Capítulo XXXV – Preparativos para o Ataque

Hermione abriu a porta da sala de Voldemort. Ele estava sentado, lendo o Profeta Diário e apenas ergueu os olhos quando ela entrou, encostando a porta devagarinho.

- Bom dia. – falou ela, olhando-o.

Voldemort apenas olhou-a, cumprimentando-a com a cabeça...

- Posso fazer uma pergunta? Quantas assinaturas do Profeta Diário vocês tem? – questionou ela. Voldemort ergueu a cabeça e olhou-a friamente como que lhe chamando de inoportuna.

- Porque, senhorita? Algum problema? – quis saber Voldemort.

- Nenhum, apenas curiosidade. – respondeu ela, dando de ombros.

Hermione começou a olhar para as paredes, admirando os mapas que tinha sido colocados nas paredes conforme a determinação dela... O mapa da Inglaterra era enorme e isso era fundamental. O mapa europeu estaria ali somente para despistar. Em uma mesa em um canto do aposento, estavam muitos pergaminhos e penas das mais variadas cores e espécies... Havia uma que iluminava os locais onde pintava, como se uma lâmpada estivesse ali acesa, que lhe pareceu muito oportuna e tinha a impressão de tê-la visto em algum lugar.

Hermione lentamente foi até o mapa da Inglaterra, estudando-o. Tudo parecia muito bem especificado, como ela pedira... Hogwarts, estava assinalado centro do País de Gales. O Ministério de Magia, estava no centro de Londres... Impressionante pensou ela. E mais, estavam assinaladas todas as escolas de aurores.. Quatro ao todos, uma em cada canto da Ilha.

- Apreciando o mapa, senhorita? Ainda não entendo o porquê disso. – comentou Voldemort, mordazmente.

- Planejamento! Apenas isso... – disse ela, caminhando até a mesa e pegando uma pena colorida....

- Mas não entendo a serventia disso... Não podemos atacar assim quando queremos? Os resultados até que tem sido bem satisfatórios, ou a senhorita não tem lido o Profeta Diário. – retrucou Voldemort

- Claro, que tenho lido, Sr. Riddle. Inclusive estava escutando os comentários do Sr. Malfoy e do Sr. Brown a respeito. E por falar nisso, quero que o senhor me responda uma pequena pergunta.

- A senhorita gosta de fazer perguntas, senhorita Granger. – respondeu ele, solenemente.

- È a única forma de se descobrir certas coisas. – retrucou ela, mordazmente. – O senhor mandou eles me vigiarem?

- Lúcio e Richard?

- Sim. – confirmou ela.

- Não.

- Então porquê eles estão sempre próximos de mim? – quis saber ela, enquanto colocava uma cadeira em frente ao mapa da Inglaterra.

- Creio que é para se fortalecer... mesmo sendo mais poderosos, estão em minoria numérica e ficaram mais fracos depois que o seu...,- Voldemort parou de falar e depois completou- depois que Snape evaporou do mapa.

- Entendo. – completou ela, subindo na cadeira, de fronte ao mapa. Voldemort se aproximou, queria ver o que ela iria fazer...

- O que a senhorita vai fazer, agora?

- Quero que o senhor me diga onde foram todos os ataques dos últimos 6 meses, para que eu possa assinalar no Mapa. Não existe necessidade de atacarmos o mesmo lugar duas vezes, em pouco tempo...Não temos ganhos neste tipo de procedimento. Somente perdas. E não retruque pois sei que isso aconteceu.

Voldemort fez uma cara que poderia amedrontar qualquer pessoa, menos Hermione Granger, mas explicou todos os locais em que tinham feito ataques recentemente. Enquanto falava ela marcava no Mapa da Inglaterra todos os pontos mencionados.


