Capítulo XXXI – Explicações e Discussões

Hermione entrou na sala de Dumbledore. Ela nem se dera conta, mas o tempo havia passado e já era madrugada.. Ele parecia estar esperando-a, mesmo que estivesse vestindo um longo camisão azul de dormir.

- E então Hermione, acabou de ler o livro? – perguntou Dumbledore

- Acabei, professor.

- E que achou? – perguntou ele.

- Na realidade eu nem sei o que lhe responder.. achei tantas coisas, achei muitas atrocidades, coisas tétricas, ironias, desvalorização da vida humana... Todas as pessoas que são aliadas a Voldemort pensam e agem assim? – quis saber ela.

- Em geral sim...Aquelas que acham isso, mas depois mudam de idéia, acabam saindo de perto dele, assim como Severo fez..

Dumbledore ficou olhando para Hermione, achava que ela fosse perguntar alguma coisa sobre a ligação de Snape com os Comensais. Mas, ela se calou.....

- Tem algumas coisas que li, que gostaria de esclarecer com o senhor.. existe algum problema?

- Claro que não, senhorita. Fale.. – disse Dumbledore, sorridente.

- Bem, olhe essa passagem: Antes disso, informava Voldemort , Irnius Granger conseguira utilizar um bebê de uma família originária de Corvinais como Fiel do Segredo da localização do quartel-general das Trevas. E não que ninguém soubesse onde era. Todos sabiam.. mas somente poderiam ser pegos lá dentro se o fiel divulgasse onde era. E sendo um bebê, nunca saberia com certeza. Isso automaticamente, transformaria a pessoa em Sonserina, fosse qual fosse sua origem familiar.

- Sim, senhorita Granger.

- O senhor sabe quem é essa pessoa, não sabe? – questionou ela. – E também sabe onde fica esse quartel-general...

- Sim, Hermione, vamos por parte, o quartel-general é a Mansão Malfoy. Quanto a pessoa que foi usada eu sei e você também sabe. Deve ter refletido a respeito e chegado a uma conclusão. Porque eu manteria como professora de Adivinhação alguém que não é capaz nem sequer de adivinhar quantas aulas terá que ministrar no dia seguinte? Incongruente, não? Snape pode ser malévolo ou qualquer outro adjetivo que se queira dar a ele, mas é inegavelmente um ótimo professor. – Hermione assentiu com a cabeça.

- Mas o senhor não tem como fazer uma regressão nela para ela revelar com suas próprias apalavras o segredo? – quis saber Hermione. – A maior vergonha dela é ser uma Sonserina.

- Claro que tenho, mas para isso, é preciso ermos certeza que conseguiremos derrotar Voldemort...

Ouviram-se passos, e Hermione voltou-se .. era Sybila que vinha chegando, trajando um robe cor de tijolo, com os cabelos presos em rolos.. sem o aspecto aéreo de sempre.

- Vi pela minha bola de cristal que estariam aqui, conversando.- disse ela, sem qualquer cerimônia e resolvi me juntar a vocês...

- Seja bem vinda, Sybila.. era de você mesmo que falávamos. – explicou Alvo.

- Sobre eu ser o fiel do Segredo? – perguntou ela serenamente.

- A senhora sempre soube, então? – quis saber Hermione.

- Sim, sempre soube.. mas por mais que tente, querida, não consigo lembrar o que seu estimado avô me disse antes de me tornar o fiel do segredo. – comentou Sybila acidamente.

- Mas eu não quero atrapalhar a preleção de vocês... estou só como ouvinte... Podem continuar.. – falou Sybila.

- Continue, Hermione:

- Bem, outra passagem: os Grangers eram uma família de incontáveis poderes das trevas e qualquer um de seus representantes diretos poderia destruir o mundo com um leve toque em sua varinha. Isso quer dizer que eu também posso fazer isso??- perguntou Hermione.

- Sim, Hermione. Se alguém lhe ensinar como fazer, você pode destruir os bons e os ruins..... – falou Alvo deixando a explicação no ar..

- E existe alguém que pode me ensinar isso? – questionou ela.

- Sim, existe. Uma dessas pessoas sou eu... – falou ele, sombriamente...

- Mas e isso aqui: Reza a lenda que o mais puro dos Potter, será diretamente responsável pela queda das Trevas, em alguma época futura. Mesmo havendo essa queda as Trevas se reerguerão e somente serão derrotadas totalmente por alguém que possua o sangue puro das trevas. Estão falando de Harry, com certeza, mas essa pessoa que possua o sangue puro das trevas, sou.. sou.. – Hermione parou. A realidade sabia a resposta, mas queria ouvi-la de Dumbledore.

