Já era noite quando o expresso de Hogwarts parou na estação. Draco já saiu olhando para os lados, o que Gina achou engraçado.
-Que foi? – perguntou ela.
-Tô procurando meus pais...
-Ahn, tá com pressa de me deixar, Malfoy?
-Claro que não, Gina. – disse abraçando-a, depois de ter certeza de que seus pais ainda não haviam chegado. – Vou sentir muito a sua falta – e a beijou. Mas foram interrompidos por um esbarrão que Rony deu neles, "acidentalmente".
-Vamos, Gina. – disse, apontando para um casal de ruivos mais adiante.
-Não quer conhecer meus pais, Draco?
Draco se lembrou das coisas que ele já aprontara com a família dos Weasley e decidiu que era melhor adiar este encontro por mais algum tempo.
-Acho melhor não, Gina. Meus pais já devem estar chegando... E você sabe como...
-Tá bom então. Tenha um bom Natal... E me escreva!
Assim que Gina lhe deu as costas, Draco viu seus pais do outro lado e foi ao encontro deles.
-Onde está sua namorada, Draco? – já foi perguntando Lucio.
Draco, sabendo que seu pai queria arrumar confusão, mentiu:
-Ela já foi embora. Nós podemos ir? Eu estou muito cansado da viagem.
Enquanto a carruagem dos Malfoy ia seguindo pelo caminho escuro, Draco foi pensando no que faria da vida. Mesmo antes de Gina aparecer em sua vida ele não tinha certeza absoluta do que queria, agora então, ele tinha menos ainda, pois ao lado de Gina Draco se via a fazer as coisas mais absurdas, coisas que nunca pensava em fazer. E ele sabia que Gina não iria aceitar de jeito nenhum que ele fosse um Comensal, mas ele desejava isto, queria deixar seu pai orgulhoso, mas não queria decepcionar Gina novamente... "O que eu posso fa..."
-Draco – Lucio quebrou a linha de pensamento de Draco – soube que vocês perderam o primeiro jogo de Quadribol. – Aquilo soava mais como uma acusação do que um comentário.
-Perdemos, mas se ganharmos os próximos jogos, teremos chances de levar a taça.
-Mas perder para Grifinória é uma humilhação. Me diga, por que você não pegou o pomo? – Draco percebeu que seu pai já sabia porque, mas ele queria ouvir Draco dizendo que perdera o pomo salvando uma grifinória.
-Porque – ele hesitou um pouco – porque eu fui ajudar a Gina.
-Você não acha que já está levando este plano longe demais? – perguntou novamente Lucio.
Draco já ia perguntar que plano era aquele, mas a carruagem parou e eles interromperam a conversa para entrar na imponente mansão que surgira à frente.
Então ele foi rapidamente para seu quarto, querendo adiar mais um pouco a conversa. Sabia que seu pai não gostava de discutir certos assuntos à mesa, logo ele teria que esperar até depois do jantar.
Gina já estava quase dormindo no ombro de Rony quando chegaram À Toca. Ela sentiu uma sensação boa de familiaridade ao ver a torta casa à luz fraca do luar. Então ela imaginou como deveria ser a casa de Draco: "Um enorme portão na frente, um extenso caminho até a entrada, talvez pilares, uma enorme porta de carvalho como de Hogwarts. E dentro dezenas e dezenas de cômodos com lareiras".
-É, eu e Draco somos de mundos diferentes... – murmurou pra si mesma quando chegou em seu quarto e deu uma boa olhada ao redor – Mas apesar disso, eu me sinto feliz em viver aqui...
-Falando sozinha, Gina? – uma cabeça ruiva apareceu na porta de seu quarto.
-Talvez seja o efeito do feitiço do Malfoy – replicou outra cabeça idêntica a primeira.
-Fred, Jorge! – ela correu em encontro aos irmãos, morta de saudades das traquinagens deles.
Mas eles não a deixaram abraçá-los, começaram a examinar Gina, como se procurando algo de diferente nela e depois de deixá-la tonta de tanto virá-la, Jorge disse:
-É, Fred, não está mesmo.
-Também acho, Jorge, mas talvez ele tenha tirado quando a deixou.
