-Como morreu ela?
-Na cama de um hospital. Estavamos lá com ela.
-Quem estava?
-Eu e as outras. A Mako, a Rei, a Haruka e a Michiro.
-Porque é que ela estava no hospital?
-Foi atacada perto do Portal.
Usagi recomeçou a chorar. Começou a pensar nos dois anos que passaram sem guerras e por momentos interrogou-se sobre quem seria esta força capaz de matar uma das Navegantes mais poderosas.
-Quem foi?
-Não se sabe ao certo, mas pelos vistos eram dois! Houve palavras que ela disse, gestos que ela fez e outras coisas que nos indicaram que eram dois e ela disse para nos mantermos alerta.
Esta revelação deixou Usagi de boca mais aberta. Ela sempre pensou que não tivessem mais inimigos. Ela não ouvia revelações tão surpreendentes desde que Mamoru tinha sido promovido e aceitou a proposta dela sair do liceu.
-Antes de morrer contou-nos que eles têm um poder fora do normal e que não conseguiu descobrir o que aqueles dois fizeram para lhe causar tanta dor. Relatou-nos que eles saíram do Portal lutaram contra ela até a deixarem muito fraca e por fim lhe apontaram uma luz e qualquer coisa lhe atingiu o coração e lhe causou muita dor.
«Ela chegou ao hospital numa ambulância. Foi encontrada inconsciente numa praia. Quando acordou começou a causar disturbios, gozava com as roupas e a atitude de todos e tinha variações de humor muito repentinas. Tentava levantar-se da cama mas depois caía. Os médicos disseram que ela não pode ter morrido dos ferimentos, embora eles não soubessem a causa, eu própria lhe fiz uma análise e concordei com eles. Eles disseram que ela estava louca e concordei, a única coisa que me ocorreu é que ela tenha morrido de angustia. Quando lá chegamos ela estava muito agitada, ria á gragalhada e de repente começava a chorar. Quando conseguiu parar contou-nos isto mas a sua cara mostrava grande dor e sofrimento. A última frase que ela disse foi ...- Ami exitou e começou a chorar.- "Desculpem por vos ter invejado!".
Usagi aproximou-se de Ami para a abraçar, mas Ami chorou ainda mais correu de mãos na cara para o quarto deixando um rasto de lágrimas no hotel.
No dia seguinte estavam a pé pelas seis para selar as malas e partirem para Tokio. Agora mais do k nunca tinham k estar juntas para se apoiarem nesta altura díficil, se Setsuna tinha "partido", a próxima podia ser uma delas.
Chegaram a Tokio na madrugada do dia seguinte, como ainda estava escuro preferiram nao telefonar para ninguém. Ami ficou na casa deles pois não a queriam deixar sosinha. Pela manhã comunicaram ás outras a sua chegada e souberam que Haruka e Minako iam "aterrar" á tarde. Decidiram encontrar-se no café ao lado do salão de jogos onde trabalhava o seu amigo Motoki. Ele havia viajado para os E.U.A para continuar os seus estudos e por isso agora não tinham descontos como nos velhos tempos.
Á hora da chegada lá estavam Rei, Mako e Michiro. Ami limitou-se a sorrir pois tinha estado com elas recentemente mas Usagi começou a chorar e correu para abraçar as amigas. Rei também estava a chorar, Usagi sempre tinha cido a sua melhor amiga apesar de todas as suas discuções e confusões.
Sentaram-se numa mesa perto da janela e lembraram os velhos tempos, os amigos que conheceram, os vilões rídiculos, as batalhas de "mãos dadas" e os dias felizes e sossegados que passaram juntas. Usagi não parava de comer, por vezes até falava de boca cheia para não interromper a satizfação de poder comer sem que o Mamoru a repreendesse. É claro que os gatinhos também vieram ao barulho, visto que estavamos presentes e eu até fui bastante gozada.
-Lembram-se quando a Luna foi perseguida por aquele gato gordo?- disse Mako com cara de gozo, Usagi cuspio bolo por todos os lados de tanto rir.
-E ele até parecia estar a gostar dela.- afirmou a Rei num tom hirónico.
-Luna!- reclamou Artemis a olhar para mim com cara muito séria!
Apezar de toda a tenção pela qual estavam a viver tentaram disfarçar e foram bem animadas. Depois de almoçarem, lá também, continuaram a sessão de recordações até que eu as interrompi.
-Haruka!-disse eu.
-Minako!- disse Artemis.
