Gente, cá estou eu, Arashi, de volta. Eu realmente não pretendia demorar tanto pra atualizar, mas infelizmente meu computador resolveu sair de férias com o técnico... Mas antes tarde do que nunca! Com vocês...
Particularidades do Casamento
capítulo 2
Quando o sol nasceu no dia seguinte, Aoshi já estava acordado. Nem mesmo o beijo de boa noite de Misao poderia ter operado o milagre de fazer aquele tatami parecer confortável, e ele se sentia moído. Hmpf! Tempo demais de confortos e luxos em casa... Ele olhou pra fora e constatou que havia chovido durante toda a noite, e apesar de os céus terem dado uma trégua, provavelmente choveria por todo o dia. Teriam que passar um dia na hospedaria, fingindo-se de marido e mulher.
Aoshi sorriu maliciosamente. Era um pensamento que lhe agradava imensamente. A auto-censura estava bem mais fraca depois da noite anterior. Embora sua mente lhe dissesse o tempo todo que Misao agira inocentemente no episódio do futon e do beijo, seu corpo e seu coração não estavam muito dispostos a concordar - ou cooperar.
Ele se virou para observá-la, mergulhada num profundo sono, e decidiu não acordá-la. Primeiro, porque Misao virava uma fera selvagem quando era acordada muito cedo, distribuindo patadas para todo lado. De vez em quando, sobrava até mesmo pra ele. E segundo, porque queria olhar para ela mais um pouco. Isso sempre o fazia relaxar. Afinal, quando Misao dormia, sua presença não fazia Aoshi ficar nervoso, tenso, preocupado com o que ela poderia pensar de cada movimento dele. Quando ela dormia, ele podia contemplá-la livremente, observá-la apenas, sem se preocupar com seus desejos ou com sua culpa ou se Misao era, afinal, uma menina ou uma mulher. No momento, ela era apenas Misao.
Mas ainda assim, ele a desejava. Aquele perfume não a abandonara, pelo contrário, tornara-se ainda mais forte depois que ela saíra do banho. Inebriante, envolvente, ele fazia com que Misao fosse ainda mais desejada. Tanto que Aoshi não sabia se resistiria mais um dia. E nem sabia se queria resistir.
Misao despertou uma hora depois, com um sorriso no rosto.
- Ohayou, Aoshi.
- Ohayou, Misao.
- Parece que choveu bastante – disse ela se levantando – Vamos continuar a caminhada?
- Não – respondeu Aoshi – Isso é apenas uma trégua. Vai chover forte hoje à tarde, vamos ficar aqui por hoje.
- Mais um dia de fingimento? – protestou Misao, contrariada – Não sei se vou agüentar isso!
- Você agüenta, sim – respondeu ele estreitando os olhos de um jeito que fez Misao ficar muito vermelha – Tenho certeza de que vai se sair bem.
Ainda vermelha, ela baixou a cabeça e foi se arrumar. Quando voltou, Aoshi por pouco não perde o fôlego. Misao estava vestindo um kimono lilás, florido, e foi até ele parecendo um tomate de tão vermelha, olhando em seus olhos com insegurança.
- Aoshi-sama? Está tão ruim assim? Eu sei que é esquisito, mas eu achei que seria melhor, e as minhas roupas não estão secas ainda e...
- Foi uma boa idéia – interrompeu ele – Vamos.
Os dois saíram em direção ao corredor para o café em completo silêncio, Aoshi andando à frente. Estava tentando não parecer surpreso com a idéia de Misao usando kimono, mas a verdade é que estava. E gostava muito. Ela estava linda, o lilás combinando com o azul dos olhos e tudo mais. Ele suspirou e voltou ao seu eu frio habitual. Tudo o que menos precisavam era que alguém desconfiasse de seus disfarces. Afinal, voltara a chover lá fora.
