Olá pessoal! Resolvi explorar uma coisa diferente, dessa vez, como naquela época de detetives e coisa e tal... Com o andar do fic, vocês irão perceber que é um fic caracterizado nessa época, bom, pelo menos foi o que eu quis passar, não seu se deu muito certo...Espero que gostem. (Mil perdões pelo título, mas não pensei muito...)Bom proveito!
Disclaimer: Bem que eu queria, mas infelizmente não é meu, nenhum personagem... nenhunzinho....pelo menos não neste capítulo!
Atração Fatal
por Hime
-Prólogo-
Uma mulher de longos cabelos castanhos e vestida de negro saiu do lado do carona de um carro luxuoso, que acabara de estacionar em frente a um sobrado. Logo abriu a porta do banco de trás, abrindo caminho para uma mulher extremamente elegante e bem vestida sair dele e olhar fixamente para o aconchegante sobrado. Seguido a este ato, olhou de relance para o céu, que anunciava um dia com clima agradável, o que seria bom para o primeiro dia de inverno. De repente seus olhos pareceram opacos, porém só pareceram.
Segurando sua pequena bolsa com as duas mãos, a elegante mulher disse para sua guarda-costas, sem a fitar:
- Hideno, me espere aqui até segunda ordem. Estarei de volta o mais rápido possível.
- Sim, senhora.
A mulher apressou-se em caminhar para dentro do prédio, não queria ser reconhecida ali, na porta de um detetive particular que investigava casos de furtos, adultérios e até mesmo assassinatos.
Se dirigiu à porta principal, que se localizava na lateral esquerda do prédio, e não no centro, como era de costume. Com suas mãos cobertas por luvas curtas e de tom creme, girou a maçaneta com cuidado. Passou logo para o lado interno do sobrado, fechando a porta devagar. Aprumou-se ligeiramente e subiu o único lance de escadas que havia, tudo com uma elegância impressionante.
- Bom dia.
Sonomi virou-se para o lado direito, de onde a voz vinha. Seus olhos, que por um momento estavam quase arregalados de susto, recobraram a serenidade ao ver um jovem rapaz sentado atrás de uma mesa. Parecia ser o ajudante ou secretário do homem que viera procurar, e realmente ele lhe inspirava confiança. Caminhou até ele com uma expressão mais calma.
- Sente-se, por favor.- Pediu o rapaz já de pé, depois de fazer um cumprimento.
- Obrigada, mas tenho pressa.
- Claro, tudo bem. Em que eu...
- Bem, desculpe-me interromper, mas gostaria de conversar com o senhor Hiiragizawa.- A voz de Sonomi saía firme, porém calma.
- Oh, claro!- A voz de Syaoran se tornou mais espontânea.- Deve ser a senhora Daidouji, não?
- Sim, meu rapaz, mas será que eu poderia falar com o senhor Hiiragizawa agora? Tenho muita urgência neste assunto.- Sua voz novamente não soava áspera, muito pelo contrário, suave, porém com energia.
- Perdão senhora, já irei avisá-lo de sua presença.- Syaoran jamais ele se sentiria ofendido com o pedido, afinal, sempre haviam esposos enfurecidos e mal-educados fazendo "pedidos" muito piores.
O rapaz caminhou apressado até uma porta de madeira que fazia ligação com a outra sala. E não bateu, simplesmente entrou.
- Eriol, a senhora Daidouji chegou. E com pressa.
- Mande-a entrar.- Eriol respondeu, virado de costas para Syaoran e encostado na janela, com ar pensativo.
- Certo.
- Syaoran.- Chamou pelo nome do rapaz antes deste fechar a porta.
- Sim?- Indagou com pressa. Os sentimentos e emoções dos outros costumavam influir muito em si mesmo.
- Da próxima vez bata à porta.- Syaoran fez menção de abrir a boca para retrucar algo, mas antes disso foi interrompido novamente.- Mesmo que meu cliente esteja com pressa.- Virou-se para seu parceiro e deu um de seus enigmáticos sorrisos.
