Capítulo XXVI- Reuniões Importantes
Algumas horas depois, Hermione acordou.. estava deitada em sua cama.. Alvo Dumbledore estava sentado ao seu lado, com um olhar aflito. Alastor Moody e Arthur Weasley estavam olhando a rotina da rua pela janela.
- Hermione, como você está? – falou Alvo, preocupado.
Ela levantou-se na cama, olhou em volta e perguntou aflita:
- Onde está Severo? Onde??
- Não sabemos, Hermione. – afirmou Alvo.
- Mas como, professor? O que aconteceu?? Por favor.. não me diga que..... – ela parou subitamente de falar.
- Infelizmente sim...- falou Moody..- os seguidores de Voldemort conseguiram pegar Snape.
Hermione tentou levantar-se da cama:
- Mas temos que procurá-lo professor! Eles vão matar Severo...- falou ela desesperada.
- Calma, Hermione.- falou Alvo, tentando acalmá-la.- Já tem muita gente nossa, que está revirando os lugares onde é provável que estejam reunidos os Comensais.
- Mas... – recomeçou ela.
- Se acalme, Hermione e descanse... usaram um Feitiço de Estuporação muito forte em vocês... Você tem que descansar, para depois nos ajudar a procura-lo. – explicou Alvo.
- Agora tome essa poção do Sono e durma! – falou Moody, energicamente, alcançando a Poção. Hermione tomou-a e instantaneamente dormiu.
Em um quarto, localizada em algum lugar de Hogsmeade, Snape acabara de acordar.. estava escuro e Snape escutava vozes que tinham do cômodo ao lado:
- Ora Lúcio.. até que não foi difícil pegar Severo....- era Igor Karkaroff que falava.
- É verdade, Igor... – confirmou Lúcio Malfoy. Snape deu um breve sorriso amargo. Sempre se podia contar com Malfoy para aprisionar alguém.. Ele era deveras eficiente nisso.. Era provável que fosse só nisso...
- Também- continuou Malfoy, gabando-se - isso foi porquê eu elaborei o plano de captura, se tivesse sido um de vocês.. Severo ainda estaria lá.. passando muito bem, na casa daquela sangue-ruim...
Snape pensou que o tempo poderia passar e as circunstâncias se alterarem, mas a necessidade de superioridade de Malfoy somente aumentava.
- É mas quem fez o trabalho sujo fomos eu e o Rabicho... de nada valia seu plano, sem gente boa que o executasse... – comentou mordazmente Karkaroff.
Snape refletiu... deveriam estar ali, Lúcio Malfoy, Pedro Rabicho e Igor Karkaroff... Como poderiam estar ali, unidos, se era público e notório entre os comensais que os três se odiavam.. O único que conseguia controlá-los além do Lord das Trevas.. era.. era ele, Severo Snape.
Lúcio Malfoy foi retrucar, mas foi interrompido por uma pergunta de Rabicho que ainda estava alheio a discussão.
- Ainda não entendo o que o Mestre quer com ele.... Algum de vocês saberia??
- Ora, Rabicho.. ele quer bons aliados... não gente como você! – falou Lúcio Malfoy rudemente.
- Malfoy, você não se emenda mesmo... continua achando que dinheiro... – falou Rabicho, bravo.
- Dinheiro e Poder são o que você mais quer, não é Rabicho? – perguntou Malfoy.
- Nunca entendi como um Grifinório pode ser Comensal da Morte. – comentou Karkaroff.
- Ser Comensal da Morte não é algo que dependa da casa de que se faz parte- justificou Rabicho. – Que eu saiba não é necessário ser Sonserino para ser Comensal.
- Então, decerto o Chapéu seletor selecionou você errado, Rabicho. – falou sarcasticamente Karkaroff, quase ao mesmo tempo em que Malfoy disse, pretensiosamente:
- Rabicho, os Sonserinos são mais competentes que os outros.
- Será mesmo, Malfoy? Olhe para Snape, o traidor.. – falou Igor.
- Entre você Igor, que é um covarde, e Snape.. acho que o Mestre fez bem em que querer Severo de volta. – comentou Malfoy.