-E se nós a fizéssemos tomar aquela nossa poção descolorante?
-Pode ser que dê certo... – murmurou o outro, ainda olhando Gina atentamente.
-Vocês podem me explicar o que está acontecendo? – ela não estava brava, estava até achando graça dos irmãos.
-Oras, Gina – foi a vez de Rony enfiar a cabeça na porta – eles estão vendo se você não foi enfeitiçada pelo Malfoy.
-Não acredito que era isso! Vocês acham que...
-Achamos – disseram em uníssono.
-Ah, mas o... – começou Gina, quando foi interrompida.
-Meninos! – era a Sra. Weasley lá embaixo – O jantar está pronto.
-Desta vez vocês escapam – murmurou Gina, enquanto desciam as escadas.
Draco observou seu pai saindo da mesa. Ele sabia que se seu pai fosse para o escritório não poderia falar com ele, mas se ele fosse para sala da lareira com certeza seu pai estaria aberto para conversas. Aliviado, ele viu que o pai se dirigiu ao corredor da sala da lareira, o oposto ao do escritório. Então ele conversou um pouco com sua mãe e depois foi ao encontro de seu pai.
Ele foi andando por alguns corredores, corredores com uma decoração muito antiga, vinda de seus antepassados. Ele gostava de andar pela mansão, admirando todo aquele estilo vindo de séculos passados, gostava de saber que ele fazia parte de uma grande dinastia de grandes bruxos, talvez não tão honestos, mas grandes bruxos. Ele sabia que fazia parte de toda aquela tradição, que o sangue que corria em suas veias era o mesmo que um dia correu no sangue dos bruxos que ela sempre via nos quadros da sala de visitas.
-Sabe, pai – Draco disse enquanto entrava na sala – eu gosto de ser um Malfoy. – e se sentou numa poltrona ao lado de Lucio, em frente da lareira.
Por um instante, Draco viu que seu pai gostara do que ele disse, mas depois, novamente seu rosto se fechou como quando eles estavam na carruagem. Ele disse:
-Você não me pareceu um Malfoy quando perdeu aquele pomo e começou a namorar aquela Weasley. Isso me parece coisa de um – ele contorceu mais o rosto – Potter.
Draco quase se levantou pra mostrar sua indignação com aquela comparação. Desde quando ele era o bonzinho que sempre estava disposto a ajudar os outros? Ele quis dizer ao pai que aquilo que ele fez no jogo foi uma ação não pensada, uma coisa que ele sempre fazia ao estar com Gina. Mas vendo que isso só iria piorar as coisas ele resolveu mudar de assunto.
-Sobre aquele meu plano... – disse Draco, com intenção de descobrir o que seu pai tinha em mente sobre o que ele próprio tinha. E viu que tinha falado a coisa certa, pois seu pai tirou o semblante irritado e mostrou-se orgulhoso.
-Este é um ótimo plano, Draco, realmente bom. Enganar aquela inútil da Weasley, para se aproximar de sua família nojenta, assim chegando em Harry Potter é uma idéia simples e totalmente útil para o plano que eu preparei com o Lord.
Draco, agora, se tornou realmente interessado. Mas ele também pensou o que diria seu pai se ele lhe contasse que Gina não foi parte de um plano, que ele realmente gostava dela. Ele resolveu não pensar no que seu pai faria para ele.
-Qual é este plano, pai?
-Será sua primeira missão a serviço do Lord, Draco. Mas você não precisa agir ainda, só terá que nos dar cobertura. Pois depois desses dois anos se preparando, nosso Lord Voldemort estará pronto para acabar de vez com aquele fedelho do Potter.
Tudo bem que Draco não suportasse Harry, mas aquela obsessão em destruí-lo já estava cansando. Agora, Draco novamente se viu em frente ao dilema que havia esquecido por um tempo: ele deveria seguir seu pai e ser um Comensal? Ele deveria se submeter a um bruxo quase não humano que não se importava com ninguém a não ser ele mesmo? Por enquanto ele resolveu deixar isso pra ser decidido mais tarde e deixar também seu pai convencido de que ele não tinha dúvidas sobre isso.
