A Cura pela Dor

Capítulo 7 – Uma Informação Útil

À tarde Gina foi ao jogo de quadribol dos Chudley Cannons, com o ingresso que Harry havia lhe dado. Ela pensou que a partida poderia distraí-la. E realmente ajudou, ela torceu, vibrou e novamente por uns minutos esqueceu seus problemas. O time com muito esforço venceu, graças a Harry que pegou o pomo de ouro na hora certa e soube comandar os outros jogadores durante a partida. Depois do término da partida Gina encontrou Harry e ele a chamou para um jantar.

– Gina o que você tem, está diferente, preocupada? – um Harry com semblante preocupado a olhava.

– Não, eu estou bem! – tentava parecer animada, mas estava mesmo preocupada.

Depois que ela, Rony, Hermione e Harry se tornaram uma família, passaram a se conhecer melhor e sempre sabiam quando o outro estava triste ou preocupado.

No dia seguinte Gina voltou a biblioteca do Ministério. Agora com a ajuda de Hermione começou a redigir sua pesquisa cientifica, porque assim além de saber mais sobre a maldição conseguiria mais uma especialização em medi-bruxaria, e dessa maneira ninguém desconfiaria do por que dela estar pesquisando justamente esta maldição.

Ela precisava encontrar a receita da poção Curare, afinal era a maneira que parecia mais adequada para curar Draco, já que o feitiço protetor precisava de alguém com laços de sangue e Draco não possuía mais os pais, Lucio Malfoy que morrera depois da derrota de Voldemort e Narcisa  que morrera quando Draco estava no sétimo ano, fora os dois ele não possuía nenhum parente vivo. E o feitiço vital parecia ser muito arriscado, ela não saberia controlar a quantidade de energia a ser doada para ele.

Encontrou vários livros que pareciam dizer sempre a mesma coisa, "maldição irreversível...três mitos... possíveis curas..." nenhuma novidade.

Assim se passavam os dias de Gina, na biblioteca. Até que um dia enquanto pegava um livro enorme em uma prateleira,uma senhora idosa se aproximou.

– Você se interessa por essa maldição. Está sempre pesquisando sobre ela. Vitalis, é mesmo perigosa. – disse observando Gina com o canto do olho.

– A senhora sabe algo sobre ela?

– Sim e não.

Esta afirmação irritou Gina, aquela senhora estava brincando com ela.

– Mas, a senhora conhece a cura?

– Sim e não.

Essa foi demais.

– SIM OU NÃO!!! – gritou Gina.

– Eu não conheço a cura mas sei onde ela se esconde. – respondeu calmamente a velhinha.

– Como assim?

– Camelot.

– O quê?

– Ora moça, você não conhece o povoado bruxo de Camelot? Foi lá que o mago Merlin guardou a receita da poção Curare.

– Verdade?! – Gina sentiu um fio de esperança.

– Sim e não.

Gina já estava desistindo de conversar com aquela senhora. "Como ela é irritante!!"

– Por que sim e não?

– É um boato, apenas mais uma parte na teia das lendas dessa vida, minha jovem. – a velhinha sorriu para Gina e saiu do corredor.

Gina resolveu falar com Hermione em sua sala, ela não podia ir confiando em todas as informações que uma desconhecida a dava.

– Mione, eu sei que você está ocupada, mas poderia falar comigo um minutinho?

– Claro Gina. – Hermione pediu licença ao garoto que estava ajudando e foi falar com Gina.

– Mione você já ouviu falar do povoado bruxo de Camelot?

– Por que você quer saber? É relacionado com  sua pesquisa?

– É sim. Eu ouvi dizer que os manuscritos com a poção Curare, da qual lhe falei, estão guardados lá.

– Interessante. Pelo que eu sei Camelot era moradia do lendário Rei Artur das histórias trouxas.

– Mas nós bruxos também conhecemos a história de Artur, só que o chamamos mais de Guidion, que era o nome bruxo dele.

– Ah, já li sobre Guidion mas não tinha associado com Artur! Então o povoado de Camelot é o que restou da moradia dele, agora é chamado de Guidion em homenagem.

