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Epílogo

A casa estava escura quando Usagi chegou e depois de uma breve inspeção, ela descobriu que não havia ninguém. Uma pontada de solidão traspassou a esguia menina e ela suspirou miseravelmente. "Idiota...", ela murmurou. "Sou tão idiota. Pensar que eu realmente pensei que ele se importava comigo...".

Certamente, os fatos não favoreciam Mamoru e Usagi chegou a conclusão que não havia nenhum jeito dele ser seu admirador secreto. Ele não confessara ou sequer parecera compreender quando ela lhe entregara as pétalas das rosas. Ele não a seguira quando ela fugira tão rapidamente. Ele nem o menos lhe desejara um feliz Dia dos Namorados.

Tentando enxugar suas lágrimas, sem sucesso, Usagi apoiou-se conta a parede do corredor e soluçou por alguns momentos. 'Por que eu sempre deixo ele me machucar?', ela se perguntou, chorando. 'E por que ele não pode ver que eu tenho sentimentos por ele? Ele é tão cego assim?'. Depois de arrastar-se pelas escadas e pelo resto do corredor, abriu a porta de seu quarto, procurando não olhar para frente e ver o cômodo adornado de rosas. Entretanto, as rosas vermelhas não estavam mais lá e ela ofegou diante do que estava em seu lugar.

Elas eram brancas desta vez e estavam em todo o lugar. Botões mais brancos que a neve substituíam as rosas vermelhas nos vasos por seus quarto e pétalas brancas tomavam sua cama e o chão. Usagi olhou a cena inteira em silêncio, com uma mão sobre a boca, surpresa e encantada.

Sentiu a presença dele entrar no quarto. Não sabia dizer como, mas sabia que era Mamoru. Um sentimento morno e reconfortante fluiu por ela enquanto ele entrava, mas não se virou. Ele se aproximou por trás e Usagi fechou os olhos quando ele parou às suas costas. Seus corpos estavam tão perto que quase se tocavam. Duas lágrimas rolaram pelas bochechas da garota quando sentiu as pontas dos dedos dele deslizarem por seus braços. Quanto tempo ela esperou que ele a tocasse daquele jeito?

Mamoru nunca sentira uma pele como a dela. Era macia e suave aos seus toques e seus lábios doeram com vontade de tocá-la também. Lentamente, levou a boca à pele dela e beijou-lhe carinhosamente a nuca. Sentiu a garota estremecer levemente sob seus lábios e suas mãos moveram-se para os quadris dela, para firmá-la. Um beijo não era o suficiente e ele deslizou a boca pelo pescoço dela, para cima e para baixo, provando-a com suavidade, acariciando a pele delicada que encontrara ali.

Usagi estava ofegante agora, e as carícias dele não a ajudavam em nada a se acalmar. Ter as mãos dele em seus quadris e a boca dele em sua pele era quase viciante. Tentando reunir um pouco de coragem, ela cobriu as mãos dele com as suas e apoiou-se, moldando seu corpo contra o dele. Ambos pares de mãos moveram-se, cingindo-lhe a cintura.

"Mamoru-chan...", ela suspirou, de olhos fechados.

A cabeça de Mamoru repousou sobre o ombro dela e ele aspirou o perfume dela amorosamente. "Como soube que era eu?", ele sussurrou contra os cabelos dela, notando pela primeira vez que ela chorava.

A cabeça dela abaixou-se um pouco. "Pensamento tendencioso... Meu maior desejo".

Uma das mãos de Mamoru deixou a cintura dela e ergueu-lhe o queixo de modo que ela o olhasse diretamente. "Sabe o que a rosa branca simboliza?", ele perguntou, enxugando algumas poucas lágrimas mornas da bochecha dela. Usagi balançou a cabeça, incapaz de desviar o olhar daqueles olhos azuis que a fitavam intensamente. "Representa puro amor", Mamoru explicou. "E meu amor por você é assim: puro e imaculado. Nunca duvide disso".

As lágrimas de Usagi aumentaram significativamente e sua face transfigurou-se de emoção. "Você me ama?", ela sussurrou em voz trêmula.

"Hai", ele respondeu, abraçando-a firme, enquanto ela chorava. Depois do longo abraço, ele inclinou-se para segurar o rosto dela entre as mãos e enxugou as lágrimas com os polegares. Os olhos de Usagi se fecharam quando ele levou os lábios até os dela. Enquanto se beijavam, ele a ergueu nos braços e a carregou para a cama coberta de pétalas brancas.

Depois de depositá-la cuidadosamente na cama de rosas, Mamoru deitou-se ao lado dela. Seus braços a circularam e trouxeram o corpo dela para junto do seu. Devagar, seus lábios desceram sobre os dela, e ela os acolheu ansiosa no meio do caminho. Ele a beijou lenta e profundamente e Usagi sentiu-se deliciosamente tonta. Então, aquilo era o paraíso...

Quando seus lábios se separaram, Mamoru contornou-lhe a face com pequenos beijos, antes de afastar carinhosamente os cabelos loiros do rosto dela e murmurar ao anjo debaixo dele. "Aishiteru, Usako."

Ela sorriu por entre lágrimas felizes. "Aishiteru, Mamo-chan. Feliz Dia dos Namorados".

FIM

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N/A: Ah... Que lindo! Essa história é tão fofinha! Nunca me canso de lê-la e relê-la. Acho que foi por isso que a traduzi e imprimi! ^_^ Desculpem-me por não postar estes capítulos no Dia das Namorados, mas a ff.net estava com problemas e não carregava nenhum arquivo. Agora que está tudo certo, eis aqui o fim de "Cama de Rosas".

Quero mandar um beijo à todos que acompanharam este açucarado romance de Usako e Mamo-chan, em especial à Madam Spooky, à Kaoru, à Daphne Pessanha, à Danizinha e à Marjaire. Obrigada pelos comentários, meninas!

Quem quiser entrar em contato com a autora desta história, é só mandar um email para Aimee (sailor_moon89@hotmail.com), não esquecendo de escrever em inglês, ok?

Um abraço e até Sábado, com o capítulo novo de "O Lobo e O Falcão",

Andréa Meiouh

Em 18/06/2003.