Mesmo protestando, todos os alunos da Grifinória rumaram para a aula de Poções. Neville diferentemente do habitual, não estava nem um pouco temeroso. Parecia que Ter reencontrado seus pais, havia lhe trazido uma segurança e uma maturidade muito grande. Ele deixara de ser desastrado, e de fazer as coisas erradas. Estava decididamente diferente. Ao menos era o que todos comentavam. Alícia também havia lhe dito que ele mudara para melhor. E ele realmente se sentia mais seguro de si, de seus atos, de suas ações... Agora ele tinha os pais! E também estava muito feliz... iria prestar os exames para Universidade Bruxa de Michigan na semana seguinte, e Hermione havia deixado uma lista de assuntos que ele deveria estudar com afinco para passar na prova e que estava em poder de Alícia. Em todos os instantes disponíveis ele aproveitava para estudar. Mas mesmo sabendo que Michigan não era a melhor universidade bruxa do mundo (a única pessoa ali com capacidade para passar em Lion era Hermione e além do mais precisava falar francês com perfeição para isso) , Neville estava temeroso com a prova.

Harry também estava muito preocupado. A prova para a Academia de Aurores seria no mesmo dia da prova de Neville. Da Grifinória somente ele, Dino Thomas e Simas Finnigan iriam prestar a prova. Alguns alunos da Corvinal e da Lufa-Lufa também estavam se preparando para as provas. Parvati estava procurando um bom local em Hogsmeade para abrir sua loja e Lilá iria trabalhar no Gringotes. Ela e Hermione já haviam feito as respectivas provas e estavam esperando os resultados. Hermione fora a única aluna de Hogwarts a prestar provas para a Universidade Bruxa de Lion, e todos tinham certeza que ela iria ser aprovada. Rony ao contrário, estava procurando um bom time de quadribol em que pudesse ser goleiro e eram muitas as oportunidades...bastava escolher a melhor e mais interessante oferta.

Os Grifinórios, entram na Masmorra de Snape, conversando sobre o que iriam fazer depois da escola, das provas, e de tudo mais o que viria... Os Sonserinos estavam conversando em voz baixa no outro lado da masmorra. Neville sentou-se sozinho no caldeirão, mas não tinha medo.

Alguns minutos depois, apareceu Snape, entrando na masmorra sem fazer ruído algum. Ele olhou sombriamente para o lugar ao lado de Neville, onde Hermione deveria estar, mas não falou nada. Todos os alunos repararam nas belas vestes de trouxa que ele vestia.. estava bem arrumado, os cabelos organizados.. parecia mais jovem e estranhamente mais pálido, como se tivesse recebido uma noticia muito ruim.

Aquela aula foi extremamente desgastante, mesmo que Snape não estivesse com disposição para descontar pontos de ninguém. Ele mandou fazer a Poção da Invisibilidade... Os ingredientes tinham vida.. como os besouros que deveriam ser colocados vivos no caldeirão antes de se começar o cozimento, mas era um verdadeiro sacrifício manter os bichos lá dentro... A sala toda pipocou de gargalhadas.. até que com o feitiço para imobilizar que Neville estava usando, todos conseguiram preparar a poção. Snape explicara que a pessoa que tomasse a Poção, ficaria 15 minutos invisível, porém isso não o impedia de continuar sendo sólido.. E reiterou dizendo que a Poção funcionava como uma capa da Invisibilidade, só que não era permanente.

Quando soou o sinal, todos saíram da Masmorra, menos Neville, Harry, Draco e Pansy.

Neville e Harry se aproximaram da mesa de Snape e ele os olhou...

- Eu, eu.. queria agradecer ao senhor pela poção... o senhor viu meus pais? – perguntou Neville, curioso.

- Vi sim. Fico feliz que eles estejam bem.. – comentou Snape.

- Estão muito bem, morando com a vovó... – contou ele... – Não sabemos o que fazer... bem, o senhor sabe porquê.. – disse ele, baixinho.- E também vou fazer as provas para Universidade de Michigan.. se eu passar vamos morar nos EUA.

- Você vai passar....

Quando Neville foi responder, Harry se intrometeu na conversa dizendo:

- Não deveria, mas fico feliz que o senhor tenha voltado. O problema foi o preço para isso... mas eu e Neville, podemos conversar com o senhor mais tarde?

