Capítulo V- Revelações de Moody

Hermione escutou uma batida na porta de sua casa. Desde o dia da prisão de Severo Snape ela não freqüentara mais o mundo mágico. As aulas em Lion não tardariam a começar e ela estava muito ansiosa, sem saber direito como proceder. Ao abrir a porta, teve uma surpresa. Sr. Wealsey! Entre. Hermione, será que eu poderia passar alguns dias aqui na sua casa? Claro, se não for muito incomodo para você e seus pais. Claro, sr. Weasley, sente-se. - disse Hermione, indicando um sofá onde ambos sentaram, se o Arthur Weasley descansou a mala ao lado. Bom, mas só vou ficar o tempo de conseguir me alojar com um primo nosso, que é contador. Imagine, sr. Weasley, fique o tempo que precisar. Mas, enfim, o que o senhor faz aqui, no mais puro mundo trouxa? Acontece, Hermione, que estou sendo caçado no mundo mágico. Moody e seus aliados conseguiram me destituir do ministério, mas acho que você já sabia disso. Eles usaram a alegação de que.. Sim, realmente eu sei disso tudo, senhor Weasley. O motivo foi o fato de que eu poderia tomar o lugar o Sr. Riddle. Sim, disparate. Mas se eu for pego, serei enviado a Azkaban. È tão feia assim a situação?? Sim, Hermione! Se, por exemplo, você comparecer ao julgamento dos Comensais, será presa também. Segundo Moody, tem-se que eliminar o mal pela raiz. - disse Arthur desdenhosamente. Meu Deus! Mas e o Fudge, não faz nada como Ministro? Ora, Hermione, você sabe tão bem quanto eu, que ele não passa de um fantoche nas mãos de quem lhe convier no momento. E Alvo pelo que sabemos vai ser destituído depois do julgamento. Mas o professor Dumbledore e o Moody sempre foram grandes amigos. Isso não pode estar acontecendo!!! Tanto pode que está, Hermione. Realmente Moody mudou muito depois da morte do Lord das Trevas. Ai é que esta o problema, sr. Weasley! O sr. Riddle não morreu. Dumbledore me falou isso, embora eu continue não acreditando. O professor Alvo também me falou isso, argumentou que Severo, Lúcio Malfoy e Richard Brown lhe contaram que as marcas negras não tinham desaparecido. A mim, Severo não disse nada suponho que quisesse me preservar. E o que você sugere que façamos, Hermione. Alvo me disse que você tem um plano. Olhe, sr. Weasley têm cosias muito estranhas acontecendo. Moody mudando radicalmente seu comportamento e tentando desbancar seus eternos aliados. O senhor e o professor Dumbledore conhecem Moody a muitos anos, e embora ele tivesse a vontade de prender o Trio de Ouro não o faria, acredito eu sem a anuência de Dumbledore. Sim, Hermione. Você tem razão, mas... Mas Draco Malfoy esteve nas arquibancadas após o jogo de quadribol para me devolver isso. - disse Hemrione, tirando o anel de uma gaveta. Que jóia linda! - disse o sr. Weasley - Snape lhe deu? Não! Ganhei do sr. Riddle. O sr. Malfoy disse que ele contém uma espécie de rastreador. Que estranho. Tenho a impressão de conhecer essa jóia... - disse o sr. Weasley, entregando-a para Hermione. Bem: vamos a nossas pistas: essa jóia, o estranho comportamento do Moody e sua mudança de aliados; a prisão do trio de Ouro e a traição de Lúcio Malfoy.Tudo isso deve levar a alguma coisa... Temos que pensar... Temos que pensar. Você quer dizer que se conseguirmos descobrir a interligação entre esses dados, saberemos onde e se Voldemort esta vivo? Exato. E eu preciso encontra-lo e derrota-lo. Essa é a única chance de tirar Severo de Azkaban.

