Legendas.
'…' – pensamento.
"…" – fala.
££££££ – sonho.

AMO–TE FINALMENTE
– CAPÍTULO SETE –
– O Começo –

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Logo, Sakura relaxa e se apóia no peito forte dele enquanto ele lhe abraça firmemente.
"Confio em você..." – foram as últimas palavras que ela pôde dizer antes de cair no sono.
"Você teve um dia duro... descanse..." – ele beijou a testa dela, sentindo o suave perfume que ela emanava, caindo no sono logo em seguida.

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Os dias se passaram rapidamente e Fujitaka retornou para o Japão na quarta–feira, Sakura foi buscar o pai no aeroporto, já que tinha algumas coisas para arrumar na capital antes de ir para Hong Kong com Shaoran, que ficara encarregado de fazer o jantar.

"Tenho grandes notícias…" – Fujitaka disse já no carro voltando para Tomoeda – "Encontraram vestígios da tumba de alguém que aparentemente pertenceu à realeza…" – sorriu exultante – "Eu fui convidado a participar das escavações!…" – olhou para a filha que dirigia – "Vou ficar algum tempo fora… as escavações começam daqui a duas semanas e não há previsões para ser concluídas…".

"É uma notícia muito boa realmente…" – Sakura comentou virando a esquina para entrar na rua da sua casa – "Acha que foi alguém importante?" – parou o carro.

"Todos acreditam que sim…" – desceu do carro junto de Sakura – "Não haveria razão para esconderem a tumba de maneira que só conseguíssemos encontrá–la agora… todos acreditavam que não havia mais túmulos a serem descobertos…" – pegou algumas malas e caminhou a direção da casa – "Nossa… seja lá o que Shaoran esteja preparando cheira muito bem!".

Sakura fechou os olhos e aspirou o aroma agridoce que podia ser sentido no quintal – 'Onde foi que eu já senti esse cheiro?…' – se perguntou entrando na casa logo atrás seu pai.

"Já chegamos…" – Sakura anunciou.

"Que bom… o jantar está quase pronto…" – gritou da cozinha – "Como foi de viajem, Sr. Kinomoto?" – perguntou quando ele adentrou a cozinha.

"Muito bem, obrigado!" – ele deu uma espiada no que o rapaz preparava – "O que está cheirando tão bem?"

"Estou fazendo uns pães, mas para o jantar temos Yakisoba, Frango xadrez, e okonomiyaki."

"Vamos estar muito bem servidos hoje então…" – comentou o senhor, fazendo–o corar um pouco.

"Não é para tanto…" – o senhor riu da reação dele.

"Estou vendo que ainda vai demorar um pouco…" – o rapaz concordou com a cabeça – "Vou subir e desfazer minhas malas então…" – passou por Sakura e deu um beijo na testa dela antes de sair da cozinha.

"Me diz uma coisa…" – Sakura encostou–se à bancada da cozinha, perto do fogão e ficou observando o namorado mexer na panela do molho para o okonomiyaki – "Esses pães que você está fazendo…" – ele abaixou o fogo e a fitou – "…são aqueles com forma de pêssego que eu comi no seu apartamento, naquele ano novo…?".

"Ano Novo?" – a observou com curiosidade pensando no que ela estava falando – "Ah… está falando do ano novo em que você e a Tomoyo foram me visitar no apartamento?…" – ela balançou a cabeça confirmando, ele sorriu – "São esses mesmo…".

"Eu sabia…" – sorriu se aproximando dele – "o aroma dos pães me era familiar…".

"Nossa… não pensei que você fosse se lembrar disso…" – encarou–a nos olhos.

"Eu me lembro… lembro também que os pães estavam muito bons…" – se aproximou e o tocou no ombro.

"É mesmo?…" – colocou uma das mãos na cintura dela suavemente.

"Uhum…" – sorriu se aproximando um pouco mais enquanto deslizava a mão para a nuca dele – "Você sempre foi um ótimo cozinheiro…" – sussurrou ao ouvido dele sorrindo ao sentir sua cintura ser completamente envolvida.

"Fico feliz por saber que gosta de minha comida…" – sorriu encarando–a de forma apaixonada.

"Eu gosto de tudo que você faz…" – ela fechou lentamente os olhos ao sentir a respiração morna de Shaoran em sua face, ele tocou delicadamente os lábios dela com uma seqüência de beijos curtos, que a estava deixando maluca, ele sorriu ao perceber que a estava irritando então aprofundou o beijou depois de tocar os já entreabertos lábios da flor de cerejeira. Ouviram um estalido vindo do fogão. Separaram–se e Shaoran rapidamente desligou o fogo sob a panela do molho mexendo–a sem poder conter uma risada.

"Desculpa… eu quase te fiz queimar o molho…" – Sakura olhou para ele envergonhada.

Ele parou de mexer o molho, que já estava pronto e a fitou.

"Não foi culpa sua… minha Flor…" – acariciou a face corada da namorada. Ela sorriu e passou por ele dando–lhe um breve beijo nos lábios.