- Eu voltei porque quis. – falou corajosamente Karkaroff.
- Você voltou porque é covarde, Igor. Você e Rabicho. – falou Lúcio.
- E você é muito corajoso, Lúcio... Você é tão ou mais covarde do que nós... Voltou para o mestre por medo. – disse Rabicho.
Lúcio Malfoy retrucou.. Rabicho e Karkaroff começaram a xingar e a gritar...
Snape se mexeu na cama.. não estava preso. levantou-se, inspecionando o ambiente, e constatando que não havia como fugir. Os gritos aumentavam na sala ao lado.. Severo Snape tentou desaparatar e não conseguiu, deduziu então que o local estivesse enfeitiçado.
Embora tivessem sido amigos, Snape tinha certeza que se Lúcio pudesse, o teria matado. Isso levava a deduzir que Voldemort queria-o, novamente, a seu serviço.. Ele maldisse o momento em que Arthur Weasley teve a infeliz idéia de prender Voldemort em Askaban, de onde fatalmente acabaria por fugir, ao invés de matá-lo. Snape tinha firma convicção de que jamais voltaria ao serviço de Voldemort, nem que para isso fosse preciso sacrificar sua vida. Snape caminhou até a porta e abriu-a, no exato instante que Lúcio estava tentando estrangular Rabicho e Karkaroff tentava evitar o ato extremo.
- Francamente! Vocês não se emendam! – comentou Snape, olhando-os regiamente.. os três repentinamente pararam a briga, pois todos o temiam. Lúcio olhou-o criticamente e disse:
- Você parece bem, Severo.
- Obrigado, Lúcio. Quanto a você está igual. Sempre tentando decidir, pelo Lord das Trevas. – respondeu Snape.
- E você, Rabicho- disse Snape olhando para a mão mágica deste- continua sendo o mais covarde dos Comensais?
- Não, Severo... Karkaroff é o mais covarde... – explicou Lúcio.
- É Igor, de volta aos seus, então! – comentou Snape...- Na realidade, não acho você capaz, nem de estar aqui, nem do outro lado....
- Falou bem, Severo! – comentou Lúcio.
Snape sentou-se em uma das pontas da mesa e perguntou?
- O que vocês querem comigo, afinal?
- Nós nada, Severo... Quem quer é o Mestre.... – explicou Igor.
- Quer dizer, Lúcio, que você não conseguiu assumir o posto de Melhor Comensal da Morte, que ficou vago depois que troquei de lado, digamos assim...- constatou Snape.
- Nunca soube o que você tem de tão excepcional, Severo... – comentou Lúcio acidamente.
- Ora Lúcio.. eu simplesmente nunca quis tomar o lugar do Lord. – explicou Snape.
- Pelo jeito, além do Mestre.. aquela Grifinória também achou algo de interessante você, Snape- zombou Karkaroff.
- Quem, a sangue-ruim? – perguntou Malfoy.
- Sim.. mas ela até que é bem ajeitadinha, aquela amiguinha do Potter.. – comentou Rabicho.
Snape ficou silencioso...
- Eu não quero lhe assustar, Severo- começou Malfoy- mas creio que se você não voltar... o Mestre tem alguns planos envolvendo aquela sangue-ruim.. – terminou ele, com um sorriso maldoso nos lábios.
Snape continuou em silêncio, olhando friamente para Lúcio, mas seu coração batia descompassadamente.. o que aconteceria com Hermione caso não cedesse? Bem, sabia que ela estava protegida por Dumbledore, mas ele também estivera protegido.. e no entanto fora pego.
- Acho Lúcio, que você deveria cuidar um pouco mais do seu filho.... – comentou Snape.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou ele, com raiva.
- Ora, ele anda de namorico com uma Grifinória.. – falou Snape desisteressadamente.
- Quem? – perguntou Lúcio, sob os olhares de deboche de Rabicho e Igor....
- Ora, Lúcio.. O filho é seu.. pergunte para ele....