Durante o café e no decorrer do dia, Misao se comportou com uma perfeita dama, mimando Aoshi como nunca tinha feito. Ele recebeu vários elogios acerca de sua "bela e educada esposa" e se perguntou o que aqueles homens achariam da Misao que ele conhecia. Provavelmente não aprovariam uma mulher lutando, ou usando as mesmas roupas de um homem. Mas ele gostava da Misao que conhecia. Se bem que... já não parecia conhecê-la tão bem assim. Porque aquela mulher que se sentara ao lado dele nas refeições, vestindo um kimono, que se mesclara às outras senhoras sem despertar nenhum tipo de suspeita, aquela não era Misao. Não podia ser Misao.
Mas era ela. Mais uma face de Misao que se revelava aos seus olhos.Mais uma Misao pra deixá-lo louco.
Como Aoshi previra, a chuva caiu por toda a manhã, e bem forte, dando apenas uma parada no meio da tarde. Os dois aproveitaram esse tempo para caminhar um pouco, por sugestão de Misao.
- Faz bem para a digestão, Aoshi.
Ela parecia ter se acostumado rápido ao novo tratamento, e Aoshi também estava satisfeito. Com certeza teria sido melhor sugerir isso antes...
- Por que sugeriu esse passeio, Misao?
- Por que eu já não agüentava mais bancar a esposa. É tão cansativo! Todo mundo ficou olhando a gente, e eu fiquei com medo de fazer alguma burrada e estragar tudo... e eu não gosto de ser observada.
Aoshi achou engraçado o comentário e a cara de raiva dela e resolveu provocar:
- Pensei que estivesse gostando de ser minha esposa, Misao.
Ela ficou vermelha e parou de repente:
- Não é isso! – protestou Misao veementemente - Aoshi-sama, quer dizer, Aoshi, não me entenda mal, não é nada disso, eu....
- Pois eu acho que você está indo muito bem – continuou ele, ignorando-a de propósito – Recebi muitos elogios acerca do meu "bom gosto".
- Elogios? – perguntou Misao curiosa.
- Muitos elogiaram a minha esposa "bem-educada". Se passássemos mais tempo nesse lugar, eles acabariam te coroando imperatriz.
- Que gente inocente!
- Não concordo. Eu mesmo não pude te reconhecer. Parecia uma dama.
- E o que você acha que eu sou? – perguntou Misao ríspida - Um homem, por acaso?
Aoshi gelou. Tinha tocado num ponto fraco. Shinomori, sua besta, e agora? Ele se virou para tentar pará-la, mas Misao já estava voltando à pensão. Oh droga...
- Misao! Espere! – ele foi atrás dela e com passos largos conseguiu alcançá-la – Misao, não se ofenda.
- Como é que é, não me ofender?
- Misao, era pra ser um elogio. – disse Aoshi calmamente – eu apenas quis dizer que...
- Sabe de uma coisa, Aoshi-SAMA? – interrompeu Misao bruscamente – Da próxima vez que quiser me elogiar, faça o favor de CALAR A BOCA!!!
Que ótimo, agora já estamos brigando feito marido e mulher...
- Misao, você tem que admitir que não age assim normalmente. Você não costuma... – ele tentou lembrar de alguma coisa – servir assim, por exemplo.
- Ficou louco? Quem é que te serve o chá todos os dias, hein, Aoshi-SAMA?
OK, lembrança errada.
- Pare de me chamar assim! – respondeu Aoshi num tom que, vindo dele, era com certeza um grito.
- É uma ORDEM do meu MARIDO? – replicou Misao venenosa.
Aoshi respirou fundo.
- Só maridos estúpidos dão ordens – Como se eu não fosse estúpido... – Eu apenas quis fazer um elogio, Misao. – disse Aoshi tentando acalmá-la - Não quis ofender. Mas é que você não costuma agir como... como...
- Como a esposa de alguém??? – completou ela com raiva – Bem, deve ser porque EU NÃO SOU CASADA!!!! – Misao se virou bruscamente e saiu correndo em direção à hospedaria.
- Misao, não corra, você...
