Capítulo XXVII- De volta a Hogwarts.
Quando Harry e Hermione haviam revelado que Snape estava tentando curar seus pais, Neville havia corrido escrever uma carta para sua avó. Queria confirmar o que eles disseram... Nem em seus maiores sonhos imaginara que algum dia, seus pais poderiam reconhecê-lo, talvez até falar com ele.....
Ainda estava no corujal esperando quando recebeu uma resposta de sua avó, pois lhe mandar uma carta com urgência urgentíssima.
"Neville, meu neto.
É verdade que aquele professor que foi Comensal da Morte, ou seja, Severo Snape está tentando curar seus pais. Ele conseguiu resultados inimagináveis em Rúbeo Hagrid, que está quase normal novamente. O normal dele, quero dizer. Mas, meu filho não crie muitas esperanças... Pode não dar certo, principalmente agora que Snape foi preso e não poderá continuar a fazer as Poções. Repito: pode não dar certo!
Sua avó que lhe adora.
Margarida."
Neville saiu sorridente do corujal. Ele amava demais sua avó que lhe criara e a conhecia muito bem... As chances deveriam ser pequenas, mas existiam.. Senão ela tentaria fazê-lo esquecer da idéia...
Agora, até que Snape não voltasse ele deveria se empenhar e ajudar Hermione ao máximo na questão das Poções anti-Maldições.
Gina entrou feliz no Salão Comunal da Grifinória...Estava com muita saudade de Harry, que não a visitara durante das férias.
- Meu amor, que saudade! – falou Gina, beijando-o .
- Eu também estava com saudade, muita saudade.. – respondeu ele, abraçando-a. Eles ficaram alguns segundos assim e Gina disse:
- Harry o que a Mione, tem?
- Olhe querida, ela irá te contar no tempo certo.. agora vamos procurar dar força para ela.
- Mas aconteceu algo grave?- perguntou Gina, preocupada.
- Muito grave e isso tem a ver com o fato de eu, Mione e Neville termos voltado antes para a escola. – explicou Harry.
- Mas, porque você não me fala o quê é? – perguntou ela.
- Sinto muito, querida! Quem deve lhe contar é a Mione quando estiver preparada para isso. – enfatizou Harry, beijando-a e encerrando o assunto.
Rony parecia preocupado , mas não falou nada para não assustar os amigos. Seu pai havia contado coisas horríveis sobre o que Voldemort andava fazendo em alguns locais.. parecia que o medo e o tormento estavam voltando. Arthur Weasley havia dado também uma notícia que ele achara boa.. Snape estaria afastado das aulas por tempo indeterminado.. Pessoalmente Arthur Weasley falara que achava que a essas horas Snape já estava morto. Rony desconfiava que o motivo da infelicidade Hermione era que Draco estava namorando Lilá Brown.. Mas isso era impossível. todas as deduções levavam a que o namorado de Hermione fosse Malfoy... Qual Sonserino seria então??
Neville nem havia subido das Masmorras com Harry e Hermione.. já havia ficado procurando sua namorada Alícia Parkinson.
Quem causara a grande surpresa da noite havia sido Lilá Brown, desfilando abraçada a Draco Malfoy, que parecia totalmente constrangido em entrar no salão Comunal de sua odiada Grifinória. Todos olharam friamente para ele, que sentiu-se como um peixe fora d'água. Hermione que estava sentada num canto, profundamente triste.. ficou com pena do casal parado no meio do salão comunal sem nenhuma simpatia por parte de ninguém e acenou para Lilá e Draco virem se juntar a ela.
Lilá sorriu e foram até lá...
- Obrigada, Mione.
- De nada, Lilá... Lastimo lhe dizer, mas infelizmente sua companhia talvez não seja das melhores.
Draco se preparou para responder, mas foi impedido por Lilá e Hermione continuou.
- Malfoy, sendo como você é, realmente não sei o que Lilá enxergou em você... mas não cabe a mim julgar a atitude de ninguém. Que fique claro, Lilá.. – disse ela olhando para a menina- que eu não apoio sua atitude, e que você não deveria tê-lo trazido para cá sem minha autorização como monitora chefe desta casa.
Lilá e Draco se entreolharam... Incrivelmente Draco estava calado.. Sabia que qualquer palavra mal interpretada seria passível de uma briga enorme e ele estava em grande desvantagem numérica.