- Sim, Hermione, é você.

- Mas eu jamais conseguiria fazer isso...

- Está enganada Hermione. Quando consegui que você fosse aceita em Hogwarts, subornei o Chapéu seletor para ele lhe colocar na Grifinória. Você deveria estar na Sonserina, que é a casa dos seus ancestrais. Foi bom que isso não aconteceu, porque senão Severo teria descoberto quem você era a mais tempo.- comentou Dumbledore.

- È verdade que sua semelhança com Lilian Potter é notável minha querida, mas o que fez com que vocês se atraíssem mutuamente foi o gosto pelas artes das Trevas. – Hermione se sobressaltou ao ouvir a voz de Sybila, havia por instantes, esquecido que ela estava ali.

- Mas, isso quer dizer que eu terei que derrotar Voldemort sozinha? – quis saber Hermione atônita.

- Sozinha não.. mas sua força é indispensável. Ele é derrotado e sempre consegue ressurgir, porque nenhum de nós possui o que eles chamam de sangue puro das Trevas.. isso é um peso, digamos assim, que os Grangers carregam. Você, para derrotar Voldemort terá que Ter ao seu lado aquilo que eles chamam de famílias ligadas a Gryfindor que são os Potter, os Weasley e os Longbotton.

- Bem, os Potter eqüivale ao Harry, está aqui nesta profecia.- mostrou ela.- Os Weasley ao Arthur Weasley, mas os Longbotton .. Neville não tem condições de matar uma mosca, professor. – explicou Hermione.

- Neville não, Hermione... – começou o professor. – Mas Frank tem.

- Frank Longbotton? A Poção está fazendo efeito, é verdade, mas acho que ele ainda levará anos para retomar a consciência... – explicou ela.

- Eu vi na minha bola de cristal.... amanhã eles irão aparecer em Hogwarts.. os Longbotton.. – comentou Sybila.

- Charlatã... – respondeu Hermione, olhando diretamente para a professora que ficou vermelha.

- Ela não está mentindo... Somente um Granger anula o poder de Voldemort.. Entenda isso, Hermione de uma vez por todas... Severo estava quase conseguindo a poção exata e você aprimorou, conseguindo curá-los.

- O quê? Impossível. Fazem anos que Severo vem estudando efeito das maldições, como ele não conseguiu descobrir antes..- falou ela indignada.

- Hermione, ele não possuiu o sangue puro das trevas, muito embora, lendariamente os Snape sejam uma família voltada para as Artes das Trevas... Você conseguiu aprimorar o que já estava semi-pronto.. Os Longbotton já estão curados, e retornaram a casa de Margarida ontem ainda.. E o Hospital Mágico está quase vazio...Todas aquelas pessoas estarão prontas para lutar contra Voldemort, no momento em que alguém começar a fazer isso. Acredite em mim, Hermione, Frank e Melissa Longbotton estão curados, eles virão até aqui para ver o filho...

- Mas professor.... – começou ela.

- O que mais temo, é que Voldemort já deve Ter tomando ciência desta situação... – ouviu-se novamente a voz de Sybila.

- È verdade, Sybila, e isso significa que temos pouco tempo para planejar um ataque.... – explicou Dumbledore.

- Um ataque?

- Sim, Hermione e preciso muito de você neste momento... Agora quero que você pense, pense muito bem no que estou dizendo...Você está disposta a nos ajudar? A terminar de uma vez por todas com Voldemort?

Hermione foi responder, mas Dumbledore a deteve com um aceno de mão.

- Você tem que realmente estar disposta, porque muita gente pode se machucar e até morrer nesse combate... Não quero que nada lhe seja forçado.. – comentou Dumbledore.

Ela ficou calada, pensativa.. É claro que iria ajudar, é claro que no que dependesse dela, procuraria derrotar Voldemort, mas queria uma garantia de que ao menos Severo ficasse vivo, senão.. senão de nada lhe valeria o sacrifício. Na realidade ela pouco se importava com o mundo mágico, somente queria seu amado de volta, queria Severo Snape, são e salvo nos seus braços...