Quando Hermione acordou, não encontrou Dumbledore em nenhum local da casa. Na cozinha, Edwiges esperava empoleirada na janela, trazendo uma carta. Hermione abriu a janela, colocando a coruja para dentro e soltando a carta de seus pés...
" Mione,
Dumbledore esteve aqui na casa de Neville para nos buscar. Voltaremos para Hogwarts. Já sabemos o que aconteceu com Snape. Sinto muito por você, mas vamos fazer o possível para encontrá-lo. Dumbledore mandou lhe avisar que você se apronte que ele vai lhe buscar.
Beijos e força.
Harry.
Ps. O Neville não está sabendo de nada, ainda. "
Hermione estava muito preocupada. temia que os Comensais matassem Snape.. Conhecia o caráter implacável dos seguidores de Voldemort. Snape tinha em si, um pouco dessa frieza... O que ela não entendia é como eles conseguiram aprisionar Snape, afinal recebera carta branca, para levá-lo aonde quisesse no mundo dos trouxas... Talvez Dumbledore não tivesse reforçado a proteção como seria necessário... talvez ele mesmo duvidasse que os Comensais queriam Snape. Na realidade, o que a preocupava era se quem quisesse Snape de volta fosse Voldemort.. Snape nunca esconder o fato de Ter sido o melhor Comensal da Morte que Voldemort tivera a seu serviço.. Isso aliado ao fato de Ter conseguido fazer poções que minorassem os efeitos das Maldições Imperio e Cruciatus, que o faziam uma peça muito importante, tanto aos olhos de Voldemort quanto de Dumbledore. Agora ela deveria se empenhar para encontrar seu amor..... e confiar.. muito e sempre mais, em Alvo Dumbledore.
Na Mansão Malfoy, Draco acabara de receber uma coruja de seu pai, o que significava um mau agouro. Lúcio anda sumido, já faziam alguns dias, provavelmente executando ordens do Lord das trevas.
"Draco Malfoy,
me explique em detalhes essa história de você se mostrar publicamente, com uma Grifinoria.
Lúcio."
Draco gelou. Como seu pai havia descoberto essa história? Quem fora o dedo-duro? Crabbe? Goyle? Potter? Mas que idéia... Como seu pai poderia falar com Potter?.. O melhor negócio era desconversar. Seu pai jamais poderia desconfiar que ele estava totalmente apaixonado por Lilá Brown.
" Lúcio,
Isso são boatos descabidos. Eu só queria me aproveitar da moça... só isso.
Seu filho,
Draco."
No dia seguinte, Dumbledore foi buscar Hermione que estava profundamente desesperançada. Ela achava que já era tarde demais... que os Comensais tinha matado Snape. Já Dumbledore acreditava piamente que a pessoa que gostaria de rever Snape era Voldemort. Nunca fora segredo que Severo Snape tinha sido o melhor Comensal da Morte de todos os tempos... E agora, pelo visto Voldemort estava buscando reunir sua força máxima para tentar mais uma vez a conquista do poder total.
Hermione avisara os pais que estavam viajando num Cruzeiro Marítimo de que voltaria mais cedo par Hogwarts em face dos fatos que ela rapidamente relatou no telegrama. Dumbledore fora buscá-la, pois temia que Voldemort tentasse se apoderar da menina para chantagear Snape, caso esse não aceitasse voltar a ser Comensal.
Harry e Neville também estavam no Castelo e faziam companhia a Hermione que estava cada vez mais triste e abatida, conforme os dias passavam e não se descobriam nenhuma notícia de Snape. Ela passava boa parte do tempo na Masmorra de Snape, tentando descobrir alguma pista ou apenas deitada sobre os sofás a beira da lareira... Harry fez o possível para conseguir levar Neville até a masmorra, mas ele não queria ir de jeito nenhum, como se tivesse medo de que Snape se materializasse lá, e começasse a desfiar seu rosário de humilhações para ele... Harry havia lhe contado, a título de segredo total, que Hermione e o professor Snape namorava. Neville não queira a acreditar nisso... Não.. tinha Hermione em ótimo conceito como uma pessoa correta, que jamais cometeria esse tipo de insanidade... Harry lhe falara abertamente que já sabia disso a tempos e que neste momento eles não poderiam só criticá-la.. Teriam que ajudá-la também, mesmo não concordando com os sentimentos dela em relação ao temido professor de Poções. Naquele instante, Neville entendeu o porque de Harry indicar Hermione para ajudá-lo quando começou a namorar Alícia, argumentando que ela namorava um Sonserino.. e não era um Sonserino qualquer.. era o Chefe deles.
