Capítulo 11 – Uma escolha: o mais importante

Draco vagueava os olhos por todos os lados. Seria impossível de desamarrar Gina e tirá-la de lá, pois seu pai os pegaria antes e, pra ele a possibilidade de atacar-lo com algum feitiço ou maldição, estava descartada. Não iria fazer nada contra ele, apenas queria salvar Gina.

E com apreensão, ele observou novamente Gina, ela estava mais pálida do que ele podia lembrar, e suas mãos estavam tremendo tanto que Draco estava com medo que ela acabasse se cortando com a corda. Mas o que estava mesmo intrigando-o, era que Gina não lutava, não esperneava, não fazia nada pra exigir seu direito de viver, apenas ficava ali e esperava. Esperava a morte.

Gina estava com uma vontade enorme de fechar os olhos, mas não, ela permaneceu com eles abertos. Queria aproveitar os últimos momentos que teria vendo as altas árvores que se erguiam a sua frente, sentindo o áspero tronco em que estava apoiada e principalmente: vendo Draco. Ela se sentia melhor com ele ali, pois se estivesse sozinha, com Lucio lhe explicando tudo aquilo, ela provavelmente já teria desmaiado, mas tinha Draco à vista e isto a fazia se sentir mais segura, apesar de já estar ciente de que iria morrer.

Mas um pensamento, aqueles que não fazem sentido a gente ter, mas sempre nos vem a mente, ocorreu a Gina: "E se eu não tivesse me envolvido com Draco? Eu estaria aqui, quase morrendo?". Ela sabia que era quase certo que a resposta seria 'não, ela não estaria ali', estaria segura em sua casa, talvez já almoçando normalmente com sua família. "Mas eu estaria feliz, se eu não o conhecesse, eu iria sentir esta sensação boa de sentimento compartilhado, amor correspondido?", ela se perguntou novamente e sabia que a resposta seria de novo 'não'. Pois se não fosse ele ela nunca teria tido momentos tão bons, nunca teria sentido alguém precisando dela, de seu carinho, da sua presença. "Bem, eu acho que valeu a pena, se fosse pra voltar atrás, eu iria querer me apaixonar por Draco novamente, ah sim...".

Ela ficou a observá-lo, enquanto ele conversava como pai. Ela sabia que ele teve alguma participação pra que tivesse ali, estava começando a perceber que nada era assim tão puro e sem maldades. Ela tinha percebido isso em seu primeiro ano, quando foi enganada por Riddle, mas parece que acabou esquecendo-se que as pessoas nem sempre eram boas, que matavam sem nenhum remorso, e agora tudo voltava a ser mostrado, sim existiam bruxos ruins, ela sabia há muito tempo, mas agora estava passando novamente pela experiência de estar nas mãos de um deles e desta vez ela não esqueceria. Jamais esqueceria do que eles são capazes.

-Mas me parece impossível usar este veneno, pai. – atalhou Draco, um pouco distante de Gina.

-Não há como dar errado, Draco! – Lucio começava a ficar irritado com as objeções de Draco.

-Como, - ele respirou, se continuasse a mostrar o medo que havia em sua voz, Lucio desconfiaria – nós poderemos soltar o veneno sem nos prejudicar também? Morreremos se o respirarmos.

-Draco, sua ignorância está me dando nos nervos! Você se lembra daquele feitiço de proteção que eu lhe ensinei?

Draco vasculhou em sua memória. Ah, sim, ele se lembrava. Era um feitiço fácil de fazer, mas que exigia muita magia, por isso só era possível fazê-lo em intervalos de tempo.

-Sim, eu me recordo.

-Pois, então, o usaremos pra nos protegermos, enquanto a Weasley morre. Mas você não precisa fazê-lo, será mais seguro se eu executá-lo e você entrar junto na proteção, não há necessidade de você também fazê-lo.

