Capitulo XXXVIII- A Morte de Voldemort?

Richard Brown acordou na Ala Hospitalar de Hogwarts. Ficou se perguntando o que teria acontecido... Como poderia ter ido parar ali? Deveria estar no quartel-general de Voldemort.... Uma moça que fora colega dele na época do colégio apareceu e disse:

- Ora, você acordou. Vou avisar o diretor.

- Onde estou? – perguntou ele.

- Em Hogwarts. Você foi estuporado no combate contra Voldemort e trazido para cá.. Agora fique parado aí, que vou chamar Alvo.. – disse Madame Pomfrey.

Quando ela saiu, um homem vestindo trajes de auror, entrou na Ala Hospitalar, evidentemente procurando-o.

- Richard! Richard! – chamava ele...

- Frank? – arriscou ele. Ouvira falar na Poção de Snape que fora terminada pela Srta. Granger, mas ainda não acreditara...

- Imagina se não está internado na Ala Hospitalar... – disse Frank Longbotton com um tom de censura na voz, enquanto olhava para a cama onde estava Richard. Richard Brown fez uma expressão de franca admiração... Ficara paralisado...

- Estou aqui! Vivo.. Não vais dar nem um abraço no seu velho camarada? – perguntou Frank.

- Frank!!! È incrível, Frank. – disse Richard Brown ainda perplexo, olhando para seu melhor amigo do tempo de Hogwarts. Um era da Grifinória, outro da Corvinal.. Nunca se via um sem o outro, nem mesmo quando Frank começou a namorar Melissa da Lufa-Lufa.

- Tá certo que sou um auror.. bom, que voltei a ser um auror, e você virou um Comensal da Morte, mas... – disse Frank Longbotton enquanto apreciava os esforços de Richard para se levantar da cama...

- Porque você não me ajuda? – perguntou Richard.

- Porque você tem que se danar mesmo.. – respondeu ele, enquanto se abraçava no amigo fazendo-o cair novamente .

- Hahahahahahaha.... – riu-se Frank.

- Engraçadinho... – retrucou Richard. – Que bom ver você!!! Severo já deve ter lhe contado, mas nós não conseguimos chegar a tempo aquele dia... Desculpa.

- Eu sei. – respondeu Frank abraçando seu velho amigo..... – È bom ver você.

Os homens ficaram se abraçando por mais alguns instantes, até que Frank empurrou Richard novamente, e ficou rindo..

- Eu te odeio, tá Longbotton.- respondeu Richard de maus modos.

- Coitadinho!!!!! – respondeu Frank. – Sério, mas de você eu já me vinguei. Você foi estuporado por mim e por Moody ao mesmo tempo.. Por isso que está nesse estado lastimável.. parece até que bebeu um caminhão de cervejas amanteigadas... Mas ainda falta aprontar uma boa para o Severo, aquele..

- Ditador! – completou Richard.

- Isso, Severo Snape o ditador...

- O que vamos fazer??? – perguntou Richard com o velho brilho no olhar..

- Ora, senhor Brown. O senhor está convalescendo, comporte-se.. – respondeu Frank no tom de falsa censura. 

- Pelo visto, os dois melhores batedores da história de Hogwarts já se reencontraram. – ouviu-se a voz de Alvo Dumbledore se aproximando.

Frank Longbotton se despediu de Richard prometendo que voltaria. E então, Dumbledore começou a explicar exatamente a situação para Richard Brown. Ele deveria permanecer ali, oculto, pois parte do mundo mágico pensava que eles estaria morto...  Richard assentiu silenciosamente prometendo cumprir o pedido de Dumbledore. E por fim, resolveu perguntar:

- Mas e a senhorita Granger?

- Ela também pensa que você está morto.. – confirmou Dumbledore.

- Não era isso, queria saber quanto tempo ela vai ter que ficar lá?

- Depende de quando for marcado o próximo combate... – considerou Alvo.

- Tomara que não demore muito.. Tenho medo por ela, tão amável, tão justa... – explicou ela.

- È um risco, mas desta vez, creio que ele se vá para todo o sempre.

- É o que esperamos, Dumbledore. Senão sim.. desta vez ele não terá só Severo para perseguir.. será todo o Trio de Ouro... – disse Richard Brown.

- Papoula!!! – chamou Alvo.

Madame Pomfrey apareceu e deu um medicamento para Richard tomar.. e assim ele adormeceu instantaneamente.


Dumbledore recebera uma correspondência oficial do Ministério da Magia marcando para dali a uma semana a regressão de Sybila. Este seria o primeiro passo para a derrocada final de Voldemort.. Instantaneamente, ele notificou Sybila que pareceu encantada com o fato da data ter sido marcada. Porém, antes de assinar o documento que liberaria a realização da regressão, ela fez Dumbledore confirmar mais uma vez que depois que ela o auxiliasse e que e o pesadelo terminasse, ela poderia provar o Chapéu Seletor, para ver se ele realmente a teria colocado na Corvinal.

Dumbledore apenas sorriu e confirmou o pedido.


Snape estava em sua Masmorra relendo a carta que Dumbledore lhe entregara... Era algo maravilhoso, quase que inacreditável.. Queria poder mostrar a carta para Hermione, mas ela ainda estava presa na Mansão Malfoy. Gostaria de saber até quando iria durar aquele pesadelo... Não sabia se agüentaria mais tempo.. Seu amigo Richard estava lá na Ala Hospitalar.. Malfoy estava se arriscando sendo um espião de Dumbledore.. Severo Snape conhecia profundamente esse tipo de risco.. Mas Hermione...Hermione estava na linha de frente e tudo por causa dele... Já havia pensado e respensado o assunto. Agora era torcer e trabalhar para que tudo terminasse bem...

Dumbledore lhe pedira que desenhasse um mapa da Mansão Malfoy que estava pronto. Mas agora surgira outro pedido.. que preparasse uma boa quantidade de Poção Polissuco. O tempo era pequeno, mas teria que conseguir prepará-la.. Não imaginava para que Dumbledore pedira aquilo, mas não lhe cabia contestar nada, e sim fazer o possível para que tudo terminasse da melhor forma possível. 

Enquanto ainda pensava a respeito, ouviu batidas leves na porta de sua masmorra.

- Entre. – disse ele.

Sirius Black e Remo Lupin entraram.

- O que vocês querem aqui? Estou muito ocupado. – perguntou Snape rispidamente.

- Queremos falar com você, Severo. – falou Lupin.

- A respeito do que? – quis saber ele, enquanto os recém chegados, sentavam-se de fronte a sua lareira.

- A educação típica de Severo Snape. Não oferece nem um chá a seus visitantes? – perguntou sarcasticamente Sirius.

- Somente quando são bem vindos. Você quer um chá, Remo? – perguntou Snape, olhando para Sirius de cara feia.

Escutou-se novamente alguém batendo na porta da masmorra e em segundos apareceu o rosto sorridente de Frank Longbotton, que entrou no recinto, dizendo:

- Não vou perder isso por nada desse mundo, fazem quase 20 anos que quero assistir isso. – disse ele, acomodando-se em uma poltrona e continuando- E Severo, eu gostaria de um chá.

- Francamente! – disse Snape, conjurando mais uma xícara e levando chá para Frank.

- Como está Richard? – perguntou Remo Lupin.

- Está bem. Já falei com ele.. Se bem que parece que ele bebeu um caminhão de cervejas amanteigadas.- comentou Frank, enquanto os outros três riam.

– Que reuniãozinha simpática essa nossa... – continuou Frank - Vamos assinalar os faltantes: Richard está na Ala Hospitalar; Lúcio está em sua casa.. e vocês entendam o que quiserem e Tiago.. bom Tiago.. você não inventou nenhuma poção que ressuscite alguém, não é Severo?

- Frank. – alertou Snape, em tom frio.

- Pois é.. desse jeito não sai treino, Severo... – comentou Frank.

