A Cura pela Dor

N.A.: A fic se passa dois anos após Gina formar-se em Hogwarts, nesse tempo aconteceu a guerra contra Voldemort. A história é contada pelo ponto de vista de Gina, portanto é a visão dela sobre tudo. 

Capítulo 1 – O Emprego

Sozinha em seu apartamento Gina pensava em como sua vida mudara tanto em tão pouco tempo, agora eram somente ela e Rony, todos os outros Weasley se foram, e ela sabia quem era o culpado: Draco Malfoy.

Quando saiu de Hogwarts Gina foi se especializar: tornou-se medi-bruxa, foram dois anos de estudos e agora precisava arranjar um emprego, o dinheiro que Rony lhe mandava dava para manter o apartamento por umas duas semanas, mas e depois o que faria? Não queria morar com Rony e Hermione, n'A Toca, afinal eram recém-casados e ela atrapalharia a relação. Precisava arranjar um emprego!

Resolveu ir até o centro da Londres bruxa, para procurar alguém que necessitasse seu serviço, nem que fosse como enfermeira ou algo do tipo. Entrou no Hospital dos Bruxos e deu de encontro com um conhecido:

– E aí Richard, tudo bem? – perguntou sorrindo, tinha estudado com ele esses dois anos, e ele fora um ótimo amigo a apoiando quando tudo aconteceu. – Como está o trabalho aqui?

– Oi Gi! Está duro, a emergência é uma loucura, pessoas que sofrem acidentes com os mais diversos feitiços! – disse parecendo cansado.

– Sabe se estão precisando de alguém? Preciso de um emprego senão daqui a pouco não vou ter onde morar.

– Você sabe muito bem que se precisar, minha casa está a suas ordens! – sorriu bondosamente.

Gina lançou-lhe um olhar de carinho e respondeu:

– Não obrigado, não vou te atrapalhar com suas namoradas...

– Como se eu tivesse tempo para isso. Trabalho feito um condenado...

– Ah, coitadinho! Queria ser uma condenada também.

– Um homem misterioso veio aqui procurando uma enfermeira para cuidar de seu patrão doente, se você quiser entro em contato com ele para você.

– Eu quero sim! – disse  abraçando e beijando a bochecha de Richard.

– Desculpa Gina, mas tenho que continuar cuidando dos doentes... Tchau, se cuida!

– Tchau.

Dias depois Gina foi contatada pelo tal "homem misterioso" para uma entrevista. Se vestiu com suas melhores roupas e se dirigiu ao local marcado: o Três Vassouras, em Hogsmead. Lá encontrou com um homem baixinho com vestes estranhas e cara de poucos amigos.

– Senhorita Weasley?

– Sim.

– Meu patrão procura uma boa enfermeira, a senhorita se considera assim? – indicou a mesa na qual deveriam sentar.

– Sou uma medi-bruxa, muito mais do que uma simples enfermeira. – ele a estava irritando com esse questionário.

– Está disposta a morar na casa do paciente?

– Sim.

– E a ficar em sigilo sobre quem ele é e onde mora?

– Tudo bem.

– Pode ir se for contratada lhe enviarei uma coruja. – disse se levantou, virou as costas e se retirou.

"Que homem prepotente, mas infelizmente preciso aceitar o que for por esse emprego."

Uma semana depois do encontro recebeu a carta:

"Srta. Weasley

Esteja presente no local citado abaixo, espere uma carruagem que a buscará, traga malas e seus pertences.

Está contratada. Salário de mil galeões por semana..."

Gina quase caiu para trás, mil galeões é muito dinheiro. " e ainda é por semana!"

Estava no local marcado com suas coisas. "Isso é loucura, estou indo cuidar de alguém que nem sei quem é e que vai me pagar muito dinheiro... Boa pessoa não deve ser, e ainda vive escondido..."

A carruagem chegou com o "homem misterioso".

– Senhorita Weasley, sou Carl Bean. – disse estendendo a mão para cumprimentar Gina.

– Prazer. – respondeu apertando a mão de Bean. "Que nome estranho, não combina com ele."

– Vamos são horas de viagem, não podemos enrolar. – respondeu dando passagem para Gina entrar na carruagem.

Foram quatro horas de viagem sem nenhum diálogo. Ela estava ansiosa e irritada com isso. Finalmente chegaram, ela havia imaginado uma casa grande, uma mansão pelo seu pagamento, porém o que via era uma casa normal, não normal como A Toca era para ela, mas como as casas de trouxas, um sobrado.

– Chegamos. – disse descendo da carruagem e lhe oferecendo a mão para descer. – Deixe as malas, os elfos cuidam disso. Siga-me.

Gina ficou surpresa como a casa por dentro era grande, pois por fora não aparentava estar enfeitiçada.

– Espere aqui que vou chamá-lo.

Ela ficou alguns minutos no que parecia uma sala de estar.

– Meu patrão: Draco Malfoy.