Não lhe disse que os ratos são sempre os primeiros a abandonar o navio? - perguntou Severo Snape para Lúcio Malfoy na cela ao lado. Já sim, você mesmo disse. - retrucou Lúcio. Ora, Lúcio você sim, que é um rato de porão! Abandonou o Lord. Nunca imaginei estar vivo para ver essa cena. - disse Snape. E nem eu imaginava ficar vivo para estar preso nessa fortaleza. - disse Richard. Nessas horas invejo Sirius. O cão pôde sair daqui! - disse Lúcio . Bom, eu não desci tão baixo a ponto de quer ser o pulguento do Sirius. - retrucou Snape. Mas era uma idéia. O Sirius deveria editar um manual de vida canina. "Seja um cão e saia de Azkaban". - completou Lúcio. Estou tão gelado por dentro, que não consigo nem rir. - disse Richard. Reaja, Richard. Pense em como você vai ser feliz saindo daqui e se casando com a Sybila. - ironizou Severo. Eu, hein? Preferia ficar preso até minha morte, mas não posso falar muito, porque a Narcisa continua a solta torrando o meu dinheiro. Como você é cômico, Lúcio. Deveria se imaginar na porta de sua Mansão, com a Narcisa descendo as escadarias aos beijos com o Karkaroff. - debochou Richard. Com quem? - perguntaram Lúcio e Snape ao mesmo tempo. Com o Igor Karkaroff, ora! Não me diga que não sabiam disso! Você sabia, Severo. Faz séculos que a Narcisa tem algo com o Karkaroff. Mentiroso! - disse Lúcio com raiva. Não sou, não. Os únicos Comensais da Morte que não tiveram nada com a Narcisa fomos eu e Severo, porque éramos seus amigos. E o Rabicho, porque a Narcisa não quis. Richard eu juro, se eu sair daqui quero te matar com minhas próprias mãos!" - urrou Lúcio Malfoy. Quer uma prova, Lúcio? Rabicho! Rabicho!!! - chamou Richard bem alto. Brown? - respondeu uma voz longínqua. - Eu te odeio, traidor, bem feito que está preso também! Você e aqueles outros dois trastes. Blá, blá, bla! Só me responde. Porque você não teve nada com a Narcisa Malfoy? Porque ela não quis. - respondeu a voz longínqua. Viu Lúcio? - perguntou Richard em triunfo. Severo, você sabia disso e não me contou? Mas que espécie de amigo você é afinal? O seu melhor amigo. Quem em sã consciência admitiria ser trocado pelo idiota do Karkaroff? Só quis preservar você, Lúcio. - explicou Snape. Minha esposa me traindo com o Karkaroff... Acho que está mesmo na hora do beijo do dementador. - disse Lúcio desconsolado, sob os risos de Snape e de Richard.

Draco Malfoy passeava por entre as cadeiras da sala de reuniões de sua mansão, enquanto conversava com o auror Moody. - Sabe, Moody, o seu trabalho tem sido perfeito. - Pudera, sr. Malfoy. Acho que pela primeira vez na minha vida, parei de representar o papel do bom moço. - Que irônico. Nunca pensei que você pudesse ser um dos nossos. Para falar a verdade, ainda estou um pouco descrente. - Olhe aqui então. - disse Moody erguem a veste do braço esquerdo. - Mas, Moody, me explique como você trocou de lado. - Malfoy, eu não sei muito bem quando isso aconteceu. O caso é que o Lord das Trevas precisava de um auror bem colocado no Ministério e me fez propostas tentadoras. Não tenho o menor medo de ser denunciado, pois além de você Malfoy, ninguém sabe de minha identidade secreta. - Quero saber então, porque sendo aliado do nosso Lord, o senhor não o procurou para avisar de que aquela Granger horrorosa estava enganando- o . - Como eu poderia fazer isso, sem deixar suspeitas?? Dumbledore estava sempre comigo. Não tinha nenhuma chance, mas prendi aqueles três idiotas... ficarão apodrecendo em Azkaban. - Eu não teria tanta certeza, Moody. Nada me tira da cabeça que a Granger está com algum plano. - Isso é certo. Precisamos neutralizar os aliados dela. Destituir Alvo.. - De que isso adianta se aquela bruxa velha da Mcgonagall assumirá a escola? - Não tenha tanta certeza disso, Malfoy. - respondeu Moody com um sorriso mau. - Às vezes, atitudes de nosso passado voltam a tona no momento mais inesperado. - O que você quer dizer com isso, Moody? Não me diga que a Mcgonagall também tem seus podres.! - exclamou Draco surpreso. - Pois é. Mas, no momento oportuno você saberá de tudo.

