Uma Luz Brilhante no Meio da Escuridão - VI
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Cá estou eu com o sexto capítulo...é nesta altura que Tomoyo começa a
descobrir os seus sentimentos e descobre qual o motivo da tristeza de
Eriol...Espero que gostem!
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Parte VI " Umas visitas...umas tristezas?"
No dia seguinte, ao acordar, Tomoyo escovou aplicadamente os seus longos
cabelos negros, não conseguindo deixar de pensar nuns lindos olhos azuis-
meia noite...Mas agora de dia, com o Sol a espreitar por debaixo da janela
parecia-lhe estranho que se tivesse apaixonado por um antigo amigo...que
além disso, era casado e dono de poderes inagualáveis, a quem também se
chamava mestre Clow. Sorriu para si. Apaixonada ou não, o que era certo é
que ele a fazia sentir-se nas nuvens, num palácio encantado habitado por
seres fantásticos. Era estranho, mas por outro lado, Tomoyo estava decidida
a no primeiro dia de visita á cidade, a divertir-se o mais que pudesse.
vestiu- se rapidamente, sempre com um sorriso nos lábios, o que causou
grande estranheza á criadita, Carlota. Foi tal a surpresa desta última ao
ver Tomoyo feliz, que ela conseguiu perguntar:
- Miss Tomoyo, porque está tão feliz?
- Oh, nada, Carlota- respondeu Tomoyo- estou apeenas contente por ir
visitar a cidade. Deve ser bonita!
- Talvez...Sabe, não sou de cá. Trabalho cá interna, mas antigamente vivia
numa pequena ilha no sul do Japão. Que saudades tenho de minha terra! Miss
Tomoyo, está muito bonita! Vai com o patrão?
- Oh, sim, ele convidou-me. Fiquei contente. Ele parecia um pouco
deprimido.
- Ah, pois!- e a criada aproximou-se de Tomoyo, como se lhe fosse contar um
segredo- sabe, os outros criados, oOrlqando e a Mila, dizem que é por a sua
mulher, Kaho, se ter ido embora, mas eu não acredito. Cá para mim essa Mrs
Mitsuki é uma presumida. Não é como a senhora. Você é simpática e veste-se
bem. Ela não. Acho-a feia, veste-se sempre com umas roupas pretas e
amarelas, parece uma cigana!
- Carlota, isso não se diz! Então você está a dizer mal de Kaho, nossa
professora? É certo que eu acho que ela se veste mal e que não é muito
bonita, mas Eriol lá deve ter os seus gostos...- e Tomoyo encolheu os
ombros.
Carlota sorriu, deixando á mostra os seus lindos dentes brancos e exibindo
o brilho dos seus olhos azeviches. E, apesar de não ter dito nada para não
magoar a Senhora Tomoyo de quem gostava tanto e o Senhor Eriol, pensou de
si para si:
"Então ela já o trata por Eriol?... Está-me cá a cheirar que isto vai dar
romance..."
Se Carlota não continuou o seu pensamento, foi porque Mila, a cozinheira, a
chamou... Entretanto, Eriol também se preparava no seu quarto. Sabia que o
que mais impressionava as raparigas eram os seus olhos, por isso procurou
escolher uma roupa que os realçasse. Queria estar perfeito. Iria mostrar a
Tomoyo os lugares mais bonitos da cidade. Começaria por lhe mostrar a
montanha, pois nela havia muitas flores. E havia de lhe oferecer uma
violeta. Mais tarde, desciriam á cidade para almoçar num restaurante de
qualidade, mas não de luxo. Contava passar a tarde num museu, que possuia
inúmeras obras de arte e que tinha também um piano de cauda, onde os
visitantes com cartão podiam tocar uma ou mais melodias. Ela ia gostar,
disso ele tinha a certeza...Ao ver que já tinha passado tempo suficiente
para dar a um ser vivo normal tempo de se vestir, Eriol dirigiu-se á sala
onde habitualmente tomava o pequeno almoço. Lá estava Tomoyo, bela como
sempre...E as roupas que ela trajava deixaram-no perplexo. Não estava
habituado a vê-la assim! Mas estava na mesma linda! Tomoyo envergava uns
calções muito justos e curtos, de ganga escura e por cima tinha uma espécie
de top com alças de uma cor esverdeada e escura. Um fio de prata emoldurava-
lhe o pescoço e o cabelo comprido estava preso numa grande trança puxada
para trás.