- Hermione, eu quero dizer uma coisa.. sei que você me considera uma charlatã e tudo o mais, mas escute, somente uma vez o que estou dizendo.... – falou Sybila... – se você não nos ajudar nunca poderemos derrotar Voldemort.. Dumbledore, Harry Potter e os outros somente podem trilhar uma parte do caminho sem a sua ajuda.. Vou repetir o que Alvo já lhe disse, somente o poder de um Granger é capaz de derrotar Voldemort...

- Eu sei, professora.... – falou Hermione.


Ao mesmo tempo, na Mansão Malfoy, Voldemort conversava com seus Comensais a respeito do antídoto para a cura da Maldição Cruciatus, que Hermione Granger conseguira que fizesse efeito, quase que imediato naquele que tomaram...

- Aquela moça é igual ao avô dela, perfeita.. um talento nato para a Arte das Trevas.. – comentava Voldemort, no centro do Círculo de Comensais. Snape apenas escutava atentamente as palavras de Voldemort, intimamente havia ficado muito feliz que Hermione conseguira a cura de todas aquelas pessoas, mas sabia que agora sim, Voldemort faria questão de tê-la defendendo as Trevas...

- Mas Mestre.. – falava Rabicho...- agora as três grandes famílias ligadas a Gryfindor estão com membros válidos....

- È verdade, Rabicho.. Com a volta de Frank Longbotton, é verdade que as coisas, em tese se complicam para nós....- considerou Voldemort....- Porque aquele filho dele, não contava para nada, tremia só em ouvir seu nome, não é Severo? – quis saber Voldemort.

Snape apenas assentiu com a cabeça.

- Não podemos culpar o menino, afinal Severo é assustador mesmo.. – comentou Richard Brown troçando.

- Que engraçado, Richard.. – falou Snape secamente.

- Ora, Severo.. O único aqui que não pode se considerar assustador é....

- Chega, vocês dois! – ouviu-se a voz ameaçadora de Voldemort, que continuou em tom mais brando:

- Harry Potter, o idiota. Arthur Weasley, o pobretão e Frank Longbotton o melhor auror que o Ministério da Magia já teve e que o fiel Bartô tinha conseguido tirar de combate... Isso não deixa de ser perigoso... Mas eles somente poderão fazer algo com o auxilio da Granger.. sem ela, nada feito e nós iremos aniquilá-los num piscar de olhos

Snape apenas abaixou a cabeça ao escutar aquelas palavras.. Conhecia bem Voldemort, sabia que ele não sossegaria enquanto não tivesse Hermione ao seu lado... Ele seria imbatível quando pudesse aliar os seus poderes com os poderes de um Granger...

- E é aqui que você entra, Severo.. como já conversamos.. – comentou Voldemort, olhando para ele e sorrindo sarcasticamente...

- Já lhe disse... – começou a falar Snape, mas foi interrompido pela voz letal de Voldemort...

- Todos os outros, agora FORA!!! Os Comensais somente se entreolharam, e saíram, um a um da sala.


E no compartimento ao lado, aqueles que não sabiam, acabaram tomando conhecimento de Snape era namorado da tal moça neta de Irinus Granger... A grande maioria era da opinião de que Snape somente se aproximara da moça por saber dos poderes que a moça possuía.. Alguns afirmavam até que Snape jamais esqueça Lilian Potter.... os únicos que hesitavam nas afirmações eram Richard Brown e Lúcio Malfoy, os grandes amigos de Snape.

- Vocês querem saber, eu acho que nem mesmo Severo seria tão mau caráter a esse ponto.. Sejamos razoáveis.. comentou Richard.

- É verdade... Se assim fosse ele teria trazido a moça para o mestre assim que soube quem ela era...- comentou Lúcio Malfoy.

- Mentira, Lúcio. Severo é um tratante, nos abandonou e voltou mais de uma centena de vezes... – comentou Karkaroff.

- Muito diferente de você, não é Igor? – contrapôs Malfoy com ironia... olhando feroz mente para o outro...

Naquele instante começaram as agressões mútuas entre os mais diversos Comensais, pois a grande maioria nem sequer se suportava... A maioria numérica fazia diferença naquele momento. Os melhores comensais que eram o chamado Trio de Ouro ( Malfoy, Brown e Snape) estavam reduzidos a dois, contra todos os outros...

Um minuto depois, apareceu Voldemort, bravo...

- SERÁ QUE VOCÊS NÃO PODEM CALAR UM MINUTO SEQUER, BANDO DE ANIMAIS.... SE EU OUVIR MAIS UM PIO, JURO QUE VÃO SE ARREPENDER !!!!

Os Comensais se calaram embora os olhares de ódio continuassem de parte a parte.


