Capítulo XXXII – As duas faces de Hermione

Na sala de Alvo Dumbledore estavam esperando Arthur Weasley e Frank Longbotton. O primeiro olhava encantado para o segundo. Lhe parecia incrível, o estado em que ele vira os Longbotton, depois que foram torturados pelos Comensais.. haviam perdido a consciência, haviam perdido a vida, o discernimento.. Era verdade que também vira o estado que Hagrid ficara após a ação dos Comensais, e vira o efeito da Poção que Snape fizera.. mas agora, ligar Hermione.. aquela menina que ele vira crescer, que passara muitas férias ao lado de Rony, Gina e Harry na Toca, com o temido Irnius Granger era um pouco demais para compreensão dele.

Ela era neta do bruxo mais temido do Mundo Mágico, do professor de Voldemort e como se isso não bastasse ainda era namorada de Severo Snape. Arthur Weasley pensava em como as coisas eram mutáveis, em como as vezes nos surpreendemos com as pessoas....

Frank levantou-se e foi espiar pela janela... Lá em baixo estavam os jardins de Hogwarts... Que saudade, pensou ele!!! Vários alunos corriam de um lado pelo outro.. Num lugar mais distante ele poderia ver sua mãe conversando com um rapaz de cabelos escuros. Seu coração deu uma breve parada.... "Neville! Meu filho já é um homem... Mamãe deve estar preparando o espirito dele.. para não tomar um choque muito grande quando ele ver eu e Melissa recuperados.." Sorriu brevemente....

Levemente a porta se abriu.... Harry entrou primeiro.. Dumbledore havia lhe chamado em caráter de urgência urgentíssima..., Alvo o seguiu e por fim, Hermione entrou na sala.

Quando ela entrou, Frank Longbotton se aproximou, com os olhos em lágrimas, e pegou a mão dela, beijando-a... depois abraçou fortemente a moça.. enquanto dizia, com os olhos rasos de lágrimas:

- Obrigado! Muito obrigado! Obrigado por Ter nos curado, por Ter nos devolvido a vida.. e obrigado também por ser amiga do Neville, por sempre auxiliá-lo.. obrigado, senhorita, obrigado... nem que eu passasse o resto da minha vida aqui agradecendo, não falarei nem metade daquilo que a senhorita merece ouvir....

Ele largou Hermione que enxugava os olhos... E sorriu para Alvo Dumbledore e Harry Potter que o olhavam... Harry não pôde deixar de dizer:

- O Neville é muito parecido com o senhor.

- Obrigado, Harry Potter... – disse Frank enquanto passava sua mão pela cicatriz do rapaz... – Você se parece muito com Tiago.... menos nos olhos.. os olhos são os da Lílian.. mas é claro, você já deve Ter escutado isso milhares de vezes... – continuou ele, descontraidamente...

Dumbledore fez um sinal para que os quatro se sentassem em torno da mesa, e eles o fizeram...

Houve um momento de silêncio, e o pai de Neville disse:

- Pois é, Dumbledore.. Fiquei semi-morto por quase 20 anos, e agora você pretende me matar novamente?? – perguntou ele, rindo.. – Mas eu não me importo, desde que antes eu possa ver e abraçar o meu filho...

- È, o que você pretende, Alvo, com essa reunião? Eu acho surpreendente isso, agora. Você reuniu os representantes das três famílias mais ligadas a Gryffindor somadas a herdeira dos Granger.. qual é sua intenção? – perguntou Arthur...

- Exatamente o que você esta imaginando, Arthur.. temos a faca e o queijo na mão.. Sybila concordou em fazer a regressão... Temos Hermione Granger.. ao nosso lado, e o Frank agora recuperado... Acho que não iremos Ter uma oportunidade dessas, nunca mais. – comentou Alvo.

- Professor, o que a Hermione tem a ver com isso? - quis saber Harry.

- É verdade, não explicamos a ele. Bem, ... – começou Alvo. Hermione, tirou um livro da mochila e entregou a Harry dizendo.

