CAPITULO 4- UMA CONVERSA NA ESCURIDÃO.
Eles começaram a andar, Hermione absorta em seus pensamentos. As pessoas iam e vinham sem nem notar, mas quando entraram em espaço aberto um murmúrio percorreu a multidão.

-Mione -Gina disse timidamente- os trouxas, eles estão apontando pra gente, eles estão cochichando, sobre nós.

Hermione se deu conta que Gina tinha razão, os trouxas estavam apontando e cochichando. Mas porque?

-É claro, como eu sou estúpida! Com essas roupas... Venham cá.

E arrastou os dois para um beco deserto. Puxou sua varinha e transfigurou suas vestes em uma camisa com mangas e uma calça jeans. Um casaco pesado a esquentava. As vestes de Gina ela transformou em uma camisa roxa, uma calça preta e uma capa de couro, que ia até o joelho. "Bem bruxa" ela pensou.

Demorou um tempo pra ela se decidir qual roupa dar para Draco, por fim o vestiu com um pulôver apertado, cinza, com gola role, uma calça social preta e um sobretudo cinza escuro.

-Hey -Draco, que até agora se mantinha calado resolveu protestar -o que é isso?

-Que? Vc queria ficar andando com roupas de bruxo por aqui? Nos já estávamos chamando atenção, se vc não notou.

-Mas os trouxas não usam isso! Não os garotos!

Draco estava certo. Todo garoto da idade dele que passava estava usando calças jeans rasgadas, camisas quatro números maior que o certo e a maioria usava blusas de flanela que pareciam não ser lavadas há um ano.

-É assim que eu gosto que os garotos vistam, além disso, cinza realça seus olhos.

Hermione disse letal. Com essa ultima afirmação, Draco, que adorava ser elogiado pareceu satisfeito. Mas arriscou um comentário sarcástico:

-Aposto que o Potter não se veste assim, como vc gosta.

Hermione se virou, prometeu a si mesma se controlar, mas ao fazer isso sua voz saiu um tanto esganiçada.

-Harry não se veste assim porque aqueles tios horrorosos que ele tem não dão uma roupa que preste pra ele.

Um sorriso surgiu nos lábios de Draco, aquele velho sorriso sarcástico que Hermione conhecia e ele, com a voz arrastada:

-Mas na verdade não importa Granger. Eu, que sou loiro e alto, sou muito mais bonito que aquele moreno tampinha do Potter, sou muito mais charmoso também, em qualquer roupa.

-Vc não é não!

Responderam Hermione e Gina em uníssono. Draco não pareceu se abalar.

-Hey, eu sabia que vcs iam responder isso. mas também as duas maiores fãs do nosso amiguinho Potter. Vc -disse apontando pra Gina- vc é ridícula: "Harry, por favor Harry, deixe-me respirar o mesmo ar que vc, por favor Harry!". E vc Granger, talvez seja pior: "Harry, eu quero ser sua amiga, eu posso te ajudar, me deixe ficar perto de vc, senão é capaz de eu tirar zero em uma prova.". Humpf, pior só o Crevey.

Gina corou tanto que se confundiu com a parede de tijolos atras dela, e silenciosamente começou a chorar. Hermione sentiu um leve avermelhado em seu rosto, mas apontando para sua varinha olhou pra Draco e o encarou.

-Cuidado Malfoy.

-Cuidado com o que? Se vc fizer qualquer coisa comigo, vc não terá mais seu guia para a travessa do tranco, então, não terá como salvar seu amiguinho, não é mesmo?

-Vc deve estar brincando Malfoy! Eu sou a aluna mais brilhante que Hogwarts já teve. Isso, em mil anos de que a escola existe, é alguma coisa! Vc acha que eu não vou conseguir achar um simples local magico, e que ainda por cima, fica do lado do beco diagonal! Se enxerga garoto.

O sorriso de Draco falhou. Mas depois de ele pensar um pouco, voltou com toda intensidade.

-Então Granger, se vc é tão independente, porque não se livrou de mim? Porque não me estuporou como queria?