- É verdade o que estavam comentando? Que Snape não vai voltar? – perguntou ela para Draco., que estava sentado de mãos dadas com Lilá.
- Sim, Granger. Ao menos estão dizendo isso.. Na realidade, acho que o pessoal da minha casa deve estar sabendo mais sobre a situação.
- Logicamente! – concordou Hermione.
- E o pior é que vamos ficar sem diretor para a Sonserina... – falou ele.. – pelo que sabemos nenhum outro dos professores é Sonserino....
Hermione fez uma cara surpresa.. Em tese cada casa deveria ter um diretor substituto.
Draco se levantou e disse para Lilá, beijando-a .
- Vou para minha casa, Lindinha.... .. Os dois começaram a se afastar de Hermione quando Draco Malfoy parou e chamou:
- Granger?
Hermione apenas olhou para ele com uma expressão interrogativa.
- Obrigado!
Hermione apenas sorriu de leve, procurando não debochar e voltou a ler o livro, pensando na Poção que deixara cozinhando na Masmorra de Snape.
Por causa da reunião da Ordem Sacramental, Sirius Black e Remo Lupin já estavam em Hogwarts. Sirius havia se separado de Lupin, que quisera conversar a sós com Madame Hooch ( os dois pareceram ficar muito amigos, depois do último baile) e estava caminhando pelo castelo, pensando no que ocorrera com Snape ( Dumbledore havia contado a eles, quando lhes convocara para a reunião da Ordem Sacramental) e relembrando o tempo em que eram amigos e pela primeira vez ele duvidou que houvesse sido Severo que contara a Lúcio que Remo era lobisomem. Era verdade que Snape era frio, totalmente gelado mas nunca fora traidor... ele somente traíra, que se soubera, uma pessoa até hoje e era louvável a coragem que tivera em fazer isso contra Voldemort. Também considerara o fato que , mesmo sabendo que ele era inocente Snape nada fizera para tirá-lo de Askaban, mas protegera Remo Lupin com todas as forças e conhecimentos de que dispunha... Não deixara Voldemort aprisioná-lo.
Sem perceber, Black acabou batendo em uma aluna que vinha caminhando na direção contrária e os livros que ela carregava foram ao chão. Ele abaixou-se e juntou alguns livros, pergaminhos e penas que haviam se esparramado.
- Me desculpe, Srta. .. – falou ele.
- Patil, Parvati Patil.- respondeu a moça, sem jeito.
- Aqui estão seus livros, Srta. Patil. – respondeu ele, alcançando os volumes.
- Oh! Muito obrigado, Sr... – agradeceu ela.
- Sirius Black! – respondeu ele, enquanto sorria para a moça, que se levantava e logo começou a caminhar na direção contrária a dele.
O leve perfume adocicado de Parvati, permanecia no ar, enquanto Sirius pensava consigo mesmo que aquela menina era linda e que ele deveria encontra-la mais vezes.
Severo Snape caminhava de um lado para outro de uma sala fechada e mal ventilada.. pelo que ouvira das conversas entre Igor, Lúcio e Rabicho, Voldemort estava procurando um lugar mais aprazível e reservado para que escondessem Snape.. Ao mesmo tempo, ele escutava a cada volta de Lúcio Malfoy, que sumia por algum tempo, relatos cada vez mais assustadores das novas ações do Lord das trevas.. A escola de Durmstrang fora tomada. Isso na realidade, não surpreendia Snape. Karkaroff havia sido diretor lá, por um bom tempo, e era conhecido em todo o mundo da Magia que a escola se dedicava a produzir futuros aliados das Trevas. Lá Voldemort, segundo o relato de Lúcio, pudera se deliciar, escolhendo novos aliados, e também praticando todas as Maldições Imperdoáveis... Lúcio contara, muito contente, que muitos bruxos que discordavam de Voldemort, foram colocados fora de combate.. isso, sabia Snape que significava que haviam sido mortos...
O único problema, estava na resistência das forças lideradas por Dumbledore, cujo núcleo estava em Hogwarts.. Ele reativara a Ordem Sacramental ( e isso Snape já sabia), prometera que não ficaria pedra sobre pedra no mundo da Magia. Um grande problema estava em que Arthur Weasley ( o plebe, segundo as palavras de Lúcio malfoy) ser aliado confesso de Dumbledore...
As forças de Voldemort estavam interessadas em destituir o atual Ministério, pois este lhe impedia de agir e avançar como Voldemort pretendia...