- Meu avô foi o professor de Voldemort. E só um Granger pode acabar com o poder de Voldemort.. aliada as três famílias fundamentais para Gryffindor.. os Potter, os Weasley e os Longbotton. – contou ela.. – Ou seja.. nós, os que estão aqui. Voldemort a essa hora já deve saber que consegui a cura da maldição Cruciatus, e deve querer conversar comigo..

Harry apenas olhava para ela de olhos arregalados. Hermione Granger era uma bruxa pura então. E pelo jeito sua família fora pior que Voldemort.. Ele lembrava vagamente de ter ouvido falar em um bruxo que fora pior que Voldemort.. seria o tal avô de Hermione?

- Isso, Hermione.. Pense como a neta de Irnius Granger... o que vamos fazer?? – questionou Longbotton. Ele foi o melhor auror do Ministério da magia, seu parceiro, por anos fora Moody...

- Frank.... – censurou Arthur.

- Deixe, Arthur... – falou Dumbledore.

Hermione pensou alguns minutos, enquanto olhava para o feio anel que tinha no dedo....Refletia.. o que Voldemort esperava que ela fizesse agora...

- Tenho que enviar um contato.. uma proposta... é isso... Voldemort tem que saber o que eu quero para me aliar a ele, e não ao senhor... – falou ela para Alvo... – não tenho nenhuma marca negra.. mas tenho o Anel de Comensal que pertence ao Severo - mostrou ela... – posso chamá-lo pelo Anel.

- È isso? – questionou ela.

- Sim, Hermione é bem isso mesmo... Você tem que entrar em contato com Voldemort pedindo o que quer para se aliar a ele.. Já vamos estudar o que você vai querer..... – começou Alvo.

- Eu sei o que quero. – comentou ela...

- Tudo bem, sabemos que quer salvar Snape. – falou Arthur.

- Isso também, mas eu quero..... ( seja quem você é.. deixe a Arte das Trevas aflorar em você, pensava ela... deixe tudo vir a tona..) quero dividir a liderança das operações, ao mesmo tempo que somamos os poderes, quero dinheiro e poder que ele, sem mim, não poderá conquistar, quero seguidores mais ágeis e que consigam cumprir ordens sem pestanejar e sem retrucar.. Podemos planejar.....- falou ela friamente.

- Já chega, Hermione. Está ótimo assim..... Já tinha decorado isso? – perguntou Arthur...

- Claro que não, Arthur.. ela só deixou isso aflorar.. – comentou Frank. – Posso estar fora da ativa mas reconheço um bruxo das trevas, num primeiro olhar... Essa moça se resolver se voltar contra nós, estamos perdidos.....

- Não se preocupe, senhor Longbotton... Nossa meta é terminar com Voldemort, mas para isso é preciso que ele acredite em mim... Que consigamos terminar com os Comensais restantes, capturando Lúcio Malfoy, o pai da Lilá...

- O quê? Richard Brown é Comensal? Não acredito.... – comentou Arthur...

- Pois é Arthur, o seu belo ministério está tomado por eles.... – falou Alvo acidamente...

Houve um instante de silêncio...

- Bem.. – disse Hermione- acho que vou fazer o contato com Voldemort, o mais breve possível... Ele tem como me matar, diretor?

- Até poderia fazer isso, senhorita, com o auxilio do Trio de Ouro- Malfoy, Brown e Snape- mas duvido que conseguisse... sem a senhorita, ele não irá tomar o mundo..

- Mas também não irá ser derrotado... – contrapôs ela.

- Pense, Hermione... Se fosse você.. o que faria???- questionou Harry.

Ela pensou por alguns instantes...

- Preferiria arriscar, lógico... Mas, acho que para minha segurança, devemos tirar Severo de lá o mais rápido possível... O senhor afirmou- disse ela olhando para Alvo- que ele precisa dos três.. sem um deles, não poderá me matar....

- Bem, senhorita, creio que Severo Snape, se é como dizem, não seria muito útil no caso de querem matá-la pois ele ama a senhorita, e o feitiço teria efeito inverso.

- Quer dizer que se ele tentasse me matar, ele morreria? – questionou ela.

