Capítulo XI- Lúcio Malfoy e suas idéias.

- Espera aí, Severo.. Você não sabe o que é um telefone?

- Qual o problema, Lúcio.. Eu também não sei. – afirmou Richard para um Lúcio Malfoy incrédulo.

- O problema, são vocês suas duas amebas!!! Sinceramente... Se o imbecil do Severo não sabe como falar num telefone, o que vamos fazer????

- Mas, Lúcio.. – Richard tentou contemportizar.

- Tudo bem, tudo bem.. Sim deixem que eu dou um jeito! Sabe, eu odeio os trouxas, mas...

- Lúcio?

- O que é Richard?

- Como o pai da srta. Hermione vai chegar aqui? Ele não deve conseguir entrar em locais antitrouxas..

- Heheheh, pergunta burra, Richard. Você não achou que eu iria me esquecer de um detalhe desses, achou? Eu o vi no beco diagonal certa vez...

Repentinamente a porta se abriu e eles ficaram em silêncio..

- Como estão meus pacientes favoritos? –era a enfermeira que Lúcio Malfoy achara interessante.

- A srta. não vai nos entregar para o Lord, vai? – perguntou Snape fazendo-se de Karkaroff.

- Claro que não, sr. Karkaroff. – afirmou ela, num meio sorriso. – Vim buscá-los para um passeio...

Snape levantou-se da cama num salto...

- A srta. tem certeza que ele não irá nos aprisionar?

- Claro que tenho.. – afirmou ela, com uma certa piedade na voz - ...venham...

Snape ia caminhando ao lado da moça, e Malfoy e Brown vinham caminhando logo atrás.

- Será que Lúcio Malfoy deixaria a senhorita nos levar para um passeio? – perguntou o próprio Lúcio.

- Ele jamais se oporia. – disse Crabbe/Richard

- Tem certeza?

- Tenho.

Ela os levou para um belo local, no lado de fora do prédio, onde os pacientes eram vigiados por muitos enfermeiros. Os três ficaram em um canto e a enfermeira sentou-se com eles.

- Será que não poderíamos jogar um snap explosivo? – perguntou Lúcio.

- Não, Goyle. Da última vez eu fiquei trancafiado na masmorra secreta do Malfoy uma semana, por ter perdido o jogo.. – falou Snape, quase rindo.

- Mas seria bom... Em Askaban era muito ruim.. – falou Richard. – Será que a senhorita não conseguiria o jogo de xadrez enfeitiçado do Lúcio?

- Pois é, como é que ninguém nunca me contou que aquele jogo era enfeitiçado? Coitado do Brown!!! – falou Snape, friamente.

- Se algum dia eu ainda vir o Lúcio.. Bom, eu não posso fazer nada sem ele mandar.. mas você pode, Karkaroff. – dissera Richard, com um sorriso mau.

- Enfermeira, você não pode arranjar um snap explosivo para nós??

- Bem, é que...

- Por favor, enfermeira... O Lúcio não diria não, a um pedido desses. – implorou o próprio Lúcio.

- Bom, eu... Tudo bem, vou ver se consigo, mas vocês três fiquem aqui em silêncio...- respondeu ela, entrando novamente no hospital...

Os três esperaram alguns segundos e um momento apropriado, Lúcio levantou-se e entrou no hospital pelo outro lado.

- Vá e deixe com a gente, Lúcio. – afirmou Snape.

- Boa sorte, seu trapaceiro.

Nada, como algo idealizado e realizado por uma pessoa abonada, pensou ele, enquanto corria pelos corredores desertos do hospital, até a sala em que ficava o telefone. Aquele local quase sempre estava deserto, pois praticamente nenhum bruxo sabia lidar com o telefone..

Devagarzinho ele abriu a porta da sala, que por sorte estava totalmente deserta. Lúcio sentou-se na mesa, e pegando o aparelho discou o número que estava escrito no aparelho com os dizeres: Auxilio a Lista. Procurando escutar qualquer ruído que fossem, no lado de fora da sala... ele discou o número e ouviu uma voz mecanizada do outro lado.

- Pois não?

- Eu precisava do telefone do sr. Granger...dentista...

- Deixe-me ver.. Temos dois dentistas Grangers: Hubert e Irnius. Qual o senhor deseja?

- Irnius. – respondeu Lúcio com um sorriso pensando em quão criativo era aquele nome.