- "Quem chegar um minuto depois da hora marcada está fora do time." – disse Sirius imitando Snape, que olhou-o com uma expressão aterrorizante...

- Avada Kedavra para você também, senhor simpático. – continuou Sirius.

- O que vocês dois querem aqui? – perguntou Snape dirigindo-se a Lupin e Sirius.

- Não pense que estamos aqui porque gostamos de sua companhia, senhor agradável.. tenho coisas bem mais interessantes para fazer pelos arredores, do que ficar olhando para sua cara emburrada. – disse Sirius, desdenhosamente.

- Pode ir que a porta é a serventia da casa.

- Obrigado, mas estou muito bem aqui, senhor hospitaleiro.

- O clima esquenta para mais uma espetacular briga entre Snape e Black.. Façam suas apostas... – disse Frank.

- A platéia não se manifesta, Frank. – disse Lupin, indo sentar-se ao lado de Frank.

- O caso é o de sempre, Severo. Quem contou para Lúcio que Remo era Lobisomem?

- O enigma se resolverá dessa vez?? – perguntou Frank dramaticamente. – A platéia espera ansiosamente....

- Cala a boca, Frank! – disse Sirius.

- Sim, e daí. Conheço esse discurso. Deixei você ser preso mesmo sabendo que você não tinha matado ... blá, blá, bla...   Chega, Black. Se veio falar sobre isso, pode ir embora, que não vou lhe escutar NA-DA.- falou Snape, mordazmente.

- Não seja cabeça dura, uma vez que seja, Severo Snape. Eu sei que não foi você que falou para o Lúcio. Você pode ser maléfico, vil e cruel...

- Obrigado! – respondeu Snape., sarcasticamente.

- E ditador...- soprou Frank.

- Cala a boca, Frank. – falou Remo.

- Isso, obrigado Frank... maléfico, cruel, vil e ditador, mas nunca faria isso.

- Só agora que você percebeu, seu idiota? – perguntou Snape

- Não me chame de idiota!

- I-DI-O-TA! – disse Snape soletrando as sílabas...

- Ora, seu.. – disse Sirius se preparando para bater em Snape...

- Agora a briga começa.. senhoras e senhores todos preparados para o grande duelo.. Snape versus Black. Severo Snape injustiçado no passado se nega a aceitar a...

- CALA A BOCA, Frank. – gritaram os dois ao mesmo tempo. Frank olhou para eles com uma expressão magoada e acabou por dizer.

- Sirius, o que você quer afinal?

- Pedir desculpas para esse animal..- respondeu ele, indicando Snape.

- E você, animal.. quero dizer, Severo. Aceita as desculpas dele?? – perguntou Frank inocentemente.

- Com uma condição.

- Qual?

- Irmos acabar com a raça do Frank agora mesmo....

- De acordo.- disse Black e os dois avançaram para onde estava Frank que rapidamente saiu correndo da masmorra de Snape, sob o riso dos outros dois.

- È sério Severo, avaliamos você muito mal. Não deixamos você se explicar e incrível, preferimos acreditar no Rabicho do que em você. Até parece que nós não tínhamos sido amigos a vida toda, que não tínhamos crescido juntos. – falou Sirius voltando-se a sentar na poltrona em frente a lareira.- Conheço você o suficiente e dispenso o seu discurso. – falou ele, interrompendo Snape que ia falar.

- Sei também que você nunca me ajudou quando estive em Askaban, mas foi pela sua interferência que Remo não foi aprisionado pelo Lord das Trevas. Eu queria pedir desculpa por mim e pelo Tiago. Não quero que algo aconteça sem pedir desculpas para você...

Snape ficou em silêncio como que refletindo sobre as palavras de Black. Eles tinham sido amigos.. E ele jamais trairia a amizade de Sirius Black, mas haviam achado que isso acontecera.

- O que foi, vou precisar beijar seus pés??? – perguntou Sirius.

- Não é uma má idéia. – respondeu Snape, com um sorriso mau.

- Sirius Black, se atira no lago de Hogwarts por não conseguir perdão de amigo de infância.- disse Remo, em voz de locutor de rádio...

- CALA A BOCA, Remo! – eles falaram e antes que a coisa piorasse Remo Lupin resolveu sair da masmorra.

- Tudo bem, Sirius. Pode morrer agora que não carregará esse peso.. e de preferência já.  – falou Snape, ironicamente.

- Agora não, mas não sabemos quem sairá vivo da Mansão Malfoy... – considerou Sirius.. – Quer dizer, você sairá vivo de lá.. sempre foi amigo de Malfoy... isso só prova que as suas amizades nunca foram as melhores possíveis... – disse Sirius se preparando para começar uma nova discussão.

- Isso inclui você??? – perguntou Snape friamente.

- Bom, realmente nunca fui uma companhia refinadíssima... – responde Sirius, enquanto Snape perguntava:

- Você quer uma xícara de chá?

Sirius Black olhou surpreso para Snape e assentiu com a cabeça. Snape lhe entregou a xícara e Sirius bebeu um gole de chá.

- Esse seu chá está frio!!

- Então não bebe, ora.

E assim começou mais uma interminável discussão que iria ser relembrada por pelo menos mais um par de anos.


Sirius Black saiu da Masmorra de Snape após brigarem mais um tempo, e estava procurando sua namorada Parvati, que também estava por ali em companhia da amiga Lilá. Lilá parecia ainda muito atordoada pela noticia da morte de seu pai. Sirius ao ver o sofrimento da moça, sentiu-se tentado a contar-lhe a verdade, mas fazendo isso, colocaria a vida de Hermione Granger em risco. E tudo o que ele queria no momento era evitar mais uma das desgastantes brigas com Snape.

- Querida. – disse ele, beijando Parvati.

- Srta. Brown. – a moça somente olhou para ele, com cara de choro.

- Não repare, Sirius, ela ainda está muito abalada com o que aconteceu. – explicou Parvati.

- Eu imagino. É um golpe muito duro. – falou ele.

- O pior é o Draco.. que age como se nada tivesse acontecido.. –disse Lilá..- só porque não aconteceu nada com o pai dele.

- O pai dele é muito chegado aos chefes do comando. – considerou Sirius, de mãos dadas com Parvati.

- Eu acho Lilá, que se você tem certeza, deveria terminar o namoro com Draco. Você só namoravam por causa das questões familiares.. – disse Parvati, a título de conselhos.

- É eu acho que sim.. eu nunca amei o Draco... sempre gostei de outro ... Mas ele não iria querer nada com a filha de um Comensal da Morte, iria? – perguntou ela, com lágrimas nos olhos.

- Iria sim Lilá, ele é mestiço lembra? E mais, gosta de você. – disse Parvati, fazendo Lilá chorar mais ainda..

- Nós já voltamos Lilá. - disse Parvati, vendo que Simas Finnigan se aproximava.

- È, coitada da Lilá.. veio tudo junto.. a morte do pai, o namoro com o Draco..- disse Parvati., para Sirius enquanto se afastavam.

- E aquele ali, quem é?

- È o Simas, é de quem a Lilá gosta e que também quer namorar com ela. Ele teve um choque horrível quando ela começou a namorar o Malfoy.. – Parvati ia continuar falando, mas foi interrompida por um beijo., e outro, e outro....


Sybila foi até Londres acompanhada de Dumbledore, fazer a regressão. Era um processo lento e demorado. Ela tomaria uma Poção, e alguns instrutores lhe orientariam como proceder.. Dumbledore ficaria como seu acompanhante, embora não pudesse presenciar a regressão, que seria feita de forma a Sybila lembrar-se do exato instante em que Irnius Granger lhe dissera onde era seu quartel-general.   Os outros dados da memória da professora não precisariam ser rastreados, mas foram inevitáveis.

A recente morte de Richard Brown, seu grande amor da época do colégio, que nem sequer sabia que ela existia. Sempre tão simpático, mas quase sempre com companhias nada  aconselháveis...

