Legendas.
'…' – pensamento.
"…" – fala.
££££££ – sonho. AMO-TE FINALMENTE– CAPÍTULO CINCO –
– Sozinhos em Casa –
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Foram se despedir dos colegas e saíram do clube deixando Eriol para trás com um estranho sorriso no rosto.
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Fizeram o trajeto mais longo possível para adiar o confronto com o primogênito da família Kinomoto. Não fez grande efeito, em trinta minutos estavam estacionando o carro na frente da casa. Sakura reparou que o carro de Touya não estava mais ali.
'Onde ele terá ido?' – se perguntou entrando em casa com Shaoran logo atrás dela.
"Já cheguei!" – disse no corredor. Dirigiu-se à cozinha.
"Onde você estava até agora?" – Kero apareceu em sua forma original assim que entrou na cozinha. Sakura deu um grito e pulou para trás de susto.
"Kero!" – exclamou com as mãos no peito – "Quer me matar do coração?" – olhou para ele séria – "Por que você está na sua verdadeira forma?".
"Er… hehe… bem é que…" – o tigre sentou no chão sobre apenas duas patas e coçava a cabeça tentando explicar.
Ela balançou a cabeça – "Quando 'descobrir' o porquê, me avisa!" – disse com sarcasmo saindo da cozinha. O guardião ficou ali procurando uma desculpa e nem ouviu o que ela disse.
"Quer que eu prepare um banho para você?" – perguntou abraçando o namorado, que olhava através da janela, pelas costas.
"Você pode tomar banho primeiro se quiser!" – ficou de frente para ela se entregando à sensação de mergulhar naquelas piscinas esmeralda – "Eu já te disse que te amo?".
Ela sorriu enquanto sentia sua cintura ser completamente envolvida.
"Já me disse sim,… mas não me canso de ouvir!".
"É?…" – sorriu se aproximando – "Eu te amo mais e mais a cada batida de meu coração!" – ela suspirou ao ouvi-lo dizer isso e fechou os olhos esperando pelo beijo, que não tardou em vir.
"Eu também te amo!" – disse assim que se separaram, desviou o olhar por um instante – "Eu me sinto um pouco boba!".
"Por que?" – acariciava o rosto dela.
"Você me disse uma coisa linda ainda pouco e eu não consigo pensar em nada além 'eu também te amo' para te dizer!" – fechou os olhos sentindo o toque de Shaoran em sua pele.
"Isso é exatamente o que eu quero ouvir, não precisa dizer mais nada!" – tomou os lábios dela novamente entre os seus.
"Hum…!" – murmurou – "Eu vou tomar um banho antes que o Touya volte!".
"Tudo bem!" – a soltou devagar. Sakura se afastou lentamente e começou a subir a escada.
Shaoran voltou a fitar o quintal da casa pela janela.
"AAAAHHHHHHH!!!!" – Sakura gritou do andar de cima.
Shaoran mais que depressa sobe as escadas, coração acelerado – 'O que foi que houve?' – pensava freneticamente. Chegou no andar de cima e viu Sakura de joelhos na porta do quarto, que estava aberta.
"O que aconteceu Sakura?" – perguntou se aproximando.
Ela apontou para o quarto gaguejando nervosamente. Respirou fundo, cerrou os punhos e se levantou gritando – "KERBERUS!!!!".
Em menos de um minuto o guardião Kerberus apareceu em sua identidade falsa no corredor, voando encolhido.
"Me chamou?" – disse com um fio de voz.
"Como me explica isso?" – apontava para o quarto e tinha uma veia na testa. Não se importava se Shaoran a estava vendo daquele jeito.
"Bem,… sabe o que é… é que bem… é que…" – o 'bichinho de pelúcia' tentava falar algo para explicar o motivo do quarto de sua mestra estar de cabeça para baixo, quando um soluço pôde ser ouvido de dentro do quarto, seguido do aumento da energia de alguém. Shaoran simplesmente pulou sobre Sakura a empurrando para o chão enquanto um raio vermelho acertava a parede bem atrás de onde ela estava.