Rapidamente a moça soletrou um numero e Lúcio anotou-o mentalmente. Mal havia colocado o telefone no gancho, escutou vozes próximas.. Escondendo-se debaixo da mesa, percebeu a entrada de duas pessoas na sala.

- Pensei que houvesse alguém aqui. Achei que tinha ouvido vozes.

- Você está sonhando, Selena. – afirmou uma voz masculina, que pareceu se afastar.. A moça não disse nada e encostou a porta da sala...

Lúcio, que continuava repetindo mentalmente o número da casa dos Granger, esperou até os passos se afastarem. Quando já não ouvia-se mais nada, pegou o telefone, discando os números.

- Alô? – respondeu uma voz masculina.

- È Irnius Granger?

- Sim. Quem fala?

- Lúcio Malfoy.

- O senhor é meu paciente? Desculpe não estou..

- Sou amigo de Severo...

- Severo! Severo Snape?

- Sim, claro que sim.. quantos Severos o senhor conhece..

- Hein, moço que petulância..

- Sim! Desculpe, é que sou um homem rico e...

- Não tenho hora para hoje.

- Não quero uma consulta..

- Eu sei que não quer.. pensa que nunca li nenhum livro de bruxaria da minha filha, seu malévolo?

- Então me conhece.. Muito bem, estamos precisando de um favorzinho do senhor.

- Não sei nada de bruxaria, moço.. se bem que espantei uns pretensos aurores daqui da minha casa, com uma varinha.

- Sério?

- Claro, Malfoy! Mas me diga onde vocês estão.. O professor Snape está com você?

- Sim. Nós estamos no Hospital Mágico..

- Mas eu não sou medico, não posso fazer nada por vocês.

- Mas o senhor não é dentista? Não é a mesma coisa?

- Não é não, mas tudo bem, me diga como chegar até onde vocês estão.

- Bom, pode ser por meios trouxas, mas não diga que veio aqui a minha procura ou a de Severo.. estamos com uma poção polisuco..

- Que diabo é isso?

- Estamos como sendo outras pessoas.. procure pelos Comensais da Morte e diga que veio a mando de Moody. E mais, não se identifique como Granger.

- Devem ter se metido numa enrascada das grandes!! Onde vocês estão, afinal? Olha se você tiver brincando comigo, vai me pagar Malfoy.

Lúcio deu a ele um endereço trouxa, com a recomendação de que somente ele veria o prédio. Depois se despediram...

Malfoy refez o caminho até o pátio já preocupado porque acabara demorando mais do que previra. Mas, quase na saída cessou sua preocupação.. A enfermeira interessante estava aos beijos com um rapaz vestido de branco, parcialmente ocultos por uma coluna.. Procurando fazer o menor ruído possível, Lúcio esgueirou-se até o pátio.... Richard ficava muito engraçado de Crabbe, mas Snape estava impagável de Karkaroff.

- Hein, você demorou... – falou Richard.

- Conseguiu??

- Sim, moleza... – falou Lúcio.. – Aquela ala é deserta.. e dei sorte já falei com o Granger, mas que homem chato.. já me ameaçou e ficou de vir aqui para vir o que queremos.

- Mas você explicou a ele que não procurasse por nós, e sim por esses nossos nós..

- Que complicado, Severo. – falou Richard.

- Eu disse a ele que procurasse pelos Comensais da morte e dissesse que tinha vindo a pedido de Moody.

- Você é um gênio..

- Olha aqui, Severo.. Para quem não acreditava no meu plano, você tem que ficar bem caladinho.

- Vocês não devem brigar.. – ouviu-se a voz da enfermeira, que se aproximava.

- Lúcio não gosta dele. – disse Lúcio Malfoy.

- È, não gosta. – contrapôs Richard.

A enfermeira logo os conduziu de volta ao quarto, trancando a porta.


Mais de uma hora depois ela reapareceu.

- O Ministério da Magia enviou o Dr. Blossom para verificar o tratamento de vocês...

Os três tinham os olhares presos na porta e por ela adentrou Irnius Granger, com um sério e firme olhar profissional.

- Obrigada, enfermeira! – agradeceu ele, polido. - Poderia me deixar a sós com meus pacientes?

- Claro, dr.Blossom . Precisando, chame-me. – respondeu a moça retirando-se e fechando a porta.