Mas Misao não ouviu. Uma decisão bastante tola, já que dez metros adiante ela foi ao chão como uma fruta madura.
- ... você está de kimono.
Ele se aproximou dela devagar, sem a menor vontade de ser alvo de uma nova "crise nervosa". Misao bufava e lançou um olhar de profunda fúria quando ele estendeu a mão.
- Vamos, Misao.
Ela ignorou totalmente a mão estendida de Aoshi e se levantou sozinha, resmungando.
- Ah, não!!! Tá imundo!!! – disse Misao limpando o kimono cheio de terra. A atenção dela parecia ter se voltado para a roupa, fato pelo qual Aoshi agradeceu aos céus.
- Calma, Misao, não está tão mau assim... – Era mentira. O kimono estava em petição de miséria, terra por todo lado.
- Não insulte a minha inteligência, Aoshi! – protestou ela, dedo em riste – Olha só pra isso... esse kimono era da minha mãe. Ela vai voltar do paraíso só pra me matar por isso... droga, droga, droga!
- Não precisa ficar assim, Misao –ele continuou tentando acalmá-la – Você ainda pode tingir o kimono, não é?
- Você não entende nada de kimonos, não é? – Aoshi não disse nada. Ele não entendia mesmo... – Isso leva um tempão, Aoshi, e essa era a minha roupa pro festival! Não vai ficar boa até sexta-feira. Arrrrrgh! Mas que droga! – ela continuou bufando e batendo o pé até que Aoshi, num último esforço, disse:
- Eu te compro outro, Misao.
Misao parou prontamente e encarou Aoshi surpresa.
- Você o quê?
- Eu te compro outro kimono.
- Isso é alguma tentativa desesperada de comprar a minha rendição? – perguntou Misao desconfiada.
- É isso que os maridos fazem, não é? – ela riu – Considere um presente de casamento atrasado.
Misao corou e cedeu, permitindo que Aoshi a levasse à loja anexa à hospedaria.
- Mas Aoshi – perguntou ela no caminho – você anda com tanto dinheiro?
- Vai querer controlar minhas finanças agora? – perguntou Aoshi, a expressão fria e indiferente de volta ao rosto.
- Eu sou a sua esposa, não sou? – disse Misao rindo.
É o que parece...
Sentado na varanda do quarto, Aoshi relembrou o dia. Era estranho, mas ao mesmo tempo bom, o jeito que Misao e ele estavam se relacionando. Até tinham brigado! Não que a briga tivesse sido boa, mas... ele jamais dera abertura a Misao para que algo assim acontecesse. Jamais permitira que ela se aproximasse o suficiente pra isso. Afinal, esse fingimento trouxe algo de bom... A tensão entre eles tinha diminuído. Ele se sentia um pouco mais relaxado e tranqüilo. Arriscaria até dizer que estava contente. Ele suspirou.
Eu poderia me acostumar com isso... poderia me casar com Misao. Ele sacudiu a cabeça. Não, não poderia... ela ainda é muito jovem, e com certeza merece material melhor.
Dentro da suíte, Misao cantarolava no banho. Aoshi fechou os olhos e se perdeu na melodia que ela cantava. Ele teve inveja do homem que algum dia iria se casar com Misao. Esse homem ouviria aquela voz e sentiria aquele perfume todos os dias, teria Misao perto de si pelo resto da vida. Alguém iria finalmente levá-la pra longe, livrá-lo da tentação... roubar sua alegria.
Ela apareceu na varanda com o sorriso costumeiro no rosto.
- Aoshi?
Ele continuou com os olhos fechados.
- Pensando na vida?
Novamente, sem resposta. Ela se aproximou lentamente, ajoelhou-se ao lado de Aoshi e pôs a mão sobre o ombro dele, provocando um sobressalto.
- Calma, sou eu!
- Misao? – perguntou ele parecendo confuso.
- Estava dormindo?
- Acho que sim. E tão profundamente que nem acordei com você chegando. Há quantos anos não durmo assim?