"Vou arrumar a mesa…" – Shaoran se virou para fitá–la e viu que na porta dois pares de olhos os encaravam. O Sr. Kinomoto olhava com um sorriso para dentro da cozinha enquanto tampava a boca da forma falsa do guardião que se esperneava. O Chinês ficou envergonhado e rapidamente voltou a preparar o jantar.

O jantar ocorreu normalmente, Fujitaka elogiou bastante os pratos feitos pelo chinês. Enquanto comiam a sobremesa Shaoran escutava tudo o que Fujitaka dizia sobre os temas debatidos na conferência fazendo comentários e dando suas próprias opiniões. Sakura sorria entrando na conversa uma vez outra. Apesar de achar o trabalho do pai interessante não era realmente conhecedora de História e Arqueologia.

"Mas mudando um pouco de assunto…" – Fujitaka olhou para o guardião de Sakura com um sorriso e depois olhou para a filha – "Correu tudo bem nesses cinco dias que fiquei fora?…".

Sakura ficou um pouco vermelha, assim como Shaoran e respirou fundo.

"Com exceção de Touya, que decidiu dar o ar de sua graça aqui logo após o Senhor ter saído e feito o maior escarcéu quando descobriu que estávamos namorando, tudo ficou bem…" – Sakura olhou para Kero e depois para Shaoran, lembrando do fato de ter dormido na cama do pai com o namorado duas noites seguidas e também do ocorrido no domingo com Hidemitsu – 'Apesar de tudo realmente não aconteceu nada…' – pensou respirando fundo e sorriu.

Fujitaka percebeu que Sakura escondia algo, mas que não era mentira que tudo estava bem, então decidiu deixar as coisas assim por enquanto.

"O senhor quer que eu prepare um banho papai?…" – perguntou lembrando que Shaoran queria conversar a sós com seu pai para explicar sobre o noivado.

"Sim, muito obrigado, querida…" – a menina levantou com um sorriso e saiu da sala – "O que gostaria de falar?" – perguntou assustando o rapaz que olhava para a porta por onde a namorada passara de maneira distraída.

"Como?…" – um sorriso apareceu no rosto do ancião.

"Não sou bobo meu rapaz…" – respirou fundo – "É melhor se apressar,… não demora muito e Sakura retorna…".

"Bem…" – olhou para o chão escolhendo as melhores palavras – "meu clã é muito rígido com algumas coisas,… e por esse motivo eu fui treinado de maneira intransigente,… principalmente na magia…" – levantou a cabeça e viu que o pai de Sakura o fitava de maneira curiosa, com um movimento com a cabeça ele pediu que prosseguisse – "Antes de… conhecer Sakura eu nunca pensaria em desobedecer às ordens dos anciões e questionar as decisões deles,… uma vez que eles dizem agir com o intuito de fazer o melhor para todos…" – ergue a cabeça e fita o teto por uns segundos e depois volta a fitar o Sr. Kinomoto com um sorriso – "mas eu sei que dessa vez eles se enganam ao pensar que o melhor para o clã seria eu me casar com a mulher que eles escolhessem…" – Fujitaka ergue uma sobrancelha compreendendo o caminho que a conversa está tomando – "Eu não poderia liderar o clã com sabedoria e cuidar para que todos fossem felizes se não estiver ao lado de sua filha…" – abaixou a cabeça e suspirou pesadamente – "e também não posso me tornar o líder do clã sem estar casado… essa é uma das regras que não pode ser contornada…" – levantou a cabeça sem encarar o senhor a quem se dirigia – "Eu sei que pode considerar meio cedo,… mas o que acontece é que dentro de alguns meses estarei fazendo 21 anos e terei que assumir a liderança do clã… por isso, os anciões marcaram uma festa para daqui a uma semana e meia onde eu terei que apresentar minha noiva…" – olha para o homem à sua frente e respira fundo – "Eu já conversei com Sakura sobre isso… e ela concordou em ir comigo para Hong Kong no sábado,… eu a apresentaria como minha noiva na festa… e assim não poderiam me forçar a casar com outra mulher…" – se levanta e pára em frente ao homem sábio que é o pai de sua namorada – "eu compreendo que faz pouco tempo que eu e Sakura namoramos, mas…".

"Não precisa falar nada…" – ele o interrompeu com um sorriso – "Você sente como se estivesse apressando tudo, não é mesmo?…" – o rapaz confirmou com cabeça, o homem riu – "você e minha filha se amam há oito anos, sem um saber do sentimento do outro…" – levantou–se também – "sem que isso, no entanto, impedisse o sentimento de vocês de crescer e se fortalecer… e você acha que está apressando muito as coisas…" – ele respirou fundo e colocou a mão sobre o ombro do jovem – "Você entende meu rapaz,… que se eu fosse esperar oito anos de minha vida para saber se era correspondido por minha Nadeshiko,… eu estaria hoje sem ela e sem nenhum de meus filhos,… uma vez que Sakura nasceu pouco antes de comemorarmos sete anos de casamento…" – sorriu tristemente – "agora eu te pergunto,… em seu coração, você sente que está apressando as coisas?…" – o rapaz sorri e balança negativamente a cabeça.

