Capítulo XXXVI- "Ataque 001"
Hermione combinara todos os detalhes com Voldemort, que ainda parecia cético a respeito do sucesso do empreendimento e estava se preparando para sair da Sala, quando Voldemort lhe fez um sinal para que ficasse... Ela apenas sentou-se na cadeira indicada por ele e esperou o que viria a seguir:
- Srta. Granger.. –começou ele a falar.. olhando astutamente para a moça em sua frente.. – Creio que temos alguns assuntos para resolver antes deste ataque. Assuntos entre nós.
- Posso saber quais? – perguntou ela, sombriamente.
- A simples questão dos valores monetários envolvidos... – explicou Voldemort, enquanto caminhava pela sala, parando de trás da cadeira dela.
- Isso? Bem, acho que primeiro temos que ter certeza dos valores arrecadados.. Depois discutiremos isso..
- Negativo, senhorita.- falou ele..- Negócios são negócios..
- Não.. – disse ela virando em direção a ele.. – primeiro vamos ver se meu plano é eficaz.. Depois veremos essa parte dos valores...- ela observou que Voldemort foi retrucar mas arrematou o assunto.- Faço questão que seja assim.
- Tudo bem, senhorita. Como preferir. – falou Voldemort, com os olhos de cobra fixos nela.
- Tem outra coisa que quero perguntar para o senhor.. – falou ela. Voldemort apenas esperou. – Eu irei para o combate também??? – perguntou.
- De onde tirou essa idéia, senhorita Granger? – respondeu ele, caminhando para a janela, e olhando o breu da noite
- È apenas uma pergunta. – enfatizou ela.
- Já não lhe disse que a senhorita pergunta demais??!! – retrucou ele, com impaciência...
- Afinal, vou ou não vou... – quis saber ela, com desagrado na voz.
- Não vai...- respondeu ele, energicamente, como que encerrando o assunto.
- E porquê não?
- Porque a senhorita, pelo que eu saiba não é um Comensal da Morte. – retrucou ele, friamente.- creio que não saiba, se quer duelar.
- Qualquer um pode lançar um Avada Kedrava, senhor Ridlle. – respondeu ela.
- Não é verdade, senhorita. – respondeu ele, prontamente. – A senhorita e eu, vamos ficar aqui, para que possamos fugir em segurança, caso seja preciso.
- Mas a Mansão Malfoy não é segura? – quis saber Hermione, mesmo sabendo a resposta. A Mansão Malfoy seria segura até que Sybila, o Fiel do Segredo, não revelasse sua localização.
- A senhorita pergunta demais.. Deve ser por isso que lhe chamam de Sabe-Tudo. – comentou ele, impaciente.- A Mansão é protegida por um Fiel do Segredo...- ele começou a contar... – mas não vou perder meu tempo lhe contando algo que tenho certeza que a senhorita sabe.
Hermione apenas deu de ombros e saiu da sala, sob o olhar irritado do Lord das Trevas. Voldemort não estava acostumado a ser tratado com frieza e calculismo. Se habituara e sempre essa sua opinião fora reforçada, a ser temido e odiado. Mas a Srta. Granger, nem o temia e nem o odiava.. Era uma sensação estranha, que Voldemort supunha que fosse devido ao fato de que ela sabia não estar correndo nenhum risco de vida. Apenas sentia-se mal ao lado dela.. sua proximidade lhe dava crescente inquietude, como se de um instante para outro ela fosse pegar a varinha e matá-lo.. Ele vigiara bem a moça e descobrira que ela não andava com sua varinha pela Mansão Malfoy, como seria de se esperar..
Voldemort correu os olhos pelos mapas pendurados nas paredes, pelos desenhos dos ataques, e os planos elaborados com capricho e determinação de profissionais. Hermione Granger, sem dúvida possuía idéias arrojadas, ao mesmo tempo em que não aceitava ter ninguém correndo riscos desnecessários em combate, ao contrário dele e por isso, os Comensais se sentiam mais corajosos com ela por perto. Parecia que a moça irradiava um sentimento de paz e de domínio completo por entre aqueles que a cercavam.. E como, neste sentido ela era parecida com Irnius Granger, que possuía seguidores por respeito e não por medo.
Ao traçar os planos ela mostrara determinação e arrojo. Isso não combinava com as idéias de Voldemort, afinal ele não planejava muito as coisas, e acabava sofrendo baixas enormes.