- Nunca vi você dormir tão cedo, Aoshi. O sol mal se pôs! Pelo que eu sei, você costuma dormir bem tarde... só vim dizer que o banho está livre.
Aoshi assentiu em silêncio e se dirigiu ao banheiro. De repente, a tensão ressurgira, com apenas um toque da mão de Misao. Fôra o suficiente para lembrá-lo que era noite, os dois estavam sozinhos, e nem mesmo a tranqüilidade que Misao lhe transmitia era suficiente para apagar os sentimentos que tinha por ela.
Banho frio... de novo.
Ele saiu do banho alguns minutos depois, e encontrou Misao sentada sobre o futon, numa cena muito parecida com a da noite anterior. Ele se deteve por um momento para observá-la: estava ainda mais bonita do que quando experimentara o kimono, horas antes. Não pensei que fosse possível.
- Está melhor, Aoshi?
Com uma visão dessas... como eu não estaria? Estranhamente, a voz da razão não se manifestou.
- Estou – respondeu ele sentando-se ao lado do futon – Estou bem.
- Não parece – disse Misao gentilmente, ao vê-lo girar os ombros, tentando relaxar os músculos – Esse tatami deve ter te deixado com dor nas costas. Tem certeza que não quer dividir o futon?
Cuidado, Misao, ou eu acabo concordando.
- Já disse que não, Misao. Não é apropriado, você não é nenhuma criancinha.
Não?
- Gozado – respondeu Misao – você sempre me tratou como uma.
Aoshi empalideceu de repente.
- Eu...
- Tudo bem, Aoshi. Então fique com o futon, você está precisando.
- De jeito nenhum.
- Por que não? – protestou ela, já sem paciência.
- Porque eu sou um cavalheiro.
- E eu, uma ninja! – replicou ela – Acha que nunca dormi no chão duro antes?
- Melhor que só um de nós tenha dor nas costas.
- Por que você tem que ser tão teimoso, hein?- reclamou Misao nervosa - É coisa de homem, por acaso?
- Eu não vou discutir com você, Misao – disse ele se virando pra dormir.
- Fugir da briga também é coisa de homem?
Aoshi virou-se pra ela e estreitou os olhos. Realmente, Misao sabia pôr o dedo na ferida.
- Vamos, Aoshi, eu só estou tentando ajudar!
- Assim como eu estava tentando te elogiar hoje à tarde – retrucou ele se sentando de novo.
- O que... está me punindo, é isso? – disse Misao extremamente indignada.
- Não, Misao. Só estou ilustrando um exemplo.
- Então me deixa te compensar – disse ela – Você me comprou, quer dizer, me compensou, hoje à tarde.
- E o que você vai fazer –perguntou Aoshi ironicamente - me comprar um kimono florido?
Misao riu.
- Oh por favor, não me faça imaginar uma cena dessas, seria desesperador!!! - disse ela se levantando.
O que ela está fazendo?
- Não, não – continuou Misao de pé em frente a ele – eu estava pensando...
Em quê?
Ela deu alguns passos e se postou atrás dele.
- ... em algo como...
e se ajoelhou.
- ... isso.
As mãos de Misao encostaram nos ombros dele levemente. Ela escorregou os dedos até a base do pescoço de Aoshi e os polegares pressionaram a nuca.
Massagem? Não, não, NÃO, isso não, Misao!!!
- Que tal?
- Misao, pare com iss... – ele ainda tentou protestar, mas Misao era talentosa, e ele estava realmente com dor nas costas - ... isso... aí, não, mais pra esquerda... – os polegares dela desceram um pouco – aííí...
Puxa, ela é mesmo boa nisso...
Os dedos de Misao escorregaram mais um pouco, fazendo-o abaixar a cabeça, e ela continuou a massagem na nuca.
Realmente excelente...
- Misao, você tem umas mãos abençoadas...
- Obrigada, Aoshi.
Qualquer um pensaria...
