Capítulo XXXIV – Na Mansão Malfoy.
Severo Snape continuava agarrado nas vestes do diretor..
- Severo, se acalme... Temos tudo sob controle. – falou o diretor, desvencilhando-se e começando a caminhar em direção ao castelo.
- O senhor tem idéia da loucura que acabou de fazer??? – gritou Snape ainda parado ao lado do portão.... – Eu vou voltar lá.. vou trazer Hermione de volta antes que ela entre na Mansão Malfoy. – retrucou ele, quase saindo do portão... Mas escorado no portão estava Arthur Weasley...
- Nem pensar, Snape.. Se você fizer isso, Hermione estará perdida...
- È verdade, Severo.. não seja idiota, seria um sacrifício inútil.. –considerou Frank Longbotton..
- Frank!!?? -. Mas como? È verdade... – disse Snape admirado.. Era verdade, então a poção realmente fizera efeito. Não que ele não acreditasse nisso, mas era sempre bom duvidar de tudo o que fosse dito pelo Lord das Trevas.
Frank Longbotton sorria por entre as sombras da noite, e logo abraçou Snape, agradecendo por Ter tentado desenvolver a Poção que Hermione conseguira terminar...
- É que foi culpa minha, me desculpe, Frank! Quando soube o que o Bartô e os Lestrange iriam fazer, desaparatei na sua casa, mas já era tarde demais... Me desculpe.. Eu tinha me comprometido a lhe avisar caso se planejasse algo assim... – falou Snape..
- Não se preocupe com isso... Agora estou aqui, curado! .. – disse Frank.. – mas não tente ir buscar a Srta. Granger... seria uma grande loucura sua.. E não iria adiantar de nada.
- Mas, vocês tem que entender.. a Mione não tem a menor chance!!!! – exclamou ele, desesperado...
- È aí que você se engana, Severo... Voldemort está com medo.. com medo dela... – considerou Dumbledore.
- Duvido muito. – retrucou Snape enquanto seguia os outros até a porta do castelo...
- Severo.. descanse um pouco e depois me procure.. quero lhe explicar minha estratégia de ação.. e por favor, não tente interferir que vai ser pior. – disse Alvo, lhe entregando o pergaminho com a carta de Hermione. – A Srta. Granger, pediu que lhe entregasse isso.
Snape apenas olhou para o pergaminho e desceu até sua masmorra.. refletindo em como faria para tirar Hermione da Mansão Malfoy.
Hermione Granger estava parada em frente a uma enorme Mansão... Essa é a Mansão Malfoy, considerou ela... Ela estava olhando com atenção para os detalhes da arquitetura, tentando ficar menos nervosa. Em frente a si estava uma grande escadaria de mármore negro.. Subiu a escada lentamente... A porta abriu-se sem nenhum rangido... mas o ambiente estava deserto.. Era uma luxuosa sala de estar.. com móveis Luís XV e tapetes persas... Era tudo muito bem decorado e cada detalhe demostrava quanto dinheiro tinha o proprietário do imóvel. Ela caminhou por entre a sala.. Passeando entre os móveis de época e pensando que aquela sala jamais poderia ser considerada como de uma sala de bruxos.. Era tão somente uma sala de estar extremamente requintada.... Por um instante considerou a diferença entre a Mansão Malfoy e A Toca.. E descobriu porque Lúcio Malfoy desprezava tanto os Weasley. Era simplesmente porque luxo, requinte e dinheiro não traziam felicidade e harmonia.. Um quadro a um canto, chamou sua atenção... Parecia Picasso, mas....
- Srta. Granger? – era uma voz gélida e conhecida que chamava seu nome.. Ela virou-se e se deparou com os olhos cinzas de Lúcio Malfoy. Ela olhou-o e apontando o quadro perguntou..
- È verdadeiro?
- Claro que sim.- respondeu ele, ironicamente.
- Um Picasso verdadeiro!! – exclamou ela...
- Temos alguns outros quadros de trouxas famosos.. se a senhorita tiver interesse em arte, posso lhe mostrar... – retrucou Lúcio Malfoy estufando o peito.
