A Cura pela Dor

Capítulo 10 – Como tudo aconteceu

N.A.: Esse capítulo é com a visão do Draco sobre tudo.

Draco sentia toda energia voltar para seu corpo, mas não estava certo de onde vinha, somente poderia ser de Gina que estava ao seu lado. Não tinha mais tanta dificuldade de respirar, e nem tanta fraqueza, sentia-se novamente vivo. Ficou um tempo deitado com seus olhos fechados se recuperando do excesso de energia que recebera, quando percebeu que Gina não se mexia ao seu lado. Ele abriu os olhos e se virou para ela. O que havia feito para ele? Ela parecia mal, estava muito fria, quando percebeu isso Draco se desesperou, porém raciocinou um pouco e notou que ela ainda respirava, mesmo que com dificuldade. Draco tirou a capa que vestia e colocou cuidadosamente sobre ela, com a ilusão que pudesse aquecê-la.

Ele sentia-se bem, e estranhava o fato. O que Gina teria feito para cura-lo da maldição? Se a poção que ela havia dito que o curaria tinha sido jogada fora por Kate, o que mais ela poderia fazer? Isso não importava, se agora quem estava doente era ela o que ele faria para ajudá-la?

Agora que ela sabia que ele era inocente e o aceitava não poderia morrer! Como ele viveria sem ela? Daria um jeito de tirá-la dessa cela e levá-la a um medi-bruxo.

*Flashback*

– Muito bem Malfoy! Os feitiços protetores não nos bloqueiam mais. Vamos entrar, e não se esqueçam comensais, nenhum Weasley deve sobreviver. Devemos vingar o fim de nosso mestre! – Pettigrew dizia com certa audácia. Depois da derrota de Voldemort o rato criara coragem e passara a comandar os Comensais da Morte sobreviventes.

Draco não estava feliz com sua situação de comensal, por ela fora obrigado a separar-se de Gina, que tanto amava, e também a matar muitas pessoas, não que ele se importasse com a vida delas, mas matar por matar não era nada interessante. Ainda por cima o inútil do "seu lord" havia perdido para o "menino que sobreviveu", e seus amigos "Sangue-Ruim e pobretão Weasley". Ele não tinha a menor vontade de vingar uma derrota que não fora sua, mesmo que seu pai também tivesse morrido na batalha, tinha sido por uma falha própria e, como Draco nunca aprendeu a amar o pai, apenas respeitá-lo, não sentiu nenhuma tristeza com sua partida e sim um alívio. Agora era livre, faria o que quisesse de sua vida.

A primeira medida era procurar Gina e se desculpar, porém estava com medo que ela estivesse na Toca e também fosse assassinada, porém ele faria qualquer coisa para evitar a morte dela.

Quando entraram na sala de jantar os comensais começaram a gritar coisas aos Weasleys que Draco nem ouvia, afinal estava preocupado em saber se Gina estava entre eles, depois de alguns minutos angustiantes de procura ficou aliviado de Gina não estar presente, ela devia estar na Escola de Medi-bruxos de Londres como ele ouvira dizer. Lembrou-se que ela sempre sonhara em cuidar dos outros, como ela podia ser tão oposta a ele?

– Draco! Você não está me ouvindo? Onde você vai? – Pansy o olhava com a conhecida cara de buldogue.

Os dois se encontravam sob a soleira da porta de entrada da Toca, Draco após notar que Gina não estava presente começou a sair da casa inconscientemente.

– Claro que estou ouvindo!

– O plano melou! Todos os outros comensais estão estuporados! Só restamos nós dois, até o Rabicho caiu. Esses Weasleys estão espertos.

– Mas três deles estão caídos, o que houve?

– Já me livrei deles. Parecem ser a mãe, o pai e um dos gêmeos. Dê um jeito nos outros três!

– Não quero! – respondeu sem nenhuma paciência. – Vou embora Pansy. Vire-se!

– O quê? Seu traidor! Vai me deixar sozinha aqui?

– Qual o problema?

– Esse... – Pansy fez uma cara furiosa, mas Draco não achou que ela faria o que fez a seguir. – Vitalis!

Draco ficou chocado, mas como era pertinente à maldição, na hora ele não sentiu nada fisicamente, os efeitos da mesma eram notados aos poucos... Virou-se para Pansy e murmurou.

Estupefaça!

Ele se arrependeu dessa atitude posteriormente. Deveria ter lançado um Avada Kedavra nela, assim quando voltasse a si ela não mataria Gui, Carlinhos e Fred Weasley.