Mas na verdade, ele somente saberia de que lado ela estava após este primeiro combate.
Dumbledore, ao ver no mapa desenhados os locais dos possíveis ataques, entrou imediatamente, em contato com Arthur Weasley, no Ministério da Magia. O plano de Dumbledore era simples e consistia em três itens básicos. Um deles era encantar os locais dos ataques para que fosse alterada a Memória de todos os Comensais da Morte presentes, fazendo-os acreditar que o ataque fora um sucesso, que muitos trouxas foram torturados ou mortos e que haviam obtido uma vitória importantíssima. Já naquele instante, Arthur se comprometeu a dar a ordens para os aurores... Eles deveriam reter apenas um Comensal, Richard Brown.. Era necessário que Voldemort perdesse ao menos um de seus homens e Richard era dos aliados de Dumbledore, sendo por isso o escolhido. No mapa aparecia quem seriam os líderes de cada ataque. No de Glascow o líder seria Lúcio Malfoy e no de Belfast seria Richard Brown.
O segundo ponto era falsificar alguns exemplares do Profeta Diário do dia seguinte ao do ataque, contando todos os lances da mais nova (e falsa) vitória de Voldemort. Esses exemplares deveriam ser entregues na Mansão Malfoy e em mais alguns locais onde existiam espiões de Voldemort. Dumbledore indicou os locais e Arthur os anotou para que a entrega fosse feita nos pontos exatos.. Não poderia existir o menor erro a cerca disso.
O terceiro e último ponto era a necessidade de se arranjarem dinheiro de trouxas e jóias para que os Comensais levassem até Voldemort, como produto do ataque. Arthur Weasley dissera que o Ministério da Magia providenciaria tudo de acordo com o pedido e especificado por Dumbledore.. Arthur salientara ainda que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para que esse plano fosse um sucesso, porque afinal, a culpa desta nova arrancada de Voldemort era, em especial, dele.
Hermione foi para o quarto que lhe haviam providenciado, após discutir com Voldemort. Era incrível a frieza que aparentava Ter, fingindo que não o temia. Nem em seus maiores pesadelos imaginara estar algum dia frente-a-frente com o Lord das Trevas. Quando discutiram naquela noite, as pernas e as mãos dela tremiam e ela teve que fazer força para se controlar. O ódio irradiado por aquele homem era enormemente mordaz, e ela sabia que ele era temido por isso.
Mas, como ela gostaria de poder estar na escola naquele momento.. Estar junto com Severo.. Por um instante se perguntou como ele estaria, se estaria bem, se estaria preocupado com ela.. e esperando, sinceramente, que ele não tentasse fazer nenhuma idiotice como aparecer na Mansão Malfoy, por exemplo. Ela se perguntou ainda mais quanto tempo, duraria essa tortura, essa falta de direito de ir e vir.. sentia saudades dos amigos, da escola, das aulas, mas principalmente de Severo Snape. Era por causa dele que ela se metera nessa enrascada, era para salvá-lo, saber que estava em segurança.. E isso, isso valia qualquer preço... Lembrou-se do vestido de baile que Lúcio Malfoy e Richard Brown haviam providenciado e que estava escondido no armário.. Faltavam três semanas para a formatura.. A resposta dos exames de Lion já deveria Ter chegado.. Será que teria sido admitida? E mais, será que conseguiria comparecer ao seu próprio Baile de Formatura? Seria muito triste se não pudesse ir, ficaria totalmente desolada...Queria poder dançar a Valsa de Formatura com Severo.. haviam combinado isso....
Mas será que ela estaria viva para se formar? Será que Voldemort não conseguiria eliminá-la primeiro? Ela temia o Lord das Trevas.. embora fosse preciso fazer Voldemort acreditar que ela estava sentido-se bem e completamente a vontade.
Naquela exata hora, Severo Snape estava se preparando para furtivamente, deixar sua Masmorra. Havia planejado tudo.. Conhecia a Mansão Malfoy como a palma de sua mão.. havia um caminho, pelas masmorras da casa, que dava acesso à Ala dos Dormitórios, que somente ele, Richard e Lúcio conheciam.. Snape supunha pelo que lhe dissera Dumbledore, e pelo que conhecia deste, que haviam Comensais espiões infiltrados, e tinha certeza que um deles era Richard Brown. Na verdade, Brown nunca se situara a respeito, podendo agir como espião para os dois lados, sendo beneficiado com a vitória de qualquer um.
