A Cura pela Dor

Capítulo 9 – Por um fio

Agora que tinha todos os ingredientes Gina aparatou na casa de Draco, mais precisamente na sala de estar. A casa estava muito suja, definitivamente ninguém a limpava há no mínimo duas semanas. Andou pelos cômodos procurando Draco ou senhor Bean, porém não estava encontrando-os. Parecia estar tudo abandonado. "Não acredito que ele foi embora! Ou... Será que aconteceu algo ruim a ele." Gina já estava começando a se desesperar quando entrou no quarto de Draco, mas suspirou aliviada, lá estava ele. Porém sua sensação de alivio não durou, assim que o viu melhor, pode perceber o quão mau ele estava. Ela se aproximou da cama onde ele estava deitado e com receio chamou:

– Draco. – ela estava com medo de tocar nele e o descobrir morto.

– Gina.. – "Ele está vivo! Que bom." – ela pensou.

Draco estava realmente pálido, respirava com dificuldade e fazia muito esforço para falar com Gina.

– Não diga nada. Eu vou te curar, tem uma poção...

– Não existe cura para.. essa maldição.. – respondia ele entre pausas para respirar.

– Existe sim. Eu pesquisei, a cura foi inventada por Merlin. É uma poção famosa que curou Guidion.

– Vá embora..

– Não acredito que você está me expulsando quando venho te ajudar de novo. – não era possível ele fazer isso novamente

– Aqui é perigoso.. eles estão atrás de mim..

– Eu não vou de jeito nenhum! – respondeu resignada. – Espera aí! Eles quem estão atrás de você?

– Esquece.. vai embora.

– Não vou. – agora que estava ali não desistiria.

Oh I am what I am / Oh eu sou o que sou
I'll do what I want but I can't hide / Farei o que quiser mas eu não posso esconder
I won't go I won't sleep / Eu não vou embora eu não vou dormir
I can't breathe until you're resting here with me / Eu não posso respirar até você estar aqui descansando ao meu lado
I won't leave I can't hide / Eu não partirei e eu não posso esconder
I cannot be until you resting here with me / Eu não posso existir até que você esteja descansando ao meu lado

Ela abriu a grande mala que trouxera consigo, de dentro tirou um caldeirão pequeno, e cuidadosamente cada embalagem que continha os ingredientes, além da cópia do manuscrito.

– Eu vou começar a preparar a poção. Não seja teimoso, vai dar tudo certo.

– Gina.. você não entende..

– Shiiiiii!!!

Gina cautelosamente misturava os ingredientes no caldeirão. "Será que tenho o amor suficiente para a poção dar certo?". Mas inconscientemente ela sabia que sim. A poção borbulhava no caldeirão, agora só faltava dizer as palavras que ativariam a mágica curadora:

– Essas ervas extraem toda sua vida e energia para unidas dá-la a outra pessoa. – Gina furou seu dedo e deixou escorrer uma gota na poção, segundo Merlin, o sangue derramado por ela à ele seria uma prova de amor. – Que meu amor anule a maldição Vitalis.

Um último borbulho se deu na mistura e ela se tornou repentinamente de quente e vermelha a azul e fria. Gina teve medo, será que aconteceu essa mudança repentina porque não tinha dado certo? Só havia uma maneira de saber...

– Draco a poção está pronta, agora é só beber. – disse pegando um pouco da poção e colocando em um copo.

– Não tão rápido ruivinha!

Gina virou-se e viu a porta um vulto desconhecido, mas a pessoa entrou e com a luz pode ser reconhecida, era Kate, a enfermeira de Draco.

– O que você quer? – não deixaria aquela loira azeda atrapalhar.

Porém tudo aconteceu muito rápido, e Gina nada pode fazer para evitar. Em um segundo, com um feitiço, Kate derramou o caldeirão inteiro de poção aos pés da cama de Draco, e ainda o copo que Gina segurava.

– NÃO!!! – Gina gritou mas era tarde demais.

– O Malfoy é nosso, a tortura dele não será evitada por ninguém! Ele tem pagar pelo que fez. – a loira olhava Gina com arrogância, como se ela não fosse nada.

– Sua desgraçada!!! – Gina estava realmente nervosa, quem essa Kate pensava que era para chegar e acabar com tudo dessa maneira. – Rictusempra!

Uma luz prateada saiu da varinha de Gina e atingiu Kate que ficou sem ar por um instante, mas logo se recuperou.

– É o melhor que você pode fazer? Expelliarmus!

Logo Gina estava sem sua varinha. "Idiota! Por que não a desarmou primeiro?" Mas em um surto de raiva como nunca tivera pulou em cima de Kate, derrubou-a no chão e começou a socá-la. Kate revidava na medida do possível atingindo Gina com arranhões e puxando seu cabelo. Gina notou que estava levando a melhor na briga, Kate parecia estar se cansando e tinha apanhado bem mais.

De repente Gina ouviu passos atrás de si e foi puxada para cima por Kate. A ultima palavra que ouviu foi: Estupefaça!

Quando abriu os olhos Gina percebeu que estava ao lado de Draco, ambos jogados no chão úmido e frio de uma cela, pareciam estar em um tipo de masmorra. As paredes eram esverdeadas pelo limo, e as grades pareciam impossíveis transpor-se. Voltando sua atenção a Draco percebeu que ele estava inconsciente, tocou-o e o sentiu muito frio, mais do que costumava ser, mas não estava morto porque, para seu alivio, ainda respirava.