"Cretino. – pensou Hermione"
- E por falar nisso, seja bem vinda a Mansão Malfoy, senhorita Granger! – falou Lúcio com uma grande reverência. – O mestre está lhe esperando.
Hermione assentiu com a cabeça... Mais ao fundo do aposento havia uma enorme escada com corrimões dourados, cujos degraus eram forrados de veludo esverdeado, combinando com a decoração como um todo.
Lúcio a conduziu até a escada onde estava parado um outro homem que ela também conhecia....
- Srta. Granger, que prazer revê-la. Sou Richard Brown. – disse ele, com um meio sorriso.
- Como vai, senhor Brown? – perguntou Hermione a título de cortesia.
- Bem, senhorita. Depois quero que me conte sobre a Lilá....
- Vamos? – interrompeu Lúcio Malfoy...
Richard Brown apenas assentiu com a cabeça... Hermione queria ir ao lado do corrimão.. não sabia se conseguiria subir todos aqueles degraus nervosa do jeito que estava.. mas Lúcio Malfoy se postou a sua direta e Richard Bronw a sua esquerda.
E assim eles subiram as escada... Hermione achou que estava sendo policiada por eles, decerto haviam recebido ordens do Lord das Trevas, para não permitirem sua fuga...
Os três caminharam lado-a-lado por um corredor largo com fotografias bruxas penduradas.. pareciam todos Malfoys, com aquele cabelo platinado, o nariz empinado e os olhos cinzas.
Eles entraram em um grande salão, e pararam.. Lá dentro estavam todos os outros Comensais da Morte...Rabicho animava uma grande roda, mas quando os viu chegarem, encolheu-se em um canto.. Karkaroff o puxou e ambos foram ao encontro dos recém chegados...
- Senhorita Granger. – cumprimentou Karkaroff com uma reverência.
- Senhor Karkaroff, como vai? – disse ela, olhando-o. – faz algum tempo que não nos víamos.. desde aquele dia em Londres.. Na verdade, eu creio que o senhor ande extremamente ocupado para se esconder em Hogwarts. – retrucou ela, friamente, arrancando um sorriso furtivo de Lúcio Malfoy e uma gargalhada de Brown.
- Senhor Pettigrew.. – disse friamente Hermione, cumprimentando o homem que tremia na sua frente. – sabe, agora olhando-o bem, creio que sua melhor aparência é aquela como eu o conheci, ou seja, um rato...
Desta vez vários Comensais riram... E aos poucos foram se aproximando. Quando Malfoy e Brown chegaram com a moça eles estavam mesmo especulando como ela seria, se seria mordaz, malévola ou simplesmente uma moça comum... Na verdade Karkaroff descrevera a moça, mas a maior parte deles não acreditava na suposta inocência que ela teria, afinal era um Granger, detalhe esse que não poderia ser esquecido por ninguém. Os outros Comensais começaram a se aproximar dela... em uma curiosa reverência.. Hermione não sabia muito bem o que pensar.. a cena seria extremamente cômica se não fosse trágica.. se ela pudesse só estar vendo isso de longe iria gargalhar, mas estava começando a se sentir mais tranqüila, por mais incrível que isso pudesse parecer...
Resolvera atacar Karkaroff e Rabicho, pois acreditava que assim ganharia a simpatia dos outros e não se enganara... Alguns comensais começaram a cumprimentar Hermione, apresentando-se...
Obviamente ela conhecia alguns de nome... Quando um senhor alto e atarracado disse, lhe:
- Parkinson, muito prazer, senhorita Granger! – ela pensou que seria muito interessante lhe fazer uma cortês pergunta:
- O senhor é o pai da Pansy e da Alícia?
- Sim, senhorita. – respondeu ele, surpreso...
- Elas são minhas amigas, principalmente a Pansy. – respondeu ela na maior cara de pau.
- Bom saber disso, senhorita. – respondeu ele, com um grande sorriso.