Syaoran fechou a porta, não se importando muito com o comentário do amigo, mas claro que tentaria cumpri-lo.
Olhou para Sonomi, que agora já havia retirado as suas luvas.
- Por favor, me acompanhe senhora Daidouji.
- Obrigada, senhor...- Olhou discretamente para o nome escrito na plaquinha em cima da mesa do gentil rapaz.- Li.
- Por nada...- Syaoran fez menção de rir diante da situação. Logicamente ele percebera o ato de Sonomi.
Deu alguns passos e já estava dentro do acolhedor gabinete do detetive.
- Senhor Hiiragizawa?- Sonomi soou interrogativa e Syaoran tratou de sair da sala.
- Senhora Daidouji.- Eriol fez um gesto cortês, beijando de leve a mão da jovem senhora.- Sente-se por favor.
- Obrigada.- sentou-se sem demora.
Sonomi demonstrava uma ponta de nervosismo, que era claramente apontado por seu gesto de apertar as luvas entre as mãos e Eriol permanecia calmo, assim como fora em quase toda sua vida. Ele não se deixava influenciar facilmente como Syaoran.
- Em que posso lhe ser útil, senhora Daidouji?
Eriol falava o que lhe era de praxe, enquanto observava Sonomi. Sonomi parecia realmente ter grande fortuna e não se interessava em ocultar isso. Usava no momento, um conjunto de cor creme, em que a saia ia um pouco além dos joelhos, meias brancas e por cima do taileur um casaco pesado e comprido. O tecido deveria ser crepe marroquino, mas a gola de pele parda lhe parecia única. Seu rosto tinha uma leve maquiagem, e era adornada por um par de brinco de pérolas grandes, assim como o seu vistoso colar.
Eriol terminava de examinar Sonomi, enquanto ela procurava algo na bolsa.
- Não tenho muito tempo, senhor Hiiragizawa. Preciso ir para a fábrica para realizar algumas reuniões.- Parecia que tinha achado o que queria.
- É raro, hoje em dia, ver uma mulher comandando algo tão grande como a sua empresa...
- Sim, sempre há algumas exceções, mas... aqui está.- Parecia não estar muito interessada no assunto e depositou sobre a mesa umas folhas dobradas.- Todos os detalhes sobre esse assunto estão contidos nessas folhas. Peço sigilo absoluto e sinto muitíssimo não poder ficar e conversar com o senhor, mas...- Levantou-se, gesto que foi seguido por Eriol, já em posse das folhas.- Realmente preciso ir. Não há quem possa me substituir na empresa...- Logo pareceu invadida pela melancolia.
- Certamente, senhora.- Sonomi saiu de seus devaneios- Seu caso terá total sigilo e farei tudo que estiver ao meu alcance.
- Obrigada.- Um leve sorriso surgiu-lhe nos lábios
Eriol beijou novamente a mão da mulher à sua frente e depois abriu a porta.
- A acompanho até a saída.- O sorriso de Sonomi aumentou. Seria Eriol a solução de todos os seus problemas?
Depois de ter se certificado que sua cliente estava segura, Eriol caminhou em direção do escritório subindo os degraus lentamente, enquanto olhava os papéis.
Quando chegou ao topo da escada, viu Syaoran se sentando à mesa.
- Li?- Disse enquanto guardava discretamente as folhas em seu bolso.- Onde estava quando fui levar a senhora Daidouji até a porta?
- Oras!- Syaoran deu um sorriso maroto, enquanto cruzava os braços atrás da cabeça e colocava os pés na mesa.- Fui ao banheiro. É proibido agora?
Eriol sorriu e balançou a cabeça negativamente:
- Você não muda, Syaoran...
- Hm... que papel é esse que você guardou no bolso?
- Deixe de ser curioso! Primeiro: tire o pé da mesa. Já pensou se um cliente o vê assim? Segundo:...- Diminuiu o tom da brincadeira ao ter o papel novamente em mãos.- Preciso analisar isso, pode ser um caso diferente...Quem sabe interessante?- Sorriu novamente.
