Harry Potter e o Talismã das Sombras

SINOPSE: Harry está no quinto ano em Hogwarts e descobre um novo e terrível perigo: O Talismã das Sombras, objeto maligno que Voldemort procura. Neste ano conhece ainda sua madrinha, Mary Malía e descobre que ela é uma das guardiãs do tal talismã e que por causa deste objeto seus pais foram mortos. Agora, sabendo que Voldemort o procura, Dumbledore reúne uma Nova Aliança para encontrar e proteger o talismã, antes que ele caía em mãos erradas.

Cap. 01: As Férias Entediantes

O fim das férias transcorreu sem maiores problemas. Edwiges trouxe as cartas de Hogwarts alguns dias depois e os três combinaram de ir comprar o material no último dia das férias. Na manhã do dia combinado, Harry acordou cedo. Kitch havia preparado um delicioso desjejum. Então, Harry viu com uma certa apreensão a madrinha se dirigir à lareira e pegar um pote que logo se confirmou ser de pó de flu. Harry não tinha boas recordações deste meio de transporte bruxo.

- Você já usou pó de flu, não é, Harry?

- Uma vez - disse Harry fazendo uma careta. - Mas, não deu muito certo.

- O que foi? O que aconteceu?

- Na hora de falar, me engasguei com a fuligem e acabei gaguejando. Fui parar na Travessa do Tranco.

- Harry!! A Travessa do Tranco não é um lugar para se andar livremente. Ainda mais você!

- É, eu vi. Fui parar numa loja estranha, que vendia uns objetos esquisitos.

- E você não mexeu em nada, né?

- Não, mas precisei me esconder quando o Sr. Malfoy entrou na loja.

- Malfoy, é? - Mary demonstrou interesse - E você viu o que ele comprou lá?

- Na verdade, ele foi vender. Parece que ele queria se livrar de algumas coisas porque o ministério andava fazendo umas blitz. Foi nesse ano que ele colocou o diário de Voldemort no meio da material da Gina.

- Ah, tá. Foi o ano que você descobriu a Câmara Secreta, né?

- Isso.

- Bom, mas você ainda não pode aparatar, então, vamos ter que usar o pó. É só você falar o mais claro possível, ok?

- É mais fácil falar do que fazer! - disse Harry pegando um punhado do pó e se dirigindo a lareira. - Beco Diagonal - falou, a seguir foi envolvido por uma chama verde e, logo, estava rodopiando entre lareiras e mais lareiras. "Definitivamente, eu odeio esse troço" - pensou. Então, da mesma forma que começou, o rodopio parou. Harry deslizou para fora da lareira, arrastando com isso, uma série de objetos e pessoas que estavam paradas próxima à lareira. Levantou-se encabulado pedindo desculpas a todos. Snape o olhava com irritação, o professor havia aparatado na loja, segundos antes da entrada 'triunfal' de Harry. Era incrível como o rapaz se sujava quando utilizava o pó de flu. Estava coberto de fuligem dos pés à cabeça. Mary apareceu logo atrás, olhou o afilhado e pegando a varinha falou:

- Munditiarum Facies ! - toda a fuligem foi 'varrida' das vestes de Harry - Pronto, assim está muito melhor! Severo, eu vou comprar o material do Harry, te encontro no Caldeirão Furado daqui a duas horas, ok? - e dando um leve beijo no professor se afastou carregando Harry atrás de si.

Assim que saiu da 'Lareiras & Transportes Alternativos', Harry viu Hermione e Rony. Os dois se juntaram a Harry.

- Olá Harry! Olá professora! Harry, você não acredita na vassoura nova que está exposta ali na loja. É incrível! Você precisa ver!

- Posso ir, madrinha?

- Aham. Pode deixar que eu compro tudo. Mas, daqui a duas horas me encontre no Caldeirão Furado, e nada de ir a Travessa do Tranco, hein, sr. Potter?

- Pode deixar!

Os três seguiram para a loja. Assim que entraram (o que foi extremamente difícil, devido ao incontável número de bruxos adolescentes que se espremiam ali dentro) e conseguiram se aproximar da vassoura, ficaram simplesmente embasbacados. Era realmente uma vassoura incrível. Tinha o cabo super resistente (o fabricante garantia resistência até mesmo contra balaços errantes) feita da mais pura e nobre madeira de estoraque que 'proporciona maior e melhor desempenho'. A estabilidade também era uma das marcas da nova vassoura. "Imponente e grandiosa, Shooting Star, feita para os melhores".

- Olha só essa vassoura, Harry! Ela é demais. Quer dizer, a sua Firebolt é genial, mas...já pensou; eu voando numa dessas e jog...

- Só em sonho, quer dizer, no seu caso, Weasley, no mais alto delírio - Rony ouviu uma voz atrás dele dizer estas palavras e sem precisar se virar para ver quem era, disparou:

- Cala a boca, Malfoy.

- Nem vendendo sua casa com tudo que tem dentro, você conseguiria os galeões necessários.