Outros Comensais a cumprimentaram, entre eles os pais de Crabbe e Goyle, que se pareciam muito com os filhos...Hermione procurou não fazer nenhum comentário, a respeito de os dois parecerem e serem enormes imbecis... e assim como os filhos andavam sempre juntos e esperavam as ordens de Lúcio Malfoy.. Hermione cumprimentou-os polidamente, lançando um olhar furtivo para Lúcio com uma expressão de "já conheço esse filme".. e Lúcio Malfoy apenas lhe sorriu ironicamente.
Entre os Comensais, havia apenas uma mulher, a Sra. Lestrange, cujo marido havia morrido em um combate.. Ela foi a última a cumprimentar Hermione. Seus olhos tinha uma expressão mortiça, que refletia o tempo que ela ficara em Askaban. Seus cabelos eram claros, e ela vestida um vestido simples preto porém muito belo...
Ela sorriu levemente para Hermione que retribuiu o sorriso....
Quando Hermione foi lhe fazer uma pergunta, Richard Brown lhe disse:
- Srta, acho que você já conhece todos.. e o mestre está lhe esperando..
- È verdade, Richard.. vamos acompanhar a Srta. Granger até lá porque ela não conhece o caminho.. – falou Lúcio.
Ela assentiu com a cabeça.. chegara o momento que ela temia.. iria ficar frente a frente com Lord Voldemort.
Snape entrou em sua Masmorra, e ficou observando o ambiente. Não que as coisas estivessem fora do lugar ou houvessem modificações gritantes.. mas o fogo na lareira era algo fora do comum.. a forma com que os livros e as penas sobre a mesa estavam ajeitados... Era notável que alguém fizera algumas modificações.. Ele caminhou até a porta do ambiente seguinte, e abriu-a... Tudo estava arrumado, mas um vidro de perfume estava no consolo da cama... Levemente sorriu.. Abrindo um dos armários, deparou-se com vários jogos de uniforme da Grifinória... Ele sentou-se na cama, e olhou para as coisas que tinha na mão... o pergaminho e seu anel de Comensal, que ele dera para Hermione.
Por algum motivo ela lhe devolvera o anel e isso tinha que Ter um significado.. Meio sem coragem, ele começou a ler o pergaminho....
Leu a carta várias e várias vezes, com os olhos rasos d'água.. Porque ela fizera aquilo? Ela jamais deveria Ter se unido a Voldemort para salvá-lo...
"Meu Deus, pensava ele.. a culpa é minha.. mas que droga! Devia ter me afastado da Hermione enquanto ainda podia Ter feito isso.. mas não fiz.. não fiz.. .. – ele levantou-se bruscamente da cama e foi para a frente da lareira...
Como eu poderia Ter previsto isso? Mas devia Ter imaginado... Vou passar a vida inteira pagando por uma escolha errada que fiz, mesmo que tenha me arrependido dela... mas como Alvo deixou a Hermione fazer uma loucura dessas? Ela não tem a menor chance, mesmo que possa matar Voldemort... Isso é uma loucura.. eu tenho que tirar ela de lá... Mas como, como.... E mesmo, ela me pede que a deixe agir livremente.. mas como fazer isso se eu a amo mais do que tudo?? Como??? ".. ele se perguntava enquanto observava o fogo da lareira.
Era uma enorme porta de carvalho, com uma enorme cobra desenhada... Lúcio Malfoy parara na frente da porta e dissera, até com o que para ele poderia ser considerado uma certa cordialidade..
- O mestre está aqui, senhorita.. e a sua espera pelo que imagino...
- É só entrar, senhor Malfoy..?- perguntou ela. Suas mãos tremiam.. na verdade todo seu corpo tremia de nervosismo. Não sabia muito bem o que estava lhe esperando do outro lado da porta.. mas enfim..
- Sim, senhorita Granger. – falou ele, saindo acompanhando de Richard Brown que parecia querer ficar....
Os dois homens sumiram no corredor... Hermione tremia dos pés a cabeça, mas tratou de se controlar.. de qualquer modo, Voldemort não poderia matá-la.. quanto antes acabasse com essa pressão psicológica, melhor.
Ela bateu levemente na porta e abriu-a...
