CAPITULO 6- A PROFECIA
-Eu não acredito! Além de tudo, esse lugar é assombrado!
-Cala a boca, Malfoy. Não é que eu seja louca por fantasmas também, principalmente os hostis.
Eles tinham entrado no castelo sem grandes problemas e agora se encontravam em um grande hall, com paredes vermelhas, móveis antigos, que seriam valiosos, se não estivessem quebrados. Os quadros pareciam sonolentos, embora um ou outro abrisse um olho de vez em quando e bocejasse.
Até aí o castelo parecia deserto, quando de repente um candelabro foi arremessado de um canto ao outro da sala e só não acertou Gina porque ela se desviou á tempo.
Risadinhas foram ouvidas pelo cômodo, enquanto outras coisas começavam a voar e se espatifar.
Fantasmas. Provavelmente poltergeists. Eles estavam invisíveis, mas Hermione podia imaginar o que era, principalmente por causa das risadinhas e dos comentários grotescos.
Foi naquele momento que Draco soltou sua "esperta" conclusão. Gina parecia assustada, mas Draco, por alguma razão só parecia levemente irritado.
-E agora geniazinha, alguma idéia brilhante, pra nos livrar dessa?
'Como esse Malfoy é irritante, pensou Hermione, "Alguma idéia brilhante? Blá, blá, blá, blá, blá", quer dizer, não é sempre que a gente esta pronto pra Ter uma idéia... brilhante... é isso!'
-Draco vc é um gênio!
-Eu sou? Quer dizer, é claro que eu sou. Porque mesmo?
-Ora, vc me deu a idéia mais... brilhante. Eu poderia beija-lo se vc não fosse, bem, se vc não fosse vc.
Hermione sabia muito bem sob quais condições fantasmas eram encontrados e, hã, "viviam" melhor.
Lugares escuros, frios, isolados. Por isso era comum fantasmas em florestas, castelos, prédios abandonados e eles praticamente não existiam em, digamos, lugares como o centro de Londres na hora do rush.
Por isso a primeira coisa que ela fez foi pegar sua varinha e fazer um feitiço de luz. Depois apontou para um candelabro e acendeu alguns velhos tocos de vela.
-Incendium! Incendium! Incendium!
Draco e Gina olhavam como se Hermione tivesse enlouquecido. Ela apenas encorajou-os a fazer o mesmo.
Logo quase toda sala estava iluminada e a idéia parecia estar surtindo efeito, pelo menos as risadinhas tinham parado.
"Agora o toque final", pensou Hermione, ela já estava treinando aquele feitiço á algum tempo, mas não imaginava que iria usa-lo tão cedo.
-Iluminus!
Uma luz muito potente, como se houvesse cem holofotes, iluminou a sala.
"Funcionou!".
Esse feitiço era uma espécie de Lumos extremamente ampliado. Tinha sido concebido pela propia Hermione que agora parecia tão orgulhosa como quando tirava notas máximas no seu primeiro ano.
Com isso os fantasmas apareceram e começaram a reclamar.
-Pare com isso, pare com isso, essa luz é muito incômoda.
-Eu só paro se vc me responder algumas coisas.
Um dos poltergeists, eram dois no total, começou a gargalhar.
-Vc realmente acha, que pode impor condições? Nos podemos ir embora a hora que quisermos e nem vc, bruxa poderosa, pode nos impedir.
Hermione não esperava por isso. Olhou pra Draco e Gina, eles pareciam tão surpresos quanto ela.
-Certo, eu diminuo a luz, mas vcs poderiam, por favor, nos dar alguma informação?
-Hum, sendo vc quem é, a gente colabora.
Quem fez a pergunta que não quer calar afinal, foi Draco:
-Como assim, sendo ela quem é? Quem diabos ela é, pra vcs saberem?
-Só respondo se abaixarem a luz.
Hermione, se lembrou do trato.
-Aluminus!
A luz baixou gradualmente, até ficar leve como um inicio de manhã, mas não se extinguisse completamente. Outra inovação de Hermione.
-Responda, fantasma.
Era Gina, ela não parecia mais assustada, mas sim decidida. Uma aura de poder ao redor dela, Hermione percebia. Desde de quando Gina Weasley era tão poderosa? Hermione se lembrava quando ela ainda nem segurava uma varinha direito. Como o tempo passa rápido.
O poltergeist começou a falar.
-A menina bruxa é famosa, nos sabemos dela a muito, muito tempo. Existe uma profecia a respeito dela. Alguns já se esqueceram sobre ela, mas existe. Ela é poderosa, muito poderosa e o engraçado é que foi a pouco tempo que ele percebeu sobre ela. Afinal, quem pensaria que uma nascida trouxa ia ser tão importante.
Hermione estava chocada. Ela? Parte de uma profecia? Isso era surreal.
-Que profecia? O que ela diz? E quem é ele?