O instante em que Dumbledore a nomeara diretora da Sonserina, apareceu instantaneamente, como um momento de relevante importância. O quanto ela chorara, quando mais uma vez o Chapéu Seletor lhe dissera que era uma Sonserina. Quando ela, mesmo tendo como Dom familiar a adivinhação não conseguia adivinhar nem prever nada. Todos os seus poderes foram bloqueados. Seus procedimentos e adivinhações duvidosas.

A perseguição a Harry Potter, com profecias de morte.

O Natal que seu pai lhe expulsara de casa, pois não conseguia conviver com a vergonha de ter uma filha pertencente a Sonserina. E ela fora viver com sua avó materna.

Rosmerta da Corvinal, sua melhor amiga de todos os tempos. Richard Brown sorrindo, jogando nos times de quadribol.

O instante em que o Chapéu Seletor lhe colocara na Sonserina, sem ao menos ter tocado na sua cabeça e que por causa deste fato sua vida desabara...

Sua mãe, comprando seu material, sua varinha... seu uniforme, que ela ficava olhando , e imaginando o símbolo da Corvinal desenhando....

Seus amigos alguns trouxas, alguns bruxos....

E um dia longínquo, em que um senhor, muito bem vestido, lhe ofereceu balas e pegando-a no colo lhe fez um feitiço e disse: meu quartel general, ontem, hoje e sempre será na Mansão Malfoy, ontem, hoje e sempre.

- Lembrei! Lembrei!!!!!! – gritou ela, fazendo Dumbledore entrar na sala correndo, e espantando até mesmo seus instrutores. 

- "Meu quartel-general, ontem, hoje e sempre será na Mansão Malfoy".- repetiu Sibila, terminado assim com a proteção conferida pelo Fiel do Segredo....

Dumbledore apenas olhou para ela, e sorriu. Daquele momento em diante, Sibila seria realmente quem deveria ter sido a vida inteira.


Naquela noite, Minerva Mcgonagall marcara uma reunião com todos os alunos dos sétimo ano da Grifinória. Queria entregar os resultados das provas e saber o quais caminhos cada um iria seguir em sua vida no mundo mágico. Os alunos foram chegando, primeiro Lilá Brown que continuava desanimada junto Parvati Patil . Depois com alaridos, vinham Dino Thomas e Simas Finnigan.  Harry e Rony apareceram e seguida. Neville acabou por chegar uns minutos atrasados, pois ficara namorando e esquecera da reunião. Todos estavam sentados nas cadeiras previamente preparadas, ficando aquela que correspondia  Hermione vazia.

- Boa Noite! – disse Minerva, com um bolo de folhas na mão. Neville ficou nervoso, ali estava o resultado da prova da faculdade. Seus pais e sua avó já sabiam o resultado mas não queriam lhe contar.

- Boa Noite! – todos responderam.

- Os chamei aqui para conhecer os planos de cada um para seu futuro enquanto bruxos formados. – explicou Minerva, com os olhos repousando na cadeira vazia.- E também para entregar as provas da Academia de aurores e de algumas universidades bruxas. Nessa turma temos só o Sr. Longbotton e a Srta. Granger que prestaram provas para universidades... Neville mexeu-se desconfortavelmente na cadeira.

- Srta. Brown! – chamou Minerva. Lilá apenas ergueu a mão. – Sinto muito pelo que aconteceu, senhorita. Prova para o Gringotes, certo?

- Sim, professora.- disse Lilá em voz baixa.

- A senhorita foi aprovada para o departamento financeiro. – disse Minerva lhe entregando o teste. – O que pretende fazer depois que sair de Hogwarts?

- Trabalhar no Banco e morar na Londres trouxa. Meu pai era viuvo e não tenho irmãos. Vou ter uma casa só para mim.. – disse Lilá, em voz muito baixa. Os colegas ficaram constrangidos. Pela voz de Lilá era mais possível que ela fosse se atirar da torre da Grifinória do que fazer as outras ações.

- Muito bem. – disse Minerva secamente.- Sr. Finnigan.. Prova para auror...

- Sim. – respondeu o rapaz olhando para Minerva ansioso.

- Aprovado! – falou Minerva, sob os gritos do rapaz. – O que pretende fazer?

- Cursar a academia de aurores e casar com a Lilá.. – respondeu ele, abaixando os olhos.. – Se ela quiser, claro. – completou ele.- Eu não sou rico como Malfoy, mas sou interessante.

- Pretensioso. – disse Parvati, enquanto Simas lhe respondia com uma careta.

Todos os presentes se admiraram com a declaração e Lilá apenas baixou a cabeça, pois não saberia o que dizer.

- Bom.... Srta. Granger... – disse Minerva, e com um suspiro colocou a folha ao lado.

- A Mione passou na faculdade de Lion? – perguntou Neville. Todos estavam curiosos para saber.

- Passou sim, Longbotton. – disse Minerva mordazmente. - quem quiser olhar as notas dela... – a professora respirou fundo..- peça para o professor Snape mais tarde.

- Sr. Longbotton. Prova para faculdade de Herbologia em Michigan...

- Sim.. – disse Neville olhando para ela de rabo de olho.

- Aprovado!! – disse Minerva, com um leve sorriso. Neville gritou até não poder mais, mas olhou para a cadeira ao lado da sua, a pessoa de certa forma mais responsável por isso, não estava lá para dizer: "Neville, eu não te disse!!" . Todos os colegas se levantaram para cumprimentá-lo, inclusive Lilá, afinal todos ali sabiam dos seus problemas familiares e de suas dificuldades com magia.

- Eu vou fazer faculdade e morar com meus pais. – disse Neville com orgulho.

- Muito bem... Srta. Patil.

- Vou abrir uma loja de adornos me Hogsmeade, até já aluguei o prédio. Sirius Black é o meu fiador... Vamos abrir a loja logo depois do término das aulas..

- Perfeito.  Sr. Potter.. Academia de Aurores?

- Sim.

- Aprovado... Harry Potter, pulou de contentamento e abraçou-se no amigo Rony Weasley.- Bom, - continuou a professora Minerva -. se o senhor não fosse aprovado, sinto muito, mas pouca gente seria.  Quais são seus planos?- perguntou Minerva, ao rapaz que sorria de contentamento..

- Fazer a academia, e caprichar para ser um bom auror, não ficar cheio de marcas e cicatrizes e sem um pedaço do nariz como Moody. – respondeu ele, arrancando risadas dos presentes.

- OK.. Sr. Thomas... Academia de aurores também.

- Pois é.. não achei mais nada para fazer.- disse ele, displicentemente.

- È um ano bom para a Grifinória este, mais um aprovado...

- Beleza.. disse ele, apertando a mão de Simas.

- Algum plano? – perguntou Minerva.

- Só vou assinar em baixo do que Harry disse, pode ser? – perguntou ele.

- Pode, claro... Sr. Ronald Weasley.

- Bem, sou ser goleiro de quadribol . Fiz testes em vários times e estou esperando as respostas e conseqüentes propostas.. E vou casar com a irmã de Parvati, a Padma, assim que terminarem as aulas.

- Já soube dessa noticia, Sr. Weasley. E quem serão seu padrinhos? – quis saber a professora.

- Harry e Hermione. – respondeu ele.

- Espero sinceramente que eles estejam por aí, na data prevista.- considerou Minerva, ao mesmo tempo em que com um feitiço, fez aparecerem doces, tortas , refresco de abóbora, quentão e cervejas amanteigadas para a comemoração...

- Sirvam-se... – disse ela, encerrando a reunião, e pensando em como poderia Ter acontecido uma coisa dessas... Sua melhor aluna.. A melhor aluna da Grifinória em muitos anos, não estar ali, poder estar ali, presente a essa reunião de encerramento. E tudo porque fizera decisões de acordo com o que mandava o coração e não de acordo com a razão.