- Um pouco mais pra direita...
- Aqui?
- Isso...
Qualquer um pensaria que ela está me seduzindo.
Espera aí, seduzindo?????
- Misao! – esbravejou ele se levantando – Que diabos está fazendo??
Ela olhou pra ele de um jeito muito assustado.
- O que foi, Aoshi, eu te machuquei?
- Machucar? MACHUCAR? Não, eu...
- Então – disse ela com a expressão mais confusa e inocente do mundo – o que foi que eu fiz de errado?
Ele olhou para Misao, incrédulo. Eu não acredito! Não pode ser, ela... ela não estava me seduzindo?
- Aoshi?
Pode existir alguém realmente tão inocente?
- Aoshi?
- Misao, eu...
Ela se levantou também.
- O que houve?
- Eu... – eu preciso achar uma explicação!!! – Você não precisa fazer isso, Misao.
- Preciso sim! – respondeu Misao com firmeza – Não seja rude, eu só quis te agradar!
Eu sei, Misao, o problema é que você agradou demais!
- E mesmo se não precisasse – continuou ela sentando Aoshi no tatami de novo – eu faria por vontade própria. Agora senta aí quietinho.
Ela retomou o trabalho, massageando o pescoço de Aoshi suave e sensualmente. Ele, por sua vez, tentava de todas as maneiras se controlar: sentia que, se relaxasse, se abrisse a guarda, não poderia resistir aos encantos de Misao. Mesmo que ela não o estivesse seduzindo, ele faria isso.
Mas era praticamente impossível. As mãos de Misao percorriam seus ombros, costas, nuca, com uma habilidade incrível. Onde ela aprendeu isso?, era tudo em que ele conseguia pensar. As dores sumiam num piscar de olhos, a tensão desaparecia num só toque.
Aoshi suspirou, os olhos fechados. Realmente aquela seria uma longa noite... se ele conseguisse agüentar até o final. Mas com aquelas mãos... seria difícil.
Perdido em seus pensamentos, Aoshi não percebeu quando as mãos de Misao pararem sua massagem para repousar suavemente em seus ombros. Mas ele sentiu quando o corpo dela encostou em suas costas e os lábios se aproximaram do ouvido dele num sussurro sensual:
- Aoshi?
Um arrepio percorreu-lhe a espinha.
- Está melhor?
Pare com isso, Misao, é tortura!
- Es- está.
- Que bom... – disse ela acentuando o tom sexy na voz.
Aoshi sentiu o corpo paralisar. Misao nunca tinha ficado tão próxima a ele, tão colada. A voz dela, o perfume, estariam logo provocando reações muito embaraçosas nele. Aoshi sentiu que não poderia agüentar muito mais.
- E se – continuou ela, os lábios mais perto do ouvido dele – E se eu fizer assim – os lábios encostaram no lóbulo da orelha dele, numa carícia suave - fica melhor?
Aoshi tremeu. O que ela estava fazendo, afinal?
- Fica? - insistiu ela, encostando os lábios nele mais uma vez. Foi o suficiente para ele parar de resistir.
- Fica... – respondeu Aoshi, quase mecanicamente. Não conseguia pará-la ou resistir – não que quisesse – nem ter qualquer pensamento coerente quando ela estava ali, colada a ele, sussurrando em seu ouvido. Simplesmente não dava pra pensar.
- Ah, é? – continuou Misao, satisfeita – ela deslizou as mãos dos ombros para o peito dele, por sob o yukata – e se eu fizer isso?
- Fica ainda melhor... – respondeu Aoshi, sem poder resistir – Misao...
- O que foi, Aoshi? – perguntou ela, os lábios ainda ocupados em brincar com sua orelha.
- O que você... o que está... ah, Kami, isso é bom, o que... está fazendo?
- Ora, Aoshi, não é óbvio? – sussurrou Misao mais uma vez, colando mais o corpo ao dele num forte abraço - Eu estou te seduzindo.