Se existissem dois Comensais infiltrados, o outro seria certamente Lúcio Malfoy. Lúcio, e ele bem sabia disso, jamais jogara para perder, e desta vez, vira a real possibilidade de Voldemort derrocar. Devia ter se oferecido para auxiliar Dumbledore, quando percebeu que era só uma questão de tempo, para a nova e definitiva queda do Lord das Trevas.
Após decidido o caminho, ele desaparataria em frente a Mansão Malfoy e pela entrada das masmorras conseguiria chegar até a área central da casa e depois procuraria onde Hermione estava, para partirem juntos... Ele sorriu, receoso. Era um plano ardiloso e arriscado, mas ele faria tudo o que estivesse ao seu alcance para salvar Hermione.. Ela valia todo e qualquer sacrifício..
Naquela tarde haviam chegado os resultados da prova de Lion. e Hermione passara com notas máximas no exame de admissão para a faculdade de Transfiguração. Alvo ao lhe entregar as notas, disse que tinha uma surpresa para ele, e que o procurasse na manhã seguinte, antes do café da manhã. Mas Severo Snape, não estava muito interessado. O seu real interesse era trazer Hermione de volta para Hogwarts.
Snape vestiu sua capa da Invisibilidade e saiu pelo corredor, quase sem fazer ruído..
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Porém, Alvo Dumbledore estava desconfiado que Snape andava tramando algo para resgatar Hermione, e enviara Moody para vigia-lo discretamente, principalmente durante a noite. Moody possuía um olho mágico e com este, via através das Capas da Invisibilidade.. e Alvo dissera que Snape tinha uma capa dessas.
Moody realmente via Snape caminhando pelo corredor e subindo as escadas que davam acesso a Porta Principal. Severo Snape abriu a porta com cuidado, fazendo o menor ruído possível, mas lá estavam Arthur Weasley e Alvo Dumbledore..
Dando distância de Snape, os três seguiram caminhando pelo jardim.. Snape rapidamente se aproximava do portão Principal, que estava fechado..
Naquele momento, Moody disse a Dumbledore que lhe avisaria quando Snape estivesse abrindo o portão, pois somente ele poderia enxergar através da capa da Invisibilidade. Segundos depois, Moddy disse a Alvo que Snape estava junto ao portão.
Quando Snape colocou a mão para abri-lo, somente escutou a voz de Alvo Dumbledore atrás de si, gritando:
- " Estupefaça". Snape caiu desmaiado no chão.. Alvo e os outros foram em direção da onde ele havia caído, orientados por Moody..
- Vamos acordá-lo? – perguntou Arthur Weasley, se dirigindo ao diretor, que respondeu ao mesmo tempo em que conjurou uma maca para Snape:
- Não, Arthur. Severo poderá estragar nossos planos.. Vamos levá-lo para a Ala Hospitalar é melhor que fique por lá. Não podemos deixar ele se aproximar, nem em sonhos da Mansão Malfoy...
Arthur e Moody apenas assentiram com a cabeça e acompanharam Alvo até que ele deixou Snape desacordado aos cuidados de Madame Pomfrey.
Neville estava sentado no salão Comunal da Grifinória recapitulando as últimas orientações que sua namorada Alícia, estava repassando.. Em menos de uma hora ele estaria fazendo a prova de admissão para faculdade de Michigan.. E estava bastante confiante. Durante o café da manhã recebera uma carta de seus pais e de sua avó Margarida:
"Neville, filho querido.
Sabemos que hoje é o dia em que você irá fazer a prova para a Universidade. Estamos torcendo por você, filho. Você é a pessoa mais importante do mundo para nós e por isso, te desejamos toda a força , sabedoria e frieza necessárias para que você mostre nessa prova o melhor de si...
Te amamos demais, Neville e te desejamos Boa Sorte. Você é o melhor menino do mundo, filho. Tenha confiança em si mesmo, porque você merece tudo, tudo de bom.
Beijos e abraços apertados,
Sua mãe Melissa, seu pai Frank e sua avô Margarida.
Ps. Não pense que se não passar na prova, nós deixaremos de amar você.. ao contrário, filho. Ao contrário!"
E também, uma coruja do correio de Hogwmeade, lhe entregou um pequeno pergaminho:
"Neville,
Eu sei que quando você estiver lendo esse bilhete, não estarei aí para te desejar Boa Sorte ao vivo, mas quero que você saiba que mesmo distante estarei sempre torcendo por você. Se existe alguém, que merece toda a felicidade no mundo, esse alguém é você, Neville.