"Por mim eu já estaria casado com Sakura há muito tempo…" – fala baixo com um sorriso no rosto. O Sr. Kinomoto concorda com cabeça sorrindo.

"Sakura pode ir com você para Hong Kong…" – diz erguendo os ombros – "Ela já não é mais uma criança e já faz dois anos que não posso mais controlar a vida dela…" – bagunça o cabelo de Shaoran, passando a mão em sua cabeça como se fosse uma criança – "Só espero que siga seu coração e faça a coisa certa…" – ouve Sakura chamá–lo do corredor avisando que o banho estava pronto se vira para sair da sala – "Independente da resposta que minha filha te der vocês têm minha bênção para a união…".

Shaoran fica olhando o patriarca da família Kinomoto sair da sala com um sorriso no rosto, antes de sentar–se no sofá para pensar em como seria sua vida ao lado de sua Flor de Cerejeira.

Tudo se tornou uma grande correria. Sakura começou a fazer os preparativos para a viagem, não seria por ir viajar que deixaria de cumprir com seus deveres. Não tinha a mínima idéia de como Tomoyo ficou sabendo, mas o fato é que ela soube e com isso teve que passar a tarde de sexta–feira experimentando roupas que a amiga havia feito. Comprou algumas coisas para que Kero deixasse seu pai sossegado. E os dois dias que tinha para ajeitar tudo se passaram em um instante. O vôo que pegariam era cedo, e Fujitaka os acompanhou e assim já aproveitaria para passar o sábado com Touya em Tokyo.

"Não deixe o Kero fazer o que ele quiser papai…" – Sakura repetia pela quinta vez sua recomendação – "Ele vai acabar abusando do senhor e…".

"Sakura,… eu vou ficar bem!" – ele repetiu para a filha sorrindo – "Não se preocupe… eu sei me cuidar, querida!".

"Eu sei é só que…" – parou de falar ao sentir a mão de Shaoran sobre seu ombro, virou–se para ele.

"Se você quiser, não precisa ir hoje… temos uma semana ainda antes da festa…" – sorriu vendo a preocupação dela.

"Não,… eu… eu vou hoje com você é só que eu estou um pouco nervosa,… não sei bem porque…" – respirou fundo e sorriu – "deve ser besteira minha… eu acordei com a sensação de que iria acontecer algo diferente do que planejamos, quando chegarmos em Hong Kong…" – sorriu sem graça e olhou para o pai com carinho.

"O que foi minha filha?…" – perguntou apreensivo.

"Eu sei que ficarei lá apenas duas semanas, mas tenho a impressão de que ficarei mais tempo sem ver o Senhor…" – ouvem a chamada para o vôo com destino a Hong Kong, ela abraça o pai de forma saudosa.

"Lembre–se que deve viver sua vida minha pequena,… não hesite em seguir seu coração…" – ela não entendeu o que o pai quis dizer com aquelas palavras, mas concordou com ele – 'Quando você estiver no seu caminho,… poderei ficar tranqüilo…' – pensou sorrindo, enquanto ela se afastava um pouco.

"Agradeço por sua hospitalidade e gentileza, Sr. Fujitaka…" – sorriu estendendo a mão para cumprimentar o pai de Sakura, ele, no entanto, abraçou o rapaz com força.

"Cuide bem de Sakura…" – pediu antes de soltar o rapaz – "E você será sempre bem vindo…".

"Serei eternamente grato por tudo o que o senhor fez por mim Sr. Kinomoto!" – se curvou prestando respeito depois se voltou para a namorada e pediu–lhe que o seguisse com mão – "Nos veremos em breve…" – disse virando–se para o homem e acenando, este apenas concordou. Voltou a caminhar com Sakura ao seu lado e logo estavam embarcando.

Assim que pisou no avião Sakura se acalmou, com isso a viagem foi tranqüila.

Shaoran balançou levemente o corpo adormecido da namorada, fazendo–a despertar.

"Já chegamos?" – esfregava os olhos acordando.

"Já sim…" – sorriu e beijou–a rapidamente nos lábios – "coloque o cinto, o avião já vai pousar…".

Desembarcaram e saíram do aeroporto logo depois de resolver alguns detalhes na alfândega. Um carro os esperava para levá–los para a mansão, uma figura conhecida os aguardava com um sorriso.

"Wei…" – Shaoran pareceu um pouco espantado – "Quando voltou da casa de campo?…" – perguntou abraçando o pai de criação.

"Há três dias…" – olhou para Sakura que sorriu e o cumprimentou com a cabeça – "Srta. Kinomoto… como está?…".

"Vou muito bem obrigada…" – ficou um pouco constrangida – "pode me chamar de Sakura…".

"Claro Jovem Sakura…" – abriu a porta do carro – "Entrem… vou levá–los até a residência Li…".