-Mas então o Lord retornará?
-Sim, Draco. Ele esteve todo esse tempo, junto daquele inútil do Rabicho aumentando mais e mais o seu poder. Agora sim ele terá poder absoluto, mas pra isso é necessário destruir aquele maldito Potter primeiro, e você irá ajudar nisso.
-Como?
-Posso te adiantar que você irá passar as férias de verão naquele amontoado de quartos, que os Weasley chamam de casa.
Draco se espantou. Ele indo para casa de Gina? Mas por que seu pai iria querer que ele se envolvesse mais com aquela família? O que teria isso com o retorno de Voldemort e a destruição de Harry Potter?
-Não estou entendendo, pai.
-Você não está namorando a estúpida da Weasley?
Draco se sentiu tentado a dizer que ela não era estúpida, mas disfarçou sua indignação e manteve seu rosto neutro.
-Estou.
-Pois bem, você dará um jeito de ir para lá nas férias. Assim, ficará perto de Potter e o destruiremos.
Draco deu um aceno com a cabeça, indicando que entendera, mas sua mente já estava pensando outras coisas. "O que Gina diria se soubesse que estou aqui com meu pai, planejando ir para sua casa, só para acabar com a antiga paixão dela?".
E assim se passou o feriado de Natal e logo, depois de muitas cartas, Draco e Gina puderam se encontrar novamente em Hogwarts.
Gina estava muito feliz em rever Draco, mas percebeu que ele, depois deste feriado, estava mais aéreo, parecendo sempre preocupado, como se tivesse um problema em suas mãos. E ela resolveu lhe falar.
Draco e seu time estavam descendo do campo de Quadribol. Eles estavam treinando muito, pois teriam mais um jogo, o último, que seria contra a Grifinória novamente. Draco sabia, e ele contou muito com isso, que se Lufa-Lufa não tivesse ganhado da Grifinória, ele não teria tido esta chance de se confrontar com Potter, mas felizmente aconteceu e a Sonserina ganhou de Corvinal, o que fez com esta casa e Lufa-Lufa já fossem desclassificadas. E agora Draco estava se esforçando para ganhar a taça de quadribol, tendo, assim, mais chances de levar a taça das casas.
Distraído, ele ia indo para o vestiário, pensando em qual tática usaria para conseguir pegar o pomo, quando ouviu uma voz lhe chamando.
-Draaaco!
Ele reconheceu a voz fina de Gina e se virou, vendo ela com o uniforme de Quadribol, correndo em sua direção.
-Vai treinar pra me enfrentar, Weasley? – disse antes de beijá-la.
-Claro! Harry está se empenhando muito pra levarmos a taça.
Draco não gostou nem um pouco da menção daquele nome. Às vezes, ele se perguntava se Gina ainda sentia alguma coisa por Harry, mas nunca comentava com ela, achava que ela pensaria que ele estava com ciúmes do menino-que-sobreviveu, então nunca dizia nada.
-Do que adianta treinarem tanto se já está tão na cara que seu irmão não tem vocação nenhuma pra goleiro, Gina?
Gina resolveu ignorar a provocação e tocou no assunto que ela queria chegar com Draco.
-Draco, hum, por que ultimamente você anda tão distraído? Algum problema?
Draco pensou: "Problema? Não, eu só preciso decidir se quero ajudar a um bruxo a se tornar o mais poderoso e fazer-nos escravos dele. Só isso".
-Não é nada, Gina. Eu só estou em dúvida sobre qual profissão optar, depois que eu sair daqui.
-Ah, mas é isso! – Draco se viu aliviado por ela acreditar – Bom, eu não irei ter este problema quando sair daqui. Já tenho certeza do que vou fazer, quero me especializar em herbologia. Acho fantástico quantas coisas podemos fazer com pequenas plantas.
-Só espero que você não ande tão suja quanto a Profa Sprout.
Ela achou graça daquilo e lhe deu um beijo.
-Então eu já vou indo. Daqui a pouco os outros chegam para o treino.
E enquanto Gina se afastava, Draco ficou pensando como ela podia decifrar tão bem os sentimentos dele. "Como ela sabia que eu estava preocupado com algo?".
