Capítulo XII - Acontecimentos surpreendentes
- Eu sou a irmã... A irmã de Severo...
Claro, Severo realmente lhe falara sobre uma irmã. Mas agora como ela sabia que Hermione estaria ali, como a encontrara. Como de repente surgira do nada.
- Vamos... – dissera-lhe a moça, puxando-a para fora da estação.
- Mas espere. Eu não tenho para onde ir... Largue-me...
- Vamos logo, srta. Granger, senão a patrulha de Cornélio lhe encontrará.
- Cornélio? – perguntou Hermione com surpresa. – Cornélio Fugde?
- Sim! Severo não lhe contou? Eu sou casada com o Ministro da Magia, Cornélio Fudge. – explicou ela, enquanto empurrava Hermione para dentro de um táxi trouxa...
Lauren deu um endereço para o motorista e logo o carro arrancou pelas ruas parisienses.
- Vocês acham que é muito simples, isso que estão me pedindo. – afirmou o Dr. Granger, um tempo depois, durante o qual Severo Snape havia lhe explicado tudo o que acontecera, fazendo um pequeno feedback. – Eu nunca ouvi falar nessas misturas, nestes ingredientes... Mas o pior, o pior mesmo é a idéia de eu arranjar três pessoas para substituírem vocês aqui dentro... Ora, francamente, acho que vocês três, ou estão muito loucos ou são assim abusados mesmo.
- Olhe Dr. Granger, o que queremos é não deixar que Voldemort volte a ativa. Nossas marcas negras não desapareceram, e isso significa que ele não foi eliminado... Que só está esperando alguém resgatá-lo de algum lugar... – Richard Brown mostrou o braço ao pai de Hermione que analisou com cuidado.
- Eu conheço essa marca... Não me perguntem da onde, mas tenho certeza...
- Claro que conhece, Granger. – falou Lúcio com frieza. – Essa é uma marca milenar das trevas, e você é descendente de alguém milenar nas trevas. Simples.
- Seu palavreado não me convence, Malfoy. Mas, pelo que entendi dessa loucura toda se não corremos, não poderemos salvar minha filha é isso?
- É sim, Sr. Granger... – confirmou Richard.
- Isso tudo é culpa sua, Snape! Tudo culpa sua. – disse o pai de Hermione, com frieza.
- Não, não seja injusto com Severo! – falou Lúcio Malfoy. – Ele é o mais decente de nós... O senhor não pense que não ia sobrar para você ou para Hermione. Era inevitável. Reza a profecia: que Voldemort somente será derrotado por um Granger... Com os Potter, ridículos, os Weasleys pobretões e os Longbotton, vide Frank sem comentários...
- Frank Longbotton... Frank Longbotton é um auror! – afirmou confusamente o Dr. Granger.
Os outros três se entreolharam.
- Ele está falando do velho, pai do nosso amigo Frank... Que é a pessoa que talvez, ele conheça com esse nome.- palpitou o velho.
- Você pode procurar Frank, Irnius. Possivelmente ele lhe ajudará... Ele é muito amigo do traste do Richard. – comentou Lúcio...- E não esqueça. Temos que arranjar essa poção logo, ou você dá um jeito de nos tirar daqui...
- Malfoy, você não presta!
- E nem você, Dr. Granger! – retrucou o outro com aspereza.
- Vou ver o que consigo fazer. Vou procurar esse amigo de vocês, Frank Longbotton, seja pai, seja filho é um auror, não é?
- É sim... – confirmou Severo Snape. – E obrigado por sua ajuda!
- Obrigado nada, Severo... Depois vai ter um grande custo essa minha ajudinha! – falou ele, sorrindo com desdém enquanto saia da sala...
- Lúcio parece que dessa vez você achou um adversário a altura! – disse Richard rindo e sendo acompanhando por Severo.
- Sim, Malfoy. Esse é meu anel de noivado. -disse Minerva estendendo a mão para o garoto, na tentativa de pegar o anel. – Como é que esta jóia está com você?
Draco relutou, mas por fim decidiu entregar o anel para Minerva.