-Pelo simples fato que a Gina não quer. Ela parece Ter se afeiçoado a vc por alguma razão. Agora vamos.

Ela saiu andando pela rua. Tanto Draco, quanto Gina, estavam calados, mas ela ouviu seus passos atras dela e entrou numa imensa loja, lotada de gente e que obviamente era uma...

-Livraria! Mione, porque nos estamos numa livraria?

Gina parecia Ter recuperado a fala.

-Por que ler me ajuda a pensar. A gente vai ficar aqui algum tempo, enquanto isso vc e Malfoy vão fazer alguma coisa, só não saiam da loja!

-Fazer o que, Granger?

-Que tal ler, Malfoy?

E sumiu por entre as prateleiras. Era verdade o que ela tinha dito pra Gina, ler a ajudava pensar. Não só isso, mas a acalmava e, normalmente, tirava todas as suas duvidas, estando elas relacionadas aos livros lidos ou não. Se estivesse em Hogwarts Hermione com certeza já estaria na biblioteca, procurando por alguma coisa que ela não sabia bem o que.

Mas é claro que nessa livraria trouxa não teriam livros de magia, ou de animais mágicos e coisas assim. Mas não era isso que Hermione procurava. Já fazia tempo que ela não lia um inocente romance trouxa. Escolheu um que pareceu legal, sentou em uma das mesinhas da livraria e praticamente devorou o livro em uma hora.

Quando se levantou estava tonta de prazer. Aquilo tinha realmente posto os seus pensamentos em ordem. Alem disso, era muito bom. Ela só conseguia se lembrar de uma coisa que ela gostava mais do que isso...

-HÁ, há, há! Granger esses trouxas são trouxas mesmo! -Draco estava rindo como um desesperado- olha os estereótipos que eles nos encaixam! Eles acham que os bruxos são todos feios e, há, há, há, que nos somos servidores do diabo. Que engraçado, só falta dizer que todos nós fomos mortos na inquisição, hey, tá escrito aqui!

Hermione não pode não rir. Também achava ridículo os pensamentos que alguns trouxas tinham sobre os bruxos. Achava ainda mais ridículo aqueles que se consideravam bruxos modernos, faziam feitiços que simplesmente não tinham nenhum fundo magico, e o pior é que tinha gente que acreditava neles.

Desviando a atenção de Draco, Hermione viu Gina, que se sentava no chão próxima deles. Parecia que tinha chorado muito.

-O que foi Gi?

-Esse livro Mione! Eles não ficam juntos, é tão triste. E ela amava tanto ele.

Hermione revirou os olhos e ajudou Gina a se levantar. Chamando Draco, resolveu sair.

-Vamos, não temos mais nada a fazer aqui.

E saiu apressada.

-Hermione, nós agora vamos para o beco diagonal?

-Não Gina, eu acho que é melhor a gente ir só amanha, pela manha.

-Então o que vamos fazer por aqui agora?

-Vamos passar a noite numa pensão trouxa, eu já estou procurando uma.

Realmente, Hermione agora olhava em todas as placas que via procurando se localizar. Ela conhecia um pouco Londres e sabia que estava perto de um bairro de hotels. Draco e Gina olhavam tudo com interesse, Gina meio abobada e Draco com um leve desprezo no rosto. Finalmente chegaram em frente a uma casinha simpática, cercada por um jardim mais simpático ainda .

Hermione fez o check-in e como já estava de noite foi checar os quartos. Ela deu uma breve olhada no quarto, enquanto Gina tomava banho. Assim que a garota saiu, Hermione se levantou, varinha em punho e entrou no quarto da frente. Encontrou um Draco sem camisa e que estava pra desabotoar a calça. Ela nem pareceu notar e se dirigiu para a janela.

-Hey Granger, eu sei que vc estava doida pra me ver sem camisa, mas vc não pode entrar assim! Eu poderia estar sem usar nada.

-Bom, não teria muito pra ver não é?- e com um toque de varinha trancou as janelas.