Os dias passavam lentamente na Mansão Malfoy. Hermione e Lúcio Malfoy continuavam sentando no mesmo canto do salão destinando aos Comensais da Morte, que ainda relembravam as aventuras do ultimo combate. Os jogos de xadrez eram entediantes. Malfoy não se conformava em não conseguir um parceiro para a altura no xadrez. Certa noite ele dissera, friamente para Hermione:

- Ainda bem, senhorita que você só joga mal xadrez, porque senão não teria nenhuma chance em algum jogo mais real.

- O senhor está se referindo a ... – quis saber ela.

- A qualquer coisa, senhorita. Qualquer ato que exija preparação prévia e inteligência gritante para executá-lo. – enfatizou Malfoy.

- Sinto falta do senhor Brown. – disse ela, quando Malfoy lhe deu xeque-mate mais uma vez.

- Eu também sinto, senhorita Granger. Eu também sinto.. Assim como eu e ele sentimos quando Snape foi embora... – considerou Malfoy.

- Mas a diferença está em que Severo continuou vivo, e o senhor Brown..- Hermione ia continuar, mas foi interrompida por Lúcio Malfoy que disse:

- Talvez não seja muito diferente, senhorita.

Hermione não respondeu, apenas olhou interrogativamente para ele...Os olhos cinzas estavam brilhando e um sorriso irônico apareceu no rosto de Lúcio Malfoy.

Dentro em pouco ela se levantou e disse a Malfoy que iria fazer uma visita ao senhor Riddle. E Malfoy lhe disse que se fosse preciso algo, que ela lhe avisasse.

Hermione foi caminhando até a sala de Voldemort. Sob influência de Malfoy ela explorara a mansão nos últimos dias, decorando cada corredor, a posição de cada sala.. Ela perguntara a Malfoy, muitas vezes o porquê daquilo e invariavelmente a resposta era a mesma... "Em breve você vai saber." "Em breve você vai saber.".

Na porta, Hermione colocou o anel de brilhantes que deixara no bolso, ela supunha que  o anel estivesse enfeitiçado, pois quando o mostrara a Malfoy, ele o analisara profundamente e sempre pedia para ela deixar o anel no quarto quando iam fazer excursões pela casa.

Lentamente, foi abrindo a porta. Voldemort estava em seu canto habitual olhando pela janela.. Hermione, foi até onde ele estava. Com o passar do tempo, perdera parte do medo, principalmente por acreditar que Lúcio Malfoy estava envolvido diretamente com as ações de Dumbledore, mas não conseguira perceber como.

- Senhor Riddle. – chamou ela.

- Pois não, senhorita? – perguntou ele, olhando-a com os olhos vermelhos que davam arrepios.

- O que o senhor tanto olha pela janela? – perguntou ela.

- Começou com o ritual de perguntas, senhorita?

- Não, só curiosidade... – disse ela, desisteressadamente.

- Nem eu mesmo sei.. gosto de olhar o nada.. – respondeu ele, ironicamente.

- Sei...

Hermione foi olhar os mapas pendurados na parede. Mal sabia ela, que um mapa igual estava pousado na mesa de Dumbledore...

- Ótimo senhorita, já vamos assinalar os pontos do novo ataque daqui a 10 dias..

- Dez dias? – ecoou ela.. Dali a exatos 10 dias seria sua formatura.

- Sim, acho um prazo bom..

- Perfeito.. e onde se darão esse ataques? – disse ela, da forma mais serena possível.

- Bom, andei refletindo, senhorita de acordo com aquela nossa conversa e talvez se atacarmos em três frentes menores tenhamos boas chances...

- É o que penso também, senhor Riddle. –falou ela, mostrando alguns pontos no mapa, sendo observada atentamente pelo Lord das Trevas, que procurava verificar se ela estava com o anel... – creio que aqui nessas baias ficará mais fácil. Mais de uma possibilidade de fuga para nosso homens.

- Realmente senhorita Granger. Mas, quantos deles, a senhorita acha que sabem nadar?

- Quem falou em nadar? Tinha pensado em um ponto fixo no meio do oceano em que pudesse desaparatar com mais segurança. – disse ela.

- Bem pensando, senhorita.

- Mas isso somente seria usado como ultima possibilidade, senhor Riddle. Talvez em terra mesmo consigamos fazer algo assim, que não possa ser rasteado pelos aurores, assim como uma espécie de Fiel do Segredo móvel. – disse ela.

- É uma possibilidade bastante interessante, senhorita Granger. – falou Voldemort interessado.

- Isso poderia tornar as operações 100% seguras? - questionou ela.

- Senhorita Granger, se entendi o sentido da sua idéia elas seriam, sim 100% seguras.

- Bem, nossos colaboradores, digamos assim, seriam totalmente a favor disso. Vamos desmistificar a idéia de que vida nas Trevas é um risco. – falou ela, com um sorriso frio...- Então - continuou ela, pegando alguns pergaminhos.- já que o senhor concorda vamos começar a colocar isso em prática.


Quando Dumbledore terminou os assuntos que o levaram a Londres, foi rapidamente procurar Lúcio Malfoy na hora e local combinados, em um quarto da estalagem do Bar Caldeirão Furado, onde Malfoy supostamente fora comprar algumas coisas que Hermione havia solicitado para os planos do futuro ataque. 

Lúcio Malfoy já estava no quarto da estalagem, quando Dumbledore chegou sorridente.

- Consegui.. já podemos entrar na sua casa, Lúcio.

- Muito bom. – disse Malfoy. E quando o senhor pretende fazer isso? E como?

- Inicialmente, - disse Dumbledore, sentando-se em uma cadeira-  íamos esperar o próximo ataque, mas consideramos muito arriscado. É possível, porém não certo, que até lá Voldemort descubra que este ataque foi um engodo. Presumo que ele tenha informantes entre nós.. Porem nada é muito certo.. as informações são vagas e podem estar distorcidas. Mas você sabe, meu caro Lúcio,  que em se tratando de Voldemort não podemos confiar cegamente. Para isso, vou precisar muito da sua ajuda...

- Pode contar comigo, Alvo. - disse Malfoy friamente.

- O plano é seguinte.. Severo sabe todas as entradas e saídas de sua casa: as  principais, laterais e principalmente as secretas. Ele me confidenciou que existe uma entrada secreta na mansão Malfoy.

- Sim, existe, mas só eu, Severo e Richard sabemos da existência dela.- confirmou Malfoy.

- E Voldemort?

- Ele não sabe.- retrucou Malfoy. – O Lord não sabe.

- Ótimo.

- Nós vamos entrar por lá como Comensais da Morte. Eu e alguns dos nossos.- começou Dumbledore.

- Sim, mas como farão isso? O Lord verá que não são os homens habituais. – disse Malfoy preocupado.

- De uma forma simples e eficiente: Poção Polissuco. Severo, como você sabe, é muito bom para conseguir misturas. Ele conseguiu poções polissucos com efeito de 12 horas ao invés de uma... Daí teremos tempo de sobra. Severo fez testes nele e em Richard para saber se a marca negra permanecia, para que todos fossem rasteados como Comensais da Morte e o efeito é perfeito.. Claro, Severo usou um pouco de magia negra no meio, mesmo que não tenha me dito.  – disse Dumbledore sorrindo.

- Voldemort está rastreando Hermione, Alvo. – afirmou Malfoy.

- Como assim, Lúcio? – perguntou Dumbledore.

- Ele deu um anel de brilhantes para ela. Ela me mostrou e acho que é uma espécie de rastreador.  Não tenho certeza. O caso é se ele está rastreando ela, somente um de nós, dos verdadeiros Comensais, podemos  ficar junto a ela. Teria que Severo ou Richard porque as marcas possuem a mesma força. Talvez pela poção elas percam um pouquinho do poder. No conjunto não se notará, mas individualmente... 

- Entendo, é o caso de precaução..

- Exato, pois eu terei que estar ajudando vocês a se transformarem... e aprisionando as pessoas nas quais vocês irão se transformar.  É isso?