- Estava em minha casa. Na sala de Voldemort.
- Lembro-me bem desse anel. Do dia em que Thomas me entregou esse anel. – relembrou ela, já com anel na mão..- Você estava espionando não é Alastor? – perguntou a professora ao ver a expressão ferina no rosto do auror.
- Estava sim. Eu vi quando ele a pediu em casamento, e quando você aceitou. – comentou ele friamente.
- Eu sabia disso, eu sempre soube. Mas nunca me importei. Você nunca foi importante para mim, Alastor. – dissera Minerva e no instante em que ela colocava o anel de brilhantes em seu dedo, Alvo pareceu se dar conta do que a professora fazia, e gritou chamando -a. Mas foi tarde mais...
Uma névoa negra saiu do anel...Minerva tentou tira-lo do dedo com a ajuda de Alvo...Mas não conseguiram. A névoa que inicialmente era pouca foi aumentando, aumentando, e tornando-se mais, mais e mais densa até formar uma espécie de vulto. Alastor Moody e Draco Malfoy, imprensados contra uma parede da sala do diretor Alvo Dumbledore, olhavam-se assustados, sem saber o que fazer...
Minerva e Alvo tentavam arrancar o anel, que parecia compactado ao dedo da professora, e ia sendo engolido pela pele dela. O vulto formado pela névoa ia se aproximando deles, enquanto Minerva ia perdendo suas forças, sendo amparada por Alvo para não despencar ao chão... Alvo Dumbledore pegou sua varinha das vestes, mas não fui suficientemente rápido e ágil. O vulto parecera entrar no corpo da professora...
Malfoy e Moody olhavam a cena, atônitos... O rosto de Minerva rapidamente transformou-se na face viperina de Voldemort, primeiro como que fosse só uma lembrança, um vulto...E depois foi surgindo com intensidade por sobre o rosto da mulher e assim por sobre todo o corpo...Parecia que Minerva estava sendo sugada, no seu sentimento mais puro, naquilo que ela tinha de melhor...
Minerva Mcgonagall Riddle caiu ao chão com estrépito. E em pé ficou a figura horrível e odiosa de Lord Voldemort.
Aquilo foi apenas um relance, num piscar de olhos o Lord das Trevas olhou para a mulher que caíra ao chão e disse, com frieza.
- Desculpe, meu amor.
Em seguida sumiu da sala do diretor. Se não fosse o fato de três pessoas o terem visto, talvez nem se pudesse crer em sua presença. Alvo Dumbledore, com a ajuda de Moody começaram a mexer na professora, que caíra ao chão e não esboçara nenhuma reação. Minerva tivera toda a sua energia sugada e estava morta.
Minerva parecia ter o dobro da idade. Ficará mais magra ainda e com metade de sua estatura habitual.
Para que Thomas Riddle voltasse a vida, era necessário que alguém se sacrificasse... E desta vez, fora Minerva Mcgonagall Riddle sua esposa, quem morrera.
Era uma sala enorme. A casa dos Longbotton ficara muitos anos fechada e deserta, mas agora com a volta de Frank e sua esposa, tudo parecia ter retomado o rumo normal. A velha Sra. longbotton foi surpreendida pela chegada de uma pessoa que conhecia. Era Alvo Dumbledore que fora seu colega no tempo da escola, onde Ambos fizeram parte da Grifinória. O diretor de Hogwarts parecia ainda mais velho e abatido, pedindo para conversar com Frank, que o recebeu amistosamente, mas ficara muito surpreendido.
- Alvo, fico muito feliz com sua visita. Embora eu acredite que para você ter vindo aqui, coisas terríveis devam estar acontecendo.
- Mais terríveis do que você imagina. Voldemort sugou a energia de Minerva e ressurgiu.
- Alvo não brinque com essas coisas, por favor. – falou o auror com uma expressão sóbria.
- Não estou brincando, Frank.
- Impossível! Mas não matamos Voldemort?
- Você sabe que não, Frank. – disse Dumbledore com uma expressão muito séria.- Duvido que Richard Brown não tenha lhe contado sobre a marca negra...
