10-Caos

                Quando Hermione e Rony chegaram a sala de Dumbledore Harry já havia terminado de contar o pesadelo. Eles não vieram sozinhos, a professora McGonagall estava com eles e aparentava estar nervosa:

                -Alvo preciso muito falar com você!-Minerva exclamou ao entrar na sala.

                -Vocês poderiam nos dar licença, por favor! Mais tarde eu os chamo novamente.-disse o diretor se referindo ao quarteto.-Cathy saiu da sala de Dumbledore um pouco nervosa, pois o diretor novamente dera a impressão de saber o seu segredo. Mas como se ela nunca contara a ninguém nem mesmo a sua madrinha? Com isso na cabeça ela nem se preocupou com o que tinha acontecido, que deixara a professora McGonagall tão nervosa, e nem estava prestando atenção na conversa dos amigos.

                -Cathy! Cathy! Terra chamando Catherine!-Harry exclamou despertando-a de seus pensamentos.

                -Ah! Desculpem-me, estava distraída.

                -Isso nós percebemos! Eu queria era saber o motivo de você estar no mundo da lua.-Mione comentou.

                -Não é nada não. E então o que aconteceu? Por que a professora McGonagal estava tão nervosa?

                -Era sobre isso que estávamos falando enquanto você estava no mundo da lua. Os jornais chegaram e o ministério dessa vez não conseguiu abafar totalmente o problema.-Mione continuou.

                -Claro que o Fudge não conseguiu impedir os jornalistas de comentarem o assunto. Azkaban já estava um pouco desacreditada, por causa da fuga do Sirius e a história do Crouch jr. Imagina agora, que os dementadores abandonaram a ilha e libertaram todos os prisioneiros!-Rony comentou.

                -O Profeta Diário admitiu a possibilidade de Você-sabe-quem ter recuperado seus poderes.-Hermione completou.   

                -Eu achei que finalmente eles iriam acreditar que Voldemort está vivo e os tempos negros estão de volta.-Harry afirmou.

                -É mesmo! O que mais eles estão esperando?-Catherine concordou

                -O problema é que o ministro insiste em dizer que são apenas comensais saudosos tentando assustar os crédulos.-Mione explicou.

-Cornélio Fudge é um idiota!-Harry exclamou

-Ainda não entendi o que deixou a professora tão nervosa.-Cathy questionou.

-Acho que ela também esperava que eles finalmente acordassem para a verdade!-Mione respondeu.

-Seria melhor se tivesse sido assim, mas acho que agora não vai demorar muito.-Harry disse.

-O pior é que estamos à beira de uma crise ministerial.-Mione continuou.-Cathy, nós não combinamos de encontrar a Dani na biblioteca?

-Combinamos. Nunca vi alguém gostar tanto de estudar quanto você!-Catherine comentou.-Vamos!

-Isso é porque não existem duas sabes tudo Granger!-zoou Rony.

-Ronald Weasley ao contrário de você eu sou responsável e gosto de tirar boas notas.-Mione respondeu irritada.

 As meninas passaram a manhã na biblioteca estudando, ou melhor, Mione ficou estudando enquanto Daniela lia sobre a música bruxa e Cathy continuava sua pesquisa sobre fênix.

-Eu não consigo entender como alguém consegue ficar tão calma quanto você! Você não deveria estar estudando Aritmancia?-Mione questionou.

-Ah! Mione dá um tempo, né? Aritmancia é um saco! Eu não vou estudar essa matéria em pleno sábado!-Cathy retrucou.

-Se você acha assim tão chato não sei por qual motivo insiste em fazer esta matéria, afinal ela é opcional, sabia?

-Eu nunca desisto! Não vai ser agora que vou começar, ainda mais agora que com a professora Vector a aula ficou muito melhor. Mione, relaxa que até que eu estou estudando um pouco para recuperar o atraso. Já que Beauxbatons estava muito atrasada nesta matéria!-uma das marcas registradas de Cathy era a teimosia.

