Capítulo VII- Fugas
- Narcisista, é verdade! Mas mesmo assim um gênio. – disse Malfoy.
- Ora, Lúcio. Isso vindo de você deveria ser gravado e posto a leilão. O sapientíssimo Lucio Malfoy, fazendo-se passar por Goyle, me elogiando. – Que cena tocante...- ironizou Snape.
- O importante é que estamos livres de Askaban.. – Comentou Richard.
- Ora, Richard, parece que você é o especialista em se fazer passar pelo Crabbe..
- Pois é, Severo. Estou adquirindo certa prática. – comentou Richard com ironia.
- Sim, sabichão. Mas e como vamos nos fazer passar sempre por esses idiotas?
- Lúcio, Lúcio, Lúcio.. – disse Snape. – Você não achou que eu iria esquecer um detalhe desses... Quando nos transformamos naquelas três amebas eu arranquei fios de cabelos e coloquei no bolso das vestes que estamos trajando. Que tolice tentar estuporar nós três... Acho que o Moody facilitou um pouco...
- Severo! – repreendeu Richard.
- Estou vendo do ponto de vista dele. Em tese fomos estuporados.. Mas os meus antídotos? Será que o imbecil não imaginou que eu tivesse antídotos e poções junto comigo?
- Daí fizeram aqueles quatro entrar na cela. Estuporados logicamente. Explicou Snape.- Daí foi rápido... Nos transformamos nos brutamontes e eles na gente.. Perfeito. O melhor foi que o Trio de Ouro falso ainda foi estuporado mais uma vez para entrar no tribunal e os pobres não tiveram nenhuma chance de reação...
- O Moody é sujo, Severo. – comentou Lúcio. – Não teria nos deixados lúcidos para ter chance de defesa.
- Típico dele. – comentou Richard. – Mas não entendo o que esta movendo o Moody a agir desta forma...
- Alguma idéia brilhante, Snape?
- Nenhuma... Mas Moody... – ele arregalou os olhos. – Lúcio, me responda. Todos os servos do mestre estavam na sua casa?
- Parece que tinham pessoas fora de lá.. Você esta querendo dizer?
- Não, Lúcio. Não seja apressado... Vamos refletir a respeito. A única coisa que me preocupa é que não tenho muito mais poções prontas, e só Hermione sabe como fazer com esse feito de 24 horas. – comentou ele.
- Você tem que avisar para ela onde estamos. – disse Richard.
- Tenho. Mas não imagino como!
- Haveremos de dar um jeito. – disse Lúcio.
Moody ainda estava no tribunal, radiante por ter conseguido colocar na prisão o seu odiado Trio de Ouro. Draco Malfoy também parecia muito satisfeito por seu pai ter sido condenado. Lastimara mais de uma vez pela condenação de seu padrinho. Mas não havia nada que ele pudesse fazer neste sentido. Severo Snape era um Comensal
da Morte e como tal, teria que responder por seus atos.
- O tribunal que se encontra reunido, deverá julgar a srta. Hermione Granger por seus crimes de tentativa de apropriação do poder das trevas, para uma nova onda de terror.
Hermione ouviu aquilo e agarrou sua capa da invisibilidade.
- Moody, você não pode simplesmente pegar alguém que está no auditório e lhe acusar de culpabilidade em algo, é preciso que corra algum processo correspondente. – disse Dumbledore.
- E quem disse que não existe um processo?
Ela percebeu que os guardas estavam caminhando para o local aonde ela estava. Frank Longbotton a observava atentamente. E disse, levantando-se e caminhando para aonde estava Moody.
- Você tem se comportado de maneira estranha Alastor. Parece ser um deles, e não um dos nossos! – ele se postou na frente de Moody. Sabia o olhar mágico deste veria Hermione, mesmo com a capa da Invisibilidade. Aquele foi o instante crucial. Hermione jogou a capa sobre os ombros e começou a caminhar em direção a saída.
- Nem mais auror você é, Frank Longobtton. E alem do mais, quem você pensa que é, para me desafiar? - gritou Moody.
- Calma, Alastor, disse Dumbledore, levantando-se da mesa e sorrindo. – Frank está apreensivo pela prisão do amigo.