Após lançar o feitiço em Pansy, Draco foi para a Mansão Malfoy. Teria que fugir rapidamente, logo os comensais viriam atrás dele o acusando de traição. Fez suas malas e foi para uma cidade distante, na qual alugou uma casa trouxa que reformou tornando grande e espaçosa por dentro, como nas barracas de acampamento bruxas. Levou consigo o mordomo que havia contratado há um tempo, Carl Bean, ele parecia "leal e confiável como os empregados sempre devem ser", como Lúcio dizia.

Na segunda semana morando escondido começou a adoecer devido à maldição, e ficou sabendo que Pansy tinha sido presa. Com certeza depois que despertara foi a única que continuou na casa, matou os Weasleys restantes e foi pega por aurores, e ainda o tinha acusado de matar a família.

Agora ele estava completamente sem esperanças. Amaldiçoado, doente e provavelmente mais odiado do que nunca por Gina!

Até que ficou sabendo que ela procurava emprego como medi-bruxa e como ele precisava de uma enfermeira não resistiu e pediu para senhor Bean contratá-la. Quando ela apareceu na casa Draco ficou hipnotizado. Mesmo brava com ele, ela estava muito mais bonita do que quando haviam namorado... Talvez fosse a saudade que sentia, já que não a via há três anos, quando ela estava finalizando o sexto e ele o sétimo ano em Hogwarts. Ele não a deixaria ir embora de jeito nenhum, como havia vigiado Gina durante todo esse tempo sabia que morava em um apartamentozinho, e orgulhosa como ele sabia que ela era, não moraria com seu irmão recém-casado.

A intenção inicial dele era reconquistá-la, mas como ela estava com ódio dele, Draco acabou por desistir, não a reconquistaria forçando-a a sentir pena dele pela maldição. Não queria que ela fizesse o teste nele. Mas ela acabou conseguindo, como tudo que queria dele. E o mais estranho foi ela abandoná-lo depois do teste, ele acabou se sentindo aliviado por ela não se sentir obrigada a ficar com ele por piedade, mas quando Gina retornou Draco não gostou, não queria ser humilhado por ela, já até tinha arranjado outra enfermeira, e muito bonita por sinal, porém que não significava nada para ele. Então resolveu mandar Gina embora.

Mas quando ela voltou dizendo que o curaria Draco não sabia o que dizer, ainda mais que Kate se revelara a ele uma comensal e Bean estava morto, Gina não poderia ficar com ele, teria que ir embora, contudo ela ficou e ainda fez a poção que o curaria se não fosse por Kate.

Quando ele estava morrendo, ambos foram levados para Azkaban por Rabicho e Kate. Gina ficou sabendo que Draco não havia matado seus pais e para Draco parecia que ela tinha feito à ele um feitiço de doação de energia, só podia ser isso!

"Gina fez um feitiço vital em mim! Ela doou sua energia para mim. Maluca! Dessa maneira ela pode morrer". Agora Draco tinha noção da gravidade da situação de Gina.

Ele se aproximou dela e a abraçou para aquecê-la, a capa de nada adiantava, pois ela continuava fria e sem vida. Abraçando-a no seu colo Draco percebeu a saudade que sentia de Gina. Ela mudara no tempo em que ficaram separados. Prestando atenção no rosto sereno que via à frente notou que ela não tinha mais a carinha de criança que tinha quando namoravam, agora com dezenove anos Gina tinha traços de mulher, porém mesmo com todo o sofrimento que passara ela ainda parecia ser inocente, nesse ponto que eles sempre discordavam, Draco não se conformava de Gina acreditar cegamente em quase tudo que lhe diziam, nem com Tom Riddle ela aprendera a não fazê-lo, Draco sabia que continuaria assim para sempre.

–  Que cena romântica! – Kate disse com ar debochado – Malfoy traidor e a Weasley sonsa... Espera aí! Você não estava quase morrendo?

– Estava! – Draco respondeu se levantando e ajeitando Gina sobre a capa. – Mas quem vai morrer é você!

– Ai ai! Que medo! – fingiu tremer – Você vai fazer o que? Me matar de rir? Porque é só o que você pode fazer preso nessa cela e sem varinha!

– Chegue mais perto para você ver o que posso fazer com essa sua cara ridícula.

– Ridícula? Mas bem que você me contratou para ser sua enfermeira pela minha cara ridícula!

Poft!

– Draco viu de repente Kate cair desmaiada no chão e não entendeu o porquê, até surgir do nada duas pessoas conhecidas à ele: Rony e Hermione.

– Saia de perto da minha irmã Malfoy! Não basta matar meus pais e meus irmãos, quer mata-la também. Como ela pode gostar de você? – Rony estava furioso. – O que você fez à ela?