- Claro, Harry. – respondeu Snape, surpreso.

Eles somente assentiram com a cabeça e saíram da Masmorra, enquanto Draco e Pansy, que haviam permanecido, explicavam que estavam felizes com a volta dele, e contavam sobre Sybila e sobre a ajuda de Hermione e sobre a ida dela para as Trevas.... Draco aproveitou e pediu a Snape se ele tinha noticias de seu pai...


Quando Voldemort acabou de falar os locais dos ataques, Hermione desceu da cadeira e eles ficaram apreciando o mapa, que estava rabiscado nos locais atacados.

- Acho, que agora entendi o que a senhorita pretende... – disse Voldemort, olhando-a com aqueles olhos vermelhos de cobra.

- Realmente? Que bom. Questão de estratégia... – falou ela, sorrindo friamente para ele.

Voldemort levantou-se e foi até o mapa... e enquanto falava, seus dedos quase que transparentes passavam por algumas cidades no mapa...

- Tem algumas cidades, bem interessante, que não havia me ocorrido que poderíamos invadir, senhorita Granger...

- Por isso, lhe digo que temos que planejar tudo com antecedência... – comentou ela, pegando alguns pergaminhos... enquanto Voldermort continuava a observar o mapa. Parecia que estava tendo algumas idéias.. na verdade ele estava começando a achar que a Srta. Granger realmente estava trabalhando a seu lado. Aquilo era uma estratégia interessante...

- Pois é.. não lhe disse, que esse sistema apresentaria vantagens? – perguntou ela, friamente, enquanto ia pegando alguns pergaminhos e mais penas coloridas...

- Agora, gostaria, senhor Riddle, que me contasse exatamente como são os ataques, quanto homens usa em cada um deles, como isso feito e qual foi o resultado. – disse ela, com uma voz fria.

Voldemort olhou para ela, e agora, com muito mais boa vontade do que tivera até então respondeu as perguntas, descrevendo detalhes sórdidos.

Hermione por vezes, enquanto ia anotando o que havia sido feito, sentia seu estômago revirar, principalmente pela forma feliz com que ele lhe contava as atrocidades. Mas externamente, aparentava tranqüilidade e grande interesse pelo que estava sendo narrado.


Naquela noite, Snape estava sentado em sua Masmorra em frente a lareira, pensando em como faria para entrar na Mansão Malfoy sem ser pressentido.. Tinha que dar um jeito de tirar Hermione de lá.. Já ouvira os mais descabidos boatos de que realmente ela se unira as Trevas e que estava planejando um grande ataque na região de Glasgow, na Escócia ( quem lhe contra isso fora Draco). Claro, pensava ele, ela deve estar sendo coagida a planejar esses ataques.. e está usando de seus conhecimentos e da sua sagacidade para isso.

Ele ouviu batidas na porta, perguntou:

- Quem é?

- Sou eu, Alvo. Abra.

Snape foi abrir a porta e um preocupadíssimo Alvo Dumbledore entrou:

- Hermione lhe devolveu seu Anel de Comensal, Severo? – perguntou ele.

- Sim. – respondeu Snape, tirando o Anel do dedo.

- Ótimo! - disse Alvo. – Existe a hipótese de vermos algum lugar sem sermos vistos?

- Como assim? – quis saber Snape.

- Bem, esse anel, tem entre outras, a propriedade de nos fazer ver a Mansão Malfoy , a sala de Voldemort.. Existe alguma possibilidade de que ele não veja que estamos espionando? – perguntou Dumbledore.

- Que eu saiba, se o senhor segurar somente um olho da cobra, nós veremos a sala e ele não nos verá... mas não garanto.. Faz tempo que não se usa esse poder do anel.- comentou Severo.

- Isso é o que você pensa, Severo. Isso é o que você pensa. – respondeu Alvo, sentando-se no sofá e apertando um dos olhos da cobra. Por alguns instantes, nada aconteceu.. mas de repente, a imagem da sala de Voldemort começou a se formar na parede da masmorra, sob um grito de surpresa de Snape...