De repente, Draco se alegrou, havia um meio de salvar Gina! "Se eu me lembro bem, quando estiver na proteção poderei puxar Gina pra junto de mim e então ela também ficará protegida! Como não há jeito de meu pai tirá-la e como ele não seria burro de desfazer o feitiço, Gina estará salva!".

-Salvarei você, Gina. – ele murmurou pra si mesmo.

-O que você disse?

-Nada pai, nada. – disse tentando conter o entusiasmo.

-Roony!

Rony correu até a cozinha, levando Hermione junto.

-O que foi, mãe, o almoço já está pronto?

-Quase, querido. Mas eu gostaria mesmo é que você fosse atrás de Gina e Cho, já faz algum tempo que elas saíram.

-Ah, mamãe, Gina deve estar mostrando algo para Cho. Acho que ela nunca veio pro interior, não deve estar tão acostumada em ver bichos, deve estar bastante curiosa com tudo.

-Mesmo assim acho melhor você chamá-las para o almoço e depois diga a Gina para trazer Draco, ele deve estar no quarto, ou senão vá você mesmo lá.

Rony fez uma cara feia e depois foi para fora, junto de Mione, procurando Gina e Cho. Eles andaram ao redor da casa, foram onde havia os cogumelos, as galinhas, foram até as hortas, Rony até chutou alguns gnomos, mas não acharam nem Gina, nem Cho.

-Não as encontrei, mamãe.

-Talvez tenham ido dar uma volta naquele bosque, lá perto da estrada – sugeriu Mione.

-Isto seria bem coisa da Gina – murmurou a Sra. Weasley, pensativa.

-Então logo ela deve voltar – falou Rony. Ele não queria ir novamente atrás das duas, estava morto de fome.

-Acho melhor você ir lá buscá-las, querido.

Rony já ia reclamar quando viu a cara da mãe. Ele sabia que era bom não contrariá-la, ainda mais em relação a Gina.

-Está bem, você vai comigo de novo, Mione?

-Vou sim. Acho que poderíamos levar o Harry junto, ele vai gostar de andar um pouco.

-Vamos chamá-lo. – falou Rony, enquanto se dirigiam a sala.

Então, Harry, Rony e Mione foram atrás de Cho e Gina no bosque. Nem imaginavam que logo encontrariam a chinesinha desacordada, com as vestes de Comensal.

-OK, Draco, eu estou ficando com fome. Vamos acabar logo com isso e irmos embora. – Lucio falava isso como se fosse acabar com uma erva-daninha que estava infestando o jardim, não como se fosse matar uma jovem bruxa, uma vida.

Gina estava distraída, pensando no que sua mãe estaria fazendo, pensando em seu pai no Ministério, trabalhando mais do que nunca pra conseguir as vestes de segunda mão que ela estava vestindo, e havia também os gêmeos, que deviam estar aprontando algo com Rony, talvez junto de Hermione e Harry... "Harry...puxa, há dois anos eu faria tudo pra estar agora junto dele, mas agora, eu me contento em poder ter Draco perto de mim, nesse pouco que me resta...". Até Gina já estava estranhando esta sua calma, oras, ela ia morrer e dificilmente alguém fica calmo nessas horas. Mas ela estava e ficou mais ainda quando viu Draco se aproximar e nos olhos dele um brilho de confiança. Ela quase sorriu, mas a presença de Lucio ao lado de Draco não a deixou ter um gesto feliz.

-Weasley, Weasley. – foi dizendo Lucio, ao se aproximar dela. – É uma pena que você não estará aqui para ver o Lord ressurgir: pra ver seus queridos familiares caindo um por um, pois pode ter certeza que eu e Draco teremos o prazer de acabar com sua família inteira. – Ele sorriu, um sorriso tão frio que a calma de Gina sumiu e ela teve um calafrio e tremeu. – Solte-a, Draco. Quero vê-la esperneando e agoniando enquanto morre, o espetáculo será melhor.

