Cap. 13 - O casamento de Snape
- Então, vocês derrotaram Você-sabe-quem de novo? - perguntou Rony.
- Mais ou menos. - disse Harry. - ele fugiu, quer dizer, aparatou.
- Eu não entendi porque ele quis entrar no templo? - perguntou Hermione.
- Mary me disse que se ele conseguisse entrar no templo a tempo poderia se fortalecer com as sombras e tentar bloquear o feitiço lançado pelos antigos guardiões. - explicou Harry.
- E como não conseguiu, ele aparatou. - continuou Rony.
- É! - confirmou Harry. - O mais importante é que o talismã está protegido.
- Mas o talismã ainda tem validade? - perguntou Rony.
- Onde já se viu um talismã perder a validade, Rony? - disse Hermione. - eu já li muito a respeito de talismãs e nunca vi nada a respeito disso.
- O talismã ainda é poderoso, mas aqui em Hogwarts com a vigilância de Mary e do Prof. Dumbledore estará bem protegido. - disse Harry.
- E é claro que Você-sabe-quem não iria tentar atacar Hogwarts. - disse Hermione. - mas o que mais me impressionou nessa história toda foi esse namoro da professora Mary e Snape.
- É realmente estranho, eu imaginei que ela gostasse de Sirius. Mas, Snape. Decididamente eles não combinam. - disse Harry.
- Para mim ele deu uma poção do amor para ela. - disse Rony - o pior é que nem assim a cara dele melhorou, né? Imagine só, o cara vai se casar com a bruxa mais linda que eu já vi e continua como quem tá com uma baita dor de ba...
- Sr. Weasley, Srta. Granger e Sr. Potter, minha aula não é lugar para conversinhas. - disse Snape atrás deles visivelmente irritado. - Potter, quero falar com você após a aula.
Harry sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Snape daria uma detenção de um ano se tivesse escutado as teorias de Rony sobre seu casamento. Hermione quase pôs tudo a perder:
- Desculpe professor. Rony não estava se referindo...
- Eu não presto atenção às bobagens que saem da boca do Sr. Weasley. E se fosse a senhorita também não prestaria! - disse Snape para alívio do trio.
Ninguém conseguia acreditar, mas Mary Malía iria realmente se casar com Severo Snape. Tudo foi preparado com carinho por Dumbledore que ofereceu os jardins da escola para a cerimônia. Snape vestia um elegante terno negro e sabe-se lá como seu cabelo não apresentava o costumeiro aspecto oleoso. Estava muito ansioso e não parava de andar de um lado para o outro. Dumbledore e McGonagall eram seus padrinhos e John Goodman e Sophia White eram os de Mary.
A orquestra começou a tocar e Mary entrou acompanhada por Harry. Ela usava um vestido perolado longo e justo que realçava seu belo corpo. Seu cabelo estava preso, mas alguns cachos caíam-lhe emoldurando o rosto, sob uma longa grinalda rendada. Ao chegar próximo ao altar, Harry entregou Mary e Snape e ambos deram as mãos, num cumprimento. Snape ofereceu seu braço a Mary e se dirigiram ao altar. A cerimônia foi simples e emocionante. A professora Minerva não parou de chorar, juntamente com Hagrid.
O dia estava claro e ensolarado, como um dia de primavera deve ser. Para disfarçar algumas lágrimas, Harry usou o Aurômetro que havia ganhado de Rony. De repente começou a enxergar uma névoa em torno das pessoas. Era impossível distinguir se não se fixasse numa só pessoa, então passou a observá-las com atenção. Parou primeiramente no noivo e viu formar-se uma névoa branca em torno dele. Virou-se para a turma de Sonserina e fixou-se em Draco, lentamente uma névoa acinzentada formou-se ao redor dele.
- Rony, o que quer dizer uma névoa cinza? - perguntou Harry.
- Cinza? Quem tem uma névoa cinza? - quis saber Rony.
- Malfoy! - respondeu Harry
- Que estranho! O cara que me vendeu não disse nada de névoa cinza! Vai ver está quebrado! - disse Rony
- Ou o caráter dele ainda não está formado! - disse Hermione intrometendo-se na conversa. - talvez ele ainda não seja inteiramente mau.
- Duvido! - disse Rony e voltando-se para Harry - e a do Snape?
- Branca!
- Caramba! Então ele não é o espião como Snuffles suspeitava! - disse Rony decepcionado.
- Ei, espere! A névoa em volta da professora Trelawney está negra! - disse Harry.
- O que? Ela? - disse Hermione incrédula.
Sibila Trelawney olhava a cerimônia, seu olhar era frio e o sorriso que tinha era amargo. Harry reparou que a névoa se adensava ao corpo da professora até que desapareceu. Sibila agora encarava Harry e o garoto assustou-se com a expressão de ódio que a professora apresentava. Sibila então sorriu para Harry e foi embora.
Após a cerimônia, foram para o salão principal onde seria realizado um baile. Mary pediu que todas as garotas se aproximassem porque iria jogar o buquê. Ninguém entendeu o motivo. Mary explicou que quem o pegasse teria sorte no amor. Todas as garotas correram e esperavam ansiosas, soltando gritinhos excitados. O buquê caiu, com uma ajudinha de Mary, no colo de Hermione que ficou roxa de vergonha. Ao passar por ela, Mary falou:
- Na tradição dos trouxas isso representa que Hermione será a próxima a se casar. - e deu uma piscadela para Rony.
- Professora, nós precisamos falar com você. - disse Hermione, tentando mudar de assunto. - acho que nós, quer dizer, Harry, descobriu quem é o espião! - Harry contou à madrinha tudo o que tinha visto com o Aurômetro.
- Sibila! Esses Aurômetros não são muito confiáveis, mas, eu não quero que vocês se arrisquem por aí investigando isso enquanto eu estiver viajando, entenderam? Vocês me prometem que não vão se aventurar sozinhos?
- Sim. - disseram Harry e Rony, mas sem muita convicção.
- Hermione, se eles tentarem qualquer coisa me mande uma coruja, ok?
- Pode deixar, professora.
Mary e Snape partiriam para sua lua-de-mel e ficariam longe de Hogwarts por cerca de um mês. Dumbledore chamou Lupin para substituir Mary e ele próprio substituiria Snape. Mal sabiam o que os aguardavam no regresso. Mas isso é uma outra história.
CONTINUA EM HP E A CHAVE DE CRONOS