O fantasma olhou para seu companheiro, que tinha ficado calado ate então. Quando esta acenou positivamente, o primeiro fantasma limpou a garganta e falou lentamente:
-A profecia da guardiã. Aquela destinada a proteger, à qualquer custo, o redentor, aquele capaz extinguir todo o mal. O redentor também tem sua propia profecia, mas não seria oportuno falar sobre ele agora.
"Segundo a profecia, desde o momento em que o redentor nascesse sua guardiã nasceria, ou estaria prestes à nascer. Pela lenda, a guardiã adquiriria poderes incríveis, quando tivesse que proteger o redentor, mas como uma faca de dois gumes, apenas ela poderia derrota-lo, se assim fosse seu desejo. É claro que apenas uma bruxa extremamente poderosa poderia ser a profetizada, por isso ele nunca pensou em uma reles sangue-ruim, ele é muito orgulhoso para admitir que pode ser derrotado por uma nascida trouxa.
Os olhos de Hermione estavam, se isso era possível, ainda mais arregalados. Ela já algum tempo sabia que seus poderes não eram de um bruxo comum. Confirmara suas suspeitas quando, no ano anterior, em uma conversa com Dumblemdore, tinha descoberto que, apenas combinando o poder dela e de Harry poderia transformar Voldemort, daquele novamente poderoso feiticeiro, ao seu estado atual, uma sombra, meramente viva, um feitiço que nem mesmo vinte bruxos adultos e mais experientes tinham conseguido juntos.
Rony tinha ajudado também, pois fora comprovado que quando so três estavam juntos tanto Harry, quanto a propia Hermione potencializavam seus encantamentos.
Agora isso fazia sentido, o tamanho do poder que ela experimentara na época, por causa de uma profecia.
Mas quem era ele? Ela lembrava de Ter perguntado, mas o poltergeist aparentemente não respondera. Ele seria Voldemort? Mas como? E mais importante...
-Quem é esse redentor?
Ela ouviu Draco perguntando. Era o que ela queria saber, embora já tivesse uma leve desconfiança.
O fantasma riu cinicamente.
-Ainda não adivinhou? O garoto, o descendente de Gryffindor. Ele é o redentor, aquele destinado à aniquilar o mau, aquele que vai definitivamente acabar com ele.
-Descendente de Gryffindor? Eu não conheço ninguém que tenha essa descrição. Vc conhece, Gina?
A ruiva murmurou que não, mas Hermione falou um pouco alto demais:
-Harry.
O fantasma deu um sorriso de aprovação. Mas Gina parecia indignada.
-Não pode ser! Como, entre todas as pessoas do mundo, a tal guardiã é Hermione, a melhor amiga dele? É coincidência demais.
-Quem disse que é coincidência? Coincidências não existem, principalmente no mundo mágico. O universo conspira á favor das profecias.
Terminou o fantasma.
-Mas isso não faz sentido, várias vezes eu já tive que defender o Harry, mas eu nunca senti nenhum aumento de poder ou coisa assim. Nunca senti nenhuma mudança.
O fantasma ia começar a falar novamente, quando seu companheiro mudo tocou em seu ombro. Ele ergueu suas quase inexistentes sobrancelhas e outro apenas abanou a cabeça.
-Parece que Sir Joseph quer falar agora.
E finalmente o outro fantasma resolveu falar. Agora, prestando atenção, Hermione achou que ele não parecia de maneira alguma um poltergeist, ele tinha algo de sombrio, lembrava um pouco o Barão Sangrento, mas mesmo assim, era diferente. Era magro, alto, mas encurvado, olhos fundos e um ar de tristeza palpável. E a voz, grutual, profunda, como se estivesse em desuso á décadas. O que era bem provável.
-A profecia não é cumprida do nada. É preciso um encantamento, um encantamento já perdido no tempo. Segundo a lenda, se a verdadeira guardiã realmente for requisitada o feitiço vai brotar do fundo da sua alma. Assim que isso acontecer, a guardiã vai ser armada com as armas mais poderosas já forjadas. Uma espada e um escudo. Além disso, a guardiã iria adquirir força sobre-humana e outros poderes que nenhum bruxo normal têm.
"É importante lembrar que a guardiã só tem um propósito enquanto tiver que proteger o redentor, portanto a partir do momento que ele for destruído, todos os poderes da guardiã vão acabar e as armas vão estar perdidas pra sempre.
-Se é isso - replicou Hermione- então porque Voldemort ainda não acabou com o Harry de uma vez? Assim eu nunca vou poder cumprir a profecia e nunca vou derrota-lo ou coisa assim.
Hermione estava assustada, com essa possibilidade pesando cada vez mais em seu peito. Ela e somente ela, tinha o poder de finalmente acabar com Voldemort pra sempre.
Sir Joseph voltou a falar:
-Ele não pode matar o redentor. Mas vc pode. Ele pretende te usar contra o redentor, por isso ele te atraiu ate aqui.
