Esclarecimento: Os personagens de Sailor Moon não me pertencem (por que nos obrigam a escrever isso?) Eles são de propriedade de Naoko Takeushi.
Nota: Este fic é a tradução de "Bed Of Roses", de Aimee (sailor_moon89@hotmail.com). Eu gosto muito desta história. Foi um dos primeiros fics de Sailor Moon que li e simplesmente me encantei com ela. A história se passa em algum momento antes de Usagi e Mamoru começarem a se entender, ainda na primeira fase de Sailor Moon. Optei por deixar os nomes no original japonês, pois algumas expressões só terão sentido com os nomes originais. Acho que dá para perceber quem são cada personagem, mas aqui vai uma ajudinha:
Mamoru = Darien
Usagi = Serena
Motoki = Andrew
Makoto = Lita
Minako = Mina
Agora, vamos a história! Espero que gostem tanto dela como eu gostei. Se quiserem mais informações, mandem um e-mail para a autora, Aimee. Ela tem outros fics, que podem ser encontrados no Sailor Moon Romance (). Dêem uma olhada!
Boa leitura a todos!
CAMA DE ROSAS
Um conto para o Dia dos Namorados
Prólogo
Vermelha. Uma adorável cereja vermelha.
Esta era a cor do rosto de Tsukino Usagi quando fuzilou Chiba Mamoru com toda o desprezo e ódio que seu pequeno coração de 14 anos podia reunir. Mamoru, um jovem de 19 anos, engoliu nervosamente enquanto a delicada figura à frente dele ficava cada vez mais vermelha, a raiva dela mostrando-se agora em dentes e punhos cerrados.
Motoki viu a erupção iminente que era Usagi e cutucou seu melhor amigo urgentemente. "Mamoru, eu tenho uma única palavra para você: fuja".
Infelizmente, Mamoru, como o homem insensato que era, escolheu ficar em seu lugar. Ele não teve que esperar muito para o vulcão explodir.
"Aaaaaahhhhhh!!!", foi o som sobrenatural que saiu de algum lugar de dentro da garota de 'odangos'. Ela bateu o pé no chão como uma besta selvagem pronta para atacar e gritou para o infeliz Mamoru. "Como você ousa me insultar?!".
"Nossa... Odango...", Mamoru ofegou diante da explosão e involuntariamente alimentou o fogo ardente dentro de Usagi, chamando-a com um apelido não muito lisonjeiro.
A sonora explosão de Usagi o surpreendera completamente. Dentro da Arcada Crown Center, pares de olhos começaram a encará-los, enquanto as amigas de Usagi assistiam num silêncio horrorizado como sua companheira descarregava fogo e enxofre no acima de qualquer suspeita, Mamoru. Até mesmo Motoki tinha se encolhido atrás do balcão da casa de jogos, temendo o não totalmente improvável fato de Usagi começar a arremessar coisas.
"Eu estava apenas brincando com você", afirmou Mamoru, tentando manter a compostura diante do monstro que era Usagi, mas falhava miseravelmente. "Acalme-se, fique fria...".
"Ficar fria? FICAR FRIA?! Talvez você é o que precisa ficar frio! Aqui, me deixe ajudar!", Usagi resmungou com um tom venenoso, enquanto agarrava seu milkshake de chocolate do balcão e despejava seu conteúdo no colo de Mamoru.
Ofegante, Ami fez "oh" baixinho. Minako e Makoto deram um gritinho de vitória e prontamente trocaram cumprimentos. Rei revirou os olhos, enterrando o rosto entre as mãos e murmurando: 'isto não está acontecendo... isto não está acontecendo...', repetidamente. Motoki simplesmente fitou o casal, meio escondido atrás do balcão.
E Mamomu? Ele saltou em choque e olhou pasmo para a 'coelha' furiosa, cuja face tinha evoluído para uma coloração vermelho carmim escuro de um tomate amadurecido demais. Mamoru, outra vez sendo o homem insensato, tolo, ignorante e penosamente iludido que era, fez então algo que ninguém no grupo supunha e que nem ao menos ousariam tentar.
Ele riu.
Sim, uma leve risada escapou dos lábios do rapaz e o efeito que isto causou no grupo foi um tanto variado. As sobrancelhas de Ami se ergueram em uma muda confusão. Minako e Makoto, a pequena torcida do grupinho, começaram a torcer por sua amiga, cantando "Usagi... Usagi...", em tom baixo, mas encorajador. Rei deu uma olhadela rápida entre os dedos que cobriam seu rosto para depois voltar para seus murmúrios fortuitos. A platéia que se juntara num canto da loja tentava fugir. Motoki se enfiou um pouco mais atrás do balcão, sem saber o que esperar do embate do casal.