Draco caminhou pela sala , até a escrivaninha de Voldemort e pegou o anel que ali estava escondido. - Moody , por algum acaso o senhor conhece esta jóia? Moody não respondeu apenas arregalou os olhos em sinal claro de admiração. - Como você tem isso em seu poder, Malfoy? - O senhor conhece??? - Talvez sim. - E a quem ela pertence? - Diga-me primeiro como isso está sem eu poder. Draco então explicou a Moody tudo sobre a jóia. As visões, e principalmente que Hermione tinha uma cópia que servira como rastreador, pois realmente o Lord não confiava cegamente na garota. - Draco Malfoy, eu acho que sei como poderemos trazer o Lord de volta. - respondeu Moody sorrindo.

Naquela noite, que Severo Snape sabia anteceder seu julgamento, pelas grades da cela em olhava as estrelas brilhantes no céu. E seus pensamentos estavam em Hermione. Seu perfume levemente adocicado, seu sorriso, o gosto de seus beijos... toda a felicidade que ela trouxera para sua vida. Era verdade que os dementadores poderia sugar todos os seus bons pensamentos, mas eram tantos bons momentos que jamais conseguiriam lhe tirar toda a felicidade que tinha, e sorriu levemente ao lembrar-se dela, de tudo o que Hermione Granger, já fizera por amá-lo. E talvez o que ainda fosse fazer. Pelo que conhecia de sua amada, sabia que ela deveria estar tramando algo para tira-lo de lá. Quanto a ele próprio, o que poderia ter feito, era se afastar dela, não tê-la envolvida nessa sujeira que era seu passado. Começou a declamar as palavras que surgiam em seu coração, sobre ele e Hermione.

" Às vezes numa decepção

recorremos á solidão

e fechamos nosso coração.

Mas não por muito tempo,porque mais cedo ou mais tarde

alguém vem,e entra sem permissão.

Então não há mais volta.

Aí a dor virá amor,e a solidão virá emoção.

Emoção de viver cada momento do lado de uma pessoa que em pouco tempo mas em grandes momentos fará parte da nossa vida.

Emoção de saber que alguém foi quente o bastante não só para

suportar nosso coração frio e coberto de gelo, mas também para derrete-lo.

Emoção de saber que agora toda vez que abrirmos a janela

acharemos que nunca tínhamos visto o céu.

Emoção de saber que os caminhos da vida nos escolheu

para nos pregar uma peça e fazer com que encontremos nossa alma.

Mas principalmente e acima de tudo,emoção de saber que

tinha um alguém em nosso caminho,

e que esse caminho... foi cruzado."

Erika Silva Oishi
Hermione Granger estava na porta de entrada do Ministério da Magia em Londres, onde seriam julgados todos os acusados como Comensais da Morte. Uma multidão de bruxos estava aglomerada no local para acompanhar o desenrolar dos fatos. Rapidamente, surgiu Remo Lupin, Sirius Black e Parvati Patil do meio da multidão, levando-a para dentro do recinto. - Está concorrido isso aqui hoje. - disse Sirius Black. - Pois é, parecem urubu em carniça. E você Hermione, como está? - quis saber Lupin. - Bem, Remo. E vocês? - Nós vamos bem, mas preciso lhe falar agora, srta. Hermione. - ouviu-se a voz grave de Frank Longbotton que vinha chegando. - Frank... - cumprimentaram todos. - Não vou deixar meu melhor amigo, meu irmão, ser condenado por essa corja de animais. Agora não sou mais auror. Moody disse na academia que quem estivesse contra ele que fosse embora. E eu me retirei. - Mas Frank, não é um risco? - perguntou Sirius. - Olha Sirius, não existe emprego e nem dinheiro que compre nossas opiniões nossos idéias, portanto... - Eu concordo com você, Frank, mas vamos subindo que todos estão lá em cima. - disse Remo Lupin. - Vocês vão... Preciso conversar um instante com a srta. Granger... Os outros três deram de ombros e começaram as subir as longas escadas até a sala de julgamento. - Pois não, sr. Longbotton. - Não é muito perigoso estar aqui? E se resolverem lhe aprisionar também?? - quis saber Frank, com evidente preocupação. - Tenho isso aqui.. - disse Hermione mostrando dentro de sua bolsa, uma capa da invisibilidade. - Acho que poderá ser o suficiente, senão... bem, vamos utilizar alguns truques de magia negra. - continuou ela, sarcasticamente. - Srta. Granger.. Snape teve mesmo muita sorte... - começou a falar Frank, mas foi interrompido por um sinal sonoro que indicava o inicio dos julgamentos.