Cap. 04 - Mais um sonho

Harry saiu do escritório de Dumbledore com a cabeça zunindo. Ainda não conseguira assimilar o que ouvira lá. Não era possível. Então, seu pai fora assassinado porque protegia o talismã. Será que seu pai contou a Pedro que era o guardião, porque parecia que Sirius não sabia disso. E essa história de feitiço de vitalização. O que era isso? Será que ele podiam trazer seus pais de volta? Harry correu para a torre da Grifinória e encontrou Rony ainda acordado, o que foi uma sorte porque se ele não conversasse com alguém, com certeza, iria explodir. Contou tudo o que acontecera no escritório a Rony que o ouvia com absoluta atenção.

- Mas eles podem fazer isso? Quer dizer, eles estão... mortos. - disse Rony

- A profa. Malía disse que não é bem trazê-los de volta, ela explicou o que é, mas não entendi nadinha. Parece que é uma espécie de feitiço que os transforma em anjos ou fantasmas, sei lá.

- E quando é que eles vão fazer esse feitiço?

- No fim-de-semana!

Nesta noite, Harry teve um sonho engraçado. Sonhou que estava no Salão Principal sentado a mesa da Grifinória como sempre, quando de repente, surge uma varinha voadora que ficou flutuando bem em frente da mesa dos professores. Todos olhavam espantados, então, de dentro da varinha começou a sair várias pessoas que Harry não conhecia, mas todas se aproximavam dele dizendo que deixassem o talismã onde estava, senão todos se transformariam em sombras amaldiçoadas. Harry tentava falar com elas, mas sua voz não saia. Surgiu, então, um bruxo com cara de cobra e todos, bruxos e sombras, gritaram assustados. Ele olhou nos olhos de Harry e disse:

- Não adianta. Eu conseguirei o talismã antes de vocês. E aí vou destruí-los um por um.

Harry acordou assustado, sua cicatriz doía intensamente. Harry lembrou-se que da última vez que a sua cicatriz havia doído, Voldemort quase o matara. De manhã, Harry contou o sonho para Rony e Hermione.

- Harry, isso é muito sério. Você precisa contar este sonho para a profa. Malía ou para Sirius. - falou Hermione assustada.

- É, desta vez tenho que concordar com Mione, Harry. Da última vez que você teve um sonho desses, você escapou de Você-sabe-quem por um triz.

- Eu sei. - Harry falou - hoje mesmo vou falar com a profa. Mary.

- Eu posso ir com você? - perguntou Rony.

- Francamente, Rony.

Antes do almoço, Harry e Rony foram procurar a profa. Malía, a encontraram na sala dos professores conversando com Snape. Rony aproximou-se e disse:

- Com licença, professora. Harry gostaria de falar com a senhora.

- E desde quando o senhor Potter precisa de alguém para anunciá-lo, Sr. Weasley? - comentou Snape num tom sarcástico.

- Ai! Severo, que implicância! - disse Mary e virando-se para Rony e Harry - Vocês querem ir até a minha sala ou...

- Não precisa, professora. Na verdade, não é nada importante... - começou Harry, mas Rony o interrompeu.

- É importante sim. Professora, Harry teve um sonho muito estranho.

- Oh! É claro, parem tudo, o famoso Harry Potter teve um pesadelo. - Snape tinha o dom de deixar Harry se sentindo um completo idiota. Mas, Mary parecia realmente preocupada e sem dar atenção a Snape, perguntou:

- Que tipo de sonho, Harry? Isso já aconteceu antes?

- Já. - contou Rony. - no ano passado, Harry sonhou com Você-sabe-quem e Perebas, quer dizer, Pedro Pettigrew e depois, bom, aconteceu tudo aquilo no Torneio.

- Desta vez, Voldemort apareceu no meu sonho falando diretamente comigo.

- O que foi que ele disse?

- Que encontraria o talismã e depois mataria todos nós. Quer dizer, ele sabe que estamos procurando o talismã. - completou Harry.

- Da mesma forma como nós sabemos que ele também está procurando. - comentou Mary tentando tranqüilizar Harry e Rony. - Só que nós largamos na frente, é uma pequena vantagem, mas mesmo assim, preciosa. Escute, Harry, nunca acredite em tudo o que ele disser. Na grande maioria das vezes ele estará blefando, tentando conseguir uma informação útil.

Harry deixou a sala mais tranqüilo. A professora tinha razão, eles tinham uma vantagem sobre Voldemort. E depois que fizessem o feitiço, seu pai contaria onde estava a outra parte do talismã.