Snape não estava mais suportando essa inquietude.. essa total tortura psicológica.. Conhecia os métodos do Lord das trevas, e sabia que ele gostava de fragilizar as pessoas, para fazê-las aceitar suas determinações na hora em que lhe fosse mais apropriado. Voldemort sempre agira assim... Snape lembrou-se de Hermione... pensava muito nela.. mais do que de costume.. Imaginava o que ela estaria fazendo.. se estaria bem protegida.. Não queria que acontecesse nada com ela, pois a amava tanto... Fechou os olhos... Lembrava de todos os bons momentos que tinham vivido juntos.... do amor dela, um amo que ele sabia não ser merecedor...das coisas divertidas e intrigantes que estavam na casa trouxa dela.... Das melhores férias que se lembrava de Ter tido na vida....
Quando abriu os olhos, somente viu uma parede negra na sua frente... e sentiu medo.. como seria sua vida, a partir do encontro com Voldemort?
A reunião da Ordem Sacramental, como de praxe se realizaria na sala de Alvo Dumbledore... Hermione, é claro já havia lido tudo o que existia a respeito do tema. Entretanto, não poderia negar que estava nervosa com a perspectiva de fazer parte da organização de combate ao mal.. Claro que sempre se imaginara como uma grande auror, combatendo o mal, se aventurando por ai, salvando pessoas desconhecidas.. Mas ter que fazer isso, sabendo que a vida da pessoa que ela mais amava no mundo estava em jogo era bem diferente. Considerando-se a hipótese que Snape estivesse vivo.. qualquer erro poderia ser fatal...
Neville e Harry estavam acompanhando-a . Neville lhe contara que ali estariam pessoas de todo o mundo desconhecidas deles, e algumas bem próximas, como o professor Lupin e o padrinho de Harry, Sirius Black. Ele lhe falara que também se decidiriam coisas muito importantes... e que ele somente estava engajado no movimento por causa de seu pai, que fora um importante auror, conforme ele já havia confidenciado a Hermione. Ela não sabia se Harry estava ali por si próprio ou no lugar de seu pai, mas isso não era algo importante.. Ela teria que entrar na sala do Diretor, respirando fundo e ir sentar na cadeira de Snape, e ajudar ao máximo em tudo o que fosse decidido ali.
Hermione entrou na sala do Diretor, o olhar de todos os presentes acompanhou-a, admirado até ela sentar no lugar destinado a Snape... Ela olhava admirada.. neville sentara a seu lado.. e Harry ao lado de Neville. Sirius Black e Remo Lupin, bem como todos os presentes cochichavam, olhando para ela..
- Quer dizer então que a namorada de Snape era Hermione. – comentou Remo.
- Realmente, não era difícil adivinhar isso... creio que poderíamos Ter descoberto antes.. ela estava trajada que era a própria Lilian no primeiro baile do ano..
- E outra.. – considerou remo- ninguém teria o Snape como par, sistematicamente se não houvesse algo por trás...
Sirius foi fazer algum comentário, mas foi cortado pela voz de Dumbledore, iniciando a reunião e desviando as atenções da pessoa de Hermione. No centro da enorme mesa estava Dumbledore, ladeado por Arthur Weasley e Alastor Moody.
- Amigos, lastimo ter lhes chamado novamente.. Todos nós sabemos e sentimos como as coisas andam complicadas em nossa luta. Voldemort está se fortalecendo cada vez mais e a grande prova disso foi a tomada de Durmstrang, onde Voldemort conquisto mais e mais aliados....
Todas as pessoas que estavam ouvindo concordaram com Dumbledore.
- O que mais nos preocupa é que ele está tentando reunir alguns aliados, e outros nem tanto assim, buscando sua força máxima. Isso é comprovado pelo seqüestro de Severo Snape, que como todos aqui sabem foi Comensal da Morte... Voldemort, suponho eu, está interessado no resultado das pesquisas de Snape a cerca da minoração dos resultados e total erradicação destes quando oriundos das Maldições Imperdoáveis.. ou melhor das duas maldições contornáveis.
Ouviu-se murmúrios de admiração dos ouvintes e grande parte ficou incrédulo a respeito do que Dumbledore havia dito.
- Imagino que muitos de vocês não acreditem no que digo.. mas Rúbeo Hagrid é aprova viva disso.
Ao pronuncias essas palavras a porta da sala se abriu e Hagrid entrou, sentando-se em uma cadeira no centro do circulo.