-Mas é impossível Hermione, Harry e Rony derrotaram vc-sabe-quem ano passado. Quem nos mandou aqui foi o Rabicho.
Clamou Gina. Mas Draco respondeu irritado.
-Deixa de ser tola, vc realmente acha que eles liquidaram com o Lorde das trevas? Eles apenas afastaram ele, reduziram ele á uma forma inferior. Ele tem mil maneiras de Ter nos guiado ate aqui, é um mestre na enganação.
O poltergeist sorridente respondeu dessa vez.
-Exatamente, mas ele não previu que a guardiã iria trazer companheiros tão poderosos. A sétima Weasley e o Malfoy regenerado, filho do seu braço direito, vcs realmente podem fazer a diferença, mas...
Ele parou abruptamente. Parecia Ter ouvido algo. Sir Joseph sussurrou alguma coisa em seu ouvido.
-Bom, parece que já nos demoramos demais. Ele já está aqui. Adeus, e boa sorte, vcs vão precisar.
Os fantasmas já estavam sumindo quando Hermione gritou com urgência e desespero:
-Esperem, vcs sabem onde esta o Harry, digo, o redentor?
Eles só ouviram a voz de Sir Joseph, se apagando.
-Procure perto do seu coração. Ele vai estar sempre lá.
Todos ficaram em silencio durante um tempo, tentando digerir todas as informações que os fantasmas tinham dado. Por que sim, um deles, o mais falante, com certeza era um poltergeist, talvez não tão... agitado, quanto Pirraça, mas um Poltergeist.
Já não parecia ser o caso de Sir Joseph. Ele era um daqueles fantasmas que vc não quer trombar, sozinho, no meio da noite.
Draco foi o primeiro a falar:
-Granger, vc nos deve algumas explicações. O que foi tudo aquilo? O Potter é descendente de Gryffindor? Desde quando? E como diabos ele conhece eu e Gina?
-É Hermione tudo isso. E Draco, o que ele quis dizer com Malfoy regenerado?
Draco olhou pra Gina e ficou pálido, isto é, se era possível ele ficar mais pálido do que já era. Draco era aquele tipo de garoto que quase doía na vista de tão branco. Isso, ao invés de apaga-lo, apenas pontuava sua clássica beleza.
O garoto baixou a cabeça e murmurou algo com "não é da sua conta", mas alto e resoluto, ele virou-se para Hermione:
-E então Granger, vai nos responder ou não?
Hermione não estava prestando atenção. Ela tentava entender a pista do Poltergeist.
-Ele vai estar perto do meu coração? Como assim?- murmurou. E então, num movimento súbito ela se tapeou na cabeça- É claro, como eu pude ser tão estúpida, como eu não lembrei antes?
E rapidamente puxou pra fora da camisa uma gargantilha, com uma pedra pendurada. Uma esmeralda.
Gina se aproximou e perguntou com interesse:
-O que é isso.
Hermione tomou um susto, finalmente se lembrando que não estava sozinha.
-Isso, faz parte do feitiço de ligação que eu fiz ano passado com o Harry. Sempre que ele estiver perto eu posso sentir uma espécie de vibração vindo da pedra. Eu posso chegar ate ele sentindo isso, fica mais forte á medida que eu me aproximo. Não dava pra usar na escola porque ele estava muito longe, e eu acho que eu me esqueci quando cheguei aqui.
Draco, que tinha chegado perto, arrancou não muito delicadamente a pedra da mão de Hermione.
-Hey...
-Isso é uma esmeralda de verdade? Precisava ser feito com uma esmeralda?
-Bom, não, na verdade poderia Ter sido qualquer coisa. Eu pensei em uma pedra porque é mais pratico. Quanto á esmeralda, é que, eu sempre achei que me lembrava do Harry, combina com seus olhos.
Hermione disse, corando profundamente na ultima parte. Draco riu, aquele riso sarcástico dele e devolveu o colar para Hermione.
-Patetico. Bom pelo menos Potter tem que estar feliz com uma coisa. Foi vc, e não o pobretão do Weasley que fez o tal feitiço. Se tivesse sido o contrario provavelmente ele estaria ligado á um pedaço de madeira.
-Hey Malfoy, cuidado, é do meu irmão que vc esta falando.
-Eu sei Weasley, pobre que nem vc. Vai fazer o que, me bater?
-Não duvide disso.
Gina estava soltando fogo pelas ventas e provavelmente teria avançado em Draco se Hermione não tivesse a segurado.
-Vcs dois, não é hora pra isso. Violência não vai resolver nada agora. Gina, vc parece seu irmão, deixa de ser cabeça dura. Eu entendo que todos estamos um pouco alarmados, mas temos que manter a calma, brigar só vai piorar as coisas.
Draco estava novamente com aquele sorriso de soslaio.