- Sim, isso mesmo. Vamos entrar na casa pela entrada secreta e os Comensais atingidos irão ser estuporados ou outra poção forte qualquer que Severo arranje até lá. Estaremos todos protegidos contra as Maldições, inclusive você e Hermione.

- Entendi o plano, é arriscado, mas interessante. Quando será colocado em prática? – perguntou Malfoy palpavelmente inseguro.

- Na próxima noite, antes que Voldemort descubra que não existe mais fiel do Segredo. O grande Lord terá que ser entretido enquanto nos aproximarmos da Mansão.. Ele não poderá desconfiar de nada, senão nosso plano não terá êxito e muitos serão prejudicados, inclusive você Lúcio.

- Eu sei Alvo. Eu sei, mas tudo dará certo. – disse Lúcio Malfoy confiante.

- Confio em você, Lúcio. – retrucou Alvo Dumbledore, estendendo a mão para cumprimentá-lo e sendo cumprimentado por ele.


Pela manha cedo, já de volta a Hogwarts, Alvo Dumbledore reuniu todas as pessoas com quem poderia contar para o ataque ao quartel-general de Voldemort, a noite.

Lá estavam Remo Lupin, Sirius Black, Richard Brown, Harry Potter, Arthur Weasley, Frank Longbotton e Severo Snape. Este último vinha trazendo todas as Poções Polissucos alteradas  e os antídotos contra as maldições. Alvo aprovou a iniciativa de todos, assegurando ser quase certo o êxito, mesmo porque estariam em bom numero.  Seriam no total 10 pessoas, contando-se ele próprio, Lúcio Malfoy e Hermione.

Depois, baseando-se no mapa feito por Severo, Dumbledore explicou o plano em detalhes, desde a entrada na Mansão Malfoy até a utilização da Poção Polissuco, no que foi interrompido por Black:

- Bem,  não me importo de ser qualquer um, mas Crabbe, Goyle, Rabicho, Karkaroff e ....

- Chega Sirius, daqui a pouco não sobra ninguém...- disse Arthur.

- Esta bem,  mas Crabbe, Goyle e Rabicho não, Alvo.- implorou ele.

- Tudo bem, mas não posso prometer nada... A única pessoa que é cuja identidade é certa é Severo, que vai ser Lúcio Malfoy... Ele foi um Comensal de verdade e por isso sabera exatamente como se portar.. De acordo, Severo?

- Sem dúvida, Alvo.

- Ora, mas assim é fácil. O Malfoy não desgruda de Hermione, que por sua vez, é namorada de Severo.. Até eu... – disse Sirius novamente.

- Fica quieto, Sirius. – disse Lupin impaciente-  a coisa é séria.

- Muito bem.. Severo e Richard nos disseram que todos os Comensais ficam reunidos num grande salão, próximo a sala de Voldemort.. è isso? – perguntou Dumbledore.

- Sim. – disse Richard.

- Bom, vamos ficar todos lá... e.. – disse Alvo.

- Bem, nós ficávamos, eu, Lúcio e a Srta. Hermione sentados nas poltronas do Trio de Ouro. – alertou Richard- que ficam ao lado da lareira.. são três cadeiras, e atenção ninguém pode ir sentar lá.. Se quiserem falar com Severo ou Hermione o façam de pé. - Os outros – continuou Richard- ficam em geral nos mesmo postos.. Rabicho e Karkaroff sempre andam juntos. Crabbe e Goyle acatam as ordens de Lúcio e ficam sempre perto de onde este esteja, perto e não junto a ele.  Parkinson lidera o grupo do centro da sala, onde está Nott , Avery e Macnair e fica sentado numa poltrona suja verde escura. A Sra. Lestrange fica na poltrona ao lado da janela, uma poltrona sozinha...

- Mais alguém??? – perguntou Richard para Severo.

- Acredito que não.. Os relevantes você falou e também podemos falar com Lúcio para ele nos orientar, conforme o caso. – considerou Snape.

- Perfeito. – disse Dumbledore. – Temos que ter uma senha para nos comunicarmos... Algo bem simples como....

- Xadrez.. – sugeriu Richard. – Lúcio e eu, e suponho que agora a Srta. Hermione são os únicos que jogam xadrez entre os Comensais, os outros podem desafiar Lúcio Malfoy para uma partida.

- Não Richard, ninguém ganha de Lúcio e eu jogo bem mal..  Outra coisa.- disse Snape.- Vocês devem sempre dizer Milord.. nada de Voldemort, Você-Sabe-Quem ou Lord das Trevas, por exemplo...

- Milord é??? – perguntou Arthur.

- Prestem atenção nestes detalhes que são muito importantes. – disse Alvo para os outros.

- Sim, tremam quando ele chegar, e não lhe dirijam a palavra a não ser que lhes seja perguntado algo.. E mesmo assim...- disse Snape, sendo interrompido por Richard.

- Não retruquem, deixem que a Srta. Hermione os defenderá. Ela tem feito isso, sistematicamente.. – considerou Richard.

- Melhor assim. – disse Alvo Dumbledore.- Então, todos de acordo? Estejam aqui no cair da tarde.  – continuou ele, dispensando-os.


Malfoy conversou com Hermione depois do café da manhã.. pediu para que ela estivesse sempre de varinha, pois talvez algumas coisas estranhas acontecessem durante o dia ou preferencialmente a noite. Outro detalhe que ele mencionara fora que ela teria que manter Voldemort entretido por mais ou menos uma hora no inicio da noite... Hermione questionara o motivo disso, e Lúcio apenas pedira que confiasse nele, e que talvez o pesadelo dela ainda acabasse naquele dia.

Hermione ficou surpresa com o que Lúcio Malfoy disse, mas estivera junto com ele durante todo o dia, enquanto Malfoy procurava discretamente, algumas coisas nas Masmorras e corria de um lado para o outro, fazendo espaços em alguns lugares como armários e passagens ocultas por trás de tapeçarias e quadros, preferencialmente dos de pintores trouxas.

Quando já estava anoitecendo, Lúcio pediu que Hermione fosse para junto de Voldemort e que de um jeito ou de outro, mantivesse a atenção dele até a hora do jantar. Ela não entendeu muito o pedido, para falar a verdade tinha medo de entender, mas fez o que Malfoy pedira. Subiu até a sala de Voldemort ( Malfoy ficou nas Masmorras), e entrou na sala dele.  Não se preocupou em colocar o anel, pois sob a orientação de Malfoy ficara com ele, durante todo o dia.

Voldemort estava em seu lugar habitual, olhando pela janela. Hermione deduzira pelas palavras de Malfoy, que quem quer que fosse aparecer seria por via terrestre, e disse a Voldemort :

- O que o senhor esta vendo ali na janela? A escuridão?

Voldemort não voltou-se para responder, apenas disse friamente.

- Eu gosto da escuridão, senhorita Granger...

- Realmente? Bom, gostos não se discutem.. cada um tem os seus...  – disse ela diplomaticamente, sentando-se em sua cadeira habitual, enquanto pensava como faria para manter a atenção de Voldemort. Mas qualquer plano que pudesse ter planejado foi interrompido pela voz de Voldemort:

- Posso lhe fazer uma pergunta, senhorita?

- O que? O senhor querendo fazer perguntas? Estranho.. o senhor nunca se interessa por nada que não lhe diga respeito diretamente.. – considerou ela.

- A senhorita não sabe qual é a pergunta, por isso não pode dizer que não me diga respeito.. – retrucou ele.

- Fale, estou esperando. – disse ela, imaginando o que Voldemort gostaria de  saber.

- A senhorita joga xadrez? – perguntou ele, com um tom de voz menos letal que de praxe.

- Jogo, mas porque? – quis saber ela.

- Esta duelada para uma partida. Quem ganhar terá direito a exigir algo do perdedor. – disse ele, complementando- Não aceito recusas.

Hermione engoliu em seco.. Não sabia jogar xadrez muito bem.

