Capítulo 3 – Geléia de Framboesa
Gina acordou cedo e foi tomar café da manhã.
– Bom dia senhor Bean.
– Bom dia senhorita Weasley. A mesa já foi colocada e o senhor Malfoy faz sua refeição no momento. – respondeu seriamente.
– Tão cedo? – "Draco sempre gostou de acordar tarde, deve ter sido pior do que imaginei".
– Não teve uma noite boa, me parece que não dormiu nada.
– Porque não me chamou? – saiu andando e entrou na sala de jantar rapidamente.
– Se passou mal durante a noite era para ter me chamado! – repreendeu Malfoy muito séria. – Estou aqui para isso.
– Mas internamente Gina estava dividida, durante a noite percebera que havia algo errado, mas não se levantou, estava pensando em se vingar de Malfoy o maltratando, sendo negligente, mas fizera um juramento, deveria cuidar de quem precisasse de seu auxilio.
– Não vou ficar implorando cuidados Weasley. – disse um Malfoy abatidíssimo.
– Problema seu então, teimoso. – ela também não iria ficar cuidando de um orgulhoso.
– Só uma pergunta: Por que, afinal não posso dizer nem a minha família quem você é ou onde mora? – disse se sentando e passando geléia de framboesa "minha favorita" em uma torrada.
– Simplesmente porque seu irmão me mataria sem pensar duas vezes. – tomava calmamente seu chá.
– Tem razão. Por que você me contratou? – mordia a torrada "essa é a mesma geléia que ele me comprou uma vez em um piquenique que fizemos no jardim de Hogwarts, o que ele quer com isso? Não vou comer mais."
* Flashback*
– Chegamos! – ele sorria.
Draco tirou a venda de Gina.
– Oba! Piquenique! Draco, mas se alguém nos vir?
– Não se preocupe, estamos longe do castelo. – disse dando um selinho em Gina. – Espera pra ver o que trouxe para você! Abre a boca e fecha os olhos.
– Ai que infantil Draco!
– Vai logo! Senão eu não te dou mais. – fez cara de mau.
– Tá bom. Você sabe que sou curiosa!
Gina sentiu o gosto da torrada com geléia de framboesa.
– Humm! Muito bom, você comprou para mim?
– Claro eu reparei que é a sua preferida, você sempre come no café da manhã.
– Se você ficar me observando desse jeito vão desconfiar.
– Pois que descubram, não estou nem aí!
– Não era só uma pergunta? – ele sorria. "Será que ele percebeu que eu notei a geléia?"
– Se não quer não responda! – ela disse. "Que irritante"
– Te contratei porque é uma boa profissional. – se levantou com dificuldade e o auxilio da bengala que usava. – Com licença.
– Onde você vai? – "vai fugir da conversa!"
– Não se pode nem ir ao banheiro em paz? – parecia irritado.
– Desculpe. – ficou envergonhada.
Gina ficou sozinha, e terminou sua refeição. Foi procurar Malfoy, precisava examiná-lo para saber que doença ele tinha, mas não o encontrara a manhã toda.
– Senhor Bean, onde está o Malfoy? – ele tinha que saber onde se encontrava seu patrão.
– Todas terças ele sai, vai dar uma volta no jardim.
– Mas ele se locomove com tanta dificuldade, como "passeia por aí"? – disse deixando o baixinho sozinho e se dirigindo ao jardim.
– Espere! Ele volta para o almoço.
Mas Gina não distinguiu as falas de senhor Bean. Saiu pelo jardim procurando, andou muito e não o encontrou. "Que estranho, era para ele estar por aqui."
Resolveu voltar para casa, foi para seu quarto. Lá encontrou Pichitinho com uma carta amarrada a patinha.
– Você me encontrou Pichitinho! De quem é a carta? – disse fazendo carinho nele, que estava orgulhosíssimo por encontrá-la, e voava alegre de um lado para outro.
Gina desamarrou a carta e começou a ler:
Virgínia Weasley!
Aonde você está? Foi te visitar e levar mais dinheiro no apartamento, quando chego não te encontro, perguntei à dona do prédio e ela me disse que você entregou o apartamento!!!!
Como você sai de lá e não me avisa! Eu e Hermione estamos seriamente preocupados, fora ela, você é minha família Gina!!! Só restamos nós dois e devemos nos ajudar proteger.
Se você está lendo é porque Pichitinho te encontrou, confiei a ele a carta já que gosta tanto de você e te encontraria em qualquer lugar.
Me responda logo.
Seu irmão que te ama
Rony
Gina ficou emocionada ao ler a carta. Tinha esquecido de avisar Rony na euforia do emprego conseguido. Pegou papel e pena que estavam em cima da escrivaninha do quarto.
Queridos Rony e Hermione
Me desculpem por não avisar que sairia do apartamento. Mas é que foi tão de repente!
Richard conseguiu uma entrevista de emprego para mim, e depois de um tempo fui contratada. Estou na casa do doente, sou enfermeira dele, mas não posso dizer quem ele é nem onde mora, senão serei despedida. Você entende né?
Beijinhos
Gina
Enquanto escrevia Pichitinho descansava. Depois que terminou, Gina desceu para pegar algo para ele comer, foi quando viu que Malfoy tinha voltado.
– Onde você estava? – Perguntou uma Gina muito irada.
– Preocupada comigo agora é? – disse cambaleando e se apoiando mais na bengala.
– Olha o seu estado. Está doente, eu nem fiz o seu exame geral ainda. – "Como ele é infantil"
– E nem vai fazer. – sustentava um olhar arrogante.
– Como não? Como vou saber o que você tem?
– Não quero se examinado com esses feitiços que vocês medi-bruxos usam! – parecia uma criança com medo de injeção.
– Mas vai! Ou vou embora, pois sem os exames não tem como cuidar de você. – "O que ele está querendo esconder de mim?"
– Vamos ver! – disse saindo da sala.
– Teimoso! – "Não sei como um dia pude te amar."
Foi até a cozinha e encontrou comida para Pichitinho. Subiu para o seu quarto e o alimentou.
– Você já descansou? Já quer ir embora? – perguntou docemente a Pichitinho, que voava novamente de um lado a outro.
Gina amarrou a carta e abriu a janela que havia fechado. Deu um beijinho em Pichitinho e ele saiu pela janela indo embora. Ela ficou observando a pequenina coruja desaparecer no horizonte e resolveu ir almoçar, mais tarde teria trabalho. Convenceria Malfoy a fazer os exames de qualquer maneira.
No próximo capítulo: Será que Malfoy deixará Gina fazer os exames nele? O que ele está querendo esconder dela?
N.A.: E aí, gostaram? Sim ou não? Reviews já!!!