-Eu não estou alarmado. Eu vou esperar o Lorde das Trevas chegar, entregar vcs duas e me safar de boa. Eu posso ate ser reverenciado, ganhar um país ou dois por aí.
Gina olhou enojada pra ele.
-Eu não acredito que em algum momento eu pensei que vc fosse legal.
-Ele não vai fazer isso Gina.
-Como vc pode Ter tanta certeza, Granger?
-O fantasma. Ele te chamou de Malfoy regenerado. Vc não concorda com seu pai, vc tem toda essa pose de mal, mas na verdade não é disso. Vc apenas quer ficar do lado vencedor. Vc é um fraco, seu pai sabe disso, eu sei disso e vc sabe disso.
Draco parecia abalado, suas bochechas levemente coradas de raiva mostravam o quanto ele estava desconcertado.
Ele abriu a boca algumas vezes, mas nenhum som saia dela. Desistiu finalmente e abaixou a cabeça.
-Vamos.- comandou Hermione depois de um tempo, apertando a jóia em sua mão.
-Mione, isso não faz sentido. Ate onde nos sabemos Vc-sabe-quem pode muito bem estar aqui e pode aparecer do nada. Devemos Ter mais cuidado.
Hermione pareceu considerar um pouco.
-Tudo bem Gina. Vcs dois, se armem, depois se cubram com a capa.
Naquele Hall havia, entre outras coisas, varias armas penduradas na parede. Draco pegou uma espécie de martelo, que ele se orgulhou de afirmar, se parecia muito com a arma que seu tio-avô tinha usado contra alguns trouxas que o perseguiam.
Gina teve mais estilo, pegou um arco de madeira belamente decorado e algumas flechas que estavam por ali. Armas mortais. (N/A: me desculpem, mas eu tinha que colocar a Gina com o arco, ando muito viciada em Inu Yasha, gomen, aceitem como um tipo de homenagem)
-E vc Mione, vai sem proteção?
-Não se preocupe, eu ficarei bem.
E sorriu, antes de começar a sair do Hall e subir algumas escadas.
Andar por aquelas escadas e corredores era bem emocionante. Nas escadas faltavam degraus e os corredores estavam cheios de estatuas horrendas e assustadoras. Hermione não dava bola para aquilo estava apenas concentrada no colar que segurava firmemente nas mãos. Á certa altura Draco falou, por debaixo da capa:
-Eu não estou gostando disso, muito quieto, quieto demais.
Mesmo assim Hermione não parou, estava muito focada em achar Harry. Mas foi inevitável não se distrair quando Gina gritou á plenos pulmões:
-Mione, abaixe-se.
Várias figuras começaram a se mover, todas encapuzadas, Gina tinha percebido aquilo e sem hesitar atirou uma das flechas. Por isso tinha pedido para Hermione se abaixar. Dementadores. O que eles estavam fazendo aqui? Sim, o ar estava mais frio, a cabeça de Hermione começou a girar, gritos lembranças. Cada vez mais, mais dementadores se aproximavam.
Pelo menos eles pareciam não ser imunes á flechas e Gina atirava furiosamente, acertando todas. Tinha se livrado da capa, depois que a primeira flecha tinha trepaçado o tecido e por isso ficou mais ágil. Mas eles eram muitos e a garota já estava ficando fraca, não venceria assim, sozinha.
Foi quando um grito masculino invadiu a sala e de um lugar qualquer Draco apareceu, finalmente saindo de baixo da capa, dando marteladas a torto e a direito, como um louco.
Hermione finalmente parecia Ter ganho novamente a compostura e, de varinha em punho, começou a lançar patronos com toda a sua força. Ela tinha aprendido o feitiço no ano passado e o usava com bastante eficiência. O seu patrono tinha a forma de um leão, mas ela não sabia muito bem se era pelo fato dela ser grinfinoria ou pela "juba" ser parecida.
Ela então, instintivamente colocou a mão sobre o colar e algo estranho aconteceu. Algo estava muito errado, não havia indicação, nenhuma, isso só podia significar uma coisa...
-Tem alguma coisa errada com o Harry, eu não consigo rastrea-lo!
Ela gritou com toda a força dos seus pulmões.
Draco e Gina pararam um instante, se entreolharam e Draco disse claramente:
-Vá Hermione, procure ele, a gente se vira.
-Mas...
-Vá, Granger! Agora!
Hermione não hesitou novamente encontrou uma saída do quarto e começou a correr sem olhar pra trás.
Agora ela só utilizava a intuição. Mas algo não estava direito, aquela porta, era familiar, aquele símbolo, mas, daonde? Aonde ela tinha visto?
Hermione parou, diante da porta, analisou, aquele par de asas sem dono. Era tão... conhecido.
Ela resolveu finalmente entrar, mas, quando pôs a mão na maçaneta, algo se moveu às suas costas.
Ela se virou, um vulto encapuzado estava a menos de dois metros dela. Ele tirou o capuz, um terror dominou-a e de repente estava tudo escuro...