Ver Eriol vestido de maneira tão diferente também causou estranheza a
Tomoyo, mas no entanto, ela achou-o lindo, pois a camisa azul clara e os
calções vermalhos, como se fossem de praia, realçavam-lhe a cor dos olhos,
dos quais ela tanto gostava. Tomoyo sentiu- se de novo dividida entre o
amor e a realidade. Ela gostava de Eriol, mas ele era casado e gostava de
Kaho! Ou...não? Mal sabia ela que as mesmas perguntas também lhe passavam
pela cabeça, a ponto de passar noites inteiras sem dormir!
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Algumas horas depois...
A primeira parte do dia tinha sido fantástica para Tomoyo. Se lhe
perguntassem o que tinha feito, nem saberia responder! A verdade é que ela
não estava á espera que Eriol a levasse a uma montanha! A parte em que ele
escalou uns 9 metros com ela foi uma das melhores. E quando ele lhe
oferecera uma violeta? Que emoção! Foi aí que Tomoyo tivera a certeza que
se apaixonara loucamente por Eriol. Não estava a espera, mas a verdade é
que o brilho daqueles olhos lhe tinha dado a volta á cabeça. Mas sabendo
como sabia que ele estava casado com kaho, não lhe iria dizer nada sobre
aquele amor. Nem que morresse! Amor silencioso guarda- se para sempre.
Depois da montanha, Eriol e Tomoyo foram então ao restaurante, onde comeram
então um esplêndido almoço. Foi fantástico! E quando foram ao museu, Tomoyo
divertiu-se sobretudo a cantar enquanto Eriol tocava ao piano. Apesar de
não ter nenhuma preparação, a sua voz saiu como dantes, bela e cristalina e
as notas tocadas por Eriol no piano fizeram-nos receber um convite para
actuar juntamente com muitas celebridades, no concerto que o museu ia dar
no próximo mês.
Agora, envergando um vestido de noite azul escuro, Tomoyo passeava com a
cabeça nos ombros de Eriol junto a um lago iluminado, do onde saltavam por
vezes alguns peixinhos dourados. Estavam finalmente sós. Tomoyo, ao olhar
para os olhos de Eriol onde brilhava o habitual carinho misturado com
tristeza, resolveu atrever-se a fazer uma pergunta. Não seria aquele o
momento mais indicado? Foi assim que Tomoyo afastou a cabeça do ombro dele
e lhe perguntou, com voz de ínicio meio tremida:
- Eriol...não me leve a mal, mas eu gostaria de saber o motivo da seu
tristeza. Eu...-Tomoyo corou um pouco- eu...gosto muito de si e não o
queria ver triste.
- Alegro-me muito em saber que gosta de mim- e Eriol sorriu, mas já não era
o seu sorriso habitual, era um sorriso débil, um sorriso deveras triste-
Pois bem, já que estamos aqui apenas os dois, vou dizer-lhe qual o motivo
de minha tristeza.
Passaram-se algunas segundos, antes que ele dissesse, com voz rouca:
- O Motivo da Minha tristeza é você, Tomoyo Daidouji...
Tomoyo ficou a olhar para os olhos azuis meia noite de Eriol, perplexa.
Afinal, era ela o motivo de tristeza de quem ela mais amava???
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Gente, escrevi este capítulo num dia...estou a adorar escrever a história!
Mas se não gostarem digam, ok? Eu escrevi este capítulo um pouco mais longo
porque havia quem dissessse que os meus capítulos são sempre muito curtos^^
Bem, é só!
Bjos***Xau