- Exato, senhorita, e o mesmo aconteceria se a senhorita tentasse matá-lo.- afirmou Frank.

- Bem, então o senhor tem que me ensinar como posso derrotar Voldemort, diretor!

- Eu não tenho como ensinar coisas que na realidade você sabe.. pelo que percebi na hora oportuna você saberá o que fazer... – respondeu Alvo sorrindo para ela...

Hermione então levantou-se, e despediu-se dos outros que estavam ali.. iria fazer contato com Voldemort naquele instante, mas queria estar sozinha para fazer isso...


Frank Longbotton, também saiu da sala, despedindo-se de Arthur Weasley e Harry Potter, e reiterando o apoio a Alvo Dumbledore... dizendo que estaria morando com sua mãe e que o procurasse assim que fosse necessário, pois iria lutar nessa guerra até o fim. Ele aproveitou e caminhou pelo castelo, indo encontrar sua esposa que estivera matando as saudades de sua casa, a Lufa-Lufa e conversando com a diretora da casa, a professora Sprout, de Herbologia. Essa professora contou maravilhas de Neville, dizendo que ele era um ótimo aluno, prestativo, sempre educado e interessado.. e que sempre contava com o auxilio de Hermione Granger para resolver todos os seus problemas, de toda e qualquer ordem... Ela que havia convencido Neville as prestar provas para a Universidade bruxa de Michigan, para cursar Herbologia... A mãe de Neville, se despediu da professora com um sorriso e deu a mão ao marido para irem procurar o filho nos jardins.

Reluziam de longe os cabelos brancos da Sra. Margarida Longbotton, que vinha acompanhada pelo neto Neville. Ele parecia não Ter acreditado muito no que a avó havia lhe contado a respeito de seus pais estarem bem , mas a avó era a única pessoa que nunca mentia para ele, as vezes, ocultava algumas coisas... mas mentir.. jamais.

E de longe, Neville os viu na entrada do castelo. Um homem alto, parecido com ele mesmo, acompanhado por uma senhora ainda jovem, com o rosto evidentemente redondo, que sorriam para ele, em uma expressão mista de choro e felicidade. Neville agarrou a mão da avó com mais força.. e ela lhe disse, empurrando-o de leve:

- Vá lá meu filho... Os teus pais estão esperando por você...

Ele não esperou uma nova ordem da avó... saiu correndo pelo gramado, atropelando um grupo de alunos do segundo ano da Corvinal que vinham passando. Ele mesmo caiu , mas logo se levantou e continuou a correr na direção em que estavam seus pais.. Ele não acreditava que aquilo poderia estar acontecendo. Aquele sempre fora seu maior sonho.. ver seus pais bem, falando, entendendo, discernindo.... e reconhecendo-o como filho.

Quando chegou mais perto, Neville se atirou nos braços das duas pessoas, cujos rostos estavam em lágrimas... E um longo abraço fez com que ele acreditasse que daquele momento em diante passaria a Ter os pais, porque a sua realidade era pior do que se os pais estivessem mortos.. eles tinham sido, mortos vivos.

- Pai, mãe... não acredito! É verdade.. a vovó falou a verdade!!!!! – gritou ele, muito feliz, abraçando os pais, mais forte ainda.

- È verdade, filho! É verdade.. – disse a mãe dele, sorrindo em meio as lágrimas..

- Nós voltamos, filho! E agora vamos ficar junto com você e sua avó.. vocês nunca mais vão ficar sozinhos..... – afirmou o pai de Neville.

- Pai!!!!! Mãe!!!!!- ele gritava cada vez mais alto.. e seus colegas da Grifinória começaram a se reunir em torno dele, parecia que ele queria que os pais conhecessem os amigos e vice-versa tudo em cinco minutos..

- Pai, mãe.. esse é o Dino.. e esse é o Simas... eu já falei deles para vocês.. são os meus melhores amigos aqui na escola....- falou ele, em altos brados, enquanto começava a puxar os pais na direção da estufa de Herbologia...

- Rony! Rony! Gina! Harry! Harry! ... – gritou ele, para os meninos que estavam sentados num banco com Gina. – Olha aqui, meus pais!!!!!