-Eu não acredito! Além de tudo, esse lugar é assombrado!
-Cala a boca, Malfoy. Não é que eu seja louca por fantasmas também, principalmente os hostis.
Eles tinham entrado no castelo sem grandes problemas e agora se encontravam em um grande hall, com paredes vermelhas, móveis antigos, que seriam valiosos, se não estivessem quebrados. Os quadros pareciam sonolentos, embora um ou outro abrisse um olho de vez em quando e bocejasse.
Até aí o castelo parecia deserto, quando de repente um candelabro foi arremessado de um canto ao outro da sala e só não acertou Gina porque ela se desviou á tempo.
Risadinhas foram ouvidas pelo cômodo, enquanto outras coisas começavam a voar e se espatifar.
Fantasmas. Provavelmente poltergeists. Eles estavam invisíveis, mas Hermione podia imaginar o que era, principalmente por causa das risadinhas e dos comentários grotescos.
Foi naquele momento que Draco soltou sua "esperta" conclusão. Gina parecia assustada, mas Draco, por alguma razão só parecia levemente irritado.
-E agora geniazinha, alguma idéia brilhante, pra nos livrar dessa?
'Como esse Malfoy é irritante, pensou Hermione, "Alguma idéia brilhante? Blá, blá, blá, blá, blá", quer dizer, não é sempre que a gente esta pronto pra Ter uma idéia... brilhante... é isso!'
-Draco vc é um gênio!
-Eu sou? Quer dizer, é claro que eu sou. Porque mesmo?
-Ora, vc me deu a idéia mais... brilhante. Eu poderia beija-lo se vc não fosse, bem, se vc não fosse vc.
Hermione sabia muito bem sob quais condições fantasmas eram encontrados e, hã, "viviam" melhor.
Lugares escuros, frios, isolados. Por isso era comum fantasmas em florestas, castelos, prédios abandonados e eles praticamente não existiam em, digamos, lugares como o centro de Londres na hora do rush.
Por isso a primeira coisa que ela fez foi pegar sua varinha e fazer um feitiço de luz. Depois apontou para um candelabro e acendeu alguns velhos tocos de vela.
-Incendium! Incendium! Incendium!
Draco e Gina olhavam como se Hermione tivesse enlouquecido. Ela apenas encorajou-os a fazer o mesmo.
Logo quase toda sala estava iluminada e a idéia parecia estar surtindo efeito, pelo menos as risadinhas tinham parado.
"Agora o toque final", pensou Hermione, ela já estava treinando aquele feitiço á algum tempo, mas não imaginava que iria usa-lo tão cedo.
-Iluminus!
Uma luz muito potente, como se houvesse cem holofotes, iluminou a sala.
"Funcionou!".
Esse feitiço era uma espécie de Lumos extremamente ampliado. Tinha sido concebido pela propia Hermione que agora parecia tão orgulhosa como quando tirava notas máximas no seu primeiro ano.
Com isso os fantasmas apareceram e começaram a reclamar.
-Pare com isso, pare com isso, essa luz é muito incômoda.
-Eu só paro se vc me responder algumas coisas.
Um dos poltergeists, eram dois no total, começou a gargalhar.
-Vc realmente acha, que pode impor condições? Nos podemos ir embora a hora que quisermos e nem vc, bruxa poderosa, pode nos impedir.
Hermione não esperava por isso. Olhou pra Draco e Gina, eles pareciam tão surpresos quanto ela.
-Certo, eu diminuo a luz, mas vcs poderiam, por favor, nos dar alguma informação?
-Hum, sendo vc quem é, a gente colabora.
Quem fez a pergunta que não quer calar afinal, foi Draco:
-Como assim, sendo ela quem é? Quem diabos ela é, pra vcs saberem?
-Só respondo se abaixarem a luz.
Hermione, se lembrou do trato.
-Aluminus!
A luz baixou gradualmente, até ficar leve como um inicio de manhã, mas não se extinguisse completamente. Outra inovação de Hermione.
-Responda, fantasma.
Era Gina, ela não parecia mais assustada, mas sim decidida. Uma aura de poder ao redor dela, Hermione percebia. Desde de quando Gina Weasley era tão poderosa? Hermione se lembrava quando ela ainda nem segurava uma varinha direito. Como o tempo passa rápido.
O poltergeist começou a falar.
-A menina bruxa é famosa, nos sabemos dela a muito, muito tempo. Existe uma profecia a respeito dela. Alguns já se esqueceram sobre ela, mas existe. Ela é poderosa, muito poderosa e o engraçado é que foi a pouco tempo que ele percebeu sobre ela. Afinal, quem pensaria que uma nascida trouxa ia ser tão importante.
Hermione estava chocada. Ela? Parte de uma profecia? Isso era surreal.
-Que profecia? O que ela diz? E quem é ele?