Foi entrando lentamente na sala.. e a porta atrás de si se fechou... ela estremeceu... Em um canto estava a pessoa que a esperava: Lord Voldemort.
Era um homem alto, com cabelos negros, olhos vermelhos como os de uma cobra venenosa e sem lábios, que trajava uma enorme capa escura, que lhe dava um aspecto ainda mais assustador...Ele observava a moça que havia chegado... Hermione sentia as mãos tremerem, corpo todo estava tremendo... estava com um nervosismo misturado ao medo.. era uma sensação terrível, que se agravava por estar sendo observada por um gélido par de olhos vermelhos.. Ela resolveu fazer o que achava melhor..
Caminhou mais um pouco, e tirou a capa com o símbolo da Grifinória e atirou-a sobre uma cadeira e dirigindo-se a figura parada no canto. Quando estava parada a menos de um metro dele, simplesmente lhe estendeu a mão dizendo em uma voz extremamente gélida, mas carregada de cortesia.
- Muito prazer, senhor Riddle.
Ele titubeou um momento, parecia que não estava acostumado a ser não ser temido, mas estendeu uma mão que parecia uma garra tão branca que se olhando de determinados ângulos parecia ser transparente, e apertou a mão dela:
- Igualmente, senhorita Granger...
Ela sentiu o gelo lhe invadir o corpo quando ele a cumprimentou, sua mão era gelada como a neve.....
- Posso me sentar, senhor Riddle? Não é educado de sua parte receber uma visita e não a convidar para sentar-se.... – comentou ela, sentando em uma cadeira de fronte a grande mesa...
Voldemort continuou parado na janela mais algum tempo, enquanto Hermione aproveitava e analisava a decoração da sala onde estavam, parecendo muito tranqüila. A lareira não estava acesa, mas o ambiente estava muito quente.. Depois de alguns instantes, Voldemort caminhou até a mesa e sentou-se na frente dela...
- Fico feliz que tenha vindo, senhorita Granger.- falou ele, observando a moça. Procurava uma brecha na carapuça dela.. ele teria que descobrir um ponto fraco dela, senão não teria a menor chance.
- Eu vim por causa de nosso acordo.. – respondeu ela.
- Sei disso. E em troca libertei Severo Snape.. sabe senhorita, acho que nada me daria mais satisfação do que matá-lo.... – comentou ele.
- Ora, e porque não fez isso quando teve oportunidade? – questionou ela, friamente, mas seu coração batia descompassado.
- Bem.... – começou Voldemort, ficara receoso com essa pergunta dela.. que afinal amava ou não o ex-Comensal?
- Bem, nada. Sei o que senhor está pensando.. – começou ela, letalmente.- Ela vai defendê-lo, e tal.. Até pode ser verdade.. Mas creio que em se tratando estritamente das Trevas, o senhor foi negligente, no caso específico de Severo.. e não só dele.. o perdão a Karkaroff também acho incompatível com a sua fama, senhor Riddle.
- O que quer dizer com isso, senhorita Granger??
- O que o senhor achou que quis dizer. Não existe nenhum perdão para gente como Karkaroff.. – falou ela, regiamente.- Ao menos na minha opinião.
Voldemort a examinou com o olhar.. realmente ela até tinha razão...
- O que propõe que se faça, senhorita?
- Em qual aspecto exatamente? – questionou ela, com um sorriso irônico...
- Em todos...
- Tem certeza, senhor Riddle?
- Sim....
- Bom, eu quero saber quais são as suas ultimas operações, os resultados, os locais e onde o senhor tem conseguido novos seguidores. – enumerou ela.
- Não temos anotações, senhorita..
- Impossível! – exclamou ela... – Não queira me convencer de que não planeja os ataques com antecedência...
- Somente os grandes.. os outros acho melhor serem feitos de surpresa. Temos mais chance contra os aurores.. – explicou ele, pensando em que a moça estava planejando... Ela estava dizendo que os ataques não davam certo por falta de planejamento...
- Vamos mudar isso... – disse ela, resoluta... – Tudo planejado, com mais de uma possibilidade de fuga para nossos homens... E por falar neles... Não existe ninguém mais qualificado que Crabbe e Goyle, por exemplo? – questionou ela...
