Cap. 09 - A Descoberta de Sirius
- Não podemos mais adiar a busca pelo talismã. Voldemort já está ficando impaciente. Mas, conseguimos boas novas, não é Sirius? - disse Dumbledore.
- Mais ou menos, professor. Com as informações de Tiago acho que consegui localizar a outra metade do talismã! - começou Sirius.
- Acha que conseguiu? Tudo isso por que você acha que conseguiu. - interrompeu Snape.
- Deixe-o falar, Severo. - disse Dumbledore. Snape fechou a cara.
- Fui até o banco trouxa onde Tiago escondeu o talismã, encontrei o cofre, mas não havia nada nele!
- Como assim! Voldemort não pode ter chegado antes de nós! - protestou Mary.
- Não, Mary, não foi ele. Eu também cheguei a achar que ele tinha conseguido de alguma maneira - e olhou para Snape - talvez através do tal espião. Então, fui atrás do gerente.
- Caramba, Sirius. Você está se arriscando demais! E se algum trouxa te reconhecesse? - disse Mary.
- Eu estava disfarçado e ninguém me reconheceu. Como estava dizendo, fui atrás do gerente para ver se ele se lembrava de alguma coisa, sei lá. Foi um trabalhão, não queria usar magia, mas não teve jeito. O cara estava desconfiado. Daí, fui obrigado a lançar um feitiço Confiantis e assim consegui dobrá-lo. Ele se lembrava de Tiago, acho que ele nunca tinha visto um bruxo antes. Ele disse que ficou impressionado com o objeto que ele queria guardar no cofre. Ele viu na hora que era algo extremamente valioso.
- Aí! Sirius, será que não dá para encurtar a história. Isso está me deixando nervosa! - disse Mary e pela expressão dos demais, todos concordavam com ela.
- Ok! Bom, ele disse que depois de algum tempo, apareceu um casal dizendo que Tiago havia morrido, que eles eram os únicos parentes vivos de Tiago e esvaziaram o cofre.
- Um... Casal???? - perguntou Harry.
- É isso mesmo, Harry. Os Dursley foram até lá, logo depois da morte de seus pais e pegaram a metade do talismã.
- Eu não acredito. Como aqueles idiotas... me desculpe, Harry. Aqueles trouxas descobriram que o talismã estava ali? - perguntou Mary.
- Logo após aceitarem cuidar de Harry, os Dursley foram até a casa dos Potter para ver se tinha algo lá, para o menino, é claro. - disse Dumbledore.
- Eles queriam verificar se Tiago e Lílian tinham algo de valor que pudessem pegar. - comentou Sirius.
- Sirius! - disse Mary. - Como você pode falar assim dos tios de Harry?
- Porque eles não valem o que pesam! - falou Sirius para Mary que estava completamente espantada. - Mary, esses Dursley maltratam Harry.
- É verdade, Harry? - perguntou Mary virando-se para o garoto. Harry acenou com a cabeça. - Eu... não... sabia. Quer dizer, Lílian dizia que não se dava muito com a irmã, mas eu nunca imaginei... Oh, Harry me perdoe. Eu não devia ter ficado tanto tempo longe.
- Não se culpe, Mary. Você não podia imaginar. - disse Dumbledore tentando consolar a professora. Harry olhava para todos sem entender muito bem o que estava acontecendo.
- Desculpe, Harry. Mas, eu imaginei que você iria preferir morar com seus tios, já que você não me reconheceria depois de tanto tempo, afinal, você era só um bebê.
- Reconhecer? - perguntou Harry.
- É Harry, reconhecer sua madrinha. - Harry quase caiu de costas. Será que tinha ouvido bem? A professora Mary era a sua madrinha? - Belos padrinhos seus pais foram arranjar, hein? Um ficou preso por anos acusado de assassinato, e eu desaparecida por um tempão.
- Minha... madrinha? - conseguiu gaguejar Harry, sem acreditar.
- Sim, Harry. Eu não havia comentado nada até agora, para não interferir nos estudos, alguém poderia insinuar que eu poderia estar te protegendo, ou coisas do tipo...
- Eu sabia que a senhora era amiga de meu pai, mas eu não pensei...
- Sim, Harry. Eu era muito amiga de seu pai. E da sua mãe também. Na verdade, Lílian era minha melhor amiga. Eu fui capturada antes de seus pais morrerem, Harry e fiquei presa por muito tempo, mesmo depois do desaparecimento de Voldemort. Quando o professor Dumbledore me encontrou, eu não estava em condições de... de entender o que tinha acontecido. Levei muito tempo até me recuperar completamente. Então, eu achei que você não iria querer ficar comigo, afinal você tinha seus tios, e... Mas agora se você quiser, bom, se você quiser deixar a casa de seus tios, eu iria adorar ter você morando comigo.
Harry mal podia acreditar no que estava ouvindo.
- É claro que eu quero!!
- Mas antes... - começou Dumbledore. - temos que recuperar o talismã que está com os Dursley. Se Voldemort desconfiar que o talismã está com eles... não quero nem imaginar o que ele faria.
- E como nós vamos conseguir tirar o talismã desses... Dursley, professor? - perguntou Snape.
- Eu tenho um plano. - disse Dumbledore. - mas vou precisar da ajuda de todos vocês. - olhou de um modo divertido para todos. - Sirius, você deve se esconder um pouco para evitar ser apanhado pelo pessoal do Ministério. Se precisar de você, mando chamá-lo. Harry, você vai passar as férias de Natal com os Dursley e tentar descobrir onde eles guardam os objetos valiosos. Mary e Severo, a tarefa de vocês será um pouco mais complicada. Eu preciso que vocês fiquem perto de Harry e dos Dursley para evitar que algum espião de Voldemort consiga o talismã antes de nós.
- Certo, professor.
- Mas para isso, vocês terão que se disfarçar de trouxas, para não levantarem suspeitas.
- De... TROUXA? - horrorizou-se Snape.
- Sim. Disfarçados de trouxas, vocês terão acesso à casa dos Dursley e poderão ficar de olho em qualquer coisa diferente.
Harry ficou imaginado Snape vestido de terno e gravata conversando com tio Valter, sentados na sala de estar tomando chá e não conseguiu reprimir um sorriso. Que logo desapareceu de seu rosto quando se lembrou de que teria que voltar a casa e agüentá-los também.
- Vou mandar uma coruja imediatamente avisando-os que você estará amanhã cedo na estação, Harry. Acho melhor você ir arrumar suas coisas. - disse Dumbledore. Harry saiu desconsolado.
