Capítulo VII - A volta dos Comensais da Morte.
Hermione caminhou lentamente até a aula de Snape. Este, comportava-se normalmente, até mais letal que de hábito.. Ela sentou-se sozinha no fundo da sala.. e enquanto isso, Snape falava:
- Hoje, vamos fazer um teste surpresa.. – sorrindo para os alunos da Sonserina.
O zum-zum-zum foi geral. Ninguém esperava por isso, nem mesmo Hermione, que olhou surpresa para Snape. Alguns alunos protestavam alto, como Neville.
- Chamarei dois alunos, e cada um, terá que fazer a poção que indicarei, no prazo de 10 minutos.- falou a voz letal de Snape, enquanto Hermione, de cabeça baixa, apenas escutava....- Para dar o bom exemplo, comecem Draco Malfoy e Harry Potter.
A turma se entreolhou, todos, indistintamente, estavam perplexos.
- Cada um escolha uma classe e faça a poção indicada. Ao terminarem, podem sair...- explicou Snape para Draco e Harry.
Snape, havia disposto duas classes, em frente a cátedra de onde observava os alunos a serem avaliados.
- O restante da turma.. silêncio!!!!- gritou ele.
Hermione contara os colegas, e descobrira que estavam em número ímpar. Um, teria que fazer o teste sozinho. Não tinha dúvidas, que seria ela e por último.. Snape encontrara um bom pretexto para falar com ela a sós... . Hermione pegou um livro na pasta : "Grandes monitores-chefes de Hogwarts", que havia ganho de Neville no último Natal e mergulhou na leitura. Espaçadamente, ouvia-se a voz de Snape:
- Goyle e Longbotton.
- Pansy Parkinson e Parvati Patil.
- Wesley e Crabree.
- Thomas e Lilá Brown.
E mais e mais nomes. Hermione, ouvia os passos, a porta bater; até que:
- Hermione Granger.
Hermione levantou os olhos, viu a sala deserta e Snape olhando-a.
- Venha fazer a poção, Hermione. Quero ver, se ao menos desta vez, não lhe dou dez. - disse ele sorrindo.
Ela largou o livro, que caiu no chão... Snape juntou-o, leu o título e disse:
- Você não deveria ter comprado este livro agora, Hermione.
Hermione olhou seriamente para ele e disse:
- Ganhei de Neville, porque não deveria tê-lo?
- Deveria ter esperado, até seu nome estivesse aqui....
Ela olhou para Snape, enquanto ele folheava o livro:
- Aqui estou eu.. – disse ele, enquanto indicava a página. – Ganhei de Tiago na votação dos professores..
Hermione, observou a página que Snape lhe mostrava.... Realmente, o nome que constava ali, era o dele....
Eu leio depois.. – respondeu ela secamente.
Hermione levantou, caminhou até a classe indicada e sentou-se.... leu a poção e começou a fazê-la, sempre de cabeça baixa. Snape veio caminhando em direção a ela, tirou a varinha do bolso, mirou a porta e "Trancae" ( feitiço para trancar as portas).
- Assim é melhor. – afirmou ele, sentando-se ao lado de Hermione e começando a falar:
- Hermione, você pode fingir que não está me ouvindo, mas sei que não é verdade. Esse foi o único jeito que encontrei de falar com você, afinal você não respondia meus bilhetes, não aceitava meus presentes.. queimava tudo...
Snape continuava a observar Hermione, que fingia estar concentrada na poção.
- Desculpe pelo berrador. Creio que isso, lhe causou transtornos, que eu não havia previsto.- desculpou-se Snape.
Hermione olhou para ele e simplesmente disse:
- Não ocorreu nada de grave, prof. Snape. Somente Rony, terminou nosso namoro. Somente isso...
Snape ficou perplexo. Não gostaria que isso tivesse ocorrido, afinal, supunha que Hermione gostasse de Ronald Wesley.
- Desculpe, Hermione, não era isso que eu queria.– retrucou ele...
- E agora, Hermione, quero que você me ouça. Como eu poderia ter dito ao Longbotton, que pedisse ajuda, a minha querida amiga, Hermione? Creio que nem eu e nem você, temos interesse em que terceiros, saibam de nossa amizade.
Hermione assentiu ,silenciosamente, com a cabeça.
- Por isso, quis tentar falar ao Longotton, de maneira totalmente casual, sobre você. Reconheço, que errei ao lhe chamar de "sangue-ruim". Nunca havia feito isso antes, e todos, mesmo os alunos da minha casa, podem confirmar. Só o que quis , foi dizer que odiava você, o que não é verdade...
Snape segurou o queixo de Hermione e foi levantando a cabeça dela, lentamente, até que os olhos de ambos, se encontrassem:
- Hermione, você acha que eu lhe convidaria para ir me ver ou lhe daria presentes se te considerasse uma "sangue-ruim"? Ou estaria agora, falando, sobre esses assuntos, com você?
Mantendo o olho-no-olho, Severo Snape afirmou:
- Se você acredita em mim, vá a minha masmorra, hoje a noite, a qualquer hora. Se não acredita, não vá e lhe prometo, que te deixarei em paz para sempre.
Sorrindo mais vez ,ele completou:
- Está liberada, Srta. Granger, mais um dez para sua coleção.
Hermione levantou-se, foi até sua classe, pegou o material e saiu da sala, sem falar nada, enquanto ele a acompanhava com o olhar.
Depois do almoço, Severo Snape rumou para a sala de Alvo Dumbledore, conforme o combinado. Bateu na porta.
- Entre, Severo!
Ele abriu a porta e entrou.
- Sente-se. – falou Dumbledore.