Ela ia apreciando a vista calmamente enquanto o namorado conversava com o tutor, Wei havia saído de férias, e fazia um bom tempo que não se viam. Sua mente estava longe da paisagem que via, no entanto. Seus pensamentos estavam todos voltados para o jovem chinês que estava sentado ao seu lado, ela fazia uma retrospectiva de tudo que vivera junto a ele, todos os momentos mágicos, em todos os sentidos possíveis, que compartilharam, de tudo o que aconteceu durante a ausência de seu querido lobo, das lágrimas que derramou, do sorriso que sumiu de sua face em vários momentos, da força que buscou para continuar seguindo em frente durante os vários anos em que ficou sem ter, nem ao menos, notícias do guerreiro que assumira o controle de seu coração. Uma lágrima escorreu por sua face sem que ela se desse conta, quando começou a lembrar de tudo o que ocorrera nas duas últimas semanas, o retorno de Shaoran, aquelas três palavras, o pedido de namoro, agora ela seria apresentada para a família dele e outras pessoas como sua noiva. Sentiu um leve arrepio percorrer todo seu corpo. Sentiu–se estranha por um segundo e arregalou os olhos.

"A Carta!" – exclamou de repente colocando rapidamente as mãos na frente da boca.

"O que foi que houve Sakura?" – Shaoran perguntou e a viu enrubescer.

"Eu me lembrei de uma coisa que eu…" – olhou para Wei disfarçadamente – "que eu não lhe contei…".

"O que você não me contou?" – olhou–a preocupado.

"Bem,… é que…" – abaixou a cabeça e sorriu brincando com os dedos – "é que… eu esqueci de falar uma coisa sobre minhas Cartas…".

"Só um pouquinho Sakura… Wei poderia parar o carro um momento?…" – Shaoran a interrompeu. O mordomo estacionou o carro em uma praça arborizada, com vários bancos perto de um lago, havia uma ponte ali perto, que levava a uma outra praça, com brinquedos – "Vamos conversar lá fora… será melhor…" – desceu do carro estendo a mão para que Sakura o acompanhasse. Caminharam até chegar perto do lago e sentaram em um dos bancos – "Você não estava muito à vontade falando na frente de Wei, não é?…" – ela se espantou.

"É…" – sorriu – "mas é que não é necessariamente relacionado com as cartas… tem mais a ver com… eu e você…" – encarou–o nos olhos.

"Não estou entendendo…" – ela abaixou os olhos, mexendo na bolsa que estava sobre seu colo.

"Você sabe me dizer quantas Cartas Sakura existem?…" – perguntou divertida, sabendo que ele erraria.

"Existem 52 Cartas Sakura… nós dois sabemos disso…" – estava confuso.

"Na realidade… existem… 53 Cartas Sakura!" – corrigiu fazendo–o se espantar.

"Mas Clow criou apenas 52 Cartas,… como…" – ela colocou os dedos suavemente sobre os lábios dele impedindo–o de falar.

"Mas não foi Clow quem criou a qüinquagésima terceira Carta…" – sorriu e lhe entregou a Carta que havia pegado de dentro do livro. Ele pegou a carta com curiosidade e a virou lentamente, revelando sua figura. Arregalou os olhos, realmente aquela nunca fora uma Carta Clow, a prova disso é que ela ainda estava sem nome.

"Você criou essa carta?…" – levantou os olhos e viu a namorada confirmar com um sorriso – "Mas… como?… Quando?… Por que?…" – respirou fundo – "O que ela faz?…".

"Foi logo depois que você voltou para Hong Kong,… um mês depois…" – fechou os olhos impedindo que uma lágrima escorresse – "Mas não sei dizer o porque,… nem como foi possível…" – sorriu encarando–o – "Agora o que ela faz… eu não sei… nunca a utilizei, mas sei o que ela representa…".

"E o que é que ela representa?".

"Ela representa… meu amor por você…" – disse num sussurro quase inaudível.

"Como assim?…" – sentiu–se perdido.

"Eu me senti muito abatida depois que você partiu,…" – forçou um sorriso – "Fiquei magoada por não ter se despedido, mas não era só isso…" – abaixa a cabeça – "eu comecei a me isolar aos poucos sem perceber… e apesar de continuar andando com Tomoyo não estava realmente lá com ela…" – levanta do banco e pára na frente dele de costas – "Todos os lugares da cidade acabavam me lembrando de você…" – sorriu sem se virar para ele – "eu não parava de pensar em você um instante sequer… e…" – se esforça para não chorar. O rapaz se levanta e fica atrás dela – "e eu nem ao menos me dava conta disso…" – sente a mão dele sobre o seu ombro – "quando fez um mês que havia partido,… eu percebi o quanto me sentia sozinha sem você… eu cheguei em casa e fui até o porão para ficar sozinha…" – se volta para ele com um sorriso – "eu não sei quanto tempo fiquei chorando no porão aquele dia… só sei que meu peito doía muito e eu não conseguia fazer com que a dor passasse,… foi então que percebi o porquê daquilo estar acontecendo…" – uma lágrima escorreu por seu rosto, ele a abraçou – "depois que eu esclareci meus sentimentos,… criei a carta… e…" – ergue a cabeça fazendo com que seus olhos se encontrassem – "eu comecei a recuperar meu ânimo aos poucos depois disso… passei a viver para esperar que você voltasse… esperar ter a oportunidade de te dizer meus sentimentos…" – ele acaricia o rosto dela com um sorriso involuntário, ela fecha os olhos sentindo o toque delicado em sua pele – "Eu te Amo…" – sussurra com os olhos cerrados.