Tenha confiança nessa pessoa maravilhosa que se chama Neville Longbotton.
Boa Sorte.
Mione."
Neville ficara com os olhos rasos d'água. Hermione sempre seria a mesma pessoa, sempre disposta a ajudá-lo em todos os momentos, mesmo que estivesse passando por todas as dificuldades e provações possíveis. Conhecendo Hermione como ele conhecia, sabia que ela ainda lembraria de lhe desejar Boa Sorte.. Quem tivera sorte fora ele, em contar com alguém como Hermione como amiga. e não só ela.. Seus olhos pousaram discretamente em Harry e Rony que conversavam em tom baixo, em Dino e Simas que discutiam lances de futebol, e mesmo em Lilá e Parvati, que embora rissem dele, jamais se negaram a lhe estender a mão quando fora preciso. Estes eram seus amigos.. seus verdadeiros amigos...
Alícia lhe acompanhou até a porta da sala de Dumbledore, onde ele realizaria a prova... Ela abraçou-o com força e o beijou, desejando-lhe Boa Sorte:
- Neville, meu amor.. Eu espero sinceramente que você se dê bem nesta prova.. – falou ela, olhando para o rosto redondo dele.. – Eu sei que se você passar, vamos ficar longe, mas não será por muito tempo.... – acrescentou ela sorrindo para ele...
Boa Sorte! – falou ela, baixinho no ouvido dele, enquanto aproveitava para beijá-lo mais uma vez... e depois saía, deixando Neville (muito confiante) a sós com o representante de Michigan.
Parvati se atrasara alguns instantes na mesa do café da manha e perderá Lilá.. Para não dizer que não a procurara, estava dando uma olhada geral no castelo... Ia descendo a escada principal, quando uma mão lhe puxou para um vão na parede...
Ela soltou um grito involuntário antes mesmo de ver quem estava lhe puxando...
- Sou eu... – falou uma voz misteriosa em seu ouvido...
- Tinha mesmo que ser.. Que susto você me deu! – comentou ela, para o homem parado a sua frente.
- Não está feliz em me ver? – perguntou ele, estupefato.
- Claro que estou! – respondeu ela, beijando-o ternamente...
- Pensei que não estivesse. – disse ele, depois do beijo, num tom de voz debochado..
- Sirius, fiquei surpresa.. só isso...- ela iria continuar, mas ele interrompeu as palavras beijando-a.
Os dois continuaram descendo a escada de mãos dadas, enquanto conversavam...
- O que você está fazendo aqui, Sirius?
- Bom, Dumbledore mandou-nos voltar. Disse que por esses dias vai precisar de força total por aqui. – comentou Sirius.
- Você vai ficar aqui, então?
- Não sei.. Você quer que eu fique? – perguntou ele, parando um degrau abaixo na escada e olhando-a nos olhos..
- Claro que quero, Sirius.. Que pergunta!!! – respondeu ela, enquanto ele a abraçava...
- E você, Parvati o que está fazendo aqui, fora da aula?
- Procurando a Lilá.. Ela sumiu...
- Que preocupação boba.. Olha lá, ela está com o Malfoy. – respondeu Sirius, apontando para o casal que estava sentando a beira do lado...
- Eu devia ter imaginado... – respondeu Parvati rindo..
Sirius a puxou, castelo afora, para o lado oposto ao que estavam Lilá e Draco Malfoy, e o par saiu conversando e rindo, em direção a estufa de Herbologia.
Draco e Lilá estavam namorando serenamente na beira do lago. Ele estava contando que na noite anterior recebera do pai uma coruja, em que contava todos os novos planos do Lord das Trevas. Draco ficara feliz em saber que a interferência de Hermione estava fortalecendo Voldemort, mas se escandalizara quando seu pai, escrevera que haviam entre eles, dois traidores, mas não citara nomes.
- Como meu pai pode saber que existem traidores entre os Comensais, Lindinha? – perguntou ele, acariciando o rosto da namorada.
- Eu não sei, Draco. realmente não sei.. – falou Lilá, serenamente.
- É estranho.. Acho que meu pai não quer contar ao Lord.. ou será que quer?? Mas acho que é o que ele deveria fazer. – falou Draco bravo.