- Hagrid, você foi atacado pelos Comensais da Morte?
- Sim, Dumbledore. Fui atacado na orla da floresta. – respondeu Hagrid. Via-se que ele ainda não estava totalmente curado, mas somente o fato de conseguir responder perguntas, formular pensamentos claramente e Ter voltado aos seus serviço de guarda-caça ( mesmo que provisoriamente) comprovava o efeito da poção desenvolvida por Snape.. e que Hermione estava cozinhando na Masmorra de Snape naquele exato momento.
- E você saberia dizer quais maldições foram utilizadas em você?
- A maldição Cruciatus.. eles me atacaram não consegui me defender.
- E como você conseguiu se curar? – perguntou Alvo sorrindo.
Realmente não sei, toava todo os dias uma poção preparada pelo prof. Snape, ainda quando estava no hospital, e aos poucos a minha consciência começou a clarear novamente, comecei a conhecer as pessoas, a entender o que me diziam... Não estou totalmente bom ainda, mas creio ter recuperado a capacidade de discernimento, que segundo dizem, eu havia perdido. – contou Hagrid.
Hermione sabia que tudo o que ele estava falando era verdade.. vira Snape estudando magia negra e o havia ajudado noites e noites a fio...
- Alvo, mas eu creio que talvez a Maldição pudesse não Ter sido utilizada em sua maneira mais forte, - disse um senhor negro de feições duras.
- Zulili, você já foi vitima de alguma maldição praticada por um Comensal da Morte?
Zulili negou com a cabeça.
- Pois bem, eu também não. Mas, o que acontece é que eles tem poderes sobre- humanos para isso.. E sabem todas as técnicas para fazê-lo da forma mais dolorosa possível.. Ou você já viu algum Comensal internado nos hospitais mágicos, ou que tenha morrido em decorrência da Maldição Cruciatus? Alguém sabe de um caso assim?
Ninguém na assistência respondeu. Hermione ouviu claramente Sirius dizer para Remo:
- Pudera, Snape desenvolveu boa parte desta teoria ainda ao lado deles.. Nenhum Comensal está sujeito a Maldição Império, por exemplo...
- Por isso, Voldemort quer Snape, e nós temos que nos unir e salvá-lo. A senhorita Granger aqui presente – todos os olhares se voltaram para ela, que abaixou a cabeça – está representando o citado professor e suponho que ele tenha deixado-lhe cópias do estudos e resultados até então. É verdade senhorita?
- Professor Dumbledore, na realidade não tenho muitas anotações, as poucas que possuo são esparsas e creio que não permitem que se chegue a nenhuma conclusão, a não ser que sejam analisada por um perito. – falou ela, numa voz baixa, porém claro.
Isso não era verdade, Snape havia deixado com Hermione anotações sobre todas as fórmulas e resultados obtidos bem como parte da receita para o tratamento dos Longbotton. Mas ela não achara prudente revelar isso na frente de todas aquela pessoas que ela não conhecia, mesmo sabendo que Dumbledore acreditava nelas.. mas acreditaria cegamente em todas?
Depois de explicar a necessidade da volta de Snape, ele começou a traçar estratégias para sua busca. Foram formados alguns grupos . Um destes era liderado por Hermione, e consistia na busca a locais totalmente trouxas na cidade de Londres e arredores. Outro grupo era liderado por Moody e se encarregaria de locais totalmente mágicos incluindo Hogsmeade. Arthur Weasley e mais alguns de seus homens procurariam nos locais chaves de Voldemort, por exemplo nos locais onde estavam guardados os restos mortais de seus antepassados que eram sempre muito importantes para a realização de feitiços de Magia Negra, principalmente os de morte. Sirius e Lupin ficaram encarregados de proteger a universidades mágicas de Oxford e Lion ( na França), pois eram um reduto muito forte, anti-Voldemort e que não continham proteções Mágicas tão forte como Hogwarts. Num primeiro momento, Harry e Neville ficariam somente de sobre aviso para casos de emergência.
Ao final da reunião, quando todos os bruxos desaparataram, Dumbledore pediu que Hermione ficasse mais alguns instantes... Ao ficarem sozinhos na sala, Alvo lhe disse:
- Gostei muito que a senhorita não tenha revelado toda a verdade, Hermione. Temos um traidor entre nós e ainda não tenho certeza de quem seja.