-O que vc esta fazendo, Hermione?

-Eu não posso correr o risco de vc fugir, Draco. Boa noite.

E saindo pela porta a trancou por fora.

-Alohomorra!

-Não adianta Malfoy, o feitiço só vai ser quebrado quando eu quiser, lembre- se que eu ainda sou mais poderosa que vc.

E, ainda ouvindo Malfoy xingar, Hermione entrou novamente seu quarto. Gina já estava debaixo das cobertas. Hermione resolveu se deitar sem tomar banho. Quando tinha acabado de desligar a luz Gina a chamou:

-Mione?

-Sim?

-Por que vc disse aquilo, aquilo de vc ainda não Ter estuporado o Draco por minha causa, porque eu não queria?

-Porque é verdade. Vc se amigou com ele de tal maneira. Por que razão eu não sei, mas... Inclusive, como vc pode ser amiga dele, afinal ele é o Malfoy.

-Eu só acho que ele não é tão mal como vcs pensam. Ele é bem inteligente e pode ser simpático quando quer, sabe.

-Gina, vc viu o que ele falou. Ele sempre vai falar isso, pra qualquer um que ele não gostar.

-Acontece Hermione que ele tinha razão. É claro que ele exagerou nos termos, mas é verdade. Vc não consegue ficar longe do Harry, e eu, bem, eu estou aqui, indo atras dele, nessa aventura que em qualquer outra circunstancia, seria impensável pra mim.

-Gina! -Hermione estava chocada- vc esta dando razão a este Malfoy, e eu que pensei que vc gostava do Harry!

-Vc sabe muito bem que eu gosto dele, pelo menos ele sabe disso, diferente de outras pessoas, que são covardes demais pra admitir.

-E vc também sabe muito bem que o Harry só sabe dos seus sentimentos porque vc dá uma bandeira incrível. Se fosse pra vc falar com ele diretamente vc nunca faria. E o que vc quis dizer com outras pessoas?

-Vc sabe muito bem que eu estava falando de vc. E como se vc não desse bandeira. Sempre perto, sempre olhando pra ele quando ele não esta olhando, sempre querendo ajudar, sempre corando quando ele fala com vc, sempre com os beijos. Beijos em lugares que nenhuma amiga normal daria.

Na questão dos beijos Gina tinha razão. Depois daquele primeiro, daquele que Hermione demorara quatro anos pra dar, aquele simples beijo na bochecha, depois daquele as coisas tinham mudado. Hermione sempre procurava estar beijando Harry, nas bochechas, na testa, nas têmporas, no pescoço...

-Eu fico surpresa que vcs ainda não tenham se beijado na boca.

-O Harry nunca me beijou, nunca!

Gina parecia Ter acreditado, porque se calou. Mas no escuro Hermione viu um brilho nos seus olhos, um brilho de entendimento.

-Mas vc beijou o Harry! Não foi Mione, vc beijou o Harry!

Hermione se lembrava como se fosse ontem. Ela foi surpreender Harry, que estava fazendo um dever concentrado. Ela veio por trás e foi dar-lhe um beijo na bochecha. Mas quando ela se abaixou ele virou sua cabeça. Seus lábios se tocaram, foi apenas um segundo, mas foi um beijo. Eles ficaram muito vermelhos, pediram desculpas mutuas e concordaram em esquecer aquilo. Mas mesmo assim Rony estranhou o modo formal que eles se trataram pelo resto do dia.

-Fo-foi um acidente, um acidente Gina.

-É por isso que vc não dá bola pro meu irmão. Vc devia contar pra ele, ele gosta muito de vc. Não é justo, primeiro vc se engraça com o Krum e agora com o Harry, acho que a Rita Sketter estava certa, vc tem um que por caras famosos.

-Eu nunca tive nada com o Krum, eu não seria capaz de trair o Harry.

-Então vc admite?

-Boa noite, Gina. Nós nos falamos amanhã.