- Posso pedir as peças do Sr.Malfoy emprestadas? – perguntou ela..

- Pode.- autorizou Voldemort. Hermione se levantou da cadeira e saiu em busca do jogo de xadrez de Malfoy.  Voldemort apenas olhou para ela saindo da sala, e sorriu de uma maneira fria, mas um sorriso verdadeiro.

Hermione  sabia que Lúcio Malfoy deveria estar nas Masmorras agora, e talvez se fosse ate lá poderia colocar tudo o que ele tinha planejado a perder...  E refletia sobre o que Voldemort poderia estar querendo com esse jogo....

Ela entrou novamente na sala de Voldemort que já tinha seu próprio jogo sobre um tablado.

- Ótimo. – disse Voldemort mostrando onde ela deveria colocar as peças...

Hermione mexeu as peças e olhando as peças disse baixinho "Lúcio Malfoy" a titulo de teste das peças.. e elas reagiram.. as peças eram encantadas... Por isso que ele nunca perdia nenhuma partida.. As peças eram encantadas para vencer. Ela posicionou as peças e iniciou-se o jogo.

Ao mesmo tempo, todos se reuniam no portão de Hogwarts para desaparatarem na Mansão Malfoy. Severo Snape entregou a cada um, um frasco contendo a Poção Polissuco e fez todos beberem o antídoto contra as Maldições, guardando uma garrafinha no bolso para Hermione.  Sirius Black conversava com Lupin , Frank e Richard.  Arthur Weasley combinava alguns detalhes com Dumbledore e Harry Potter estava caminhando por ali em silêncio.  Num dado instante, Dumbledore disse que todos empunhassem as varinhas e pediu para todos se concentrarem e dasaparatarem na Mansão Malfoy.

A desaparataçao era instantânea... Eles chegaram na entrada principal, onde via-se uma luz bruxuleante no ultimo andar.

- Aquela é a sala de Voldemort. – disse Richard para os outros.

Alvo Dumbledore apenas assentiu com a cabeça... Todos foram guiados por Severo Snape, através das sombras para a lateral da casa. Os homens iam em fila indiana, rente a casa.. Em um dado instante, Snape parou e começou a tatear o chão ate encontrar um puxador.  E assim ergueu uma espécie de alçapão...

- Vamos entrar aqui.. – disse ele, indicando o buraco no chão... Richard adiantou-se e antes de começar a descer pela escadinha, disse:

- Vocês me sigam e nada de gracinhas, hein?

Logo após Richard, Arthur Weasley entrou no alçapão, depois Dumbledore, Potter, Remo, Sirius, Frank e Snape, que fechou o alçapão, sabendo que agora estavam no covil dos lobos...  Contrariando a expectativa de todos, o caminho seguia por uma trilha iluminada, feita de pedras... Eles caminharam por algum tempo, em subidas, descidas, encruzilhadas... Todos pensavam que a pessoa deveria saber muito bem onde ia, pois a chance de se perder era muito grande... Depois de mais alguns instantes, chegaram a uma espécie de salão com o teto baixo.. onde estavam dispostas algumas cadeiras e todos se sentaram . Dentro em pouco ouviu-se a voz de Lúcio Malfoy, em tom de alivio.

- Finalmente vocês chegaram.. – falou ele, caminhando em direção a onde estavam sentados Richard e Severo. Richard levantou-se e deu um abraço no amigo... Snape apenas ficou observando, após Lúcio também abraçou-o, arrancou um fio de cabelo seu e entregando-o para Snape.

- Bem, vamos começar já.. Severo, vire eu de uma vez. – disse Lúcio... vamos precisar atrair os outros Comensais e você sempre foi bom nisso... Snape colocou o cabelo de Malfoy na poção que se tornou verde e depois com uma careta bebeu o conteúdo.   Instantaneamente, ele virou uma copia viva de Lúcio Malfoy.

- Ali no canto - indicou o verdadeiro Lúcio – tem roupas de todos os Comensais, com os nomes em cima.  Vocês tem que ser absolutamente convincentes, para que o mestre não desconfie de nada.. E Hermione esta tentando manter a atenção de Voldemort por um período, mas não temos a noite toda.

- Lúcio Malfoy, que lindo você esta! – falou ele, olhando para Severo Snape com sua aparência e suas vestes, que fazia cara feia... – isso Severo, lembre-se que você sou eu, hein? E agora vá.. Traga Crabbe e Goyle ate a entrada do alçapão...

Snape foi caminhando pela Mansão Malfoy, conhecia aquele caminho muito bem...Teria que dar uma volta grande quando estivesse acompanhado por outros Comensais que não Crabbe e Goyle. Subiu uma escada, e entrou na ala social da Mansão... Em segundos estava no corredor principal e ia caminhando em direção a sala dos Comensais, quando a porta do escritório de Voldemort se abriu. Ele parou na direção da porta e ouviu a frase:

- Ótimo que você esteja aqui, Lúcio!  - era Voldemort quem falara. Snape entrou na sala.. Em um dos lados do tabuleiro de xadrez estava Hermione.. Severo Snape teve que se controlar para não correr ate ela e beija-la.

- Sim, milord? – respondeu, inquisitivamente.

- Você encantou essas peças, Lúcio? É a terceira partida que perco para senhorita Granger. Se ela ganhar a próxima, terei que deixa-la comparecer a formatura.

- Tem certeza, Milord? Não fiz nada com as peças.. – disse Snape pensando em lançar um Avada Kedavra em Voldemort..

- Mande Rabicho nos trazer um chá, Lúcio. – disse Voldemort friamente, encerrando a conversa. Hermione apenas observava Lúcio Malfoy sair da sala, com um olhar  interrogativo. Voldemort não percebera, mas deveria ter acontecido algo com Malfoy. Era uma diferença pequena e sutil, mas tinha algo diferente ali.

- Se eu ganhar vou comparecer a formatura, senhor Riddle. O senhor foi quem propôs o desafio... – disse Hermione, sorrindo e preparando-se para mais uma partida, sob o olhar gélido do Lord das Trevas.

Snape fechou a porta da sala de Voldemort pensando em que ao menos Hermione ainda estava bem.... Foi caminhando lentamente ate a sala dos Comensais e chegando na porta da sala, chamou por Rabicho...

- O que foi Malfoy? – perguntou Rabicho, tremendo por antecipação. O desejo de dar um bom pontapé em Rabicho  dominou Snape.

- O Lord mandou você levar chá para ele e a Srta. Granger... – explicou Snape para Rabicho, que saiu em direção a cozinha. Snape aproveitou e chamou Goyle e Crabbe...

- Venham, que quero mostrar algo para vocês dois... – falou com desprezo na voz...

Os dois o seguiram corredor a fora... depois saíram da Ala social e desceram a escada... Snape colocou a mão na porta e disse:

- Vamos entrar em um lugar secreto, certo suas duas amebas?

- Sim! – responderam eles em coro...

- Bem... – disse Snape passando pela porta, seguido pelos dois brutamontes. Em um local onde o caminho virava Snape passou, mas os dois brutamontes foram atingidos por uma poção em spray, que os fez desmaiarem instantaneamente.

- Bela invenção essa sua, Severo... – comentou Lúcio Malfoy sendo acompanhando por Remo Lupin que o auxiliara.

- Eu não tinha ingredientes suficientes para todos e não tinha tempo hábil para arrumar. Dai peguei os perfumes de Hermione e me ocorreu essa idéia. – explicou Snape.

- Eles vão ficar inconscientes por quanto tempo? – perguntou Lúcio.

- 24 horas. – disse Snape ajudando os outros dois a  puxarem os desacordados... – Mas não temos tempo.. Vou arrancar os cabelos... E depois vocês prendem eles. Vamos pegar Rabicho quando sair da sala do Lord.. ele mandou-o fazer um chá... Por sinal você enfeitiçou as peças do xadrez? – perguntou Snape para Lúcio Malfoy.

- Sim, porque?