Voldemort explicava alguns ataques para Hermione, que estava trajando uma veste negra e anotava tudo o que ele dizia e fazia perguntas a respeito das formas e locais que tinha sido atacados e quais os lucros obtidos. Snape ficou surpreso, Hermione se comportava com desenvoltura e sem temor nenhum...Comportava-se como uma verdadeira bruxa das Trevas.. em certos momentos, realmente parecia que ela estava auxiliando Voldemort.

Dumbledore parecia estar procurando alguma coisa, algum sinal do que Hermione pretendia e logo encontrou.. Um enorme mapa da Inglaterra estava pendurado na parede, com alguns locais assinalados : locais de grande risco, que eram aqueles em torno de Hogwarts, no Ministério da Magia, nas escolas de Aurores... ; locais já atacados nos últimos seis meses; locais que não darão lucros.

Usando de magia, o diretor copiou o mapa para um pergaminho que tinha na mão.. Teria que pensar exatamente o que Hermione queria dizer com aquele mapa. Os locais assinalados não seriam atacados por Comensais, ao menos em um primeiro momento.

Snape continuava observando a imagem.. Hermione estava tão bonita e parecia tão forte , tão decidida, que era quase certo que Voldemort estava sendo conduzido pelo seu poder de persuasão. Naquele instante, ele ouviu que na Mansão Malfoy a porta se abriu e a voz de Richard Brown disse:

- Senhorita Granger.. Milord, o jantar já vai ser servido...

- Obrigado, senhor Brown... – respondeu Hermione, levantando-se.

Voldemort não fez nenhum movimento, ficando estático onde estava, observando a saída da moça... Hermione parou na porta e perguntou friamente:

- O senhor não vai jantar, senhor Riddle?

- Sim, senhorita Granger... – respondeu ele, também saindo em direção a sala de jantar.

Alvo continuava olhando o mapa que tinha nas mãos e acabara de entender o que Hermione iria fazer.....

- Severo, vou tirar a imagem.. – disse ele, tirando a mão do olho vermelho da cobra. – Entendi qual é o plano de Hermione. Ela vai assinalar no mapa quais serão os locais dos ataques. Temos que dar aparência de que esses ataques serão um sucesso.. assim Voldemort pensará que ela está realmente do lado dele. Terei que ver o que faremos sobre isso, assim que ela definir os locais. Falsificar os profetas diários que eles recebem, dar aparência de um sucesso total... – Alvo parecia totalmente satisfeito.- È desta vez, Severo que iremos derrotar o Lord das Trevas.

- Mas, e quanto a Hermione?

- Não entendo porque você está preocupado, Severo. Não viu como ela esta se dando bem com "senhor Riddle"? Acredito que Voldemort está começando a achar interessantes as idéias dela.... e mesmo até o primeiro combate, Voldemort não fará nada contra ela. – explicou Alvo, que tinha no rosto a expressão de quem acabara de tirar um grande peso das costas.

- E nós o que temos que fazer? – questionou ele.

- Por hora, só aguardar. – respondeu Alvo, levantando-se, enquanto completava. –Sabe, sobre a Hermione quem tem razão é o Frank...

- Frank Longbotton, o auror?

- Sim, ele disse que estaríamos perdidos, caso Hermione resolvesse se voltar contra nós. – completou Alvo, saindo da Masmorra e esbarrando em Harry e Neville que vinham entrando...

- O que aconteceu, professor? – perguntou Harry.

- Coisas impressionantes, Potter... é incrível, mas conseguimos ver a Mansão Malfoy e Hermione...- comentou ele, ainda chocado.

- Como ela está?? – perguntou Neville, ansiosamente.

- Ela está bem, não se preocupe....- respondeu ele, passando uma tranqüilidade ao menino que nem ele mesmo tinha.

- E o Voldermort?

- Não sei, Harry, não sei. Dumbledore disse que devemos aguardar, mas eu acho que vou tentar entrar furtivamente na Mansão Malfoy. – contou ele.