E se virando dormiu um sono com estranhos sonhos em que Gina ficava repetindo: "vc beijou ele, vc beijou ele...".
Hermione acordou no dia seguinte e demorou um pouco pra lembrar porque não estava em sua cama em Hogwarts. Só quando viu os cabelos cor-de- fogo na cama ao lado lembrou-se.

"Ah, certo. Salvar Harry. É hoje."

Ela levantou-se sem fazer barulho e foi libertar Draco. Ela abriu a porta e viu que ele parecia estar dormindo, mas quando ela estava fechando a porta ele falou:

-Gina?

-Não, sou eu.

Disse ela entrando novamente. Ele se sentou na cama e esfregou os olhos.

-Ah, Hermione, digo Granger. Então, teve uma boa noite de sono?

-É claro, com o meu melhor amigo seqüestrado, o nosso arquinimigo dormindo no quarto da frente e eu podendo hj colocar tudo a perder, podendo até ser a sentença de morte para o Harry. Então repito, é claro que eu dormi como um anjo, Malfoy.

-Nossa, Hermione Granger sendo sarcástica? Essa é nova pra mim.

-Eu sou sarcástica o tempo todo e se vc se importasse com qualquer outra coisa que não o seu próprio umbigo já teria notado.

Ele levantou uma das sobrancelhas e fechou a cara, não parecia Ter gostado nem um pouco da observação. Seus olhos voltaram a ser de um frio acizentado, perdendo o brilho que apresentavam nos últimos dias.

-Onde esta a Gina, eu quero ir logo tomar café.

-Draco, qualé a sua com a Gina? Agora faz parte do seu manual de "como ser mau" quebrar corações de menininhas inocentes?

-Já faz tempo que eu quebro corações de menininhas. E não é culpa minha se a Weasley gostou de mim. Não se preocupe, eu não estou afim de ficar dando corda para ela. A gente veio aqui, eu vou te levar na travessa do tranco e vc vai me soltar como prometido e só, depois nossa relação vai ser a mesma de antes, eu desprezando vcs e vcs me desprezando, certo?

Hermione fez que sim com a cabeça e com um meneio saiu do quarto seguida por Draco. Gina já tinha acordado e depois de um breve café os três foram para o beco diagonal. Ele estava bem mais vazio do que quando eles iam comprar seus materiais, por isso eles tentaram não chamar muita atenção.

Draco indicou o lugar onde o beco se transformava na travessa do tranco e depois ele e Gina se cobriram com a capa da invisibilidade. Achavam melhor que Hermione parecesse sozinha, como pedido na carta.

A travessa do tranco era escura e fedorenta, não era muito grande, mas mesmo assim seria complicado achar Petigrew, sem maiores informações. De repente eles viram um vulto baixo e gorducho vestido de preto, o vulto estava encolhido, tremendo.

-É ele!

Hermione se dirigiu para ele e o vulto apenas fez sinal para que o seguisse. Eles foram para um barzinho sujo e se sentaram. O vulto tirou o capuz. Era Rabicho, tão abalado quanto da ultima vez que Hermione o vira, só um pouco mais gordo. Ele abriu a boca pra falar e o som que saiu foi baixo, esganiçado e tremulo.

-Onde está o menino, o Rony?

-Na carta vc pediu pra eu vir sozinha. Eu não sabia que vc queria que ele viesse.

Ele pareceu um pouco desconcertado. Hermione achou que isso fosse um bom sinal.

-Ah sim, certo...

-O que vc fez com o Harry? Ele esta bem?

-Eu raptei o Harry, mas ele ainda esta vivo.

-Como eu posso Ter certeza disso?

-Porque morto ele não seria útil.

E Hermione pela primeira vez teve medo.

-Por que vc raptou ele?

-Porque eu precisava atrair vc.

-Atrair á mim? Por que não Dumbledore ou outro bruxo qualquer, mais poderoso?

-Porque só vc pode me ajudar.

Rabicho suava muito e começou a tremer. Hermione não estava entendendo o porque dele precisar de sua ajuda, mas achou que se continuasse nesse caminho iria acabar descobrindo.