-Não sei quando, porque nas quintas-feiras você me enrola me enrola e só estuda Runas Antigas. Você não concorda Dani? Você não acha que ela devia se esforçar mais se quer obter bons NOM's?-Dani sorriu um sorriso fraco que era o máximo que ela conseguia nos últimos dias.

-Mione eu concordo quando a Cathy diz, que você exagera, mas Catherine você realmente devia ser mais responsável. Agora eu realmente não sei é como vocês conseguem gostar tanto de estudar! Cathy eu jamais me daria ao trabalho de ler este livro enorme sobre fênix a não ser que um professor mandasse. A Mione então sem comentários!-aqueles comentários em outra ocasião às fariam rir, mas as três ainda estavam sob o efeito dos últimos acontecimentos.

-Meninas! Já está na hora do almoço. Acho melhor irmos logo. Daqui a pouco vamos ser expulsas mesmo.-Catherine disse vendo o olhar de desaprovação da bibliotecária. As três guardaram os livros e deixaram a biblioteca. Ao chegarem no salão principal se separaram, pois cada uma foi para a mesa de sua casa. Ao chegar na mesa da Sonserina Cathy sentou ao lado de Draco e os dois conversaram como se a discussão da noite anterior não tivesse acontecido.   

Assim o dia passou sem grandes acontecimentos. Harry estava curioso para saber o que Dumbledore queria falar com ele e seus amigos, mas estava em dúvida se o diretor teria tempo no meio daquela confusão. Todos estavam muito nervosos e com medo do futuro. Muitos iam procurar Dumbledore pedindo notícias de casa e os professores estavam desesperados com a quantidade de alunos mais novos que em pânico queriam voltar para casa. No meio daquela confusão era provável que o diretor não arrumasse tempo para continuar a conversa iniciada pela manhã. No entanto, no fim do jantar Harry teve uma surpresa.

-Potter, Dumbledore pediu que eu conduzisse você, Weasley, Granger e Linton até a sala dele.-a professora McGonagall veio chamá-lo. Os três se levantaram e foram com a professora até a mesa da Sonserina onde Cathy discutia com Parkinson.-Linton me acompanhe.-ao ouvir a voz da severa professora de transfiguração em um primeiro momento ela ficou nervosa, mas depois viu os amigos sorrindo e isso a tranqüilizou.

Ao chegarem na sala de Dumbledore este já os estava esperando. Ele rapidamente pediu a Minerva, que os desse licença e ela deixou a sala. Depois ele se ausentou por alguns minutos e voltou acompanhado de um enorme cão negro.

-Sirius!-Harry exclamou. O padrinho de Harry logo assumiu sua forma normal.

-Eu chamei vocês aqui, porque precisamos descobrir uma outra forma de vocês continuarem o treinamento agora que as visitas a Hogsmeade estão proibidas.-Dumbledore iniciou a conversa.-Eu resolvi que Sirius pode vir a Hogwarts em sua forma canina e encontrar com vocês para levá-los até a casa dos gritos. O problema é a senhorita Linton...

-Sirius você não pode fazer isso!-Harry interrompeu.-É perigoso você pode ser pego. Você deveria ir para longe, pois aqui não é seguro.

-Eu não sou importante. Não posso cuidar da minha segurança enquanto não tiver certeza de que você está seguro.

-Qual o problema comigo?-Catherine perguntou voltando para o tema original da conversa.

-Eles três iriam juntos até o salão principal e isto seria menos perigoso, mas você não deveria ir até lá sozinha.-Dumbledore a respondeu.

-Ela poderia usar a capa de invisibilidade do Harry.-Mione opinou.

-Isso seria uma boa idéia senhorita Granger. Você emprestaria a capa a ela, Harry?

-Claro!

-Então está tudo resolvido. Eu aviso vocês quando for para vocês me encontrarem.-Sirius encerrou a conversa e os quatro deixaram a sala do diretor.   