- Mas, quem sabe não foi o Lord que contou isso ao seu pai? – especulou ela.
- Pode ser, Lindinha. Pode ser... Mas eu ainda não consigo acreditar que a Granger foi se unir ao nosso Lord. Não acredito. –disse Malfoy.
- Eu acredito, Draco. Não sei se você sabe, mas o Snape foi pego ontem, tentando ir resgatar Hermione do quartel-general do Lord.. e dizem que foi atacado por gente nossa... Para falar a verdade, dizem que ele foi atacado por você... – falou Lilá, olhando atenciosamente para a expressão de Draco.
- Eu não faria isso com Snape.. esqueceu que ele é meu padrinho? Pode ser um traidor, mas sempre foi o melhor amigo do meu pai e do seu também, Lindinha.
- É verdade, tinha esquecido disso.. Em todo o caso, estão dizendo que foi gente nossa que estuporou o Snape, e que logo em seguida, antes da pessoa acabar o serviço apareceu Dumbledore e o Moody. – contou Lilá.
- Como o pessoal desse castelo anda bem informado! – falou Draco, desdenhosamente. – Mas quem será que foi?
- Ouvi falarem no Salão Comunal da Grifinória que foi a Pansy. – contou Lilá, com uma expressão de profundo desagrado.
- A Pansy?! Impossível.. ela não teria poder suficiente para estuporar um Comensal da Morte... mesmo que ex, mas de qualquer modo um Comensal da Morte. – disse Draco, surpreso, enquanto se perguntava quem poderia Ter estuporado Snape e qual fora a intenção disso.
Voldemort avisara no café da manha que o ataque se daria ainda naquele dia, a meia-noite. Todos os Comensais ficaram admirados com a noticia. Os ataques em geral eram bem sucedidos, porém o preço era sempre a perda de alguns seguidores, e por isso todos tinham medo. Depois da saída de Voldemort, Hermione foi sentar-se em sua habitual poltrona, junto a Richard Brown e Lúcio Malfoy, que ainda não estavam lá. Hermione abriu o Profeta Diário enquanto torcia para que Dumbledore tivesse conseguido perceber qual era o plano dela. Caso isso não tivesse ocorrido, Voldemort teria uma grande vitória. Os planos estavam muito bem preparados, com possibilidades de fuga para os Comensais e tinham tudo para dar certo. Seria um baque muito grande para o Ministério da Magia..
Quando ela levantou os olhos do jornal, percebeu que todos os outros Comensais estavam ao seu redor, os únicos que faltavam eram justamente Lúcio e Richard. Eles pareciam querer falar alguma coisa... Hermione ficou observando-os até o pai de Pansy Parkinson tomou a dianteira e perguntou, nervosamente:
- Srta. Granger, o que vai realmente acontecer?
- Sr. Parkinson, eu realmente não sei.. os planos foram feitos e ....
- Queremos saber quantos de nós vai morrer. – perguntou friamente Karkaroff.
- Olhe, Karkaroff.. Eu planejei tudo de forma a que vocês tenham, no mínimo mais uma possibilidade de fuga, além de desaparatar. – explicou ela...
Os Comensais ao escutar isso, se sobressaltaram. Nunca ninguém havia se preocupado que conseguissem ou não fugir. Segundo todos, a vida de um homem das Trevas era um constante arriscar.
- Isso é verdade? – perguntou uma voz clara e feminina..
- Sim, Sra. Lestrange. – respondeu Hermione. – Sou a favor das conquistas. Porém, não concordo com o fato de que vocês devam correr riscos excessivos por isso. Riscos dentro dos limites aceitáveis. Esse é meu pensamento.
- Mas e os aurores? – perguntou novamente o Sr. Parkinson.
- Bem, nós vamos atacar em duas frentes diferente. Uma dessas frentes será, fatalmente, atacada pelos representantes do Ministério, então não posso assegurar que todos irão ficar vivos. – falou Hermione.
- O que queremos na realidade saber é quais são nossas reais chances, Srta. Granger. – questionou Rabicho..
- Creio Rabicho, que sejam em torno de 80% de que tudo dê certo.. è uns 70% ou 80% pelo menos. – considerou ela.
Ela ouviu um burburinho em torno de si. Os Comensais cochichavam.
- Tem certeza senhorita? – perguntou Karkaroff surpreso.
- Absoluta. – respondeu ela, friamente.
Todos ficaram em silêncio alguns instante.. Nisso a voz de Lúcio Malfoy foi ouvida..