Gina se aproximou mais de Draco e resolveu deitar sobre ele, assim o aqueceria. Ela se aninhou junto do corpo dele e tentou passar o calor de seu corpo para ele. Os dois ficaram assim muito tempo, Gina adormeceu, afinal estava cansadíssima, o dia tinha sido corrido, ela acordou em Guidion, foi até a casa de Willian Grey, o detentor dos manuscritos de Merlin, voltou de trem para A Toca, depois foi até o Beco Diagonal, inclusive à Travessa do Tranco, depois foi até a casa de Draco e agora estava presa.

– Gina.. – ele a acordou falando em seu ouvido.

– Draco!

– Eu estou.. morrendo. – disse com dificuldade.

– Não você não está! – lágrimas começavam a escorrer do rosto de Gina.

– Estou.. sem ar..

– Eu vou dar um jeito de sairmos daqui! – respondeu tentando se levantar, mas foi impedida por ele.

– Sabe.. onde.. estamos?

– Não.

– Azkaban.

– Por que nos trouxeram para cá?

– Aqui.. é.. refugio.. dos comensais.. sobreviventes..

– Por que eles querem se vingar de você? Eu ouvi aquela Kate dizer isso.

– Ela.. me enganou.. é.. comensal..

– Mas por que eles querem se vingar de você?

– PORQUE ELE NOS TRAIU!!!

Pedro Pettigrew estava em frente a cela deles, e tinha uma cara assustadora.

– O que ele fez? – Gina perguntou com a voz falha.

– Ele se recusou matar a patética da sua família!!! – respondeu se aproximando da cela. – E por isso uma das nossas mais fiéis comensais foi capturada! Pobre Pansy, presa por causa desse incopetente. – ele apontava para Draco com a mão mágica prateada.

Gina não sabia o que dizer ou pensar. "Como Draco se recusou a matar minha família?" Essa foi a verdade que ela acreditou todo esse tempo, ela tinha certeza disso, e de repente alguém a dizia o contrário!

– Mas.. eu fiz.. o que .. pude.. tirei.. as barreiras.. mágicas da casa..

– E NA HORA DE FAZER O PRINCIPAL VOCÊ DEU PRA TRÁS! – gritava Rabicho. – Vai pagar por isso! Você e a sua Weasley vão ficar presos até morrerem aqui. Esperem que mais tarde mando uns dementadores para lhes fazer companhia.

Rabicho virou as costas e foi embora. Gina odiava ainda mais esse "homem", quando Voldemort morreu ele conseguiu escapar deixando Harry e Rony muito feridos.

– Gina .. – disse levando a mão tremula ao rosto dela – Tente salvar-se..

– Não eu vou ficar com você, e é impossível sair daqui sem ao menos termos varinhas.Por que você nunca me disse? – ele omitira algo importantíssimo como isso para ela.

Oh I am what I am / Oh eu sou o que sou
I'll do what I want but I can't hide / Farei o que quiser mas eu não posso esconder
I won't go I won't sleep / Eu não vou embora eu não vou dormir
I can't breathe until you're resting here with me / Eu não posso respirar até você estar aqui descansando ao meu lado
I won't leave I can't hide / Eu não partirei e eu não posso esconder
I cannot be until you resting here with me / Eu não posso existir até que você esteja descansando ao meu lado

– Você.. não.. acreditaria.. – Draco começava a derramar algumas lágrimas pelos olhos cinzentos.

Gina ficou surpresa. Draco jamais chorara ou demonstrara nenhuma emoção desse tipo na sua frente.

– Eu acreditaria. Fui capaz de te perdoar por ter matado meus parentes, e querer te curar... aliás quem lançou a maldição em você?

– Pansi.. foi ela.. Gina.. preciso.. te dizer.. te amo..

– Eu também te amo Draco. Nós não vamos morrer aqui. Você não vai morrer!

Ela se aproximou mais levando seus lábios aos dele num beijo suave, que ele correspondeu como podia. Estava resolvida faria o feitiço vital em Draco, mesmo que morresse fazendo-o.

Concentrou-se e colocou suas mãos sobre as de Draco, pensou em seu amor por ele, que pulsava dentro de si. De repente sentiu como se todo esse amor saísse de seu corpo, toda sua força, que havia sido recuperada durante o sono, fluía das suas mãos para as de Draco. Como ela estava deitada ao lado dele pode senti-lo se mexer. Seus olhos estavam fechados, ela não tinha mais força para mantê-los abertos, mas podia destingir uma luz azul que emanava de si para ele.

Aos poucos não podia mais pensar, nem se mexer, e tudo escureceu...

N.A.: Essa música é Here with me da Dido, eu adoro colocar uma música na história né? Não tem jeito... E aí? Resolvi o mistério do Draco. Ele é inocente! Alguns já desconfiavam disso... Estou pensando em fazer um capítulo com a visão do Draco do dia do ataque aos Weasleys, para explicar melhor o que aconteceu, e aí, vocês acham legal? (Sim ou não?) REVIEWS JÁ!!!!!!!

*Será que a Gina morreu?* - Continuem lendo para saber.

Agradecimentos a quem me mandou os últimos reviews... Carol, Regina... também a Bella, Bru Malfoy, Jaqueline Granger, Rita Malfoy, espero que não tenha esquecido ninguém!

#Leiam em breve a fic do meu maninho e beta-reader: Uma viagem inesperada de Victor Ichijouji

Sinopse: Através de uma chave de portal Harry, Rony, Hermione, Gina, Neville e Draco são transportados para um local misterioso, que aparenta ser algo que na verdade não é. Neste local eles vão desvendar um grande mistério e descobrir o que um realmente sente pelo outro, além de novos sentimentos e emoções. Ação, aventura e muito romance te aguardam.#