"Oh, cara...". Incrédulo, Motoki se surpreendeu com a risada de seu melhor amigo. "Mamoru está perdido. Ele está completamente maluco. Eu sempre soube que ele era meio louco, mas agora ele está ferrado!".
E ainda assim, Mamoru continuou a rir. Sua risada tinha se tornado, de alguma forma, mais definida e podia ser tomado como zombaria. Ele não podia evitar. Por Deus, mas ela ficava atraente quando provocada. E terrivelmente divertida, ao revidar.
Usagi, entretanto, não estava divertindo-se. Um grunhido começou a crescer dentro dela e, na hora em que ele chegou na garganta dela, até mesmo Minako e Makoto fizeram silêncio. A menina de coques deu um passo a frente – um único passo, que a colocou diretamente em frente a seu arquinimigo. Ela o fuzilou com um desprezo inexprimível.
O grupo de espectadores inclinou-se para frente em antecipação ao troco de Usagi. Oh, as alegrias de uma boa discussão! Energia chispava no ar como eletricidade e um profundo senso de arrependimento e insegurança caiu por sobre o infeliz Mamoru, como se seu destino tivesse sido selado com aquela simples risada. Eram batidas o que ele escutara em algum lugar no fundo?
Todos os olhos se voltaram para Usagi, que lentamente erguia uma única mão até que esta estivesse diretamente em frente ao rosto de Mamoru. Com isso, quatro de seus dedos se abaixaram resolutamente, deixando apenas um orgulhosamente de pé, revelando todos os seus sentimentos e mais para o jovem diante dela.
Exclamações encheram o ar. Com um brilho de satisfação nos olhos, a garota de odangos virou nos calcanhares e caminhou para a saída, deixando sua vítima para trás, completamente chocado e calado, assistindo sua oponente partir, seguida de perto por suas amigas. Ami deu a Mamoru um sorriso amarelo antes de sair. Minako e Makoto flutuaram para da loja, maravilhadas com a execução perfeita da vingança silenciosa de Usagi. As mãos de Rei ainda cobriam seu rosto constrangido. Motoki estava agradecendo ao bom Deus que sua Arcada não fora destruída com a impetuosa fúria de Usagi.
Após a saída das garotas, Mamoru esforçou-se para encontrar sua voz, mas achou um tanto difícil. "Ela...", ele gaguejou, em descrédito. "Ela me mostrou o dedo!".
"Tem sorte de ela não ter acabado com você", remarcou Motoki, espiando por trás do balcão. "Acho que acabei de ver toda minha vida passar diante dos meus olhos... Oh, e não vamos mencionar suas calças cobertas de chocolate".
"Fico contente por não ter pego na minha jaqueta", Mamoru respirou aliviado, enquanto ajustava sua amada jaqueta verde.
"Oh, sim...", Motoki zombou, mas disfarçou com habilidade. "Isso sim teria sido uma vergonha...". Com isso, o jovem loiro deu um tapinha nas costas do amigo. "Então, você ainda vai levar adiante este seu plano bobo... mesmo depois de tudo isso?".
Mamoru fitou seu amigo de avental com um brilho nos olhos. "Claro. Por que eu não iria?".
"Bem, em primeiro lugar, Usagi te odeia. E em segundo lugar... ah, eu nem preciso de um segundo lugar. Ela odeia você, Mamoru!".
"Você me subestima, meu bom homem...", observou Mamoru.
"Nós veremos", Motoki comentou, decidindo caçoar de seu amigo.
"Sim, veremos...".
"Então, quando a primeira parte de seu 'brilhante' esquema para o Dia dos Namorados vai entrar em ação?".
"Esta tarde. Ela vai encontrá-lo quando chegar em casa", anunciou Mamoru, com um sorriso satisfeito.
"Acha que ela suspeita?", perguntou Motoki.
Mamoru deu um largo sorriso. "Sem chance".
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Continua...
N/A: Bem, pessoal, este é um projeto que há muitos tempo eu tinha iniciado, mas só agora resolvi terminar, aproveitando a proximidade do Dia dos Namorados. Só lembrando que esta história não é minha, é uma tradução do fic "Bed of Roses", da Aimee. Quem quiser entrar em contato com a autora, o e-mail dela está lá nas notas iniciais. Escrevam em inglês, ok?