- Serio Lúcio, que sacanagem.. – falou Richard se aproximando.

- Hermione esta jogando xadrez com o Lord... e esta ganhando.. Ele me pediu se eu não tinha enfeitiçado as peças.. E por isso que você sempre ganha.. – falou Snape...

- Crabbe e Goyle – disse Lúcio se dirigindo aos outros que estavam sentados...

- Remo e Sirius? – sugeriu Severo Snape, com um sorriso mau nos lábios de Lúcio Malfoy.

- Frank e Richard.. – disse Alvo – e já!!- Frank levantou-se com sua poção na mão e  bebeu o que ele chamou depois de essência de Crabbe.. Richard sob protestos, disse enquanto bebia, gerando risos nos demais:

- Nunca pensei que fosse descer tão baixo na vida, a ponto de virar o Goyle..

Os dois se vestiram apropriadamente, com Frank reclamando que Crabbe era muito alto e desajeitado, então Sirius sugeriu:

- Imagina que você é um pedregulho ambulante, Frank..

O rosto de Crabbe se contraiu numa careta feia....

- Não temos medo de cara feia, imitação de Frankstein. – disse Sirius novamente, mas eles já haviam saído pelo corredor, acompanhando Snape... Enquanto subiram a escadinha e foram se dirigindo ao salão dos Comensais, Frank olhava para tudo extasiado.. Nunca em seus maiores delírios imaginara estar ali no quartel-general de Voldemort, principalmente assim, com um corpo de Comensal da Morte...    Rabicho vinha saindo da sala de Voldemort, com o rosto branco....

- Lúcio, você não sabe.. Quando fui servir Milord, derrubei o chá nele.. E quase fui castigado.. Graças a Deus que a Srta. Granger estava junto e me defendeu.

- Melhor para você.. – respondeu Snape sem qualquer emoção, enquanto fazia um sinal para Frank e Richard como Crabbe e Goyle se afastarem.. Frank entrou na sala dos Comensais e seus olhos se arregalam.. todos os homens do Lord das Trevas estavam ali.. aquele sim, era o paraíso para qualquer auror.. capturar todos aqueles Comensais.

Moody, tentara convencer Dumbledore a deixa-lo participar também da emboscada, mas Dumbledore achou arriscado demais.. Talvez e era quase certo que isso fosse acontecer, Moody não encarnaria o Comensal que seria.. continuaria a agir como auror, e iria aprontar algumas.. De forma que ele estaria guardando a Mansão Malfoy que a essas horas já deveria estar rodeada por todos os aurores disponíveis no Ministério da Magia.

Remo e Sirius viraram respectivamente os próximos a serem atraídos: Rabicho e Karkaroff . Arthur Weasley tornou-se Avery, amigo de Parkinson, que por sua vez foi encarnado por Alvo Dumbledore. Quem escolhera Parkinson fora o Malfoy verdadeiro, pois Hermione havia lhe dito que ele e Parkinson seriam os lideres do próximo ataque, o que o tornaria um homem de confiança do Lord.  Harry seria o Comensal Nott, amigo de Parkinson e Avery. Fora a única forma encontrada, para que ele tivesse toda a proteção disponível no momento, pois estaria próximo a Arthur Weasley, Ministro da Magia ( que estava se perguntando, no corpo de Avery se aquilo daria certo) e Alvo Dumbledore, como o corpulento Parkinson.. Alvo Dumbledore não dissera, mas estava preocupado.. Muito preocupado.. O maior ator da peça era sem duvida, Severo Snape que estava caminhando pela casa e agindo como o verdadeiro Lúcio Malfoy, mas era justamente por ele, que tinha mas medo.. pois ao mesmo tempo em que era o mais qualificado para seu papel era o que poderia ser descoberto com mais facilidade, justamente pela proximidade de Hermione.

Faltavam uns cinco minutos para o jantar, quando Macnair juntou-se ao grupo de Parkinson, com um ar de arrogância muito diferente do habitual. Todos estavam espalhados pelo salão.. E Parkinson/Alvo disse baixinho para Macnair/Lúcio:

- Macnair não é tão arrogante.. seja mais humilde...

- Sim....- disse Macnair/Lúcio, olhando em direção ao seu canto da sala onde Malfoy/Snape estava sentado lendo o jornal, parecendo ele mesmo... Neste momento era interessante se conhecer bem os hábitos das pessoas. Macnair/Lúcio analisou criticamente Malfoy/Snape. Uma das pernas estava mais deslocada para  direita do que o habitual.. Ele estava sentando mais displicentemente na cadeira.. E seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de Hermione com a caixinha das peças de xadrez.. Nott/Harry fez menção de levantar-se, mas foi contido por Avery/Weasley.

- Ela não sabe que é você...

- O senhor não falou nada? – perguntou Nott/Harry para Macnair/Malfoy.

- Não.- respondeu ele, secamente.

- Sr. Malfoy. Obrigado pelas peças.. Poderia ter deixado o Sr. Riddle em maus lençóis.. Ele esta furioso, porque ganhei todas as partidas no xadrez. – contou Hermione para o Malfoy/Snape, que apenas lhe observava.

- Vocês tinham feito alguma aposta? – perguntou Malfoy/Snape, enquanto  pensava que tinha Hermione tão perto, mas que ao mesmo tempo ela ainda estava muito longe.. Como Lúcio Malfoy não poderia fazer nada e nem dizer algo que a deixasse desconfiada.

- Sim.. quem perdesse teria que fazer o que o outro quisesse.. com isso ganhei o direito de ir na minha formatura..- disse Hermione, que estranhava o obvio interesse com que Lúcio Malfoy lhe observava.

- Não confie no Lord, Her.. Senhorita. Com ele, o bom é confiar, desconfiando.- disse solenemente Malfoy/Snape, quando tocou a sineta anunciando o jantar...

Todos os outros Comensais já haviam saído, e Hermione esperava Malfoy/Snape guardar o jornal.. Ele virou-se e ao ver a sala vazia, não resistiu.. Se aproximou de Hermione que o observava.. E beijou-a, pegando-a de surpresa. Hermione tentou resistir, mas Malfoy/Snape era bem mais forte que ela, e de qualquer modo ela julgou conhecer aquele beijo... Aquele era o beijo de....

Quando eles se separaram, Hermione ficou olhando para ele, admirada.. Aquele era, tinha certeza.. Era Severo Snape. Malfoy/Snape olhava para ela e sorria. O rosto era o de Malfoy, bem como os olhos e todo o restante.. mas a expressão do rosto, o brilho dos olhos.. ela somente havia visto em uma pessoa... Antes que ela conseguisse dizer qualquer coisa, Malfoy/Snape pegou sua mão e colocou algo nela, perguntando:

- Vamos jantar, senhorita Granger?- ele ao dizer isso saiu... e Hermione ficou olhando o que ele colocara em sua mão.. Era um botão de rosa vermelha.

Voldemort estava na cabeceira da mesa, muito mal-humorado, pelas derrotas que Hermione lhe impusera no xadrez. Os falsos Comensais estavam surpresos pelo silêncio sepulcral daquela mesa.. Se uma colher caísse no chão todos ouviriam...Se alguém falasse alguma coisa, todos saberiam o assunto. Dumbledore estava impressionado pelo império do medo imposto por aquele homem. Hermione estava em silêncio, sentada em seu lugar habitual, ao lado de Lúcio Malfoy. A cada instante que passava suas desconfianças se transformavam em certezas, quem estava sentado ao seu lado era Severo...  E mais, alguns Comensais não se portavam de forma habitual. Era uma diferença mínima, mas baseada nessas modificações, Hermione começou a formar uma idéia a respeito.  Naquele instante Voldemort disse:

- Esta feliz, senhorita Granger pela vitória no xadrez?

- Obvio que sim, senhor Riddle. Não é sempre que consigo ganhar no xadrez e ainda mais contra um adversário do seu porte...