"Essa presença é do…" – Sakura levantou ajudada por Shaoran e olhou para seu guardião que estava de cabeça baixa mexendo nervosamente as patinhas.
"É do Suppi!" – disse num sussurro quase inaudível.
"E deixe-me adivinhar!" – ela colocou as mãos na cintura e se aproximou com passos duros – "Você andou forçando Spinel a comer doces de novo!" – parou diante do guardião que só balançou a cabeça confirmando – "Quero tudo isso arrumado Kerberus, não importa quanto tempo você passe fazendo isso!… E o buraco da parede também!" – estava nervosa. Entrou no quarto tomando cuidado para não pisar em nenhum dos objetos que estavam no chão e conseguiu alcançar o outro guardião regido pelo sol pegando-o no colo – "Venha Suppi!" – Fez um rápido sortilégio para que ele dormisse e saiu – "Pode começar Kero!".
"Não sabia que conseguia fazer feitiços sem utilizar as cartas!" – Shaoran comentou acompanhando-a até o andar de baixo.
"Eriol me ensina truques muito úteis sempre que vem para Tomoeda!" – sorriu deixando o pequeno guardião do amigo no sofá – "Queria saber o que Spinel Sun está fazendo aqui, além de destruir meu quarto é óbvio!".
Shaoran riu do comentário – "Não temos que avisar Eriol que o guardião dele está aqui?".
"Não se preocupe! Ele logo aparece para buscar o Suppi!" – se dirigiu à saída da sala – "Vou tomar meu banho agora!" – ele confirmou com a cabeça.
Já eram quase sete horas quando alguém tocou a campainha. Sakura foi atender e foi atacada por alguma coisa querendo esmagá-la.
"Boa noite linda Sakura!" – dizia Nakuru eufórica enquanto a ex-card captor sentia o ar aos poucos faltar em seus pulmões. Concentrou-se um pouco e aumentou sua presença forçando Nakuru a soltá-la.
"Estou feliz em vê-la também Nakuru!" – disse ofegante para uma Nakuru sem graça – "Veio buscar o Suppi?".
"Sim!".
"Quer entrar?".
"Não posso demorar!…" – negou o convite com a cabeça – "Mestre Eriol não sabe que nós saímos!".
"Só porque você não avisou não significa que ele não saiba, Nakuru" – disse com um sorriso sarcástico – "Vou buscar Spinel!".
Entrou na casa e voltou em um minuto com o guardião adormecido nos braços.
"O que aconteceu?" – Nakuru perguntou preocupada.
"Kero!" – respondeu simplesmente, sendo compreendida.
"Suppi te deu o recado do Touya?" – perguntou colocando o guardião dentro da bolsa e Sakura balançou a cabeça – "Ele teve que voltar para Tokyo e acho que não volta para Tomoeda tão cedo!" – deu um sorriso amarelo – "Me pediu para te dizer, mas eu queria ir ao Shopping, por isso deixei o Spinel aqui para te dar o recado!… Desculpe qualquer inconveniente!".
"Obrigada por dar o recado Nakuru!" – acenou para a garota enquanto se afastava, depois entrou indo direto para o telefone.
"Alô, Touya?".
"Sim, o que quer Monstrenga?".
"Ai… pára que eu não sou monstrenga!" – respirou fundo – "Por que voltou para Tokyo tão de repente?".
"A loja foi assaltada hoje de manhã, roubaram alguns computadores, mas ainda bem que não tinha ninguém lá dentro quando aconteceu!".
"E está tudo bem?".
"Está sim!… Só que preciso ficar em Tokyo até acabar com toda a burocracia!" – suspirou pesadamente – "Acho que isso não acaba antes de quarta-feira!".