Snape sentou-se e ficou olhando para Dumbledore, que disse:
- Severo, quero saber exatamente, o que a Srta. Granger, estava indo fazer na sua Masmorra. Snape ia responder, mas Alvo o deteve com um gesto:
- E não venha me dizer que ela não esteve lá, pois a vi nitidamente, dizendo a senha e entrando na sua sala particular.
Snape demorou alguns instantes para responder, até que falou:
- Eu pedi a Hermione que fosse lá, pois queria lhe agradecer, por ter salvo minha vida, quando me encontrou na Floresta Proibida....
- Floresta Proibida? – estranhou Alvo.
- Sim, Lúcio Malfoy, Avery, Goyle e Rabicho, me imobilizaram e me levaram até a clareira na Floresta...
Snape calou-se.
- Continue, Severo. Você estava dentro da escola? – perguntou Alvo com uma expressão apreensiva.
- Não exatamente. Estava saindo da cabana de Hagrid, onde fui buscar, alguns ingredientes de poções.
- E.... – falou Alvo, induzindo Snape a continuar o relato.
- Eles,.. bem eles, utilizaram a Maldição Imperius.. mas consegui resistir.. então usaram a Cruciatus.. queriam saber o paradeiro de Karkaroff. Afirmei que não sabia, e – disse Severo olhando Alvo Dumbledore no olhos- realmente não sei.
- Mas, tem alguma idéia respeito, Severo?
- Somente posso estimar. Fazem alguns meses, que Karkaroff não manda notícias.. Até pensei, que eles tivessem o tivessem matado... Somente restamos eu e Karkaroff dos Comensais, que eles consideram traidores... queriam me matar aquela noite na Floresta..
Alvo Dumbledore assentiu, levantando-se:
- Porque, você não falou isso antes, Severo?
- Achei, que Hermione, houvesse falado com você, quando me encontrou na Floresta e trouxe-me de volta ao Castelo.
- A Srta. Granger. Estava mesmo pensando, quando ela iria aparecer, nesta história. – falou Alvo com um leve sorriso.
- Quer dizer que quem lhe salvou foi Hermione Granger? – continuou Alvo.
- Sim. Eu desmaie de dor e não lembro de nada. Somente sei, que Hermione me encontrou e trouxe-me até a Ala Hospitalar. Achei que ela houvesse lhe procurado.- explicou Snape.
- Entendo, Severo.. E por isso, Hermione foi lhe procurar? Para que você, agradecesse a intervenção dela? – perguntou Alvo, estranhando a situação.
Snape ficou constrangido, mas ,mesmo assim, respondeu:
- Quase isso. Durante dias, Hermione, veio me visitar na enfermaria. Quando eu já estava melhor, minha reação foi ironizá-la. Depois me arrependi, comprei um presente, que entreguei a ela. Hermione, quis devolver o presente e por isso foi me procurar.
Alvo Dumbledore olhou seriamente para Snape e disse:
- Você, tem se encontrado com a Srta. Granger? Não minta, Severo.
- Bem, na outra vez, brigamos porque, ela soube de coisas, que eu havia dito. Como ela não lia meus bilhetes, mandei um berrador.
Enquanto Snape falava, Alvo Dumbledore o observava, e via claramente o rapaz, aluno da Sonserina, de muitos anos atrás, recém saído da escola, cuja ajuda fora muito importante na luta contra Voldemort.
- E...?
- Bem, talvez ,se ela me perdoar pelo disse, nos encontraremos esta noite...- afirmou ele.
Naquele momento Severo Snape, voltara a ser um jovem e não um homem marcado, por uma série de acontecimentos ruins, que o haviam transformado em uma pessoa, amarga como o fel. Dumbledore sorriu:
- Severo, não vou lhe censurar. Isso deve ser decidido pela sua consciência. Lembre-se que ela é uma menina, e que encontrando-se com você, passará a ser visada pelos Comensais da Morte, inconformados pela derrocada. Você, deve ter certeza do que esta fazendo.
- Sim, acho que tenho certeza. Mas prometo, pensar a respeito, Alvo.
- Tenha cuidado, Severo. No momento em que você, tiver um ponto fraco.. Alguém de quem você goste, mais do que gostou de Lilian, ou mais do que gosta de si mesmo, será muito fácil, para os Comensais, atingi-lo.
Dumbledore silenciou. Caminhou até a janela, de onde vislumbrava-se os jardins, e afirmou:
- Vou redobrar os feitiços protetores. Os Comensais, não podem entrar em nossos domínios, ou não estaremos, seguros em lugar algum.
- Pode ir, Severo.
Snape levantou-se e ia caminhando em direção à porta quando Alvo lhe chamou:
- Severo?
- Sim?
- Previna Hermione, os Comensais, podem procurá-la, por sua causa.
- Sim, Alvo. – afirmou ele.
Dizendo isso, Snape saiu da sala mais leve, tendo a impressão, de que uma grande carga, saíra de seus ombros.
Alvo Dumbledore, ficara preocupado, com as palavras de Severo Snape. Como os Comensais da Morte, haviam conseguido entrar em Hogwarts? Tinha que, resolver isso, urgentemente, ou todos, passariam a correr perigo. Talvez, fosse necessário refazer, os feitiços de proteção, principalmente dos jardins e da Floresta. Era hora de chamar o auror Alastor Moody e Arthur Wesley, atual Ministro da Magia.
E Severo, de namorico com Hermione Granger.. Seria muito engraçado, se fosse uma piada. O problema, é que o caso era sério. Ao menos, pensou ele, sorrindo: " Hermione Granger é sensata e poderá tirar Severo de diversos apuros, que não tardarão a aparecer".