- Vamos dispersando.. Dispersando!!!!!!! Dispersando!!!!
Os Comensais, lentamente foram voltando a suas posições de origem... Hermione ficou olhando para os dois homens que estavam chegando.
- O que eles queriam, senhorita?- perguntou Richard.
- Saber se tinham chance de sobreviver a esse novo ataque.. – explicou ela.
- E o que a senhorita respondeu? – perguntou Lúcio.
- Que tinham boas chances de sobreviver.
- Esses idiotas estão preocupados demais, Lúcio. – comentou Richard.
- Não me diga que você está surpreso com isso, Richard. – respondeu Lúcio Malfoy desdenhosamente. – Não sei como podem servir a Milord.
- Melhor nem comentarmos isso... – falou Richard, olhando-o preocupado.
- Besteira, Richard. – falou Lúcio olhando para Hermione- Olhe, senhorita Granger.. não sei se esse bando de imbecis poderá cumprir o que a senhorita e Milord determinaram.
- Não se preocupe, senhor Malfoy, eles cumprirão tudo a risca. – falou Hermione com um sorriso frio.
Naquele dia, as regiões nas quais iriam acontecer os ataques já estavam sendo preparadas. A parte bruxa de Glascow por exemplo, estava toda enfeitiçada.. Qualquer aliado de Voldemort que pisasse naquelas terras seria enfeitiçado com um Feitiço da Memória, em que se recordaria de um ataque sangrento, no qual muitos trouxas haviam morrido, muitas casas haviam sido saqueadas e algum Comensal fugira sumindo na floresta adjacente... Enquanto isso, todos os outros haviam desaparatado depois do combate, muito bem sucedido.. Imagens de trouxas mortos em outros combates foram colocados dentro do feitiço. Não poderia haver nenhum erro... E quando um ou outro auror ali desaparatasse, os Comensais fugiriam, bem como o líder deste ataque: Lúcio Malfoy.
Já em Belfast, o pretenso combate seria mais sangrento. Os aurores apareceriam ali, logo após a chegada dos Comensais, haveria um enfrentamento e os Comensais desaparatariam rapidamente, não sem antes terem derrotado alguns aurores, e restaria um Comensal no chão, aparentemente atingido por um Adava Kedavra que havia sido lançado. Este Comensal, conforme o combinado seria Richard Brown..
Os aurores que estavam fazendo o Feitiço de Memória planejaram todos os menores detalhes. Os Comensais teriam inseridas em suas memórias esses fatos.. Todos iguais, para alguns haviam sido planejadas algumas lutas, em que eles pareciam estar sendo derrotados e depois derrotariam um ou outro auror, que também poderia fugir, como uma variante da história.
Voldemort, alguns minutos antes da meia-noite convocou os Comensais para uma reunião em sua sala, onde todos deveriam comparecer vestido a caráter. Hermione, apenas preparou os mapas demonstrativos e sentou-se em seu tradicional lugar entre Lúcio Malfoy e Richard Brown, acompanhando o desenrolar da palestra. Voldemort orientou os Comensais a trazerem todos os bens que encontrassem e que não se desesperassem com um bando de Aninais. Malfoy apenas deu uma risadinha irônica.
Lord das Trevas, também enfatizou o fato de deveriam exterminar o maior número de aurores que fosse possível e que assim que tivessem cumprido sua missão, deveriam desaparatar imediatamente na Mansão Malfoy.
Depois separou quem deveria desaaparatar em qual lugar e sob a liderança de qual Comensal. E depois de cinco minutos mandou-os desaparatar.
Hermione e Voldemort ficaram sentados no escritório dele.. Voldemort parecia levemente ansioso. Não acreditava que aquele plano da Srta. Granger fosse dar bons resultados, mas nunca se sabia de nada com certeza... Mas agora já era tarde para se arrepender. O que deveria ser feito era aguardar o regresso de seus homens.
Hermione por sua vez estava muito nervosa, esperava sinceramente que Dumbledore tivesse tomando as medidas necessárias para que o combate não desse nenhum resultado positivos para Voldemort e seus aliados. Ela estava muito nervosa, mas não demostrava isso.. Tinha uma expressão fria e impassível no rosto como se aquela fosse uma ocasião qualquer.
Os Comensais liderados por Malfoy, desaparataram em Glascow e todos os outros caíram desmaiados... O único que restou acordado foi Lúcio Malfoy que ficou olhando em torno, parecendo esperar alguém.