Severo Snape estava sentado escutando Voldemort, enquanto este caminhava sistematicamente pela sala.

- Pois é, parece que Dumbledore entregou o livro para sua amada, Severo? – comentou Voldemort?

- O quê? Ele jamais faria isso. – afirmou Snape.

- Tanto não faria que fez. Agora, ela sabe muito bem quem é, quem foi seu avô e que ela faz parte da maior família das Trevas que já houve em todo o mundo mágico.

- Quem lhe disse isso?

- Richard. Para falar a verdade ela foi sondar a filha do Richard e o Draco a respeito.

- E ela, como você já sabe, acertou sua poção e esvaziou o St. Mugus... Que interessante... Isso sim, é algo que me interessa.... Quer dizer então que agora, somente temos uma Maldição imperdoável que não tem defesa... Avada... – continuou Voldemort divagando. – Preciso daquela menina antes que Dumbledore a convença que deve ajudar a me derrotar...

- Acho pouco provável que ela se una a você. – falou Snape displicentemente.

- Não tão improvável enquanto você, meu caro, estiver em meu poder... Pelo que imagino aquela moça fará tudo o que puder para salvar você... Que comovente!!! Nossa, um melodrama bem ao gosto de Dumbledore... – disse Voldemort ironicamente.

- Ela não iria fazer isso. – respondeu Snape. – Ela me ama, é verdade, mas não seria louca a esse ponto.

- Sinto lhe informar, mas ela é uma Granger e faria isso sim.... Agora vou aguardar ela entrar em contato.. Vamos analisar as propostas.... Quem sabe possa haver vantagens para ambos os lados. Se unindo a mim ela ganha você de volta e todo o poder e riqueza que alguém pode imaginar. Se recusar eu mato você. Simples, não é?

- Acho que você esta errado. Se me matar, você morre.... – respondeu Snape displicentemente, como se estivessem tramando a morte de uma terceira pessoa e não a dele. Não reza a lenda que somente um Granger pode matar você?

Voldemort apenas olhou para o sorriso irônico de Snape. Ele sempre odiara aquele sorriso irônico, típico dos Snape..



Na sala de Dumbledore a conversa continuava..

- Professor, é claro que eu vou ajudar.. claro que vou... mas tenho um preço... – falou ela.

- Sim, Hermione.. eu sei qual é seu preço... – assentiu o diretor.. – Você quer Severo não é?

- Exato professor... Até posso simular me aliar ao Lord das Trevas, mas ele tem que libertar Severo, senão nada feito. – explicitou ela.

- Hermione, você não está raciocinando.. acho que Severo pode lhe ajudar mais lá do que aqui... – comentou o professor.

- Eu discordo.. qualquer coisa que eu faça de errado, ele vai ter o Severo para me chantagear, e daí sim, não teremos como achar a oportunidade para a derrota-lo.. – comentou ela, secamente.

Dumbledore ponderou o que ela estava dizendo, e percebeu que era verdade. Se Severo estivesse lá, Hermione não poderia agir livremente, estaria sempre sob pressão, qualquer erro.. Voldemort era implacável...

- Você tem razão, Hermione. Acho que temos que tirar Severo de lá, e poderá ser muito útil na luta final...

Hermione apenas sorriu...

- E agora, eu preciso que o senhor me ensine mais ou menos o que temos que fazer, e temos que combinar o plano para derrota... – falou diplomaticamente. – E também, professor.. eu sei quem é o traidor...

Dumbledore olhou para ela admirado..

- Quem é, Hermione? Como você ficou sabendo?

- Bem, o traidor é o pai da Lilá Brown... e

- Eu deveria Ter imaginado... tão amigo.. ficou no lugar de Severo... – falou Dumbledore baixinho...

- Fiquei sabendo porque Lilá e Draco Malfoy estão namorando.. achei que houvesse algum vinculo inimaginado entre eles... joguei uma armadilha e eles caíram..

- Perfeito.... – comentou Dumbledore....

- Bem, amanhã combinaremos tudo.. e você tem o Anel de Severo?

Hermione apenas ergueu a mão direita em resposta...

- Ótimo.....- respondeu ele, enquanto se voltava para Sybila.. – Posso marcar a regressão Sybila?

- Pode Alvo.. mas quando tudo isso acabar eu quero que você me prometa que vou experimentar o Chapéu Seletor de novo... Quero ser uma Corvinal de verdade....- falou ela.

- Combinado Sybila... – respondeu Dumbledore sorrindo.