- Ok, ok!- Li tirou os pés da mesa e fez uma cara emburrada.- Eu sempre sou o último a saber das coisa mesmo!
Sorriram um para o outro e caíram numa gargalhada gostosa. Eram amigos há tanto tempo, mas Syaoran nunca mudava. Por fim Eriol perguntou-lhe sobre Yamazaki.
- Daqui a pouco deve estar voltando, foi tirar umas fotografias e visitar um cliente.
- Certo. Quando eu terminar de averiguar esses papéis eu gostaria de conversar com vocês. Algo me diz que esse caso irá envolver a todos nós.
- Tudo bem. Eu o aviso.
À tarde desse mesmo dia...
Eriol ouviu algumas batidas na porta. Sorriu. Era isso que mais gostava em seu colega. Ele realmente tinha palavra, apesar de nada ter prometido.
- Pode entrar, Li.
Syaoran foi entrando, com cara de interrogação:
- Como sabia que era eu?
- O jeito do Yamazaki bater é muito diferente, não é?- Instantaneamente os dois se lembraram em como Yamazaki fazia tal ato parecer uma pequena melodia.
- Hm...Tem razão, mas vim avisar que ele acabou de chegar.
- Ótimo! Quero conversar com os dois.
- Ok.- Li deu meia volta e chamou por Yamazaki.
Dentro de alguns segundos, os três homens que faziam parte daquela pequena sociedade estavam reunidos e sentados na sala de Eriol.
- E então Hiiragizawa? O que tinha de importante para nos falar?- Takashi perguntou, se acomodando melhor na cadeira.
- Sobre um interessante caso que me foi apresentado hoje pela manhã.
- Espero que seja um caso interessante, diferente, intrigante...
- Bem... depende do ponto de vista, mas vamos lá. Hoje uma importante senhora veio me visitar, e pediu o maior sigilo em seu caso. Me entregou algumas folhas e foi embora apressada.
- E?- Yamazaki realmente era bastante curioso.
- O nome dela é Daidouji Sonomi, presidente da fábrica de brinquedos Daidouji.
- Ah... agora sim percebo a importância do caso. Já leu a carta?
- Sim.- Eriol sentia a voz sumir, mas não perdia a posição.- Se trata de sua filha, ou melhor, do noivo de sua filha.- Vendo Syaoran e Takashi com cara de interrogação, continuou.- Ele sumiu a algum tempo, num acidente de navio. Ela receia que ele tenha falecido.
- E ela quer que nós procuremos o noivo da filha dela com sigilo, é isso?
- Sim.
- Há quanto tempo ele desapareceu?
Eriol fez uma pequena pausa e depois prosseguiu:
- Há três meses.
Houve um silêncio geral na sala. Três meses atrás...Foi na mesma época em que a noiva de Eriol, Mizuki Kaho, também sumiu, num acidente bem semelhante.
- Não façam essa cara.- Eriol deu um sorriso meio amargo.- Estou trabalhando e vivendo normalmente, não é mesmo?
- Mas continua esperando que ela apareça num de seus casos, não é? Me corrija se eu estiver enganado.- Syaoran, que até agora tinha permanecido em silêncio, se pronunciou.
- Oras...- Eriol ajeitou seus óculos- Quem sabe? Às vezes a vida prega essas peças.
O clima continuaria tenso se Takashi não o tivesse quebrado:
- Ok, ok, sem sentimentalismo agora. Vamos lá, é só isso então?
- Aparentemente sim.- Eriol respondeu mexendo nas folhas, já recomposto, como se nada tivesse acontecido.
- E o que nos envolveria tanto?
- Oras, Takashi, achei melhor eu e Syaoran irmos investigar, enquanto você ficará aqui, cuidando de nosso escritório.
- É, tava demorando...- Yamazaki suspirou.