Quando olharam para a porta Usagi exaltou-se, deu asas á sua criancice e correu em direcção a elas, quando estava quase lá trobeçou e caio directamente nos braços da Haruka. Ambas ficaram muito vermelhas, depois do que já se tinha passado entre elas era caso para ficar. Minako pôs a mão na boca para evitar a gargalhada mas quando viu elas em frente uma á outra, a fitarem-se em silêncio, com os seus olhares a cruzarem-se e as suas bochechas a corarem limitou-se a soltar um pequeno soluço e perder a gargalhada dentro de si. Ficaram todos sentados nos bancos a olhar para elas. Mamoru e Michiro começaram a ficar vermelhos de colera e nervosos como nunca antes haviam estado, mas ninguém sequer se dignou a importar com eles de tão empinhados que estavam em olhar para as duas amigas. Usagi e Haruka não conseguiram evitar um abraço, bem apertado que não deixou dúvidas para quem pensava que ainda não sentiam nada uma pela outra.
Minako manteve-se parada a olhar, depois de 2 anos pensava ter uma recepção bem calorosa mas quem lhe ficou com os louros foi a Haruka!!!!! Quando notou que dali não conseguia nada foi-se sentar ao pé das outras, Ami olhou para ela com os olhos a brilhar e abraçou-a, de seguida as outrnas também deram as boas vindas á sua maneira!
-Olá amigas! Dois anos sem nos vermos, pensei que ia ter uma recepção mais calorosa!
-Ai podes contar com isso! Já tratei de tudo, ou melhor, o meu Umino tratou de tudo. Falou com um amigo que é segurança e temos entrada livre num bar logo á noite!
-Talvez não seja boa altura para irmos saír, estaste a esquecer do que se passou? - disse Michiro em tom reprovativo.
-Por isso mesmo, temos que nos divertir para enfrentarmos o que nos vem pela frente com calma.
-Não adianta, esess argumentos não me convensem!
-Continuo a achar que nos devemos divertir e passar uma noite inesquecivel todas juntas!- afirmou Mako erguendo o corpo no ar e colocando as mãos em cima da mesa. O seu rosto apontava para Michiro e deixava o pescosso esticado para a frente.
-Essa de "todas juntas" foi um pouco infeliz, não achas?- tinha acabado de estoirar uma bomba com esta frase. Michiro esticou-se também, ficando com a cara muito próxima da de Mako e mantendo os olhos fixados nos seus, embora se notasse que estava prestes a chorar tentou mostrar-se forte.
Ao ouvirem todos estes protestos, Usagi e Haruka deram conta que afinal não estavam sozinhas e foram a correr desviar as atenções. Ambas sabiam que Mako e Michiro eram grandes lutadoras e possuiam os atributos físicos suficientes para manter um combate mortal.
-Eh, eh! Michiro, vê se te acalmas!- ordenou Haruka precionando os ombros de Michiro para que esta se sentasse.
Mako sentou-se também embora ainda olhasse para Michiro, mas esta ainda não estava convencida.
-Larga-me!- levantou-se e retirou-se do café a correr. Todos se mantiveram a olhar para a porta e depois para as vítrines seguindo os passos dela enquanto se afastava.
-Vou ter com ela!- disse Haruka quebrando o silêncio. Pegou no casaco pela etiqueta e projectou-o para tráz das costas ficando com ele apoiado no ombro. -Vêmo-nos depois cara de lua. Adeus míudas.
Embora os anos já se tivessem passado dois anos a expressão de Haruka continuava a mesma.
-Afinal o que é que se passou?- perguntou Usagi e recomeçou a comer.
-Técnicamente parece ser uma reação normal á morte de um ente querido mas depios de analizar bem a situação notasse que é um ataque de cíumes agudo.- contra-atacou a Rita.
Todos pensaram que se ia iniciar outra das suas brigas parvas mas Usagi estava tão empinhada em comer que nem ouvio a resposta.
-Depois admira-se por ficar gorda. - disse eu para lembrar Usagi das quantidades monstruosas de bolos que já tinha ingerido.
-Não digas isso Luna, a minha mãe nunca háde engordar!-disse Chibiusa num tom irónico.
-Vocês já souberam dakele desenho k eu fiz da Navegante da Lua depois de comer muitos doces... - continuei eu a conversa.
O sarcasmo começava a dominar a conversa mas independentemente disso Ami e Mamoru continuavam calados. Mamoru olhava para o céu atravéz da vitrina a seu lado enquanto Ami o fixava atentamente. Infelizmente ninguém sabia que naquele local o mal continuava a ganhar terreno sobre as guerreiras e também ninguém se lembrava que alguém podia estar a planear uma vingança ou a segunda fase da sua vingança. Apenas Mamoru se dignava a pensar no pior.
"Quem será o próximo? Porque será? Quem será? Como será?" pensava ele insessantemente.