- Não faça isso, professor. O senhor pode Ter uma boa intenção, mas sem querer poderá prejudicar a Mione! – comentou Harry. – Acho que Mione deve estar se esforçando para manter essa aparência de bruxa das trevas.. è verdade que Alvo nos disse que ela é perfeita para o papel, mas ...

- Mas.. , isso é que me preocupa, Harry. – disse Snape.

- E o que temos que fazer? – perguntou Neville. – O que vai acontecer com o meu pai, professor?

- Por hora, Alvo disse que somente devemos esperar.. E quanto ao seu pai, sinceramente eu não sei, Neville.. – respondeu Snape baixando a cabeça..

- Mas o meu pai, o Harry e o pai do Rony.. não existe como eles se protegerem ao menos das maldições, com aqueles seus antídotos? – quis saber Neville.

- È verdade.. vou preparar as Poções.. Excelente idéia Longbotton, excelente idéia.. Vou preparar quantidades grandes para todos aqueles que venham a lutar não serem prejudicados. – falou Snape, levantando-se do sofá, tomado por uma grande energia...

- Professor, quero que o senhor me responda sinceramente se acha que temos chance de acabar com Voldemort desta vez? – quis saber Harry.

- Harry, acredito que sim. Ao menos, existem todas as condições favoráveis para isso. Basta que o plano de Alvo, dê certo... – comentou Snape, enquanto providenciava alguns caldeirões e muitos ingredientes.

- Eu concordo com isso, professor.....o que o senhor quer dizer é que em se tratando de Voldemort, nunca se tem certeza, não é? – quis confirmar Harry.

- Exato, Harry. – confirmou Snape, separando alguns ingredientes de aparência muito estranha.


Enquanto isso, na Mansão Malfoy, todos os Comensais da Morte, mais Hermione e Voldemort estavam jantando. Invariavelmente ela se sentara entre Richard Brown e Lúcio Malfoy. Ela tivera a impressão de que voltara para Hogwarts, devido a diversidade de prato que forma servidos e tudo muito delicioso... Todos estavam em silêncio, olhando temerosos para Voldemort que se sentava na ponta da mesa. Não era habito de Voldemort jantar com eles. Somente fazia isso quando precisava dar algum comunicado urgente..

Quando estavam comendo a sobremesa, Voldemort começou a falar, em seu tom mais grave e mordaz:

- Caros Comensais, estamos aqui reunidos para discutir o andamento de nossos novos ataques. Hoje durante todo o dia, eu e Srta. Granger estivemos fazendo alguns estudos para decidir as próximas áreas de ataque.

Hermione olhou a mesa com atenção.. Muitos Comensais tremeram ao ouvir a palavra ataques.. Eles tinham medo...

- Mas vocês terão uma boa margem de vantagem sobre os aurores. – falou ele, olhando diretamente para Karkaroff que parecia ser o mais assustado.

- Apenas quero que estejam preparados, pois a qualquer instante serão convocados para a luta... Todos entenderam?

- Sim, Lord das Trevas. – responderam os Comensais em coro.

- Estejam preparados, e desta vez não quero que se repitam os erros de sempre, senão quem o fizer estará se arriscando demais... – falou Voldemort, assustando ainda mais os Comensais. Depois de passar o olhos pela mesa , levantou-se e voltou para sua sala...

Durante uns 5 minutos ninguém falou nada... depois Richard explicou a Hermione que Voldemort tinha o habito de ficar escutando os comentários deles... Lúcio Malfoy e Richard tiraram Hermione na mesa, convidando-a para se sentar na sala de estar.. afinal, as companhias por aí não eram as melhores, justificou Lúcio, olhando friamente para os outros Comensais.

Na sala de estar, Lúcio intimou Richard a jogar uma partida de xadrez. Richard olhou para Hermione desolado, dizendo:

- Mais uma partida perdida...