Eles sempre se revezavam. Quando Yamazaki saia, os dois ficavam no escritório, e quando Eriol e Li saiam, era ele quem ficava, e a última vez que isso aconteceu foi a cinco meses atrás. Sempre que saíam Eriol e Syaoran juntos, podia-se ter certeza que era um caso mais perigoso ou difícil, como assassinatos e mistérios, caso contrário, sempre era Yamazaki ou às vezes Eriol quem ia investigar, entrevistar e tirar fotos. Ele tinha que admitir; adorava o que fazia, mas não gostava nem um pouco de correr perigo, melhor dizendo, muito perigo, já que a sua profissão o deixava em constante risco.
- Eriol...- Syaoran perguntou enquanto mexia num pote de canetas.
- Sim?
- Mas será que a senhora Daidouji estava tão nervosa só por causa disto?
- Meu caro Syaoran....O sumiço de uma pessoa não é pouca coisa.
- Não, eu sei, mas...ela me parecia um pouco estranha e afobada demais.
- Como pode dizer isso Syaoran?- retrucou Yamazaki- Conhece ela por acaso?
- Não se trata disso, Takashi.- Syaoran deixou as canetas em paz.- Acontece que eu não passei anos estudando a mente e o comportamento da pessoas por acaso.
Todos ficaram quietos. Syaoran tinha se formado em Psicologia, e sempre acertava nos seus diagnósticos, o que era muito útil em sua profissão.
- Certo, certo. Amanhã tentarei falar com a senhora Daidouji e resolveremos esta sua preocupação.
Li sorriu. Dentro de alguns minutos todos estavam arrumando suas coisas para irem embora. Sabiam que no dia seguinte teriam muito trabalho a fazer.
Na manhã seguinte...
- Syaoran, descubra para mim o telefone da senhora Daidouji.- Eriol dizia enquanto subia as escadas e destrancava o seu escritório.
- Mas como?- Respondeu o rapaz que bebia chá em sua mesa.
- Oras, meu caro Syaoran....- Retrucou Hiiragizawa- Você faz parte desta aliança de detetives ou não?
Li sorriu. Foi o bastante para a confirmação do que iria fazer agora.
Poucos minutos depois Syaoran batia à porta de Eriol.
- Pode entrar. Conseguiu?
- Lógico- Syaoran jogou um bloquinho rabiscado em cima da mesa do seu colega.- O que eu não consigo?- E saiu rapidamente da sala para não correr o risco de Eriol lhe jogar o pequeno mas grosso bloco de anotações na cabeça.
- Li...Li...- Eriol sorria, enquanto discava para o número ali anotado.
- Mansão Daidouji, bom dia.- Uma voz fina veio do outro lado da linha.
- Bom dia. Por gentileza, gostaria de falar com Daidouji Sonomi.
- Ela não está no momento, quem gostaria?
- Hiiragizawa Eriol. Sabe em que horário eu poderia encontrá-la?
- Após as dezessete horas, senhor.
- Tudo bem. Muito obrigado.
- Por nada.
Eriol desligou o telefone frustrado. Teria que esperar até a tarde? Droga! Jogou a caneta que estava em sua mão na mesa. Tirou os óculos, inclinou-se na poltrona e passou as mãos nos cabelos negros- azulados. De repente ouviu gritos de discussões e se sua audição não o enganava, barulhos característicos de uma briga. Colocou os óculos novamente e saiu correndo para ver o que havia ocorrido.
Continua no próximo capítulo...
N/A: Olá!!! E então, o que acharam? Essa foi a introdução da minha história e não tenho muita certeza se devo realmente continuar com esse fic, apesar de umas opiniões positivas que recebi(Stella, Sayo, valeu, de coração!!). Essa fic tem basicamente Eriol em primeiro foco, mas acredito que no próximo capítulo (que estará bem mais interessante) o Li irá se destacar mais(bem mais) e ainda teremos Sakura entrando na história, já que eu não consigo deixá-los de fora...^^ Tudo depende de vocês, portanto deixem seus reviews ou me escrevam e-mails!!! Responderei a todos(reviews ou e-mails) sem exceção e com o maior carinho. Isso é muitíssimo importante para mim!! Ah sim! Qualquer dúvida é só entrar em contato comigo, seja por e-mail(ayahh@hotmail.com), MSN ou icq(175051748).
Um abraço,
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