- Hein, você ai, pare de babar pela enfermeira.. Isso é feio sabia? – ordenou ele apontando para Lúcio.

- Você é um chato, Granger!

- E você Malfoy, o que pensa ser? – retrucou o pai de Hermione com aspereza.

- Tudo bem, já vi que serão amigos eternos, eu sou Richard Brown. – disse-lhe um homem, que o dr. Granger acreditava ter cara de abobado.

- Prazer.. e você...- disse o sr. Granger com surpresa.- Sinceramente, Snape! É verdade que sua aparência não é das melhores, embora eu supunha que tenha melhorado desde que começou a namorar a minha filha.. Mas esse seu disfarce... francamente.. –disse ele, abraçando Karkaroff.

Lúcio riu com gosto da observação.

- Cale a boca, Malfoy.. E agora quero saber o que vocês querem de mim...


Draco Malfoy estava perplexo com a revelação de que Minerva Mcgonagall era casada com Thomas Riddle. Moody parecia radiante.. finalmente conseguira desmascarar Minerva.. Tantas vezes sonhara com esse momento.. Isso significava em ultima análise, a professora tinha estreitas ligações com o lado das Trevas... E o anel, bendito anel...Se Minerva tivesse dado uma chance a ele, teria sido muito feliz, e não sentiria todos os tipos de agruras, pelas quais passavam alguém, cujo grande amor, tem estreitas relações com as Trevas. E que não viessem dizer a Moody que ela não sabia de nada. Até certa época, ele concordava, mas depois de um determinado ponto, era impossível ela ser casada com Riddle e desconhecer as ações maléficas deste.

- Agora, quero ver você negar Minerva....

- Jamais negarei isso, Moody, principalmente para você.. – retrucou a professora com uma expressão raivosa.- Sabe qual é seu problema? È ressentimento infantil.. Você ainda se amargura por eu ter casado com Thomas e não com você.. Agora me diga.. Você acha que eu merecia ter me casado com você?

- Eu sempre te amei Minerva. – retrucou Moody com ódio.

- Não seja patético Alastor. Olhe para você, querendo destituir Alvo, por causa de uma rixa infantil.

- Minerva, não vale a pena perder seu precioso tempo discutindo com Alastor. Parece que ele está determinado a revolver as coisas da maneira que considera mais correta. – considerou o diretor.

- Também, observe só a estranheza desta nossa situação, Alvo. Você é acusado de querer difundir uma onda de terror entre os bruxos aliando-se a herdeira de Irnius Granger.

- Você esta me acusando disso, Alastor.

- Estes são os ditos da comunidade bruxa, meu caro Alvo. – explicou friamente Alastor. – Minerva, sua substituta direta é casada com Lord Voldemort. Já pensou no escândalo, Minervinha querida..

- Minervinha querida, é a ....

- Minerva!! – alertou Dumbledore.

- Muito bem- continuou Moody- o próximo para assumir essa escola seria Snape. Preso em Askaban sob a acusação de ser Comensal da Morte.

- Preso injustamente! – contrapôs Alvo.

- Pense o que quiser... O conselho deliberativo da escola, achou por bem que o professor Flitwich assumisse a direção, temporariamente.

- Até que você seja coroado diretor, Alastor? – quis saber Dumbledore.

- Talvez... Agora você tem 30 minutos para desaparecer dessa escola.. você e a sra. Riddle.. Não quero ninguém no corpo docente com ligações, mesmo que remotas com o mundo das Trevas.

- Então espero sinceramente que você não volte a dar aulas em Hogwarts, Alastor.

Moody fingiu não ter escutado a ultima observação de Dumbledore e dirigindo-se a Minerva perguntou:

- Esse anel é seu? – mostrando o anel de brilhantes que Draco encontrara na mansão Malfoy.


Hermione Granger,desceu na estação central, em Paris. Na verdade tinha muitos receios do que poderia acontecer e do que poderia ter acontecido com Severo, que fora mandando para Askaban. Uma moça de cabelos e olhos negros segurou seu braço quando ela passou. Hermione assustou-se...

- Graças a Deus que lhe encontrei..

- Quem é a senhora? – perguntou Hermione apreensiva.. Tinha que se livrar da mulher.. e se ela fosse um auror?

- Lauren... Lauren Michaelsen..

- Sim, mas quem é a senhora? – a mulher puxava Hermione com força por entre os passageiros da estação....

- Eu sou irmã de....