O fantasma olhou para seu companheiro, que tinha ficado calado ate então. Quando esta acenou positivamente, o primeiro fantasma limpou a garganta e falou lentamente:
-A profecia da guardiã. Aquela destinada a proteger, à qualquer custo, o redentor, aquele capaz extinguir todo o mal. O redentor também tem sua propia profecia, mas não seria oportuno falar sobre ele agora.
"Segundo a profecia, desde o momento em que o redentor nascesse sua guardiã nasceria, ou estaria prestes à nascer. Pela lenda, a guardiã adquiriria poderes incríveis, quando tivesse que proteger o redentor, mas como uma faca de dois gumes, apenas ela poderia derrota-lo, se assim fosse seu desejo. É claro que apenas uma bruxa extremamente poderosa poderia ser a profetizada, por isso ele nunca pensou em uma reles sangue-ruim, ele é muito orgulhoso para admitir que pode ser derrotado por uma nascida trouxa.
Os olhos de Hermione estavam, se isso era possível, ainda mais arregalados. Ela já algum tempo sabia que seus poderes não eram de um bruxo comum. Confirmara suas suspeitas quando, no ano anterior, em uma conversa com Dumblemdore, tinha descoberto que, apenas combinando o poder dela e de Harry poderia transformar Voldemort, daquele novamente poderoso feiticeiro, ao seu estado atual, uma sombra, meramente viva, um feitiço que nem mesmo vinte bruxos adultos e mais experientes tinham conseguido juntos.
Rony tinha ajudado também, pois fora comprovado que quando so três estavam juntos tanto Harry, quanto a propia Hermione potencializavam seus encantamentos.
Agora isso fazia sentido, o tamanho do poder que ela experimentara na época, por causa de uma profecia.
Mas quem era ele? Ela lembrava de Ter perguntado, mas o poltergeist aparentemente não respondera. Ele seria Voldemort? Mas como? E mais importante...
-Quem é esse redentor?
Ela ouviu Draco perguntando. Era o que ela queria saber, embora já tivesse uma leve desconfiança.
O fantasma riu cinicamente.
-Ainda não adivinhou? O garoto, o descendente de Gryffindor. Ele é o redentor, aquele destinado à aniquilar o mau, aquele que vai definitivamente acabar com ele.
-Descendente de Gryffindor? Eu não conheço ninguém que tenha essa descrição. Vc conhece, Gina?
A ruiva murmurou que não, mas Hermione falou um pouco alto demais:
-Harry.
O fantasma deu um sorriso de aprovação. Mas Gina parecia indignada.
-Não pode ser! Como, entre todas as pessoas do mundo, a tal guardiã é Hermione, a melhor amiga dele? É coincidência demais.
-Quem disse que é coincidência? Coincidências não existem, principalmente no mundo mágico. O universo conspira á favor das profecias.
Terminou o fantasma.
-Mas isso não faz sentido, várias vezes eu já tive que defender o Harry, mas eu nunca senti nenhum aumento de poder ou coisa assim. Nunca senti nenhuma mudança.
O fantasma ia começar a falar novamente, quando seu companheiro mudo tocou em seu ombro. Ele ergueu suas quase inexistentes sobrancelhas e outro apenas abanou a cabeça.
-Parece que Sir Joseph quer falar agora.
E finalmente o outro fantasma resolveu falar. Agora, prestando atenção, Hermione achou que ele não parecia de maneira alguma um poltergeist, ele tinha algo de sombrio, lembrava um pouco o Barão Sangrento, mas mesmo assim, era diferente. Era magro, alto, mas encurvado, olhos fundos e um ar de tristeza palpável. E a voz, grutual, profunda, como se estivesse em desuso á décadas. O que era bem provável.
-A profecia não é cumprida do nada. É preciso um encantamento, um encantamento já perdido no tempo. Segundo a lenda, se a verdadeira guardiã realmente for requisitada o feitiço vai brotar do fundo da sua alma. Assim que isso acontecer, a guardiã vai ser armada com as armas mais poderosas já forjadas. Uma espada e um escudo. Além disso, a guardiã iria adquirir força sobre-humana e outros poderes que nenhum bruxo normal têm.
"É importante lembrar que a guardiã só tem um propósito enquanto tiver que proteger o redentor, portanto a partir do momento que ele for destruído, todos os poderes da guardiã vão acabar e as armas vão estar perdidas pra sempre.
-Se é isso - replicou Hermione- então porque Voldemort ainda não acabou com o Harry de uma vez? Assim eu nunca vou poder cumprir a profecia e nunca vou derrota-lo ou coisa assim.
Hermione estava assustada, com essa possibilidade pesando cada vez mais em seu peito. Ela e somente ela, tinha o poder de finalmente acabar com Voldemort pra sempre.
Sir Joseph voltou a falar:
-Ele não pode matar o redentor. Mas vc pode. Ele pretende te usar contra o redentor, por isso ele te atraiu ate aqui.