- Vamos duelar novamente, mas com outras peças.. Não vou mais aceitar você jogando com as peças enfeitiçadas de Lúcio.  – falou Voldemort acidamente.

Malfoy/Snape teve que se controlar para não se erguer da mesa naquele instante. Dumbledore e Harry, bem como todos os outros estavam surpresos pela coragem de Hermione.

- Esta aceito o desafio. – disse Hermione. – Basta que o senhor diga quando será.

- Apareça mais tarde na minha sala... – disse Voldemort levantando-se da mesa de refeições e saindo em direção a sua sala..

Os falsos Comensais pensaram em conversar naquele instante, mas existiam os cinco minutos de tolerância, após a saída de Voldemort , em que ninguém poderia falar  nenhuma silaba.  Depois todos foram começando a conversar, desfazendo-se o gelo da mesa...

Quando Hermione levantou-se da mesa, indo em direção a Sala dos Comensais, acabou parando em frente a Rabicho que pareceu surpreso.

- Espero que o senhor Riddle não o tenha importunado, por causa daquele chá...- disse ela. Inegavelmente foi uma armadilha.. Quando Rabicho/Remo olhou para os lados como a descobrir o que tinha ocorrido, ela apenas lhe deu um sorriso irônico.

- Não se preocupe, senhorita Granger.

- Qualquer problema me preocupe. – disse ela, ironicamente, voltando  para seu local habitual. Ela pegou as peças de Richard Brown que estavam em cima do tablado de xadrez e começou a coloca-las em uma pequena caixa.. Dentro em pouco, todos os Comensais estavam na sala e Malfoy/Snape sentou-se em sua poltrona habitual.

- O que esta acontecendo com o senhor? – perguntou ela, seria

- Comigo nada, senhorita Granger. – afirmou ele.

- Então porquê essa idéia tola de me beijar. O senhor sabe muito bem que sou comprometida. – retrucou ele, mordaz.

- Bem, espero que a senhorita não resolva contar para ele, que a beijei...- disse Malfoy/Snape, olhando em direção ao chão.

- Acredito que não seja preciso, senhor Malfoy. – ela respondeu isso sorrindo, e grifando a ultima palavra. Malfoy/Snape apenas olhou para ela. Ela sabia que era ele quem  estava lá.

- O senhor não tem achado alguns dos Comensais estranhos hoje? – perguntou ela.

- Estranhos como?

- Algo assim, como o senhor por exemplo. Todos parecem as mesmas pessoas, mas olhe Crabbe e Goyle por exemplo. Eles não tem o habito de conversarem, entretanto hoje passaram o dia rindo dos outros e conversando. É estranho. Olhe Macnair por exemplo, ele não tem esse ar de arrogância habitualmente.. Quem tem esse ar de arrogância é o senhor. – falou ela por fim.

- Creio que seja só impressão sua, senhorita. – disse Malfoy/Snape.

- Será mesmo? – disse ela. e depois baixando mais ainda o tom de voz, completou – Me diga o que vocês estão planejando. Ou você acha que sou tão idiota assim, Severo. Quando você entrou na sala do Sr. Riddle, eu percebi que tinha algo de errado com Malfoy, mas não pensei nisso... Típica idéia sua.  

Malfoy/Snape somente sorriu para ela. E assim, decorreu parte da noite.

Macnair/Lúcio discutia com Parkinson/Alvo sob o melhor momento de atacarem e Parkinson/Alvo disse-lhe que deveriam esperar até que Moody desse o sinal. Isso os impossibilitaria de correrem riscos desnecessários.

Nott/Harry estava muito curioso para percorrer a casa, conhecer a Mansão Malfoy, mas foi barrado pelos outros, sob a alegação de que deveriam todos permanecer juntos e mesmo que ele estivesse acompanhado por Macnair/Lúcio o risco seria grande, pois não era hábito os Comensais andarem sozinhos pela casa. Nott/Harry desistiu da idéia pois não queria ficar muito perto de Macnair/Lúcio se pudesse evitar. Macnair/Lúcio contou que havia trancafiado os verdadeiros Comensais em uma sala na Ala secreta e que não era preciso se preocupar com eles... Somente iriam despertar quando estivessem rumo a Askaban. 

Hermione disse a Malfoy/Snape que iria até a sala de Voldemort, pois fora o combinado, e que precisando dela, a encontrariam por lá. Quando Hermione foi sair da sala, ouviu-se alguns pios leves como de corujas no lado de fora da casa... esse fora o sinal combinado entre Alvo e Moody.. Isso significava que  os aurores do Ministério estavam entrando na  Mansão Malfoy.

Alvo fez sinal para Nott/Harry, Avery/Weasley e Crabbe/Frank, que o seguiram... Malfoy/Snape disse a Hermione que fosse junto a eles e lhe entregou uma garrafinha dizendo que bebesse os antídotos contra as Maldições. Ela assentiu com a cabeça, dando-lhe um leve beijo no rosto e caminhou para onde estava Nott/Harry.

Macnair/Malfoy e parkinson/Alvo sairam correndo do salão se precipitando em direção a entrada da Mansão para acompanhar os aurores pela Mansão, e indicar os locais estratégicos em que deveriam ser colocados homens como guardiões. Macnair/Malfoy acompanhou-os até a sala dos Comensais. Hermione estava parada no corredor e Nott/Harry disse:

- Hermione, sou Arthur Weasley e esse são Harry – disse ele indicando Nott que sorriu – e Frank, o pai de Neville, que assentiu com a cabeça – indicando Crabbe.- Nos leve até Voldemort, que temos pouco tempo para acabar com ele de vez....

- Já sabia disso, - respondeu ela olhando para eles com atenção... – Vocês tem as varinhas?  Os três responderam que sim.. e Hermione caminhou até a sala de Voldemort.

Quando ela colocou a mão na porta, parou e pegou a garrafinha com os antídotos e bebeu-a.

O Lord das Trevas se sobressaltou e olhando diretamente para Hermione disse:

- O que esta acontecendo, senhorita?

- Algo que demorou, mas vai acontecer, senhor Riddle, - disse ela, empunhando a varinha. Nott/Harry fora o ultimo a entrar, mas quando foi encostar porta, já se ouviam pessoas sendo estuporadas e gritos de Maldições Imperdoáveis e tentativas frustadas de desaparataçao.  

- Os aurores estão aqui, Hermione? Mas como isso é possível se a casa esta guardada por um Fiel do Segredo? – perguntou ele, pegando no braço da moça e começando a puxa-la..

- Os aurores estão junto a você, Voldemort. – respondeu Arthur Weasley, empunhando as varinhas, sendo acompanhando por Nott/Harry e Crabbe/Frank..

- Você não vai me matar, Hermione. Se me matar você morre junto. – afirmou Voldemort, olhando-a ao mesmo tempo em que pegava sua varinha e gritava:

- "Império"!

A Maldição bateu em Hermione, mas não lhe fez nada...

- O senhor nunca ouviu falar nos antídotos de Severo????- Eu posso até morrer...mas não vou deixar o senhor vivo... – disse ela friamente, olhando para ele.

- Você pode pensar que vai se livrar de mim, Hermione Granger, mas jamais vai conseguir fazer ..

Os outros não deixaram Voldemort terminar de falar.. e os quatro unidos gritaram:

- Avada Kedavra!!!!

 Quatro jatos de luzes verdes saíram das varinhas... O poder das três famílias ligadas a Gryffindor e da herdeira dos Granger, estava unido para derrotar Voldemort..

Tom Riddle caiu ao chão, morto, ao mesmo tempo em que o diamante do anel de Hermione, tornava-se preto e depois novamente branco...

Ela e os outros olhavam para o corpo desfalecido de Voldemort com sorriso de sucesso no rosto.

Naquele instante adentraram pela porta, o Trio de Ouro: Malfoy/Snape, Macnair/Lúcio e Goyle/Richard.. ao mesmo tempo em que escutavam uma pancada seca...

Hermione Granger caíra desfalecida no chão.