"Eu também te amo, minha Flor…" – aproxima lentamente seu rosto do dela, tocando gentilmente seus lábios – "Perdão por ter feito você sofrer…" – murmura com os lábios ainda unidos.

Afastam–se e abrem os olhos lentamente.

"Você não tem porque me pedir perdão…" – sorri.

"Me pergunto o que teria acontecido se eu tivesse contado que te amava antes de voltar para cá…" – segura a mão dela e sorri – "acho melhor voltarmos para o carro… Wei disse que nos esperariam para o almoço…" – ela consente com a cabeça e o acompanha, tendo o ombro envolvido pelos braços do namorado.

Chegaram na mansão e desceram do carro, Sakura olhou de forma saudosa para a casa. Já fazia muito tempo desde a última vez em que estivera ali.

"Vamos entrar…" – Shaoran convidou parando ao lado dela.

"Tudo bem…" – sorriu sentindo uma gostosa sensação de nervosismo, que se sente quando passa por novas experiências. Entraram na casa de mãos dadas, e quando chegaram ao corredor ouviram um grito.

"Sakura!…" – Meilin veio correndo e abraçou a amiga – "Que bom que está aqui…" – se afastou e olhou bem para a japonesa – "nossa, mas você está muito linda… olhe só para você…" – disse fazendo–a ficar envergonhada – "nem quero pensar no que vai acontecer quando as garotas te verem…" – sorri e se volta para Shaoran – "… tia Yelan quer falar com você,… pediu que fosse até o escritório assim que chegasse!".

"Acho que isso pode demorar um pouco…" – olhou para a namorada – "Acompanhe Sakura até o quarto dela,… para que possa se acomodar Meilin…".

"Nem precisa falar duas vezes…" – sorriu para o primo – "Assim aproveitamos para colocarmos as novidades em dia… não é mesmo Sakura?".

"Claro…" – sorri com a animação da amiga, depois se volta para o rapaz que a observava com afeto.

"Assim que eu resolver o que tenho que fazer me junto a vocês…" – sorriu sem desviar os olhos das duas esmeraldas que o encantavam. O sorriso que a 'menina' mantinha nos lábios, parecia chamá–lo de maneira que ele não podia resistir. Ele tirou gentilmente uma mexa do cabelo dela da frente dos olhos e acariciou os contornos do rosto amado –"Eu já te disse que te amo?".

"Já sim... mas eu não canso de ouvir…".

"Te amo, te amo, te amo…" – ele foi diminuindo a distância entre os dois, já de olhos fechados para selar aquele momento com um beijo apaixonado, porém sentiu dois dedos pousarem sobre seus lábios antes de chegarem a seu destino. Abriu os olhos e viu Sakura sorrindo para ele, após tê–lo impedido de beijá–la.

"Não se apresse,… sua mãe lhe espera e não seria justo com Meilin que ficássemos namorando esquecendo-a…" – ela sussurrou para ele – "Teremos tempo depois, não se preocupe…".

"Acho que tem razão..." – conseguiu desviar dos dedos dela e lhe deu um selinho – "Mas eu não desisto fácil…" – ele riu – "Vou falar com minha mãe, depois conversamos…".

"Está bem..." – Sakura o observou enquanto se afastava, logo em seguida suspirou – "Vamos, Meilin?…".

"Claro! Só estava esperando você falar!".

Meilin levou a 'visitante' até o quarto onde ficaria. Conversaram sobre muitas coisas enquanto Sakura desfazia as malas. Foram passear no jardim aproveitando o tempo que tinham ainda antes do almoço. Chegaram em uma parte do jardim onde dois garotos de aproximadamente 5 anos brincavam. Sakura pôde sentir uma grande quantidade de energia vindo dos dois. Era impressionante como crianças de tão pouca idade tinham os poderes tão desenvolvidos. Quando se aproximaram um pouco mais do lugar onde eles brincavam, simplesmente voltaram-se para fitá-la um pouco espantados.

"Olá Hsiao Ling, Feng Hui…"– Meilin cumprimentou-os sorrindo.

"Oi prima Meilin…" – Hsiao Ling era um menino de profundos olhos castanhos avermelhados e cabelos castanhos.

"Quem é ela?" – Feng Hui perguntou apontando para Sakura de uma maneira séria, ele tinha olhos castanho-esverdeado e os cabelos negros.

"Essa é Sakura Kinomoto… ela é a…" – os dois nem esperaram a prima terminar de falar.

"A namorada do tio Shaoran?…" – perguntaram animados correndo em volta da japonesa imitando avião. Sakura riu com a reação deles.

"As irmãs de Shaoran falam muito de você…" – Meilin explicou – "…principalmente nos últimos dias…".

