Capitulo 3: Arcando com as conseqüências de seus atos – Pela primeira vez

Os cacos foram rápidos e certeiros, direto para a cara do garçom, a acertando em cheio.

Mas depois de chamarem uma ambulância para leva-lo ao hospital, disseram que apesar de tudo ele ficaria bem, apesar de que os cortes sérios demorariam para cicatrizar.

            Depois daquele incidente fui com o maximo de controle e dignidade que me restavam, para meu quarto, e logo desabei em minha cama, estava cansada e louca para esquecer aquele terrível dia que tinha tido, e sabia que amanha seria um dia realmente cheio.

            Assim rapidamente adormeci, mas, com um pensamento presente em minha mente, o de que por mais louco que parecesse, eu sabia, não sabia como, mas sabia, que aqueles cacos voando haviam sido culpa dela.

            No dia seguinte, quando acordei, vi que, estranhamente, meu café da manha não estava na mesinha, como todas as manhas, ai, eu fiquei realmente irritada, e pensei que os empregados haviam esquecido.

"Incompetentes." Praticamente gritei, e isso, para ser ouvida mesmo.

            E assim, logo que Alfred, o mordomo, ouviu meu quase grito, correu para meu quarto, como eu sabia que faria.Quando bateu na porta, eu abri e logo pedi explicações.

            "Me desculpe senhorita Mellory, mas seu café só não está no quarto como deveria, porque seu pai ordenou que não o levássemos, e mandou avisa-la que a senhorita deve tomar sua refeição na copa matinal junto a ele e a sua mãe." Me explicou rapidamente o mordomo.

            "Podia ter me avisado antes Alfred. Mas bem, diga aos meus pais que irei tomar um banho e me trocar e já irei descer sim?!."

            "Certamente senhorita Mellory."

            Eu sabia que isso não era nada bom. Então logo fui tomar meu banho, e depois coloquei um vestido leve e curto, lilás, com um par de sapatilhas combinando.

            E logo desci preparada para o pior, mas com certeza, não para o que viria a seguir.

            Logo que entrei na copa vi meus pais sentados a grande mesa, coberta com variadas comidas adequadas para um café da manha, assim que olhei para cara deles vi que havia algo muito errado. Nunca em toda minha vida me lembrava de ter visto meu pai com aquele olhar.

            Silenciosamente me sentei ao meu lugar habitual em qualquer mesa daquela casa, em diagonal de meu pai, que ficava sempre na cabeceira da mesa, e a frente a minha mãe.

            Quando sentei, ninguém disse nada, apenas me olharam, mas depois de uns cinco minutos daquele jeito, eu me cansei, e resolvi falar.

            "Qual é o problema? Porque estão tão estranhos? E afinal porque me chamaram aqui?" Me fiz de ingênua, porque no fundo sabia qual era o propósito de tudo aquilo.

            "Não se faça de tonta conosco Mellory, sabemos que não é, não te criamos para ser, você sabe muito bem o problema, você sabe muito bem que estamos assim pelo acontecimento de ontem." Meu pai disse isso num tom autoritário que eu nunca  havia escutado antes, ainda mas comigo.

            "Certo, mas porque me chamaram aqui? O que eu tenho a ver com os acontecimentos de ontem afinal? Vocês não estão achando que foi eu estão? Quero dizer, como poderia ser eu afinal?" No fundo eu sabia que havia sido eu, mas como eu faria aquilo? Não tinha jeito.

            "Bom Mellory, nos te chamamos aqui a essa hora, para te fazer um comunicado, e não estamos achando, que tenha sido você. Temos certeza disso."Minha mãe falava com certo desprezo, cujo eu não conseguia entender o motivo, e quando ouvi a ultima frase, primeiro quase pulei de surpresa e choque, depois, dei uma risada muito sarcástica.

            "hahaha, eu fazer aquilo? Que tipo de brincadeira sem graça é essa?"

            "Mellory, isso não é uma brincadeira, de forma alguma, não brincaríamos com algo assim, você sabe. Além do que, muito aconteceu ontem depois que você subiu para seus aposentos, ai que tivemos toda certeza de que havia sido mesmo você Mellory."

            "Isso é ridículo!!! Você s ficaram doidos foi? O que afinal aconteceu ontem depois que eu subi, que deixou vocês com essa idéia imbecil na cabeça?"Apesar de estar falando numa altura de voz normal, eu falava com revolta e descrença, já estava perturbada com essa conversa.

            "Não Mellory, não ficamos doidos, e essa não é uma idéia imbecil é a verdade Mellory, por pior que pareça, e realmente seja. Mellory você é uma bruxa."

            "O QUE???" Ai sim eu gritei, era completamente absurdo o que estava ouvindo, pelo menos foi o que achei na época.