- Os pais do Neville? – perguntou Gina correndo em direção a eles, seguida de perto por Rony e Harry. Ela havia namorado o Neville por um tempo, e por isso sabia que os pais deles tinham sido atingidos pela maldição Cruciatus e estavam no St. Mugus.. como poderiam estar ali agora???

- Sim..- afirmou a jovem senhora, sorridente.- Somos os pais do Neville... Melissa e Frank... e você é....

Mas Neville nem deixou Gina responder... saiu correndo, puxando os pais na direção da estufa.... No meio do caminho, eles encontraram Hermione, que saíra pelas Masmorras do castelo, para ver o desenrolar do encontro de Neville com os pais. Mas, Neville a vira.. largara os pais e saíra correndo em direção a amiga... Abraçou-se nela, e beijou-a muitas e muitas vezes no rosto, enquanto não cansava de dizer..

- Olha lá, Mione! Olha lá.. Meu pai, minha mãe... Você trouxe eles de volta.. você trouxe eles de volta!!!!!!

Hermione estava sorridente.. claro, quisera testar seus conhecimentos desenvolvendo a poção deixada por Snape, mas sempre imaginara como seria se realmente conseguissem curar os pais de Neville...

- Mione, você trouxe meus pais de volta!!!! – ele disse , enquanto se ajoelhava aos pés dela, e se abraçava em suas pernas.... – Como posso agradecer tudo o que você já fez por mim, Mione? Sempre me ajudou, sempre esteve do meu lado, não se importando com o que diziam de mim, e agora me dá esse presente.. traz meus pais de volta.... Obrigado, Hermione! Muito obrigado!! – completou ele, enquanto se abraçava mais forte as pernas dela e ela lhe acariciava o cabelo.. Nisso os pais de Neville se aproximaram....

- Muito obrigado, Srta. Granger... Agora vamos voltar a viver.. vamos Ter uma casa novamente, e vamos levar o Neville para morar conosco.. – disse a Sra. Melissa...- e tudo isso graças a você...

- Não só a mim.. eu só dei o retoque final na poção...- respondeu ela, enquanto o pai de Neville lhe dava uma leve piscadela. Ele já soubera que o desenvolvimento da poção não fora dela, mas que ela os salvara por ser uma Granger.... Neville levantou-se do chão e beijou mais uma vez o rosto de Hermione! Jamais poderia agradecer tudo o que ela fizera por ele durante o tempo que se conheciam...

A mãe de Neville abraçou Hermione, mas ele já estava puxando-os para as estufas de Herbologia. No meio do caminho encontraram Parvati e Lilá .. e Neville gritou:

- Lilá, Parvati.. Olhem aqui os meus pais!!!!!! Olhem.....

As moças ficaram olhando, mas eles passaram tão rápido que elas nem tiveram tempo de analisá-los...

Sem fôlego, ele parou na porta da estufa. Arrumou as vestes e bateu na porta... A Sra. Sprout atendeu-o.

- Pois não, Sr. Longbotton.

- Eu poderia falar com a Srta. Parkinson? – perguntou ele, ansiosamente. Os pais de Neville se entreolharam...

- Pois não. – respondeu a professora, sorrindo. Depois de uns minutos, saiu da estufa uma moça com vestes da Sonserina. Neville adiantou-se e beijou-a levemente.. dizendo:

- Pai, Mãe.. essa é Alícia Parkinson, minha namorada!

Alícia olhou surpresa para os pais de Neville, ele havia lhe contado a história dos pais, e agora apareciam eles ali, curados. O contentamento de Neville era inexplicável.. ele estava no mínimo radiante.. Alícia se adiantou e abraçou os pais de Neville .. que ficaram felizes por conhecê-la... Se bem que o pai dele, não tenha gostado muito do símbolo da Sonserina desenhado na capa dela.. mas isso era assunto para o futuro....

Alícia voltou para a aula e Neville levou os pais para passearem no castelo, apresentando-os a todos os amigos, conhecidos, os fantasmas das casas, os professores e até para a Madame Norra, que havia ficado pelo castelo depois da morte de Argo Filtch.