"E por que?" – perguntou prestando atenção nas crianças.

"Por causa do noivado, é claro!…" – voltou os olhos verdes para a amiga que falava com uma sobrancelha erguida, a chinesa continuou – "Sabíamos que quando Shaoran decidiu ir para Tomoeda era por sua causa…" – Sakura corou pela forma direta com que Meilin disse aquilo – "E alguma coisa dizia que quando ele voltasse você viria com ele… eu não tenho poderes mágicos sabe,… mas eu tinha certeza de que você correspondia os sentimentos dele…" – ela suspirou sorrindo – "Eu sempre soube que vocês se completavam…".

"Acho que todo mundo percebeu isso…" – abaixou levemente a cabeça – "Eu é que acabei demorando demais para perceber…".

"Você sempre viveu no mundo da lua…" – se virou para a casa e sorriu – "mas foi o seu jeito distraído que fez com que meu primo se apaixonasse por você… então você não deveria se sentir mal por ser você mesma…" – bateu palmas e chamou as crianças – "Vamos indo… vocês têm que se arrumar ainda… ou vão querer almoçar sujos desse jeito tendo visita?".

Os meninos olharam para Meilin, para Sakura e depois para alguém que vinha na direção deles, saíram correndo e pularam em cima do jovem que caiu no chão.

"Oh não… eu tenho que falar para não treinarem mais vocês dois…" – Sakura e Meilin se aproximaram de onde os três rolavam no chão brincando – "Não adianta…" – Shaoran disse se fingindo ter sido derrotado – "eu nunca consigo derrotar vocês…" – os dois riam vencedores por ter conseguido derrubar o tio.

"Está certo… agora vamos entrar que vocês têm que tomar um banho…" – Meilin os pegou pelas mãos e começou a se afastar arrastando-os, sobre protestos.

"Acho que os dois não são os únicos a precisar de um banho…" – Sakura riu olhando para o estado em que a camisa branca que o namorado usava havia ficado. Ele viu a mancha de terra na blusa e ergueu os ombros.

"Não dá para brincar com crianças e não se sujar…" – comentou abraçando-a pela cintura.

"Eu sei…" – sorriu encarando-o – "mas não sabia que gostava de crianças…".

"Eu gosto sim…" – beijou o rosto e o queixo dela – "gosto muito…" – rendeu-se à sensação de ser tragado pelas piscinas verde-esmeralda e foi aos poucos se aproximando. Seu coração estava acelerado, sentia-se inebriado pelo perfume por ela arrebatado. Tomou os lábios dela entre os seus em um beijo cheio de suavidade e ternura, passava os dedos entre os cabelos sedosos e perfumados. Quando se separaram o encarou de forma que seus olhos brilhavam mais que a mais brilhante das jóias – "Sakura eu tenho uma coisa muito importante para falar com você…" – sussurrou em seu ouvido com a voz suave, fazendo-a se arrepiar.

"E o que é?" – perguntou suavemente encostando a cabeça no peito dele.

"É que…".

"Mas eu não acredito!…" ­– Sakura sentiu que a abraçavam e esmagavam – "É você!… Ai que maravilha!…" – a estavam sufocando com o abraço.

"Fuutie!…" Shaoran ralhou com a irmã e ela imediatamente soltou a jovem que caiu no chão – "Está bem Sakura?…" – perguntou ajudando a namorada a se levantar.

"Estou bem sim…" – sorriu para ele e olhou para a mulher que há pouco a abraçava – "Bom dia!".

A chinesa não agüentou e deu um abraço esmagador no irmão.

"Ela continua muito linda!…" – soltou Shaoran e sorriu – "Desculpe-me, mas não consigo me controlar quando penso que meu irmãozinho carrancudo vai se casar…".

"Fuutie!…" – ele estava fitando-a seriamente com os braços cruzados – "Imagino que Sakura saiba que eu não sou a mais agradável das pessoas, mas…" – Sakura começou a rir, fazendo-o olhar para ela – "O que foi?… Eu disse alguma mentira?…".

"Só porque você não foi a própria simpatia quando nos conhecemos, não quer dizer que seja desagradável,… na realidade sempre foi melhor companhia que meu irmão!…" – sorriu quando o rapaz fez uma careta pela comparação.

"Tudo bem Lobinho,… mas agora mudando de assunto" – Fuutie se colocou diante de Sakura – "Espero que não tenha marcado nada para essa tarde Ying Fa, porque vai passá-la conosco no chá anual…" – ouviu Shaoran murmurar um 'Essa não!' – "você teve muita sorte por ter vindo justamente no dia em que as mulheres do clã se reúnem para…".

"Fuutie,… eu acho que não vai ser possível que Sakura participe do chá este ano…" – Yelan se aproxima caminhando.

"Mas porque mamãe?…" – pergunta confusa.

"Os anciões e outros membros da família não devem saber da escolha do Pequeno Lobo antes do noivado…" – Shaoran suspira aliviado e Fuutie continua confusa – "Vamos entrar,… o almoço está pronto e estão todos esperando…" – sorriu – "Seja bem vinda Flor de Cerejeira!…" – abraçou-a carinhosamente e depois pediu que a acompanhassem. Fizeram o caminho até a mansão conversando.