E depois de algumas semanas, as provas finais já se aproximando, a final do Quadribol chegara. Na tarde ensolarada, todos alunos e professores, incluindo Dumbledore, estavam nas arquibancadas, ansiosos por saberem quem levaria a taça naquele ano.
Os dois times entraram ao mesmo tempo, a torcida de ambos gritando, dando incentivos.
E assim que todos estavam no centro do campo, Madame Hooch apitara e a final começara com Sonserina na posse da goles. Draco foi rapidamente ao lado de Gina, enquanto ele viu Harry já no alto.
-Tome cuidado, Gina. Eu faria de novo, mas não quero perder o pomo pra te salvar, hein?!
E antes que Gina pudesse dizer que esta foi a tática que ela sugerira a Rony, Draco já estava subindo de encontro a Harry.
-Fique atento a Gina, Potter. Quem sabe dessa vez você consegue pegar seu lugar de herói. – disse Draco assim que chegou do lado de Harry.
-Tenho certeza de que nada acontecerá a Gina, Malfoy. Confio em meu time. A não ser que você tenha liberado seus jogadores pra golpes sujos novamente.
-Não vejo nada de sujo nas minhas táticas, Potter. – disse Draco sorrindo, enquanto os dois viam um dos artilheiros da Sonserina quase derrubar Lilá da vassoura.
E o jogo corria, Grifinória 40 x Sonserina 30. Até agora Gina conseguira marcar um gol, depois de Colin evitar que um balaço a atingisse. Mas para Draco e Harry ainda não havia aparecido nenhum pomo para entrarem em ação e já estavam ficando entediados de só observar os outros jogadores, quando algo reluzente passou na frente de Rony e ele gritou a Harry:
-O pomo!
Sem pensar duas vezes, Draco e Harry foram o mais rápido possível em direção as balizas da Grifinória. Um dos artilheiros sonserinos, aproveitando a distração de Rony, marcou mais um gol, deixando Sonserina com 50 contra 60 da Grifinória.
Enquanto isso os dois apanhadores voavam em velocidades impressionantes, seguindo a veloz e reluzente bolinha dourada, que estava indo cada vez mais alto. E eles já estavam tão perto dela que esticavam suas mãos pra frente, em direção ao pomo, segurando a vassoura com a outra mão.
-Esta taça é minha, Potter. Desista.
-Não me parece que você vai conseguir, Malfoy. – dizendo isso Harry deu uma arrancada e passou a frente de Draco.
Mas no instante em que ele fez isso, o pomo virou, voltando pra trás. Draco, que estava mais pra trás, deu a volta e foi atrás do pomo, levando uma leve vantagem de Harry, que por estar na frente, depois da virada do pomo, conseqüentemente ficou pra trás.
E foi preciso só mais alguns segundos pra que Draco conseguisse agarrá-lo, dando assim a vitória pra Sonserina por 200 a 60.
Os meses correram rapidamente e logo as provas já estavam sendo feitas e os alunos estavam se preparando pra voltar pra casa.
Gina teve que agüentar Draco caçoando dela por muito tempo, por ter levado a taça. Mas não era isso que a preocupava agora, e sim o fato de ela ter sido chamada a sala de Dumbledore e agora ia para lá ao lado da Profa McGonagall.
-Sente-se, Srta. Weasley. – disse Dumbledore, indicando uma cadeira.
Gina estava impressionada com tudo que vira desde que tinha passado pela estátua de gárgula. Havia coisas estranhas e feias, mas a maioria era fascinante e muito bela, como a fênix que estava atrás de Dumbledore.
-A srta. Granger – começou Dumbledore – irá se formar este ano, como a srta. deve saber. – Gina concordou com a cabeça – Então nós ficaremos sem um Monitor-Chefe.
Gina estava pensando se depois de ter se esforçado tanto, seu objetivo seria concretizado.
-Foi então que – continuou Dumbledore – a Profa. Minerva me disse que já havia escolhido uma nova monitora para a Grifinória – ele sorriu – a srta.
-Ma...mas isso é... é muito bom! – ela gaguejava de surpresa, apesar de já ter desejado isso há tempos.