A essa altura, Hermione estava quase na porta de saída. Os guardas que estavam procurando-a haviam parado para assistir a discussão.
- Você não é mais o auror que eu aprendi a admirar... Não sei o que aconteceu com você? – quis saber Frank.
No instante seguinte, Hermione saiu porta a fora do auditório e desceu as escadarias correndo. Não havia nenhuma vigilância na sede do Ministério da Magia e ela saiu correndo rua a fora, ainda vestindo a capa.
Ainda no salão do tribunal:
- Cale a boca agora, Longbotton ou será preso.- falou Moody friamente.
- Sob qual acusação, Moody? – quis saber Frank.
- Calma Frank! Venha comigo. – disse Sirius Black, puxando o amigo que lhe deu um olhar rancoroso.
- Prendam a srta. Granger. – gritou Moody.
- Ela não esta mais aqui, Sr. – respondeu um dos guardas olhando toda a assistência.
- Como vocês deixaram isso acontecer, seus imbecis. Não faz um minuto que ela estava aqui... – disse Moody olhando Frank, em sujo rosto havia um sorrisinho cínico.
- Corram, procurem ela em todos os lugares.. Não pode ter ido muito longe. – ordenou Moody para os aurores seus aliados e os guardas e estes se precipitaram porta a fora.
Moody estava enganado. Hermione era uma bruxa trouxa e conhecia muito bem aquele universo. Mal chegara na rua, correra ao ponto de táxi da esquina, tirando a capa.
- Por favor, me leve para Estação King Cross. – ela dissera ao motorista. O carro arrancou no instante seguinte. Hermione achava premente se esconder dos aurores do ministério, e agora lhe vinha a lembrança clara do mapa que pedira para o sr. Riddle e que fora usado para fazerem os pretensos planos de ataque.. A França era o país com menos defesas do Ministério. Mas não seria justamente isso que iriam imaginar que ela faria? A Inglaterra era muito perigosa. E alem do mais não tinha uma quantia tão grande de dinheiro junto a si. Talvez fosse aconselhável pegar o trem–bala até Paris e de lá ir para outro país europeu com menos tradição no mundo bruxo, como Portugal, por exemplo. – cogitava ela.
Dali a pouco o táxi parou na estação. Hermione pagou a corrida e saiu em busca do guichê de passagens. O passaporte não era problema, pois desde a instauração da União Européia o trânsito era livre, sendo necessária apenas a carteira de identificação.
Ela se informou sobre os horários do trem-bala e soube que dentro de 25 minutos sairia o próximo. Era uma quantidade considerável de tempo. Poderia ir para algum outro lugar, dentro da própria Inglaterra, mas isso seria muito arriscado. Comprou a passagem, emitida em nome de Agatha Cragth. Dali rumou para o banheiro, onde vestiu a capa.
As pessoas que estavam assistindo os julgamentos, começaram a sair da sala, sendo revistados pelos aliados de Moody. Apenas Moody, seus aliados e Alvo Dumbledore ficaram na sala.
- Você vai voltar para a escola, Alvo?
- Sim, Alastor.
- Espere minha visita assim que encontrar a srta. Granger. – comentou Moody friamente.
- Você não acha que esta se precipitando, Alastor?
- Não, Alvo. Vou combater o mal pela raiz. Se aquela garota pensa que vai ser fácil assumir o lugar deixado pelo Lord das Trevas esta muito enganado. – falou Moody, com profunda convicção.
- Eu ainda acho que você pode se arrepender disso, Alastor. – simplesmente comentou Dumbledore.
- Na visita que farei a você, comentaremos isso. – retrucou moody, encerrando o assunto.
Dumbledore deu de ombros e foi saindo da sala, ao mesmo tempo em que um auror entrava na sala.
- Não a encontramos em lugar nenhum. Parece que a srta. Granger sumiu!
- Procurem o tempo que for preciso. Na casa dela em primeiro lugar! – ordenou Moody.
- Uma patrulha já foi enviada para lá, senhor.
- Muito bem. Cerquem a cidade. Coloque homens em todas as saídas. Não podemos deixa-la escapar. E não se esqueça. – salientou Moody. – ela é muito esperta e ardilosa e pode utilizar todos os artifícios de magia negra disponível.