Na manhã seguinte quando o correio chegou todos estavam ansiosos por notícias do mundo fora da escola. Infelizmente, as notícias não foram muito boas. Uma crise entre os mundos bruxo e trouxa era iminente, pois naquele curto espaço de tempo muitos trouxas foram atacados ou estavam desaparecidos. Os alunos cujos pais eram trouxas ficaram apavorados. A maioria dos trouxas atacados não foi à delegacia, porque não entendera o que acontecera. Como entrar em uma delegacia e dizer que foi atacado por figuras encapuzadas, que ao aspirarem te faziam sentir frio e se lembrar dos piores momentos de sua vida?

No entanto não eram só os trouxas que estavam apavorados. Muitos bruxos foram atacados ou viram um trouxa sendo. Pior muitos desapareceram ou viram a Marca Negra. Ninguém tinha mais dúvidas o Terror realmente estava de volta. Entretanto Fudge insistia em negar o óbvio.

Na segunda-feira começaram os rumores de que a Inglaterra teria um novo ministro da Magia. Os boatos duraram por toda a semana e ninguém sabia se era verdade ou apenas boataria. No Profeta Diário, nada saía de concreto, exceto os nomes de alguns desaparecidos ou assassinados e naquela semana não houve um dia em que um aluno não deixasse Hogwarts a caminho de casa, pois perdera algum membro da família. Lilá Brown ainda não retornara a escola, porque sua mãe temia pela segurança dela e queria a companhia da filha em um momento como aquele. Ninguém pôde deixar de notar que nenhum aluno da Sonserina fora chamado até o momento. Cathy temia por seus pais e pela primeira vez ficou aliviada por eles viajarem tanto. Assim correriam menos riscos.

Harry estava muito preocupado com seu padrinho, porque agora a vigilância em Hogsmeade aumentara bastante. Os aurores pretendiam proteger os habitantes do povoado e procurar os prisioneiros foragidos. Eles tinham esperança de que se pelo menos um fosse preso o caos diminuiria um pouco.

Sexta-feira foi um dia bastante agitado. Edwiges finalmente retornou o que deixou Harry aliviado. Primeiro a coruja entregou cartas aos alunos a quem ele a emprestara e depois o entregou o bilhete dos Dursley.

Deixe nossa família em paz! Não queremos saber de nada referente a sua anormalidade. Guarde sua preocupação para gente da sua laia.

O bilhete não estava assinado, mas Harry não tinha dúvidas de que era dos seus tios. Aquela resposta o deixou exasperado, mas pelo menos ele fizera a parte dele avisando-os do perigo. Ele estava pensando em como iria se sentir culpado se algo acontecesse aos Dursley quando ouviu Rony chamá-lo:

-Harry, você reparou que Dumbledore não está na mesa dos professores?-ele olhou para a mesa e só então reparou na ausência do diretor.

-É verdade, mas o que tem de ruim nisso? Ele pode ter resolvido ficar na sala dele.-Harry questionou.

O dia passou e Harry procurou se concentrar nas aulas e não pensar em seus tios, nem no padrinho e nem na ausência de Dumbledore que não estivera no almoço também. O mistério do que acontecera ao diretor persistiu até a manhã de domingo quando O Profeta Diário finalmente esclareceu o que estava acontecendo. A reportagem de capa falava que Fudge finalmente renunciara em uma reunião oficial no ministério no sábado à noite. O ex-ministro fizera um discurso dizendo que não queria ser responsável pelo caos em que o país mergulharia graças a boatos tolos e a credulidade de alguns. Aparentemente Dumbledore tentara convencê-lo a deixar o cargo, mas ele só resolveu quando percebeu que ou renunciava ou sofreria um impeachman. O diretor de Hogwarts o substituiria até que o novo ministro fosse escolhido e Minerva McGonagall o substituiria na direção da escola enquanto isso. O trio ficou apavorado ao ler a notícia. Eles tinham certeza de que se a presença de Dumbledore não impedia os ataques com a ausência dele antes do fim do ano todas as meninas teriam desaparecido.