O tempo passou rapidamente, mas tempo para namorar era o que Sakura e Shaoran não conseguiam encontrar. Tendo voltado para Hong Kong, ele se viu obrigado a retornar para o comando das empresas também. Sakura passava as tardes em que o namorado trabalhava passeando pela cidade, conhecendo-a melhor e fazendo compras com Meilin. Comprou várias coisas muito bonitas para levar de lembrança para seus amigos de Tomoeda.

Na quinta-feira elas foram ao Shopping comprar a roupa que Meilin usaria na festa, Sakura iria usar um traje que Tomoyo havia feito. Ficaram em casa na sexta-feira e no final da tarde enquanto Sakura brincava com Hsiao Ling, Meilin conversava com Shiefa.

"Vamos ver se você me pega…" – ela corria de um lado para o outro fugindo do menino brincando de pega-pega e ria muito sempre que deixava que ele a segurasse.

"Ela tem muito jeito com as crianças…" – Shiefa comenta observando o filho brincar com a 'cunhada'.

"Sim…" – Meilin suspira – "olha só,… cansa só de vê-la brincar… acho que ela tem mais energia que Hsiao Ling…" – riu quando o menino sentou na grama cansado e Sakura o segurou fazendo cócegas.

"É sim…" – ficou séria por um instante e depois sorriu levantando-se – "está na hora de irmos,…" – piscou para Meilin – "Filho,… vamos embora… papai pediu que não voltássemos tarde!…" – o pequeno deu um beijo no rosto da nova tia e saiu correndo de encontro à mãe.

Sakura ficou sentada na grama, estava esgotada – 'Mas é tão bom brincar com crianças,… me sinto tão… leve!' – pensou vendo Meilin acenando da porta dizendo que iria para casa, deitou-se na grama e fechou os olhos, enquanto uma sensação de conforto se apoderava do seu corpo.

"Mas quem seria esse anjo que descansa em meu jardim?…" – abriu os olhos ao ouvir a voz grave, sorriu – "Não sei se anjo é o suficiente para comparar com tua beleza!".

"Como você é exagerado!" – disse constrangida, levantando-se ajudada pelo dono dos orbes chocolate que a faziam estremecer. Ficaram de pé, frente a frente.

"Senti tanto a sua falta,…" – abraçou-a pela cintura aproximando seus corpos, ela o envolveu pelo pescoço.

"Eu também,… não posso ficar tanto tempo sem você…" – sussurrou junto ao seu ouvido – "me sinto vazia…".

"Solitário,…" – aproximaram seus lábios – "sem vida…".

"Incompleta…" – murmurou com os lábios de Shaoran colados aos seus. Beijaram-se ternamente, aprofundando-o aos poucos. Emendavam um beijo ao outro, dando pequenos intervalos apenas para recuperar o fôlego. Após alguns minutos Shaoran interrompe o beijo encarando-a fixamente nos olhos.

"Sakura,… eu quero que se case comigo!" – pediu fazendo-a espantar-se, tinha os olhos brilhando – "Eu desejo que quando for te apresentar amanhã como minha noiva, seja para valer…" – acariciou suavemente a face da jovem que tinha lágrimas nos olhos e um lindo sorriso nos lábios – "Eu peço Sakura que…".

Ela o beijou interrompendo a frase separou-se dele após alguns instantes – "Nada nesse mundo me deixaria mais feliz do que me tornar tua esposa, Shaoran…".

"Sério?" – sorriu de pura felicidade quando ela confirmou. Ergueu-a e girou no ar rindo, antes mesmo de a colocar no chão já estavam beijando-se apaixonadamente – "Eu te amo Sakura Kinomoto,… te amo mais que tudo nesse mundo,… mais que tudo nessa vida…".

"Também te amo,… sinto como se já te amasse antes mesmo de te conhecer…" – passou a mão pelos cabelos rebeldes sem deixar de fitar os orbes chocolate do rapaz – "toda a minha vida e alegria depende da sua existência!".

"Ah,… minha flor… eu…".

"Mestre Li, Srta. Kinomoto…" – um criado se aproximou – "Sinto muito interromper, mas o jantar está pronto!".

"Já estamos indo!…" – ele se afasta e Shaoran se volta para a mulher a seu lado – "Vamos Minha Flor…" – ela segura a mão dele e vão jantar.

Shaoran estava na porta do salão ao lado de Fenmei recebendo os convidados.

"Boa Noite!" – cumprimentou um casal que acabara de entrar, depois se voltou para a irmã – "Mas o que você quis dizer com isso?…".

"Que mamãe nunca se empenhou tanto para organizar uma festa…" – ergueu os ombros voltando-se para a porta – "Boa Noite!" – prestou reverência e olhou novamente para o irmão – "Nossa mãe não permitiria que você casasse com outra pessoa, Lobinho…".

"Fenmei… não me chame de Lobinho!" – sussurrou virando-se em seguida para a porta onde mais pessoas se aproximavam.