-E sendo assim, eu acho que dentre os outros monitores, a srta é a mais indicada para ser Monitora-Chefe.
Gina sentiu seu rosto corar.
-Pro...professor, eu não sei o que... o que dizer. Muito obrigada!
Dumbledore sorriu ao ver a alegria estampada na cara de Gina. Ele sabia que ela era muito responsável, apesar de tudo o que acontecera em seu primeiro ano.
-Então que tal se a srta. fosse contar aos seus amigos esta boa notícia?
-Está bem! Muito obrigada, professor.
E Gina saiu, ainda abobada pela notícia que recebera. Ela queria muito isso, não sabia porque, mas desde o começo do ano estava se esforçando para ser a Monitora da Grifinória em seu último ano. E agora conseguira isto e muito mais, precisava contar a Draco, mas teria que esperar mais um pouco, pois eles só se encontrariam depois do jantar, na sala do grilo, como sempre chamavam.
Draco já estava lá, sentado em uma poltrona grande que ele conjurara, quando Gina chegou. Ele havia chegado antes pra pensar em como faria com que ele fosse para casa de Gina, mas estava difícil de achar um meio que não fosse suspeito. "Espero que ela me chame".
-Você não vai acreditar, Draco! – Gina estava toda sorridente.
-No quê?
Ela se sentou ao lado dele, e ele pode perceber, pelos olhos brilhando dela, que era uma boa notícia.
-Adivinhe quem vai ser Monitor da Grifinória?
-Você? –disse ele, como se não fosse óbvio pela alegria dela.
-É! –disse abraçando-o – E Dumbledore disse que eu também vou ser a Monitora-chefe!
Draco olhou pra ela e disse, sarcástico:
-Acho que você tem andado muito com aquela trouxa da Granger, hein?!
-Ora, Draco! – disse Gina, dando-lhe um beijo.
Mas de repente, Gina ficou séria.
-O que foi? - perguntou Draco.
-Hoje é o nosso último dia juntos, em Hogwarts. Só agora me dei conta de que você não vai mais estudar aqui.
Ele viu a oportunidade que precisava.
-Eu vou sentir muita falta sua, Gina. Só iremos ter as férias pra nos vermos e me parece difícil nos vermos durante elas...
-É... – disse Gina, triste, mas pensativa.
E Draco estava se sentindo horrível por estar tentando induzir Gina a chamá-lo para sua casa, mas ele precisava, não podia falhar com seu pai, não por enquanto.
-Acho que este será nosso último dia mesmo, Gina.
Ela não respondeu, parecia estar formando um plano, ou algo assim. Até que gritou:
-Já sei! – disse se levantando – Você pode ir para minha casa nas férias. – vendo a cara de "surpresa" de Draco, Gina corou – Claro que não é nada tão grande, mas aposto que todos – ela fico quieta – hum, todos com exceção de meus irmãos – ela não mencionou o fato de que tinha seis irmãos e que dois deles eram bem propensos a acidentalmente derramar coisas nos chás – irão te receber muito bem! Acho que Mione irá pra lá também, mas mamãe e papai dão um jeito. O que você acha?
Vendo que Gina estava tão animada, Draco se sentiu mal novamente por estar enganando-a. E fingindo ciúmes ele perguntou:
-Aquele Potter estará lá?
-Hum, acho que sim...mas ele ficará com Rony, ou talvez levará aquela Cho Chang.
Draco viu que Gina não gostava muito de Chang, o que não era um bom sinal, mas resolveu não se importar e a abraçou.
-Talvez meu pai crie algumas objeções, mas eu farei o máximo pra ir.
Então ficaram os dois ali, abraçados, aproveitando o último momento bom que teriam em Hogwarts.
-Sabe, Draco, se me perguntassem o que aconteceu de bom neste ano em Hogwarts, eu diria que foi ter recebido um Imperius e ter caído de uma vassoura. Pois se não fossem esses fatos nós nunca estaríamos juntos agora, minha vida está tendo grandes mudanças, e eu estou adorando todas.
Gina nem sabia que naquelas férias de verão, iria acontecer um fato que a faria mudar totalmente seus planos. Totalmente mesmo.