"Tudo bem!" – começou a se sentir nervosa – "Se precisa ficar aí não se preocupe com nada!".
"Está certo!… Vou confiar em você está bem Monstrenga!" – vozes do outro lado da linha – "Ah sim,… papai ligou mais cedo já chegou no Egito!… Eu tenho que desligar, tchau!".
"Tchau Touya, e mande um abraço ao Yuki por mim!" – disse desligando.
"Touya está em Tokyo?" – Shaoran pergunta encostado na porta da sala. Ela balança a cabeça confirmando – "Está certo, já que ele não vem o que você acha de jantarmos fora?".
"Eu não sei, eu estou um pouco cansada…" – ele se aproxima e a abraça.
"Tudo bem!… Fica para um outro dia!" – a beija ternamente – "Vou tomar um banho agora, está bem?".
"Eu vou preparar alguma coisa para comermos, enquanto isso!" – se beijam rapidamente e ela vai para a cozinha enquanto ele sobe a escada.
Enquanto Sakura preparava os bolinhos de arroz, korokês e yakisoba com salada de broto de feijão, ouvia o chuveiro no andar de cima. Logo que começou a colocar a mesa, ouviu passos na escada e notou que ele estava descendo. O que menos esperava estava bem na sua frente, Shaoran, devido ao calor, descera sem camisa. Ficou um pouco constrangida observando os músculos bem desenhados do tórax dele. Apesar de terem passado o dia todo em um clube com roupas de banho, ainda se sentiu envergonhada em vê-lo sem camisa dentro de casa. Ele não pareceu perceber.
"Você nem imagina o que aconteceu lá em cima!" – ela despertou do leve torpor em que estava ao ouvi-lo falar – "Kerberus e Spinel passaram pelo quarto de Touya também!… Está um caos lá em cima!".
"Não acredito!" – apoiou a cabeça na mão balançando-a – "O Kero vai ter que arrumar o quarto do Touya também…" – terminou de arrumar a mesa – "Sente-se que eu já sirvo o jantar!".
Shaoran gostou muito da comida dela, limpou o prato e ainda repetiu. Depois de limparem a cozinha Sakura levou um prato com comida para Kerberus, afinal não era justo, nem aconselhável, deixá-lo sem jantar e já aproveitou para falar sobre o quarto de Touya, que estava tão ou mais bagunçado que o dela. Desceu as escadas e uma pergunta se formou em sua mente – 'Se o meu quarto e o de Touya estão de pernas para o ar, onde eu e o Shaoran vamos dormir?' – ficou violentamente vermelha ao lembrar que a única cama que estava em condições de ser utilizada era a do quarto de seu pai – '…O que faremos agora?'.
Shaoran percebeu seu constrangimento quando ela entrou na sala.
"O que aconteceu?" – se ela estava vermelha ficou muito mais ao ouvi-lo falando. Recuperou-se rapidamente e deu um sorriso amarelo.
"Você tem razão o quarto está em estado caótico!" – disfarçou e sentou no sofá em frente a ele.
Ficaram algum tempo em silêncio apenas mergulhando nos olhos um do outro. Sabiam que se procurassem poderiam encontrar a si mesmos nas profundezas da alma do ser querido e não precisavam falar nada para demonstrar seus sentimentos. Por fim, Shaoran levanta sem desviar o olhar da namorada e pára em frente a ela se ajoelhando. Pega a delicada mão de sua flor de cerejeira e a beija gentilmente. Sakura se inclina um pouco para frente e o vê levantando a cabeça. Fecham os olhos e beijam-se o intensificando aos poucos.
Sakura sente uma mão de Shaoran passar por seu cabelo, enquanto a outra repousava em sua cintura. Passava lentamente uma das mãos acariciando os cabelos de sua nuca, enquanto a outra passeava pelas costas desnudas dele. Seu coração estava acelerado. Será que ele poderia senti-lo?… Achava que sim, pois ela conseguia sentir as batidas aceleradas do coração dele também! Quando se separaram ficaram abraçados, uma vez que ela havia se ajoelhado em frente a ele durante o beijo.