- Não falou nada. O que Richard quis esconder dessa vez? – questionou Frank com expressão preocupada.
- Simples a marca negra não sumiu... Não sei como não percebi antes... Meu Deus, como fui tolo! E minha tolice custou à vida de minha cara Minerva.
- Não estou entendendo nada. O que a marca negra tem a ver com a morte da professora Mcgnagall?
- Simples. Poucas pessoas sabiam, e creio ser sua mãe uma delas... Minerva era casada com Thomas Riddle... Minerva Mcgonagall era casada com Voldemort!
- Como? – perguntou Frank, de olhos arregalados pela surpreendente notícia.
- Sim. Realmente não sei como ele fez isso... Realmente não sei... Imagino que temendo ser atacado por nós, ele através de feitiços de magia negra, que nem eu mesmo saberia aplicar, ele condensou sua imagem, e fez com que sua alma, seu espírito, seu ectoplasma... Como você preferir chamar ficasse preso no anel. Somente alguém que tivesse algum sentimento muito forte por ele... Amor ou ódio desmedidos poderia tira-lo de lá.. Ele se apropriaria da forma física dessa pessoa.
- Mas então qualquer bruxo poderia tê-lo libertado.
- Não necessariamente. Tinha que odiar, odiar muito Voldemort. Ou amá-lo intensamente, e esse era o caso de Minerva.
- O que devo dizer? Estou estupefato... O que o senhor quer de mim, então?- perguntou Frank, boquiaberto.
- Ele eu não sei... Mas eu preciso muito falar com o auror Frank Longbotton... – dissera uma voz fria e levemente autoritária de alguém que acabara de entrar na sala.
Dumbledore virou-se na cadeira... E ficou chocado com o que via... Seu amigo, Irnius Granger, vestido de médico trouxa, acabara de chegar na sala dos Longbotton.
Hermione Granger olhava pela janela do táxi sem conseguir pronunciar uma única palavra. Severo lhe falava que tinha uma irmã. Mas jamais dissera que ela era casada com o Ministro da Magia... Será que ela iria levá-la para onde?
- Hermione, não se preocupe, não vou entregá-la ao meu marido.. – seus lábios se transformaram em um sorriso de desdém ao falar isso. – Meu marido é um idiota, mas meu irmão não é.. Portanto...
O táxi parou de fronte a uma grande casa em estilo vitoriano em um bairro nobre de paris. A Sra. Lauren, pagou o táxi, e ambas desceram. Dois elfos domésticos vieram recebê-las no portão, e receberam a incumbência de guardarem as malas de Hermione e de alojarem a moça em um dos maravilhosos quartos. Mas a garota foi contra. Ela queria explicações.
Lauren somente sorriu, e levou-a a uma confortável biblioteca, e sem uma palavra mostrou uma carta que Hermione, instantaneamente reconheceu ter sido escrita por Severo. Que lhe contava sobre Hermione, que falava ser ela neta de Irinius Granger...
- Bem, quanto ao restante, bastou ler o jornal. Nada muito difícil e nem complicado. E digamos que eu tenha algumas fontes de informações bastante precisas dentro do Ministério da magia. – disse ela com uma ironia, que lembrava muito Lúcio Malfoy.
- Mas e como sabia que eu viria para cá?
- Era a dedução lógica. A Inglaterra é uma ilha. Você procuraria fugir de lá até o continente onde as possibilidades de se esconder seria infinitamente maiores...
Hermione abriu os olhos, admirada, sem emitir uma só palavra.
- Mas não se preocupe, Cornélio não tem a minha inteligência...
- A senhora não vai me entregar a ele?
- Obvio que não, Hermione... – falou ele, fazendo com que seus olhos negros brilhassem intensamente. - O importante é você ficar aqui bem escondida... Jamais alguém vai se lembrar de procura-la na casa do Ministro não é?
Lauren ia dizer mais alguma cosia, mas sua fala foi interrompida por uma voz masculina.
- Lauren, Lauren, minha querida onde você está??