Draco, fingindo estar gostando da situação foi até Gina pra lhe soltar. Claro que não era necessário aproximar-se dela, só um feitiço bastaria para soltá-la, mas ele precisava tranqüilizá-la, dizer que a salvaria.

Ele agachou-se ao lado de Gina, tentando falar o mais baixo possível com ela:

-Eu vou te salvar, fique fria. Quando meu pai soltar o veneno tente, apesar da dor, se aproximar o máximo possível de nós, está bem?

Gina apenas acenou com a cabeça, ela, agora, já estava com muito medo pra conseguir falar alguma coisa.

Draco, então se levantou, encarando Gina e tentando passar a ela o máximo de coragem possível, apesar dele estar muito temeroso também, pois se conseguisse mesmo salvar Gina, ia ter que enfrentar o pai e isto seria a parte mais difícil.

-Não me lembro do feitiço para desatar as cordas – falou Draco. Ele não sabia porque não conseguia se lembrar de uma coisa tão simples.

Lucio foi até mais perto de Gina e a soltou, mas murmurou as palavras certas tão baixas, pois devia estar bem irritado com Draco, que este não conseguiu ouvir para poder se recordar e ele nem pensou em perguntar ao pai, sabia que ele ficaria mais irritado ainda se o fizesse.

Draco fez um sinal muito discreto para que Gina se levantasse, assim seria mais fácil para ela poder chegar mais perto deles. "Se ela agüentar andar com a dor..." ele pensou.

-Venha cá, Draco. – chamou Lucio para que Draco ficasse ao lado dele. – Já vou soltar o veneno.

Gina observou Draco chegar até seu pai. Ela simplesmente não conseguia parar de tremer depois que Lucio falou que mataria sua família inteira. Estava desejando muito que Draco, qualquer que seja a maneira, a livrasse de morrer ali, mas parecia tão impossível fazer algo. "Se ao menos eu estivesse com minha varinha...ou se eu soubesse aparatar...".

Lucio tirou o pequeno frasco com o veneno azul de sua capa. "Como é possível uma coisa tão mortífera ter uma cor tão fascinante?" Draco se perguntou. E por causa desse pensamento ele nem percebeu que seu pai lhe estendia o frasco.

-O quê?! – murmurou ele, olhando para o pai.

Lucio respirou fundo, e Draco viu que ele tentava manter a calma:

-Eu disse pra você abrir o frasco.

Isto realmente o surpreendeu. Teria que tirar a rolha para que o veneno se espalhasse e matasse a única  pessoa que ele realmente gostava? Teria, sim.

Então, ele respirou fundo. Pegou o frasco de seu pai e olhou para Gina, dando força para que ela pudesse se manter firme. Lentamente Draco colocou a sua outra mão em cima da pequena rolha que lacrava o vidro e a segurou. Fechou seus olhos e num movimento rápido, destampou o frasco, liberando o veneno.

A primeira coisa que Draco pensou foi que seu pai estava certo quando disse que a dor, ao inalar um pouco do veneno, era como a do Crucio, pois Draco já nem mais segurava o frasco do veneno e estava a sentindo uma enorme dor, já que eles ainda não estavam protegidos e ele ia abrir os olhos e começar a amaldiçoar o pai mentalmente, quando, do nada a dor sumiu.

Quando abriu os olhos, o que Draco viu foi uma espécie de proteção, que parecia muito frágil, a sua volta. Era uma espécie de bolha, não muito redonda, que estava protegendo ele e seu pai do veneno. Draco estivera sentindo tanta dor que nem tinha percebido que o seu pai murmurara as palavras para o feitiço de proteção. Mas então, ele viu: Gina, logicamente fora da proteção, agachada, tentando se aproximar deles.

Draco ouviu seu pai rindo, ao lado dele, e ele não pensou duas vezes pra começar a andar em direção a Gina. E Lucio, que não estava preparado pra esse movimento, caiu, já que a película da proteção, se mexia na direção em que Draco ia.