-Mas é impossível Hermione, Harry e Rony derrotaram vc-sabe-quem ano passado. Quem nos mandou aqui foi o Rabicho.
Clamou Gina. Mas Draco respondeu irritado.
-Deixa de ser tola, vc realmente acha que eles liquidaram com o Lorde das trevas? Eles apenas afastaram ele, reduziram ele á uma forma inferior. Ele tem mil maneiras de Ter nos guiado ate aqui, é um mestre na enganação.
O poltergeist sorridente respondeu dessa vez.
-Exatamente, mas ele não previu que a guardiã iria trazer companheiros tão poderosos. A sétima Weasley e o Malfoy regenerado, filho do seu braço direito, vcs realmente podem fazer a diferença, mas...
Ele parou abruptamente. Parecia Ter ouvido algo. Sir Joseph sussurrou alguma coisa em seu ouvido.
-Bom, parece que já nos demoramos demais. Ele já está aqui. Adeus, e boa sorte, vcs vão precisar.
Os fantasmas já estavam sumindo quando Hermione gritou com urgência e desespero:
-Esperem, vcs sabem onde esta o Harry, digo, o redentor?
Eles só ouviram a voz de Sir Joseph, se apagando.
-Procure perto do seu coração. Ele vai estar sempre lá.
Todos ficaram em silencio durante um tempo, tentando digerir todas as informações que os fantasmas tinham dado. Por que sim, um deles, o mais falante, com certeza era um poltergeist, talvez não tão... agitado, quanto Pirraça, mas um Poltergeist.
Já não parecia ser o caso de Sir Joseph. Ele era um daqueles fantasmas que vc não quer trombar, sozinho, no meio da noite.
Draco foi o primeiro a falar:
-Granger, vc nos deve algumas explicações. O que foi tudo aquilo? O Potter é descendente de Gryffindor? Desde quando? E como diabos ele conhece eu e Gina?
-É Hermione tudo isso. E Draco, o que ele quis dizer com Malfoy regenerado?
Draco olhou pra Gina e ficou pálido, isto é, se era possível ele ficar mais pálido do que já era. Draco era aquele tipo de garoto que quase doía na vista de tão branco. Isso, ao invés de apaga-lo, apenas pontuava sua clássica beleza.
O garoto baixou a cabeça e murmurou algo com "não é da sua conta", mas alto e resoluto, ele virou-se para Hermione:
-E então Granger, vai nos responder ou não?
Hermione não estava prestando atenção. Ela tentava entender a pista do Poltergeist.
-Ele vai estar perto do meu coração? Como assim?- murmurou. E então, num movimento súbito ela se tapeou na cabeça- É claro, como eu pude ser tão estúpida, como eu não lembrei antes?
E rapidamente puxou pra fora da camisa uma gargantilha, com uma pedra pendurada. Uma esmeralda.
Gina se aproximou e perguntou com interesse:
-O que é isso.
Hermione tomou um susto, finalmente se lembrando que não estava sozinha.
-Isso, faz parte do feitiço de ligação que eu fiz ano passado com o Harry. Sempre que ele estiver perto eu posso sentir uma espécie de vibração vindo da pedra. Eu posso chegar ate ele sentindo isso, fica mais forte á medida que eu me aproximo. Não dava pra usar na escola porque ele estava muito longe, e eu acho que eu me esqueci quando cheguei aqui.
Draco, que tinha chegado perto, arrancou não muito delicadamente a pedra da mão de Hermione.
-Hey...
-Isso é uma esmeralda de verdade? Precisava ser feito com uma esmeralda?
-Bom, não, na verdade poderia Ter sido qualquer coisa. Eu pensei em uma pedra porque é mais pratico. Quanto á esmeralda, é que, eu sempre achei que me lembrava do Harry, combina com seus olhos.
Hermione disse, corando profundamente na ultima parte. Draco riu, aquele riso sarcástico dele e devolveu o colar para Hermione.
-Patetico. Bom pelo menos Potter tem que estar feliz com uma coisa. Foi vc, e não o pobretão do Weasley que fez o tal feitiço. Se tivesse sido o contrario provavelmente ele estaria ligado á um pedaço de madeira.
-Hey Malfoy, cuidado, é do meu irmão que vc esta falando.
-Eu sei Weasley, pobre que nem vc. Vai fazer o que, me bater?
-Não duvide disso.
Gina estava soltando fogo pelas ventas e provavelmente teria avançado em Draco se Hermione não tivesse a segurado.
-Vcs dois, não é hora pra isso. Violência não vai resolver nada agora. Gina, vc parece seu irmão, deixa de ser cabeça dura. Eu entendo que todos estamos um pouco alarmados, mas temos que manter a calma, brigar só vai piorar as coisas.
Draco estava novamente com aquele sorriso de soslaio.
-Eu não estou alarmado. Eu vou esperar o Lorde das Trevas chegar, entregar vcs duas e me safar de boa. Eu posso ate ser reverenciado, ganhar um país ou dois por aí.