- Talvez sim, senhorita!- falou ele, se permitindo um leve sorriso.
- Ótimo... o senhor tem pergaminhos?? Vamos começar a fazer anotações... e.. – ela parou e olhou para as paredes - preciso de um mapa grande da Europa e outro da Inglaterra...
- Mas, senhorita.. quem manda aqui sou...- falou Voldemort bravo.
- Eu! – falou ela, olhando para ele e sorrindo.- Ou melhor, Nós! Mas se o que o senhor está fazendo não tem tido grande aproveitamento, vamos tentar outra coisa... Sejamos racionais.. Em quantos mais formos, mais chances teremos..
Voldemort foi falar, mas ela o calou com a mão..
- Um exemplo simples: o ministério não dispõe de aurores suficientes para conter dois ataques de Comensais da Morte. Se eles se subdividirem terão menos força.. ou seja, conterão um ataque e no outro estaremos livres para fazer o que quisermos...
- Pode ser, senhorita, até pode ser... não custa nada tentar o seu método, embora eu duvide muito que dê certo...- retrucou ele, letalmente.- Vou pedir para o Lúcio providenciar o que a senhorita quer... – continuou Voldemort se dirigindo a porta e chamando Malfoy.
Lúcio Malfoy entrou na sala, visivelmente amedrontado e poderia-se enxergar o rosto de Richard Brown espiando através da porta aberta.
- Senhor Malfoy, eu preciso de pergaminhos... quanto mais melhor e um Mapa Grande da Europa nessa parede.. – apontou ela – e nessa, um mapa em escala da Inglaterra com as principais rodovias, a localização exata do Ministério da Magia e dos quartéis e escolas de aurores... e penas também.. de várias cores... para assinalarmos os locais dos ataques...
- Só isso, senhorita Granger? – questionou ele, com ironia nos olhos.
- Sim, senhor Malfoy. – falou ela. – Obrigado.
Lúcio Malfoy olhou para ela admirado.. pelo visto a senhorita Granger não era da opinião de que todos deveriam fazer o que ela mandava sem questionar e nem se quer agradecer.. ao menos era educada.
- Pode ir Lúcio... – ouvi-se a voz de Voldemort. Lúcio Malfoy tremeu e saiu quase que correndo da sala.
Hermione ficou em silêncio estudando as expressões de Voldemort que fazia o mesmo que ela..
- Senhor Riddle.. existe algum lugar nessa casa enorme em que eu poderia descansar um pouco, até o senhor Malfoy providenciar os equipamentos? - questionou ela.- Digamos que a noite, embora excitante, foi também cansativa
- Claro, senhorita.
Voldemort foi até a porta e chamou por Richard Brown, ordenando que ele acompanhasse a senhorita Granger até os aposentos que lhe haviam sido reservados. Junto a ele estava Lúcio Malfoy.
Hermione levantou-se da cadeira e se despediu de Voldemort.
- Boa Noite, senhor Riddle. Até amanhã pela manhã.
A moça foi acompanhada pelos homens até um quarto enorme com uma cama em estilo antigo com quatro colunas... Era um belíssimo e requintado aposento...
Ela entrou e os homens pararam na porta, Richard Brown disse:
- Boa Noite, senhorita Granger.. se precisar de algo chame a mim ou ao Lúcio!
- Ok, senhor Brown. Boa Noite para o senhor. Boa Noite, senhor Malfoy.
Eles saíram e fecharam a porta...
Hermione se jogou na cama.. esperava ter sido convincente, ter deixado Voldemort temeroso.. Mas não tinha certeza que seu plano daria certo. Dumbledore lhe assegurara que tinha pessoas infiltradas junto a Voldemort, mas o caso é que ela não sabia quem eram...Ele precisava saber o que ela pretendia... mas não deveria ser difícil conseguir informar isso a ele..
Mesmo com dificuldade ela conseguiu adormecer...