E no chão, sendo arrastado junto com a bolha de proteção, Lucio murmurou; quer dizer, Lucio gritou:

-DRACO! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

Não foi preciso ele responder pra que Lucio entendesse que Draco estava tentando salvar Gina.

E ela, já nem tentava mais se aproximar de Draco. A dor ela sentia era tanta que nem seus olhos ela conseguia manter abertos. Tudo parecia escuro e cada movimento que ela tentava fazer era como se fosse uma parte sua sendo arrancada. Ela viu que Draco estava se aproximando, mas não tentou fazer nada para chegar mais perto dele, pois seus movimentos agora já eram mais difíceis, já que estava fazendo quase um minuto em que ela inalava o veneno. Ela apenas esticou sua mão, tentando estendê-la a Draco.

Mas, então, Gina sentiu como que se seu braço fosse arrancado e seu corpo puxado do chão. "Agora é a hora de morrer", ela pensou, mas no instante seguinte a dor passou. Ela abriu seus olhos, e pra sua surpresa estava ao lado de Draco e de Lucio.

Gina nem se deu ao trabalho de tentar entender o que aconteceu, o porquê de não sentir mais dor, ela só sabia que queria Draco e se jogou nos braços dele, que sorria.

-SEU IMBECIL!

Draco e Gina se soltaram e olharam para baixo, onde Lucio ainda permanecia caído.

-Draco, como você pode? –ele continuou – Se esqueceu que esta proteção só é suficiente para...

SPLASH! (Onomatopéia da proteção tipo bolha estourando...hauhauhuahua)

Draco começou a sentir novamente facas rasgando seu corpo, algo espremendo sua cabeça: a dor insuportável do veneno o atingindo. Só que desta vez, apesar da dor, ele pode ouvir seu pai:

-Onde está minha varinha! Onde? – Lucio parecia estar agüentando bem a dor, e procurava a varinha. Mas, então, ele se virou a Draco. –Faça o feitiço, Draco, ande!

Draco se lembrou que também sabia do feitiço de proteção e tentando esquecer que seu corpo parecia estar sendo esmagado, ele tirou a varinha de sua capa e murmurou, quase não sendo possível de se ouvir:

-Vecta!

No instante seguinte Draco não sentia mais nada, estava novamente envolto pela proteção. Mas então, ele ouviu o grito de Gina. "Preciso salvá-la!". Draco já estava indo em direção a Gina, quando ouviu:

-Draco! Puxe-me para dentro, ande!

Draco parou. Ele sabia, agora, que não podia trazer Gina e seu pai junto, teria que puxar só um para dentro da proteção. Mas quem? "Talvez se mandasse meu pai para longe do veneno, então, poderia puxar Gina!".

-Expelliarmus! – Draco  falou, mirando para seu pai.

Mas Lucio parecia não ter se movido um centímetro do lugar. Então, Draco pôs sua mão pra fora da proteção e jogou novamente o ataque, mas nada.

Ele tentou mais alguns feitiços, mas parecia que nenhum funcionava, nem em seu pai, nem em Gina. Ele começava a ficar desesperado. E os dois já nem mais se mexiam, mas gritavam, devido a enorme dor que sentiam.

-Draco... – Lucio já nem conseguia quase falar, Draco fez um esforço para ouvir – É impossível lançar feitiços quando se está com esta proteção! Puxe-me logo – ele deu um grito de agonia - ela não irá estourar se só houver nós dois.

Foi aí que Draco se apavorou mais ainda. Ele só poderia salvar um dos dois, parecia que não havia nenhum modo de poder tirá-los dali sem ter que sacrificar um. E ele não queria perder nenhum.

Ele olhou para Gina. Ela parara de gritar, mas estava claro, pelo seu rosto, que sentia muita dor. Mas seus olhos pareciam estar calmos, como se ela estivesse aceitando a condição da morte.

-Não! Gina você vai viver, não! – ele olhou para o pai – O que eu faço? – e voltou seus olhos para Gina.