Gina olhou enojada pra ele.
-Eu não acredito que em algum momento eu pensei que vc fosse legal.
-Ele não vai fazer isso Gina.
-Como vc pode Ter tanta certeza, Granger?
-O fantasma. Ele te chamou de Malfoy regenerado. Vc não concorda com seu pai, vc tem toda essa pose de mal, mas na verdade não é disso. Vc apenas quer ficar do lado vencedor. Vc é um fraco, seu pai sabe disso, eu sei disso e vc sabe disso.
Draco parecia abalado, suas bochechas levemente coradas de raiva mostravam o quanto ele estava desconcertado.
Ele abriu a boca algumas vezes, mas nenhum som saia dela. Desistiu finalmente e abaixou a cabeça.
-Vamos.- comandou Hermione depois de um tempo, apertando a jóia em sua mão.
-Mione, isso não faz sentido. Ate onde nos sabemos Vc-sabe-quem pode muito bem estar aqui e pode aparecer do nada. Devemos Ter mais cuidado.
Hermione pareceu considerar um pouco.
-Tudo bem Gina. Vcs dois, se armem, depois se cubram com a capa.
Naquele Hall havia, entre outras coisas, varias armas penduradas na parede. Draco pegou uma espécie de martelo, que ele se orgulhou de afirmar, se parecia muito com a arma que seu tio-avô tinha usado contra alguns trouxas que o perseguiam.
Gina teve mais estilo, pegou um arco de madeira belamente decorado e algumas flechas que estavam por ali. Armas mortais. (N/A: me desculpem, mas eu tinha que colocar a Gina com o arco, ando muito viciada em Inu Yasha, gomen, aceitem como um tipo de homenagem)
-E vc Mione, vai sem proteção?
-Não se preocupe, eu ficarei bem.
E sorriu, antes de começar a sair do Hall e subir algumas escadas.
Andar por aquelas escadas e corredores era bem emocionante. Nas escadas faltavam degraus e os corredores estavam cheios de estatuas horrendas e assustadoras. Hermione não dava bola para aquilo estava apenas concentrada no colar que segurava firmemente nas mãos. Á certa altura Draco falou, por debaixo da capa:
-Eu não estou gostando disso, muito quieto, quieto demais.
Mesmo assim Hermione não parou, estava muito focada em achar Harry. Mas foi inevitável não se distrair quando Gina gritou á plenos pulmões:
-Mione, abaixe-se.
Várias figuras começaram a se mover, todas encapuzadas, Gina tinha percebido aquilo e sem hesitar atirou uma das flechas. Por isso tinha pedido para Hermione se abaixar. Dementadores. O que eles estavam fazendo aqui? Sim, o ar estava mais frio, a cabeça de Hermione começou a girar, gritos lembranças. Cada vez mais, mais dementadores se aproximavam.
Pelo menos eles pareciam não ser imunes á flechas e Gina atirava furiosamente, acertando todas. Tinha se livrado da capa, depois que a primeira flecha tinha trepaçado o tecido e por isso ficou mais ágil. Mas eles eram muitos e a garota já estava ficando fraca, não venceria assim, sozinha.
Foi quando um grito masculino invadiu a sala e de um lugar qualquer Draco apareceu, finalmente saindo de baixo da capa, dando marteladas a torto e a direito, como um louco.
Hermione finalmente parecia Ter ganho novamente a compostura e, de varinha em punho, começou a lançar patronos com toda a sua força. Ela tinha aprendido o feitiço no ano passado e o usava com bastante eficiência. O seu patrono tinha a forma de um leão, mas ela não sabia muito bem se era pelo fato dela ser grinfinoria ou pela "juba" ser parecida.
Ela então, instintivamente colocou a mão sobre o colar e algo estranho aconteceu. Algo estava muito errado, não havia indicação, nenhuma, isso só podia significar uma coisa...
-Tem alguma coisa errada com o Harry, eu não consigo rastrea-lo!
Ela gritou com toda a força dos seus pulmões.
Draco e Gina pararam um instante, se entreolharam e Draco disse claramente:
-Vá Hermione, procure ele, a gente se vira.
-Mas...
-Vá, Granger! Agora!
Hermione não hesitou novamente encontrou uma saída do quarto e começou a correr sem olhar pra trás.
Agora ela só utilizava a intuição. Mas algo não estava direito, aquela porta, era familiar, aquele símbolo, mas, daonde? Aonde ela tinha visto?
Hermione parou, diante da porta, analisou, aquele par de asas sem dono. Era tão... conhecido.
Ela resolveu finalmente entrar, mas, quando pôs a mão na maçaneta, algo se moveu às suas costas.
Ela se virou, um vulto encapuzado estava a menos de dois metros dela. Ele tirou o capuz, um terror dominou-a e de repente estava tudo escuro...