Neville entrou na Masmorra de Snape, totalmente apavorado... Hermione estava revirando uma gaveta, cheia de anotações sobre as pesquisas de Snape, mesmo que os resultados obtidos até então, estivessem escondidos em tinta invisível no livro padrão do 7º ano dela. Ela sorriu tristemente ao vê-los entrar, e convidou-os para um chá...
Harry reparou que algo fervilhava em um cadeirão. Hermione seguiu seu olhar, enquanto Neville devorava alguns biscoitos polvilhados que ela havia trazido da cozinha que era ao lado.
- Estou tentando continuar as pesquisas, Harry. Pode ser importante.. – falou ela.
- Mas, você não tem como fazer isso, Mione.. – disse Harry se aproximando do caldeirão borbulhante.
- Dumbledore aplaudiu minha iniciativa e me deu carta branca.. E mesmo, não podemos parar o tratamento dos pais de Neville. – retrucou ela, arrependendo-se depois.
Neville derrubou o biscoito e ficou olhando para ela...
- Tudo bem, Neville.. Não era para você saber, mas Severo está desenvolvendo uma poção contra a Maldição Cruciatus. Ela já curou o Hagrid... e agora estava testando nos seus pais... E ninguém lhe contou... – Hermione parou de falar.
- Porque você iria achar que Snape queria matar seus pais e outra coisa, muito mais importante.. para que você não criasse expectativas que poderiam não se confirmar..- explicou Harry.
Neville olhou para eles, com um olhar de esperança..
- Mas, Mione isso tem alguma chance de dar certo??
- Tem Neville.. talvez não represente a cura total.. mas queremos que eles consigam reconhecer você....O problema é que agora Severo foi capturado... Vou fazer o possível para continuar, mas não sei muita coisa... – explicou ela.
Harry começou a caminhar pela Masmorra.. tinha uma pergunta para fazer...
- Mione, mas isso é magia negra.. Que eu saiba você nãos abe nada de Magia Negra.
- É verdade, Harry.. Mas olhe isso aqui.. – disse ela, abrindo uma porta atrás de si... Eram muitas prateleiras repletas de livros de magias, feitiços e poções negras... Alguns pareciam tijolos e outros eram leves como penas... Segundo Hermione, quando mais despretensioso parecesse o livro, mais mortal ele era. Ela segurava um exemplar que ensinava como fazer os familiares e ou amigos trouxas terem uma morte rápida, porem muito dolorosa.. Harry pegou o livro, pensando nos Dursley ..E Hermione apenas riu e tirou o livro das mãos dele...
- Sem besteiras agora, Harry.
Harry e Neville continuaram analisando os livros... desde " Feitiços e contra-feitiços Malignos."; "Coletânea de Maldições Imperdoáveis", passando por "Como ser ofidioglota em 10 lições"; e culminando em "Mate seus inimigos e ressuscite seus amigos.", escrito por nada mais, nada menos do que Tom Riddle, vulgo Voldemort....
- Como Snape tem essa coleção, digamos assim, numerosa de livros de magia Negra? – quis saber Harry, embora soubesse a resposta.
Hermione apenas sorriu e mostrou o anel de que usava.. o anel de Comensal de Snape...
- Quer resposta melhor???
Quando falou isso, ouviu-se um barulho ensurdecedor no andar superior.. os alunos haviam chegado das férias de verão. Naquela mesma noite, portanto haveria uma reunião extraordinária da Ordem Sacramental.. Dumbledore havia avisado que ela tomaria o lugar de Snape, por ser a pessoa que ela mais amava mo mundo. A partir daí as buscas de Snape seriam feitas com força mais do que total.