Remo Lupin e Sirius Black, haviam sido chamados no castelo novamente. Enquanto Lupin corria para o campo de quadribol, ver como estava Madame Hooch, Sirius Black, se apressava em procurar Parvati Patil.. talvez não conseguisse vir até Hogwarts novamente antes da formatura da moça, principalmente com essas constantes vitórias obtidas por Voldemort. Ele foi se aproximando do banco onde estavam sentadas Lilá e Parvati, ainda comentando sobre os pais de Neville. Lilá viu-o e disse subitamente:

- Parvati, vou procurar o Draco ...- e levantou-se rapidamente. Parvati ficou surpresa com a atitude da amiga, mas ao olhar para o lado entendeu o que era que a impelira a ir embora.

- Srta. Patil. – cumprimentou ele.

- Olá! Sr. Black. Aqui em Hogwarts novamente? – questionou ela.

- Sim, senhorita Parvati.. e minha visita é muito breve.. talvez não consiga vir aqui novamente a tempo..

- A tempo de que? – perguntou ela.

- De me convidar para ser seu par no Baile de Formatura, ora.- comentou ele, sorrindo...

- Mas quem lhe disse que eu já não tenho par? – perguntou ela, sorrindo.

Sirius Black, fez uma expressão admirada.. Como? Ela já tinha par? Impossível.. faltava mais de um mês para a formatura.. Ao que ele soubesse ela não namorava ninguém...

- Hein? Mas, como assim?

- Como assim, pergunto eu. Que eu saiba não tenho nenhum compromisso formal com o senhor... – considerou ela.

- Bem, Parvati, que não seja por isso.. – ele falou, ajoelhando-se aos pés dela, e arrancando uma margarida do jardim e oferecendo-a para a moça - a senhorita, aceitaria.. assim, formalmente, namorar comigo, Sirius Black, aqui presente?

- É, tá.. tudo bem.. – disse ela, olhando para o céu, numa falsa atitude de indiferença.... Quando ela respondeu isso, Ele rapidamente sentou-se no banco ao lado dela, e começou a beijá-la ternamente..

Alguns minutos se passaram enquanto o casal enamorado namorava e Lupin apareceu, dizendo...

- Vamos, Sirius... parece que estão precisando de nós em Oxford.

- Dá o fora, Remo.. você só parece para atrapalhar. - xingou ele, enquanto levantava do banco contrariado...

- Trabalho é trabalho.. depois que derrotarmos Voldemort, você vai ter todo o tempo para ficar com a Srta. Parati....- considerou Lupin...

- Tudo bem.. você tem razão...

- E parece que temos novidades, disse Lupin, enquanto Sirius beijava mais uma vez a moça e dizia:

- Espere as minhas corujas, minha namorada, hein? E não se surpreenda, se a coruja que entregar tiver uma cara parecida com o Lupin.. é que pertence a ele.. – disse Sirius rindo, fazendo Parvati sorrir feliz, sob o olhar contrariado de Remo Lupin.

- Até logo, Srta. Parvati. Vamos Sirius.. – falou Lupin, caminhando para o portão....

Sirius beijou Parvati mais uma vez, e ela o acompanhou de mãos dadas até o portão da escola, enquanto dizia:

- Sirius, sabe sobre o baile?

- Agora, trate de despachar o outro par.. não esqueça que tem um namorado agora, Srta. Parvati. – falou ele, regiamente.

- O par era você mesmo.. tinha colocado seu nome, quando a professora Minerva tinha pedido quem seriam nossos pares.. –disse ela rindo, enquanto Lupin fazia gestos desesperados para Sirius ir embora logo.... E ele disse:

- Parvati, não quero antecipar nada, mas acho que estou apaixonado por você.....- falou ele, baixinho , enquanto saia correndo atrás de Lupin que já sumira....