- Lúcio..- era a voz de Alvo Dumbledore que lhe chamava, enquanto apareciam uns 20 aurores que começaram a enfeitiçar os Comensais adormecidos.
- Alvo, eu... – começou a falar Malfoy.
- Não diga nada Lúcio. Apenas escute.. Endosse tudo o que eles disserem.. estão sendo enfeitiçados com um potente feitiço de Memória e contarão histórias sobre esse terrível combate.... – falou Alvo Dumbledore com urgência na voz.
- Mas Voldemort vai descobri tudo...- considerou Lúcio
- Não vai não.. os Profetas Diário que vocês receberão amanhã, falará sobre o sucesso de vocês.. Olhe e leia com atenção os detalhes.. – disse Alvo, lhe entregando um dos jornais.
- Entendo.... – falou Lúcio Malfoy com os olhos posto na manchete do jornal.
- E Hermione como está?
- Se portando muito bem.. Como uma verdadeira bruxa das Trevas.. – contou Malfoy, friamente, começando a ler a notícia.
Quando os aurores terminaram de enfeitiçar os Comensais adormecidos, Alvo Dumbledore pegou duas sacas contendo dinheiro de trouxas e jóias e entregou para Lúcio Malfoy. Aquele seria o produto do furto.
- Mas e quanto aos que estão com Richard? – perguntou Malfoy devolvendo o jornal para Alvo.
- Já temos gente por lá, Lúcio, não se preocupe. Richard será dado como morto. Mas ele está bem, ficará em segurança até o combate final.
Lúcio Malfoy apenas assentiu com a cabeça.. Quase que no mesmo instante, os aurores e Dumbledore, desaparataram até onde estava o grupo liderado por Richard.
Alguns instantes depois, os Comensais começaram a despertar. Habilmente os aurores haviam mudado eles de posição, alguns continuavam deitados no chão, outros estavam sentando atrás das árvores, outros ainda escorados nela.. Um deles, fora colocado sentando em uma grande pedra no meio do descampado. Quando estavam desperto, começaram a procurar uns aos outros, bem como a Lúcio, que vinha aparentemente recolhendo cosias e colocando dentro dos sacos...
- Já fomos melhores nisso, rapazes. – falou Malfoy, friamente mostrando as sacas... Não é muita coisa, mas...
- Vamos embora antes que apareçam alguns aurores.– disse um dos Comensais.
- Vamos! – comandou Malfoy..
Em menos de um minuto eles estavam em frente a Mansão Malfoy.
Com o grupo de Richard acontecera a mesma coisa, com a diferença de que Richard fora estuporado antes de falar uma palavra sequer.
- Melhor assim... – falou o auror Frank Longbotton. – daí ele não irá nos atrapalhar...
- Levaremos ele para o castelo assim que terminarmos aqui.. – completou Moody.
Os aurores do Ministério apareceram e encantaram todos os Comensais, com uma história totalmente diferente da do outro ataque. Um deles, foi colocado escondido entre algumas árvores.. Outros comensais foram estuporados... Alguns estavam escorados em um muro próximo...
Alguns aurores foram estuporados por seus colegas, para fingirem ter sido mortos no ataque...
Quando o outro grupo de Comensais despertou, eles começaram a procurar Richard. Quando o encontraram, acreditaram que eles estivesse morto.
- Alguém lançou um Avada... Um dos aurores.. e vi que tinha atingido alguém.. mas o Richard???
Alguns assentiram, mostrando que também tinham ouvido o Avada.. naquele instante um vulto saiu das sombras.. Era Karkaroff que fora escondido no meio da floresta.
- O que aconteceu? Eu corri para me esconder no meio da floresta e.... – comentou ele, parando quando viu o corpo de Richard no chão... – Acho melhor voltarmos, antes que apareçam mais aurores....
E eles também desaparataram em direção a Mansão Malfoy.
Quando os dois grupos se encontraram, Lúcio logo perguntou onde estava Richard. Ninguém lhe respondeu. Ele então repetiu a pergunta berrando. Karkaroff então tomou a dianteira e simplesmente respondeu que Richard tinha sido morto pelos aurores...
Lúcio Malfoy apenas fez uma expressão de assombro e incredulidade quando ouviu as palavras de Karkaroff. Era inegável que Dumbledore era um gênio na arte dos combates.