- A senhorita não gostaria de jogar? Richard é péssimo.. Não é um adversário a minha altura. – falou presunçosamente Lúcio.

- Desculpe senhor Malfoy, eu não sei jogar... – explicou ela, sentando-se de forma a acompanhar todo o jogo.

- Que lástima, senhorita Granger... – responder Richard, sentando-se para o jogo, que terminou com uma vitória fácil de Malfoy.


Dois dias depois, Hermione depois do café da manhã foi até a sala de Voldemort. O Lord das Trevas, ficara de definir o local ou locais, como sugerira Hermione, dos próximos ataques.

Ela abriu a porta e entrou na sala. Já perdera boa parte do medo de Voldemort.. Ele era bem mais aparência, do que propriamente ação. Os Comensais ao contrário.. pareciam estar mais e mais amedrontados, com a possibilidade dos combates prometidos. Apenas Lúcio e Richard, pareciam não estar afetados pela proximidade dos embates. Continuavam como se nada fosse, lendo o Profeta Diário, jogando xadrez, atormentando os outros Comensais, com histórias fantasiosas de que Hermione os mandaria enfrentarem Dragões na Romênia, um de cada vez. ( e ela tinha que falar a verdade, era ridículo ver o modo com que Rabicho reagia essas observações.. Rabicho, Crabbe e Goyle).

Algo muito intrigante que acontecera, foi o súbito aparecimento de um vestido de baile em seu guarda-roupa. Era realmente um vestido lindo, cor vinho escuro, esvoaçante.. lindíssimo.. Acompanhando por um par de sapatos e brincos e um colar do mesmo tom. Tudo de muito bom gosto, se bem que talvez fosse levemente ostentatório. Ela estava apreciando a roupa, quando escutara alguém batendo na porta do quarto, e perguntou:

- Quem é?

- Somos nós. – respondeu a voz de Richard. – Podemos entrar?

- Claro. – disse ela.

Os dois entraram no quarto e Lúcio Malfoy disse:

- Esconda bem essas vestes, não convém que o Mestre saiba.. Eu e Richard deduzimos que você pretende ir na sua formatura, então... – explicou Lúcio Malfoy, lentamente.

- Obrigado. – falou ela. – As vestes são lindas.

- De qualquer modo, um de nós estará aqui para lhe dar cobertura se este for o caso, só não sabemos ainda qual. – falou Richard.

Hermione ficou olhando para ele, curiosa.

- No momento oportuno você saberá de tudo.- disse Malfoy.

Voldemort estava postado na frente dela, olhando-a de forma engraçada.

- A senhorita está bem? – perguntou ele.

- Sim, estou. – retrucou ela, friamente.

- Parecia estar no mundo da Lua, como dizem os Trouxas... – disse Voldemort, com um sorriso falso no rosto. Hermione não retrucou e esperou.

- Decidi os locais de combate. – disse Voldemort, friamente, se dirigindo ao mapa.

- Ótimo. E onde serão? – quis saber ela.

Voldemort foi até o mapa, e mostrou com a mão...

- Aqui- disse ele, apontando para direção de Glasgow, na Escócia , e Hermione assentiu com a cabeça.

- E Aqui.- era em Belfast na Irlanda do Norte.

- Muito boa escolha, senhor Riddle. – falou ela, pegando uma pena colorida e assinalando os dois locais e escrevendo sobre eles.. "Ataque 001". E agora vamos preparar em detalhes os ataques e as fugas.

- Certo, senhorita. – respondeu Voldemort friamente.


Ao mesmo tempo, no mapa de Dumbledore, que fora copiado do original apareceu a mesma escrita.. Dumbledore olhou para aquilo... Hermione realmente era engenhosa.. Ali estavam os pontos do suposto ataque.. todos os homens do Ministério da magia deveriam estar lá.. Dumbledore tencionava apagar a memória dos Comensais, e fazer eles acreditarem que os ataques forma um sucesso, bem como publicar isso no Diário Profeta...

Dumbledore sorriu maldosamente, enquanto pensava em quem deveria convocar para tais atos.