– Preciso saber onde fica esse povoado...

– Você pretende ir lá?

– Algum problema?

– Você não precisa fazer tudo isso pela pesquisa Gina!

– Mas não é só uma questão de pesquisa Hermione, é um caso de vida ou morte. – "Ops falei demais..."

– Explique-me isso melhor Gina. – Hermione estava com um olhar sério que não admitiria mentiras, nem desculpas esfarrapadas.

– Você se lembra do meu emprego de enfermeira?

– Sei...

– O meu paciente era um sigilo absoluto, não era?

– Era...

– Ele é Draco Malfoy.

Hermione lançou um olhar de incredulidade à Gina.

– Mas dizem que ele morreu.

– E vocês acreditaram nisso por comodidade, com ele morto os problemas iriam com ele.

– E o Malfoy está com a maldição! É isso Gina?

– É.

– E por que você quer salvá-lo? Ele matou seus pais, preferiu ser um comensal a ficar com você.

– Eu não sei Hermione!! – Gina começou a chorar e Hermione a abraçou.

– Calma Gina, não precisa me dizer nada se não quiser. Está bem.

Gina se soltou de Hermione, limpou os olhos, segurou as lágrimas que ainda teimavam em querer ser derramadas.

– Eu quero curá-lo porque o amo.

– Mas Gina...

– Não tem mas, Mione, eu simplesmente o amo. Mesmo que ele tenha preferido o cargo de comensal a mim, mesmo que ele tenha matado minha família, mesmo que da ultima vez que o vi ele tenha recusado minha ajuda e me mandado embora da casa dele... É um sentimento mais forte do que eu, é irracional, ele estava guardado e disfarçado de ódio dentro de mim desde que tínhamos terminado o namoro e quando o revi e soube que ele morreria esse sentimento aflorou e eu não posso controlar...

– Fica calma eu vou te ajudar a encontrar esse manuscrito, mas não vamos falar nada para o Rony, ele não entenderia.

– Obrigado Mione!

Hermione e Gina descobriram a localização do povoado de Guidion, ele se encontrava meio escondido, no oeste da Inglaterra, para os trouxas só eram vistos destroços de onde foi o Castelo de Caerleon, no País de Gales, mas para os bruxos se viam casas e mais casas do vilarejo.

Depois de checadas as informações as duas disseram para Rony, que andava muito ocupado investigando uma denúncia de corrupção no Ministério para o Profeta Diário, que iriam aprofundar a pesquisa da Gina no povoado, ele não fez oposição e as ajudou a comprar as passagens de trem para a viagem.

No dia do embarque, à uma hora da tarde, Rony não as acompanhou a Estação de Londres, porém isso não dificultou, afinal elas não levavam muitas bagagens, a viajem era curta e elas não pretendiam ficar muito tempo lá. Gina e Hermione logo acharam um vagão vazio para ficarem a vontade, o percurso foi tranqüilo e durou cinco horas.

Elas desceram na Estação de Cardif, e lá alugaram uma carruagem para chegar a Guidion. Foi mais uma hora de viagem. Quando chegaram no vilarejo estavam exaustas, logo encontraram uma pensãozinha, que era a única da cidade na qual puderam se alojar. Alugaram uma suíte para as duas juntas,  como já havia anoitecido resolveram dormir e descansar.

No dia seguinte teriam muito o quê procurar e pesquisar.

N.A.: Desculpem pelo Draco ainda não aparecer nesse cap., mas o futuro reserva aparições constantes dele, tá! Se estiver algo confuso me mandem reviews...

*Emoções aguardam os próximos capítulos. A trama se fecha...*

Agradecimentos a TODAS que me mandam reviews!!! Entre elas Soi, Bru Malfoy, Angel Malfoy, May Malfoy, valeu pela atenção!!!! Também agradeço ao meu beta-reader Victor Ichijouji, e a Jaqueline Granger!

Continuem mandando, REVIEWS JÁ!!!!!! Beijinhos!!! Biba