– Eu não fiz nada! – Draco respondeu.

– Por que ela está desmaiada? – Rony desconfiava de Draco.

– O que vocês estão fazendo aqui? – revidava.

– Calma! Um de cada vez. – Mione tentava organizar a discussão. – Malfoy eu sabia que Gina iria atrás de você para cura-lo da maldição e por segurança, sem ela saber, coloquei um feitiço rastreante nela e fiquei vigiando. Quando vi que Gina estava em Azkaban contei a Rony e viemos ajuda-la o mais rápido possível, e trouxemos conosco a capa de invisibilidade de Harry  que estava esquecida em casa. Agora diga o que houve?

– Gina me curou com um feitiço vital, passou a energia dela para mim. Porque... – disse ele lançando um olhar preocupado à Gina. – Essa Kate é comensal e atrapalhou tudo, não permitindo que Gina me desse a poção.

– Ela é louca! – Mione descontrolou-se. – Rápido Rony abra a cela! Se não ajudarmos ela pode morrer.

Alorromora! – Rony não achava que esse simples feitiço adiantaria, mas tentou mesmo assim.

Deu certo. Os comensais sem o comando de Voldemort não pareciam muito precavidos. A porta de ferro se abriu e os dois entraram.

– Faz quanto tempo que ela fez o feitiço em você Malfoy? – Hermione perguntou se aproximando de Gina e colocando a mão sobre o rosto dela.

– Não sei exatamente. Fiquei um bom tempo me recuperando da reenergização até ficar consciente. – Malfoy respondia enquanto olhava para Rony, ele parecia que lançaria um feitiço em Draco a qualquer instante.

– Ela está muito fria. Vou usar outro feitiço energizante para ela recuperar as funções vitais, e ao menos acordar.

– Como você sabe de tudo isso? – Draco estava achando que não daria certo.

– Curso de emergência médicas, todos deveríamos fazer um dia! E vou fazer um feitiço simples: Enervate!

Gina não acordou. "Sabia que não daria certo." – pensou Draco.

– Mione eu sei que você está ocupada, mas devemos sair daqui antes que ela acorde. – Rony disse apontando para Kate que continuava jogada ao chão.

– Tem razão. Malfoy leve Gina. – Hermione ordenava à ele, porém Draco estava tão preocupado em sair daquele lugar e salvar Gina que nem se importou de receber ordens dela, e acatou sem nem ao menos reclamar.

Saíram pelo corredor, Rony à frente, Hermione ao seu lado, e Draco atrás carregando Gina no colo. Por sorte nesse corredor não encontraram ninguém.

– Por aqui. – Rony os guiava para a saída.

– Quando já estavam no salão de entrada de Azkaban deram de cara com Rabicho e quatro comensais.

– Onde vocês pensam que vão? Ninguém leva meus prisioneiros! – olhou para os comensais e ordenou. – Segurem-nos.

Rony e Mione começaram a proferir feitiços para se defender. Draco estava perdido, afinal não tinha varinha e ainda levava Gina no colo.

– Tome! – Draco segurou na mão o que Hermione o havia jogado, era a capa de invisibilidade.

– Ele a segurou e sem pensar duas vezes deitou Gina no chão colocando a capa sobre ela. Procuraria uma forma de fugir, quando encontrasse voltaria e pegaria Gina. Olhou em volta e encontrou uma janela sem grades e vigia, era só sair de dentro de Azkaban que poderia aparatar levando Gina. Porém quando voltou aonde deixara Gina se desesperou. Ela não estava mais lá.

Voltou pelo caminho que viera deixando Rony e Hrmione duelando no salão. Teria que reencontrar Gina.

Agradecimentos a todo mundo que me mandou review: Soi (que me deixou vários reviews de uma vez!), Bru Malfoy (que legal que vocês tão lendo, ou vão ler As brumas de Avalon!), a Rafi (nem esquentei do negocio do tamanho do cap, eu também gosto de ler capts GRANDES + não consigo escrever assim...), e com todas que leram!

*Onde será que Gina está? Os quatro conseguirão sair de Azkaban?*

REVIEWS JÁ!!!!!

Leiam a fic da minha miga Jaqueline Granger: Na escuridão da sua ausência. Sinopse: Ao terminar os estudos, Rony e Hermione se casam. Por ironia do destino ela morre logo depois, em um parto complicado. Rony sem agüentar a dor, toma uma poção, morre e vai parar no Limbo, lutando pelo amor de sua vida e para poder cuidar de seu filho recém nascido. Tá mto fofa a fic!!! Eu recomendo!