Tanto Sybila quanto Hermione em seguida saíram da sala do Diretor.. Sybila voltou a sua torre e Hermione desceu para a Masmorra de Snape.


Hermione acordou atrasada naquela manhã... Na realidade somente conseguira dormir depois que o dia amanhecera... A primeira aula do dia era Poções... Ela achava muito triste ir para aquelas aulas .. Não que as aulas da professora Minerva fossem ruins.. Bem pelo contrário.. mas não conseguia se desligar de Voldemort, do que ele poderia estar fazendo com Severo... Os dias passavam muito rapidamente na opinião dela, principalmente depois que Severo fora seqüestrado. Depois daquela aula, ela havia combinado que acompanharia Pansy Parkinson e uma comissão da Sonserina para reclamar da nova diretora...

Ela entrou no salão Principal onde o burburinho era geral. Hermione era monitora-chefe da escola, mas ultimamente tinha ignorado um pouco suas funções.. deixando o barco correr... tinha ficado trancada na masmorra de Snape desenvolvendo a Poção.. se tudo tivesse dado realmente certo como Dumbledore e Sybila haviam falado, os pais de Neville apareceriam no castelo ainda naquele dia....

- O que está havendo? – perguntou ela, enquanto sentava-se ao lado de Harry para tomar o café.

- Você está com uma cara, Mione.. andou acontecendo alguma coisa? – perguntou ele, sussurrando no ouvido dela.

- Alguma coisa? Que ironia.. mas tem coisas sérias vindo por aí... Depois poderíamos conversar em particular? – perguntou ela...

- Claro... – respondeu ele baixinho...

- Mione, hoje é o dia de declaramos os pares para o baile de Formatura, esqueceu? – informou Parvati.

- Claro que não.. só não lembrava que fosse hoje... – Retrucou ela. – E de qualquer forma ainda faltam uns dois meses para a formatura.

- Um mês e meio, Mione. – corrigiu Lilá.

Hermione havia esquecido inteiramente de Formatura, de baile .. de quaisquer coisas desta ordem... Isso era totalmente secundário.. Quem havia dito que estaria viva para se formar? Ela olhou de lado para Harry.. talvez nem ele estivesse vivo para isso..

- Sim, continuou Neville, que percebeu que Hermione tinha se esquecido inteiramente disso - temos que dar o nome dos pares para a professora Minerva, hoje na aula de Poções.. ela disse isso fazem uns 10 dias....

- Tudo bem, Neville... obrigado...

Hermione estava perplexa.. jamais imaginara receber informações de Neville a respeito de alguma coisa..

A aula de Poções transcorreu normalmente. Por mais desligada que Hermione estivesse, ela sempre sabia as respostas, sabia executar tudo o que era pedido.. No final da aula, a Professora Minerva anunciou:

- Vou passar uma folha para os Grifinórios e outra para os Sonserinos. Ao lado de seus nomes, coloquem o de seus pares para o Baile. Reitero que se houverem mudanças de pares, deverão ser comunicados a mim ou a Chefe dos Monitores – disse ela, olhando seriamente para Hermione- para que sejam feitas as respectivas alterações. Isso quer dizer, que os pares são mutáveis. As canetas que irão com as folhas são mágicas e somente eu conseguirei ler os pares....

As folhas começaram a serem preenchidas...todos em polvorosa... Hermione permaneceu sentada em seu canto.. Não saberia como preencher a folha.. Minerva jamais aceitaria seu par... Após preencher a folha, todos foram saindo a sala... Pansy fez um sinal para Hermione, dizendo que a estava esperando do lado de fora, e ela assentiu.

- Já soube que a senhorita esta apoiando o movimento dos Sonserinos para a troca de Diretor. – comentou a prof. Minerva.

- Sim, senhora. Acho que nem eles, merecem aquela como diretora. – falou Hermione enquanto escrevia o nome Severo Snape como seu par.

- Infelizmente sou obrigada a concordar com você, senhorita.. – respondeu Minerva enquanto recebia a folha que Hermione lhe entregada.

A aluna, foi até sua classe, pegou seu material, e quanto estava na porta ouviu Minerva chamando seu nome:

- Hermione!!

- Pois não, professora? – respondeu ela, virando-se.

- Não posso aceitar seu par. – retrucou Minerva.

- Porque não? – questionou Hermione.

- Eu poderia lhe elencar uma dúzia de motivos, mas o principal é que ele não está aqui, e talvez nem volte...