Depois do encontro com os pais de Neville, Hermione voltara para a Masmorra de Snape.. Ela sorria quando lembrava da cena.. jamais imaginara Neville assim, tão feliz, tão eufórico.. Iria tentar entrar em contato com Voldemort.. precisava trazer Severo o mais rápido possível de volta.. e como dissera Dumbledore, ela acharia uma forma de voltar... Ela se jogou no sofá em frente a lareira, que como sempre estava acessa, afinal ela sempre achara a Masmorra de Snape gelada demais.. Quando ela começou a mexer no anel de Comensal dele, alguém bateu na porta....

Hermione levantou-se do sofá e foi abrir...

- Quem é? – perguntou ela.

- Sou eu, Rony!

- Entra... – disse ela, quando a porta se escancarou....

Rony Weasley entrou na Masmorra de Snape.. jamais tinha estado lá antes...ficou olhando para os lados.. e pensando em como era gelado aquele lugar....

- Senta, Rony! – disse ela, indicando o sofá em frente a lareira...

- O Harry me disse que você estaria aqui.... – comentou ele. – Sabe Mione, acho que fui o único cego dessa história.. Fui o único que não percebi que você tinha alguma coisa com o Snape.. Sempre pensei que fosse com o Draco...

- Você não foi o único. Na verdade eram poucas as pessoas que sabiam ou desconfiavam de algo.. – contou ela.. – e sabe, tudo começou naquela noite que eu entrei na Floresta Proibida sozinha....

- Eu sei, o Harry me contou.. e eu não estou aqui com a finalidade de te cobrar nada e sim de fazer um pedido...

Bom, Mione é o seguinte... Eu já falei com o Harry e ele topou.

Hermione somente olhava para ele com curiosidade....

- Acho que no final do ano, eu e a Padma vamos nos casar.. assim depois da formatura.. – contou ele, ficando totalmente rubro!

- Mesmo, Rony? Que legal! – falou ela sorridente..- mas, tão logo assim?

- Sim, é que bem.. ocorreram alguns acidentes de percurso que apressou o casamento.. – explicou ele, ficando mais vermelho ainda....

- Entendo.. ela está esperando um bebê??? – perguntou Mione.

- Pois é... – falou ele, abaixando o rosto envergonhando..

- Rony, parabéns!!! – disse ela, abraçando-o - Ronald Weasley vai ser papai.... - Ele sorriu envergonhado.

- E o Harry vai ser meu padrinho. Você quer ser minha madrinha, Mione?

- Claro, Rony! – respondeu ela surpresa... Claro que sim.. muito obrigado pelo convite....

Rony abraçou a amiga... levantou-se e quando estava na porta da Masmorra, disse:

- Claro, é inevitável e eu nem queria fazer isso.. mas se você quiser pode levar o Snape para assistir a cerimônia... e depois te aviso bem certo a da data e local.

- Obrigado, Rony! – disse ela, enquanto ele saia porta a fora.

Hermione ficou pensando.. Como a vida dava mil voltas.. como os caminhos das pessoas acabam se cruzando de forma quase que inevitável... Bom, pensou ela, erguendo a varinha e trancando a porta, agora é a hora... Vou encarnar a neta de meu avô, que não é necessariamente, eu mesma e tentar entrar em contato com Voldemort. Ela jogou-se no sofá macio, tirou o Anel do dedo e ficou apreciando-o, tentando descobrir o segredo... Dentro em pouco ela apertou a cobra que estava entre os dois SS do nome de Snape. Os olhos vermelhos da pequena cobra brilharam.... Hermione parou de apertar–la.. esperou que acontecesse alguma coisa... Nada ocorreu... Ela então apertou os olhos da cobra....Lentamente algumas imagens começaram a sair do Anel e começaram a se projetar em uma das paredes da Masmorra... Hermione ficou olhando para as imagens e logo entrou em foco um homem, com os olhos finos e vermelhos como os da cobra e aparentemente sem lábios....

- Até que a Srta. não demorou para fazer contato, Hermione Granger...- disse ele, enfatizando o sobrenome. Hermione sentiu que a Masmorra ficara repentinamente gelada.

- Thomas Ridlle,– disse ela acidamente.. – acho que temos diversos assuntos a tratar...

Que olhasse Hermione naquele momento veria ali, uma perfeita Bruxa das Trevas.