"Nós temos um problema!" – sussurrou repousando a cabeça em seu peito.
"Eu sei!…" – disse em seu ouvido, quando ela levantou a cabeça e o encarou, sorriu – "…não se preocupe,… eu posso dormir na sala e…".
"É claro que não!" – o interrompeu sentando no sofá – "Você é meu convidado… não vou deixa-lo dormir na sala Shaoran!".
"Eu também não posso permitir que você durma no sofá!" – sentou-se ao lado dela – "Não conseguiria dormir na cama com você dormindo aqui!".
"Eu muito menos!" – disse firmemente– "O que faremos então?".
Encostou-se ao sofá e a puxou para seus braços, ela sorriu com a atitude dele.
"Se você não for mesmo voltar atrás, temos duas opções!" – ficou um pouco embaraçado e beijou-lhe a fronte.
"E quais são nossas opções?" – sorriu.
"Podemos dormir na sala ou no quarto… os dois…" – estava vermelho e o final da frase foi dito em um tom quase inaudível, mas foi alto o suficiente para que ela pudesse compreender e levantar do sofá, permanecendo de costas para ele.
"Não sei…" – estava vermelha e ficou de costas para ele até que o rubor que tomou conta de sua face desaparecesse.
"Então deixe que eu durma aqui na sala!" – ela voltou a fitá-lo e ficou em silêncio meditando por alguns segundos.
"Não posso fazer isso!" – abaixou a cabeça tornando a ficar vermelha – "Seria falta de cortesia de minha parte!".
"Só porque vamos utilizar a mesma cama não quer dizer que precisamos fazer alguma coisa!" – Shaoran se aproximou e colocou uma mão sobre o ombro dela que ergueu a cabeça fitando-o.
"Tem certeza de que está tudo bem pra você?" – estava levemente enrubescida. Ele sorriu.
"Nunca te forçaria a nada que você não quisesse Minha Flor!" – acariciou sua face ainda sorrindo.
"Se for assim…" – sorriu e fechou os olhos sentindo os toques suaves da mão de Shaoran em sua face, suspirou – "…está tudo bem!".
Ele aproximou seu rosto do dela com o que prometeu para si mesmo que seria o ultimo beijo da noite – 'Ela sempre me faz perder o controle e essa é a ultima coisa que quero essa noite!' – o beijo que deveria ser suave, foi se aprofundando. E quando se separam por falta de ar, em um acordo silencioso, sentaram-se no sofá e foram assistir televisão antes de dormir.
Continua…***************************
N/A - Casal esforçado... Não sei quanto a vocês... Mas me parece que isso tudo foi armação não acham?...
'Não existem
coincidências' fica se repetindo em minha mente... hehehe
Para quem estiver se perguntando onde anda aquele tal de Hidemitsu, ele volta
com a corda toda no próximo capítulo... Cometendo loucuras, mas com a corda
toda... o mesmo vale pra engomadinha da Takane...
Para os protetores de bichinhos de pelúcia... o Spinel não ficou realmente
bêbado e o Kero não teve que limpar a bagunça... é para isso que servem os
bastidores... hehehe... Sei lá, mas eu acho tão divertido maltratar o Kerberus
em meus fics... hahahah.... O Gil costuma dizer que eu sou cruel... Né não??...
Beijão Gil.
Miaka... eu estaria perdida não fosse por você... Tens conhecimento disso,
né...
O capítulo ficou curtinho... Mas o Capítulo 4 compensou esse... Então não devo
nada... A não ser o capítulo seis na próxima semana...
Mandem seus reviews!!!... Ou eu vou parar de escrever... =P brincadeirinha...
hehehe... Revisem mesmo assim...
Até semana que vem!!...
Yoruki.