            "Isso mesmo que você ouviu. Você é uma bruxa, antes, quando recebemos a carta daquela escola também não acreditamos, não aceitamos, assim, simplesmente ignoramos aquela carta e seu conteúdo bizarro, achamos que era uma piada, e como mais nada aconteceu depois disso, simplesmente esquecemos tudo aquilo, até ontem, é claro. Mellory, um pouco depois que você subiu, apareceram do nada um monte de homens uniformizados, e curaram aquele garçom, depois começaram a fazer perguntas sobre o que tinha acontecido, e quando ficaram a par de tudo, foram falar conosco, os donos da casa, e seus pais, seus responsáveis, eles começaram a nos perguntar sobre você Mellory, e não tivemos escolha senão contar sobre aquela carta, ai foi à vez deles de nos contar muita coisa, e eles nós fizeram tomar a decisão certa sobre o que fazer com isso." Meu pai discursou isso muito serio, não parecia ser brincadeira, além de que meu pai nunca brincava, ele poucas vezes sequer ria.

            "COMO ASSIM O QUE FAZER COM ISSO? QUE ISSO?" Eu estava completamente confusa.

             "Isso, de que estamos falando, é você Mellory, sua mágica, para ser mais especifico. E na verdade, esse é exatamente o comunicado que temos que fazer a você, nossa decisão."

            "Que decisão???O tem para decidir afinal???"

            "Mellory, você vai estudar em hogwarts a partir desse próximo período escolar, em setembro."

            "HOGWARTS???E o que seria isso exatamente? Eu nunca sequer ouvi falar nesse lugar ou coisa, seila."

            "Faça o favor de parar de gritar Mellory. E Hogwarts é uma escola, uma escola de magia. Não queríamos manda-la Mellory, afinal, você esta muito bem na Academia de estudantes Rosenberg, mas como apesar de tudo o que te ensinamos, e todo o tempo que gastamos com isso, parece que você não tem controle nenhum sobre suas emoções, teremos que manda-la para lá, assim coisas assim não aconteceram mais, e se acontecerem, pelo menos ninguém achara estranho no lugar para onde estará indo."

            "Mas isso não é justo, eu nunca perco o controle, foi só uma vez, vocês não podem fazer isso comigo, foi tudo culpa daquele garçom patético."

            "Mellory, pare, apesar daquele garçom ter realmente passado muito dos limites, a culpa foi sua, VOCÊ que é uma BRUXA, você que não aprendeu nada do que te ensinamos todos esses anos, você que perdeu totalmente o controle Mellory, você não sabe como estamos decepcionados com você. Você pode imaginar o que teria acontecido se, aqueles homens não tivessem vindo, curado aquele garçom e modificado a memória de todos aqueles convidados? Mellory, imagine tudo o que teríamos que explicar, imagine tudo que o que estariam falando sobre você. Sobre nossa família. Seria um desastre, principalmente para fama de nossa família, e com uma fama ruim teríamos menos poder, e com menos poder, menos dinheiro, e com menos dinheiro perderíamos cada vez mais. Mellory seu showsinho podia ter em um dia, arruinado tudo o que nossa família levou séculos para construir. Pense nisso, não podemos nos arriscar, isso não pode voltar a acontecer de modo algum. Por isso você ira sim para essa escola, sem discussão, já esta tudo arranjado, já fizemos sua matricula, já temos sua lista de materiais, e já sabemos tudo o que precisamos saber para manda-la e mante-la lá. Hoje mesmo, após o almoço Damion ira leva-la para comprar seu material e uniforme adequado, e dia primeiro de setembro você ira de trem para a escola. Diremos a sociedade que você foi para um internato em outro país, mas que não divulgaremos nem o nome do internado nem o país onde este se localiza, porque não queremos que a mídia atrapalhe seus estudos. E antes que pergunte você ira sem empregados, porque lá nem ao menos é permitido que pessoas que não sejam bruxas entrem.É isso e ponto final ouviu? Sem discussões, nem brigas ou reclamações, estamos fazendo o que é certo e necessário e pronto. Agora coma seu café." Ficava mais chocada a cada palavra que minha mãe pronunciava, por isso não consegui interrompe-la uma vez sequer, e nem ao menos consegui falar quando ela acabou. Mas também não adiantaria nada que eu falasse, eles estavam bravos e determinados. Já haviam decidido que me mandariam para aquela escola, e pelas suas caras vi que não mudariam de idéia, assim apenas fiquei quieta e tomei meu café, para não acabar piorando tudo.

Nota do autor:

Bom....bem melhor ne??!!....é pelo menos o triplo dos capítulos anteriores.....e ainda vou tentar melhorar no próximo capitulo: provando um pouquinho de minha nova vida...é aquela coisa básica dela comprando os matérias no beco diagonal......

Bom.....gente....é seriooooo....eu suplico.....me mandem reviews.....eu queria mto sabe o que vocês tão achando.....porfavor... porfavor...porfavor...porfavor.......

Bom até o próximo capitulo.......bjusss e mais bjussss....ass:***t@shyy***