 "Boa Noite Shaoran!… Fenmei, como está?" – um homem de aproximadamente setenta anos, cabelos castanhos claros e olhos negros se aproximou ao lado de uma jovem de 18 anos, usando um vestido chinês bege até os joelhos, com a parte dos ombros em verde, gola alta fechada por um botão em forma de crisântemo, com três pérolas saindo da flor por finas correntes de prata. Tinha os olhos azuis e os cabelos castanhos levemente avermelhados.

"Sejam bem vindos!" – Fenmei prestou reverência.

"Mestre Chien Fu!" – Shaoran se curvou respeitosamente e, quando se ergueu, ficou olhando seriamente para a jovem que acompanhava ao ancião que havia sido responsável pelo seu treinamento nas montanhas.

O homem olhou triunfante para o rapaz – 'parece que consegui chamar sua atenção,… jovem Shaoran!' – pensou antes falar – "Desculpe minha distração!…" –Shaoran o encarou sem expressão alguma – "Esta é a Srta. Ylang Sun!".

"Muito prazer Sr. Li!" – ela sorriu e piscou tentando parecer atraente.

"Igualmente Srta. Sun…" – respondeu polidamente.

"Pode me chamar de Ylang,… senhor!" – Shaoran comprimiu levemente os olhos.

'Então esta é a minha noiva?…' – forçou um sorriso – "Certamente Senhorita!…" – disse desviando o olhar para a porta e viu Meilin se aproximar com Sakura ao seu lado. A prima usava um vestido vermelho, justo na altura dos joelhos, um dos ombros era de tecido preto semitransparente e o outro tinha uma flor-de-lótus em fio dourado, estava radiante, mas os olhos do Chinês estavam voltados para a sua convidada.

Sakura usava um vestido longo em estilo chinês, era rosa-claro de gola alta com uma abertura no pescoço ao lado esquerdo, fechada apenas por uma flor de cerejeira. Tinha rachas nos dois lados a partir dos joelhos e mangas curtas semiabertas com detalhes em um tom mais escuro de rosa.

"Boa Noite!" – Meilin sorriu e acenou para o namorado que estava no salão conversando com alguns de seus primos – "Está sã e salva, não se preocupe que ele não morde…" – piscou para o primo – "Agora se me dão licença!" – deixou a jovem um pouco desnorteado diante de tanta gente.

"Acalme-se,…" – sorriu tranqüilizando-a – "Fenmei,…" – chamou a irmã que sorriu e balançou a cabeça dizendo que poderia ir – "Certo,… venha comigo, vou te apresentar a algumas pessoas!" – estendeu o braço em um convite que foi aceito pela jovem. Apesar de estar apresentando-a para todos, eles se perguntavam quem realmente era a jovem que acompanhava Shaoran Li, fazendo-o ficar tão descontraído.

Shaoran sorria há quase todo instante e não eram sorrisos de polidez como os que ele costumava dar, eram sinceros, genuínos.

Yelan observava a interação dos dois jovens, e também percebia a reação de cada um dos anciões, eles não estavam gostando daquela situação, não estavam gostando da jovem japonesa.

Na hora do jantar, todos ficaram surpresos ao ver duas 'estranhas' sentadas junto aos membros da família Li.

Shaoran havia sentado ao lado de Sakura e colocaram Ylang do seu outro lado na mesa. Enquanto o jantar ocorria voltou a ficar retraído, principalmente pelos olhares que os anciões lançavam para Sakura. Olhou no relógio – 'Está na hora!' – pensou levantando-se com a taça de champagne na mão.

"Eu gostaria de um minuto de sua atenção, por favor!" – todos imediatamente olharam para ele – "Primeiramente, eu quero agradecer, em nome de minha família, a presença de todos nessa comemoração…" – abaixou os olhos e tomou fôlego fitando os anciões de forma desafiadora – "E também gostaria de fazer um pedido…" – voltou-se para Sakura e lhe estendeu a mão pedindo que ela levantasse. Ficou fitando-a de forma apaixonada, sem se importar com os anciões que estavam tentando digerir o que ele estava fazendo – "Sakura Kinomoto,…" – retirou do bolso uma caixa de veludo branca e se ajoelhou perante ela, abrindo a caixa – "Você aceitaria passar o resto de sua vida ao meu lado,… sendo minha esposa?".

Continua…

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N/A - Eu queria pedir minhas sinceras e humildes desculpas pela demora...

Mas voltando ao 'Amo-te' eu espero que tenham gostado... esse foi o penúltimo capítulo dessa estória bem maluquinha (que nem eu)... E quero agradecer a uma pessoa que tem me ajudado muito a escrevê-la... Miaka... Você é um anjo que sempre me dá as idéias mais malucas pra desempacar... Adorei escrever 'Amo-te Finalmente'...  porque foi através desse fic que nos conhecemos... Beijões...

A todos que já comentaram esse fic... eu agradeço de coração o apoio que têm me dado... E quem for comentar... Ficarei imensamente grata... com certeza.

Até o último capítulo…

Yoruki.