- Eu sei de tudo isso, mas pode Ter certeza que ele estará aqui para o Baile de Formatura, sim senhora.

- Não posso aceitar seu par, senhorita. Como chefe dos Monitores, a senhorita abre a valsa, e terá que Ter um par... Um par que esteja aqui na data... – disse Minerva alterando-se.

- Sinto muito, professora, meu par é esse.. – Hermione falou simplesmente.

- Hermione , seja razoável.. não posso aceitar...

- A senhora não colocou nenhuma restrição a respeito dos pares, professora. – constatou Hermione. - Imagino que Parvati, por exemplo tenho preenchido com o nome de Sirius Black.. existe algum problema?

- Eu não vou aceitar a Chefe dos Monitores, que pertence a minha casa, tendo como par o Diretor da Sonserina e ponto final. – afirmou Minerva, aos gritos.

- Eu não vou mudar de par, professora. – disse Hermione firmemente.

- Então vou destituir você de Chefe dos Monitores....

- Faça como achar melhor. – respondeu Hermione negligentemente. Sabia que Minerva jamais poderia fazer isso. Somente Dumbledore tinha esse poder.

- Então é verdade todos esses boatos que estão circulando pela escola? Que você e Snape tinham um relacionamento e que você esta morando na Masmorra dele?

- Sim, senhora, é verdade. Existe algum problema nisso? Que eu saiba, sou maior de idade e ele não é casado. –respondeu Hermione com ironia.

- Existe algum problema? Tem certeza que me perguntou isso, Hermione Granger? – questionou Minerva rubra de raiva...

Hermione estava se preparando para responder a provocação feita, mas Alvo Dumbledore apareceu naquela hora, e ficou parado olhando para elas...

- O que esta acontecendo? A Srta. Parkinson parecia apavorada, ali do outro lado da porta e correu me chamar. – explicou ele.

- Olhe o par que ela inscreveu para o baile de Formatura. – respondeu Minerva com raiva, estendendo a folha. Dumbledore olhou e retrucou:

- E qual é o problema, Minerva? Acho que Hermione tem discernimento suficiente para saber o que está fazendo. – disse ele...

Hermione apenas sorria ironicamente. Ao vê-la fazendo isso, Dumbledore lembrou-se de Ir.. ele, tinha esse mesmo sorriso irônico.

- Como assim, Dumbledore... Você vai ser conivente com essa asneira?? – quis saber a professora totalmente fora de si?

- Vamos combinar assim, Minerva.. Se Severo não estiver aqui, eu danço com a Srta. Granger.. Pode ser? – disse ele, fazendo uma mesura em direção a aluna.

Minerva Mcgonagall ficou em silêncio por alguns segundo e depois disse, com uma espécie de raiva contida, enquanto saía da sala:

- Tudo bem, Dumbledore.. Tudo bem...

Dumbledore olhou para Hermione, que questionou?

- Fiz algo errado?

- Nada, Hermione. Apenas Minerva não admite a existência de nada que beneficie Severo. Só isso. – respondeu ele, dirigindo-se para a porta da Masmorra e abrindo-a para a entrada de Pansy Parkinson e a comissão de Sonserinos.

Os alunos da Sonserina, entregaram o documento para Dumbledore, que escutou as reivindicações deles, muito pertinentes por sinal. O diretor não aceitou a sugestão de Draco Malfoy assumir como Diretor Interino, (embora Hermione tivesse insistido no tópico, e mostrado que os poderes dele, seriam totalmente limitados e ele seria uma figura ilustrativa), porém prometeu resolver a situação em breve. Os Sonserinos saíram da reunião confiantes em melhoras e todos agradeceram Hermione pela intervenção em seu favor.

- Quero só que você me responda porque está fazendo isso, Hermione? – quis saber o diretor?

- Porque acho um disparate a prof. Sybila ser a diretora deles.. e também porque Severo, creio eu, mereceria um substituto melhor... – explicou ela...

- Bom, Hermione, isso até pode ser verdade.... Mas acho melhor, que chamemos o Harry, pois Arthur Weasley e Frank Longbotton já estão nos esperando e vamos começar a traçar os planos... Não podemos correr nenhum risco e nem te nenhum atraso...

Alvo Dumbledore ia caminhando pelo corredor, com Hermione em seu encalço e ela lhe perguntou:

- Neville viu o pai?

- Frank achou melhor que a Sra. Margarida prepare ele para o reencontro. E ela está fazendo isso lá nos jardins.. está conversando com Neville.