Ela parecia mais frágil do que nunca, o corpo inteiro tremendo, efeito do veneno, mas os olhos... Draco não entendia por que, os olhos dela se mantinham abertos, apesar da outra vez ela tê-los mantido fechados.

-Gina, me ajude, o que eu faço? – ele perguntou novamente.

Ela tinha a garganta seca e o corpo parecia estar ardendo por dentro e rasgado por fora, mas ela encontrou forças para falar com ele, mesmo que a cada palavra sua garganta ardesse como se estivesse cortada e mesmo que essas palavras não adiantassem nada pra que Draco fizesse algo. Ela concentrou seus grandes olhos castanhos nos dele, e por um instante, pareceu a Draco que ela não sentia nenhuma dor, já que seu rosto parecia não mostrar os efeitos do veneno.

-A escolha é sua, Draco – ela falou isso com a voz tão rouca e baixa que Draco teve ganas de puxá-la logo e livrá-la da dor, que ele, agora, sabia que ela sentia mesmo. Mas então, ele virou seus olhos para o outro lado. "Meu pai...". Draco se viu tendo que seguir um caminho, mas qual?

De um lado havia Gina. Ela foi a melhor coisa que lhe aconteceu nestes últimos anos. Ele já estava cansado de nunca se preocupar realmente com ninguém, de não ter afeto nenhum, de ser tão sozinho. Então, veio Gina, que derrubou a camada que ele construíra em torno de si, fazendo com que ele gostasse de alguém, que sentisse que era necessário pra ela. Ele sabia que, uma vez tendo Gina, não iria conseguir suportar a idéia de que ela não estaria mais junto dele, que ela estaria morta.

Mas do outro lado havia seu pai. Pra Draco ele era um exemplo, pois era temido por muitos bruxos e só o nome Malfoy já era motivo de cuidado pros outros. Quando pequeno Draco sempre dizia que seria Comensal, que seria igual ao pai, tinha um respeito enorme por ele. Mas à medida que foi crescendo, Draco entendeu que ser Comensal não era assim tão maravilhoso e que seu pai era comandado por Voldemort a torto e direito, mas mesmo assim não desistiu da idéia, por seu pai. E ele sabia, que apesar de nunca ter demonstrado afeto nenhum, Lucio estimava muito o filho e era por isso que Draco também não queria perder o pai agora. Afinal fora ele quem ensinara muitas coisas, talvez não tão boas, mas sempre acreditara no filho e era por isso que Draco tinha um grande respeito e gratidão por ele e talvez, se formos muito otimistas, um pouco de afeto.

Draco fechou os olhos e pensou: "Quem realmente se importa comigo? De quem eu mais sentirei falta? De quem eu mais preciso? Quem merece ficar vivo? Por que eu tenho que tomar esta decisão?".

Ele tinha todas as respostas, ele sabia que nem era necessário fazê-las pra saber que era Gina que ele mais estimava ali. Mas sabia também, que não seria justo com seu pai, deixá-lo ali, depois de tanto tempo juntos, afinal era seu pai, sangue de seu sangue e Gina não tinha nenhum laço com ele. "Não, ela tem um laço comigo sim, e este é muito maior do que o laço de sangue que eu tenho com meu pai...". Draco se odiou por ter tido aquela certeza e se odiou mais ainda pela decisão que ele havia acabado de tomar.

"Não há mais tempo, e eu tenho que salvar só um. O mais importante pra mim".

Então, ele foi até Lucio, ajoelhou-se bem perto do rosto dele e murmurou, a voz arrastada falhando:

-Me desculpe, pai.

Draco viu que os olhos de seu pai arregalaram, e sentiu, apesar de achar que não tinha nenhum amor pelo pai, que estava perdendo alguém muito importante, uma parte de si.

E tentando ignorar os gritos que seu pai começava a dar novamente, Draco foi até Gina e a puxou para dentro da proteção, abraçando-a para tentar esquecer que estava abandonando seu pai.