Na manhã seguinte, Alvo Dumbledore pediu que Snape reassumisse suas funções de professor e mais, que voltasse ao cargo de diretor da Sonserina. Rapidamente na mesa do café da manhã lhe explicou sobre o abaixo-assinado que os sonserinos haviam organizado para destituição de Sybila e que tinha apoio total e incondicional.
Snape estava tomando o café consciente dos olhares de toda a escola sobre si.. talvez os olhares fossem porque ele estava vestido como trouxa.. andara pensando e realmente ficara melhor com esses trajes, Hermione tinha razão, mas acreditava que o motivo principal dos olhares era o seu súbito reaparecimento e o conhecimento de todos sobre seu envolvimento com Hermione Granger, a monitora-chefe da Grifinória. Ele observara que Harry Potter parecia especialmente triste. Era porquê ele sabia bem da situação que se criara..
Dumbledore pediu silêncio e disse a todos que Snape voltava a ser o diretor da casa Sonserina, arrancando gritos dos alunos da própria casa e estranhamente aplausos das outras casas. Não que estivessem aplaudindo Snape, estavam apenas aplaudindo a destituição de Sybila, que parecia radiante com a notícia.
Na mesa da Grifinória, Rony lastimou a notícia da volta de Snape, com a concordância dos colegas:
- Mas que saco! Bem que o Snape poderia voltar amanha daí não teríamos mais aula com ele nesta semana.
Hermione também já estava acordada, tomando o café da manhã que encontrara servido em uma bandeja a seu lado. Um elfo doméstico entrou no quarto carregando algumas vestes.
- Meu senhor mandou lhe trazer estas vestes, senhorita. É para que a senhora não fique circulando pela casa com o uniforme da sua casa. –dizendo isso, o Elfo saiu do quarto.
Hermione levantou-se e olhou curiosa as vestes, todas de cores escuras, mas eram indiscutivelmente belas vestes.. Vestidos, trajes diversos, roupas finas... Ela escolheu um e deixou em cima da cama, enquanto aproveitou e tomou um maravilhoso banho, no banheiro adjacente...
Meia hora depois, Hermione deixou o quarto a procura da grande sala de reuniões dos Comensais. A casa era enorme e ela demorou algum tempo até chegar onde queria.. os Comensais estavam todos sentados, conversando em pequenos grupos. Em um canto com três cadeiras, estavam Lúcio Malfoy e Richard Brown discutindo as noticias do Profeta Diário. Todos pararam de falar quando a viram.. Com os olhos ela procurou a Sra. Lestrange ( achava interessante poder ficar junto de outra mulher num lugar como aquele), mas ela ainda não estava lá... Então, com um aceno de cabeça ela se dirigiu para a cadeira vazia, junto a Malfoy e Brown.
- Bom dia! – cumprimentou ela, com a mão na cadeira vazia.. – Posso?
- Bom dia, senhorita Granger! Claro que pode. – respondeu Richard Brown. Lúcio Malfoy apenas ficou olhando a moça se sentando.
- Gostou das vestes, senhorita? - perguntou ele, ironicamente.
- Gostei, senhor Malfoy. Obrigado. – respondeu ela..
Os dois homens voltaram a discutir as noticias do jornal e Hermione os ouvia atentamente.
Os outros Comensais começaram a especular , se Hermione viera fazer parte do Trio de Ouro no lugar de Snape. Alguns afirmavam que sim e outros diziam que agora ela lideraria as operações no lugar de Voldemort. Karkaroff afirmava que isso não passava de mera especulação e que ninguém poderia tirar o lugar de Voldemort.
Depois de algum tempo, Lúcio Malfoy disse para Hermione.
- Senhorita, o material pedido está na sala do mestre.. espero que a senhorita goste dos Mapas, forma os melhores que consegui...
- Ótimo, senhor Malfoy. Vou até lá dar uma olhada então. – falou ela se levantando da cadeira e indo em direção a porta do salão...
O caminho para sala de Voldemort era fácil e ela o sabia.. Quando colocou a mão na maçaneta da porta, pensou:
- Agora, vamos começar essa guerra. E que Deus e Alvo Dumbledore me ajudem.