- Sabe, Malfoy, dessa vez você pode pedir pro seu pai comprar uma Shooting Star para cada jogador da Lufa-Lufa, da Corvinal e da Grifinória. Quem sabe assim, alguém deixa você ganhar de vez em quando - disse Hermione. Rony e Harry deram risadas, enquanto Draco olhava com raiva para a garota.

- Fique quieta ou irá se arrepender, sangue-ruim.

- Calma, Draco, não se precipite - disse Lúcio Malfoy colocando a mão sobre o ombro do filho, impedindo-o de lançar um feitiço em Hermione. - Não é assim que um Malfoy lida com uma... - e olhando Hermione dos pés à cabeça, concluiu - moça.

- É, eles colocam uma capa preta, cobrem o rosto e lançam maldições - cochichou Rony para Harry, mas alto o bastante para Malfoy ouvir.

- Seu pai nunca lhe ensinou a ter respeito a seus superiores? - disse Lúcio Malfoy.

- Meu pai me ensinou a tratar as pessoas da mesma forma que sou tratado - respondeu Rony e virando-se saiu da loja, acompanhado dos amigos e deixando atrás de si um Malfoy irritado resmungando algo que parecia com 'petulante' - e desde quando ele é superior? Só se for em arrogância! - reclamava Rony para os amigos.

Para aliviar a tensão do momento, Hermione sugeriu que eles fossem tomar um sorvete na Florean Fortescue.

Após comprar o material de Harry, Mary se dirigiu ao Caldeirão Furado como havia combinado com Snape e o afilhado. Nenhum dos dois havia chegado, então Mary viu Lúcio Malfoy vindo em sua direção. Tentou apanhar os pacotes rapidamente, mas o Sr. Malfoy foi mais rápido.

- Como vai, Sra. Snape? - perguntou Malfoy divertido.

- Até agora eu ia muito bem; Sr. Malfoy. - respondeu asperamente e virando-se sorrindo para Draco, disse: - Como vai, Draco?

- Bem, professora. E a senhora?

- Muito bem, vim comprar o material do Harry, mas não sei porque ele achou que seria mais divertido ir ver a nova vassoura com os amigos e me abandonou - Draco sorriu.

- E você concordou em fazer as vontades de um menino? Mary, Mary! Para se educar um adolescente é necessário pulso forte. Mas, é claro que você não o tem.

Mary simplesmente ignorou o comentário de Lúcio.

- Quer tomar uma cerveja amanteigada comigo, Draco? - perguntou Mary.

- Onde?

- Ora, ali, no Caldeirão Furado.

- Posso, pai?

- Isso só pode ser brincadeira, não é, Mary? Um Malfoy entrando num...lugar como esse.

Mary revirou os olhos e respirou fundo.

- Ah, que é isso, Malfoy? Quem é que você quer enganar? Perto dos lugares por onde você anda, o Caldeirão Furado é o paraíso! Até logo! - e fez um sinal com a cabeça para que Draco a seguisse, entrou.

Meia hora depois, Harry, Hermione e Rony entraram no Caldeirão Furado e se depararam com Mary e Draco conversando animadamente. Os três se aproximaram da mesa.

- Desculpe pelo atraso, madrinha.

- Tudo bem, Harry. O Draco me fez companhia e nem vi o tempo passar.

Rony olhou para a professora como se ela estivesse completamente maluca. Entraram a seguir, o Sr e a Sra. Weasley carregados de livros e materiais escolares. Gina também estava com eles. Se aproximaram da mesa.

- Se divertiram muito, queridos? - perguntou a Sra. Weasley.

- Aham.

- Vocês precisavam ver a pechincha que estavam estas roupas...

Então, a Sra. Weasley parou de falar ao ver a expressão de Draco Malfoy. Era um misto de diversão e desprezo.

- Você não é o menino Malfoy? - perguntou.

Draco olhou Molly Weasley dos pés a cabeça. Rony estava com as orelhas muito vermelhas, enfim Draco falou:

- Com licença, professora Mary! - e se retirou.

- Que menino mal-educado - disse a Sra. Weasley. - Ele estava te chateando, Rony?

- Não, mãe.

- Ele estava comigo, Sra. Weasley. Desculpe a indelicadeza de Draco. Ele tem essa pose "Malfoyniana", mas no fundo é um bom menino.

A Sra. Weasley não pareceu muito convencida disto, mas não quis discordar da professora. Snape apareceu, logo a seguir, carregado de pacotes e frascos. Se aproximou do grupo e disse:

- Melhor nós irmos logo, Mary. Ainda tenho que mandar esses ingredientes para Hogwarts antes de embarcar.

- Ok! Obrigada, Sra. Weasley, por cuidar de Harry esta noite. E, Harry obedeça a Sra. Weasley, hein? Te vejo em Hogwarts. - e deu um beijo no afilhado.- Até mais.


Malía, em italiano, significa: magia