-Como eu posso te ajudar e o que faz vc pensar que eu faria isso?

-Eu estou com seu amigo, sei que vc vai me ajudar. O como vc vai fazer isso é mais complicado, talvez em outra hora...

-Eu posso ouvir agora.

-Bem, acontece que eu raptei Harry a mando dos comensais. Como vc sabe o nosso ex-mestre, do qual eu me arrependo profundamente de um dia Ter servido, foi novamente derrotado, novamente pelo grande Harry Potter, o menino que sobreviveu.

Hermione estava enojada, como alguém poderia mudar tanto de lado, de acordo com quem estava ganhando?

-Deixe de melindres Petigrew, chegue logo ao ponto.

-Nós, quero dizer, os comensais, chegaram a descobrir que pelo menos dessa vez, Harry contava com apoio. Forte proteção e feitiços dificílimos, ligados aos seus dois melhores amigos, Rony e Hermione Granger. Principalmente vc, lançou um feitiço tão forte nele que poderia passar toda sua energia para ele, até quando ele estivesse a beira da morte, ou seja, ele não morreria mesmo que lhe fosse lançado um Avada. Isso derrotou novamente o Lord das trevas.

Na realidade ficamos muito impressionados, não é todo bruxo de 15 anos que consegue fazer um feitiço de tal complexidade.

-Dumbledore me ajudou nesse feitiço.

-Vc não deve se menosprezar, afinal só por causa do seu grande poder vc esta aqui hj. Os comensais me mandaram raptar Potter como chamariz pra vc. Eles viram que apenas vc poderia trazer aquele-que-não-deve-ser-nomeado de volta á vida.

-Vc realmente acha que eu vou fazer qualquer coisa para que Voldemort volte? Tudo teria sido em vão. E mesmo que o Harry morra, ele prefere isso a que Voldemort volte e eu farei tudo que estiver ao meu alcance para que a vontade dele seja respeitada. Vc realmente acha que eu reergueria aquele que eu ajudei a destruir?

-Não, não acho.

Hermione estava perplexa, esperaria tudo, menos essa ultima sentença. Rabicho sabia que ela não ajudaria, então porque tinha chamado ela. Ele recomeçou a falar:

-Eu sabia que o plano daria errado, mas executei assim mesmo. Eu não fiz tudo conforme planejado, eu raptei Harry e levei para um lugar que ninguém conhece, eu dei as costas ao mundo das trevas e aos comensais. O que eu peço agora é proteção, em troca terá seu amiguinho de volta. Agora eu sei que vc é capaz, afinal dentre poucos vc é uma das que chama vc-sabe-quem pelo nome.

-Deixa ver se eu entendi direito. Vc traiu os comensais, mas raptou Harry mesmo assim e agora vc quer proteção minha em troca dele, é isso?

-Eu não falaria traição, mas em resumo é isso.

-E porque eu confiaria em vc? Vc traiu primeiro Tiago, Sirius e Lupin, para passar pros lados das trevas. Assim que Voldemort caiu vc fugiu. Depois que soube que ele estava vivo vc voltou a servi-lo, por fim quando ele caiu de novo vc traiu seus amigos comensais e agora quer minha ajuda porque supostamente ficou bonzinho de novo. Como eu vou saber que vc não vai me trair, ou esta me enganando e, a essa hora, Harry esta morto e eu sou apenas parte do jogo doentio de vcs?

-Vc vai Ter que confiar em mim, Harry ainda esta vivo porque eu preciso dele pra chegar a vc, se vc não me ajudar eu posso mata-lo já que não me serve pra mais nada. Ao contrario eu receberia honrarias inimagináveis entre os seguidores do Lord das trevas.

Hermione olhou em seus olhos e viu algo que nunca dantes tinha visto, sinceridade.

-OK, eu acredito em vc, onde esta o Harry?

-Aqui estão os mapas da localização, eu vou agora pois senão podem me descobrir, adeus.

E com um passe de magica desapareceu, deixando Hermione com seus pensamentos.