Capítulo XV- Revelações sobre Cornélio Fudge
Conforme fora pedido, Sirius Black apareceu na casa de Frank Longbotton que se transformara numa espécie de quartel-general de Dumbledore. Porém, Alvo Dumbledore não comentava com nenhum deles, seu pensamentos e suas aflições. Sabia que precisavam ser rápidos, que precisavam agir com presteza, antes que Voldemort se aproximasse de Azkaban e descobrisse, sem demora, que seu odiado Trio de Ouro não estava lá. Naturalmente o Lord das Trevas, os viria procurar ao lado de Dumbledore, onde não estariam. Depois começaria a revistar o mundo mágico, e se realmente fosse verdade que Moody estava com Voldemort, este acabaria por contar que enviara Crabbe, Goyle e Karkaroff para o St Mugus e como estes não poderiam estar em dois lugares ao mesmo tempo, os ex-seguidores das Trevas não teriam nenhuma possibilidade de defesa.
Mas de qualquer modo, se eles permanecessem no Hospital, também não teriam muitas possibilidades de defesa, sendo quem eram. E mais, Hermione que estava desaparecida. Aquele era o momento de condensar todas forças necessárias, o mais rapidamente possível.
Remo Lupin talvez tivesse sido localizado, mas ainda não enviara nenhuma resposta.
E pelo que Dumbledore sabia, era preciso achar Arthur Weasley e Harry Potter, rapidamente.
- Sra. Fudge! – alguém chamava Lauren,. – Cornélio...
Naquele preciso instante Hermione estava procurando sair, oculta da biblioteca, em busca de seus documentos pessoais, pois Severo lhe dissera que deveria voltar para a Inglaterra. E virando-se, quase foi vista pelo homem que chamava Lauren e Cornélio Fudge: Alastor Moody.
Com um grande ruído, e vestindo um robe avermelhado, Cornélio apareceu no topo da grande escadaria. Hermione acompanhava toda a cena, oculta sob uma expressa cortina de veludo negro.
- O que quer, Alastor? –perguntou Fudge com um traço de impaciência na voz.
- Temos que ir procurá-lo.
- Procurar quem ?
- O Lord, Cornélio! O Lord. – afirmou Moody, fazendo o outro arregalar os olhos. – A essa altura dos acontecimentos, não queria me enganar, de que você não é seguidor de Voldemort.
- Eu não sou seguidor de Voldemort. – afirmou Fudge, com veemência.
- E eu sou trouxa – debochou Moody- Por favor, Cornélio. Só alguém que fosse ou seguidor do Lord, ou muito idiota, para não Ter acreditado no ressurgimento dele, a quatro anos atrás. E sinceramente, Cornélio, embora você tenha essa cara de imbecil, sei muito bem de suas atividades escusas.
- Moody, eu já ouvi muitos boatos sobre a sua insanidade mental, mas sempre me recusei a acreditar nelas! Mas agora, realmente acho que você está passando dos limites.
- Cornélio, não precisa fazer essa pose de bom moço em minha frente. Eu compreendo bem seus motivos. – assentiu Moody. – Os seus motivos, meu caro, sempre tiveram nome e sobrenome: Lauren Snape.
- Lauren não tem nada ver com isso, Moody. Não entendo onde você quer chegar.
Hermione percebeu que Cornélio Fudge agarrava o corrimão da jovem, poderia ter usado boas táticas... mas você não conseguiria nada, não é? Era um homem de bem, não um Comensal da Morte, e mesmo ela estava de casamento marcado com Lúcio Malfoy. E ai, Cornélio, o que você fez?? Um truque frio, sujo e cruel. Enfeitiçou a todos, para que acreditassem que você havia estuprado a moça. Colocou memórias nas pessoas que não existiam antes. Mas eles não eram todos das Trevas?? Como você fez isso? Se aliando a Voldemort. Fez o velho Snape acreditar que você havia estuprado a filha dele, e o velho obrigou a coitada da moça a se casar com você. Parabéns, Cornélio!
- Você esta blefando, Moody. – afirmou Cornélio Fudge totalmente pálido.
- O único que acreditou em Lauren, foi o irmão dela, Severo Snape, o Comensal da Morte. Mas nem ele, conseguiu convencer a todos que era sua história era uma mentira. Agora me diga, como você conseguiria enganar duas das famílias mais tradicionais das Trevas: os Snape e os Malfoy sem a ajuda do Lord das Trevas. Sim, os Malfoy, porque talvez você não saiba, mas Lúcio Malfoy era muito apaixonado pela menina Snape.
- Por favor, Moody, saia desta casa , imediatamente.- Cornélio Fudge falou entre dentes um velado tom de ameaça.
- Mas você não sabe do resto. – afirmou Moody com deboche- O seu nome é bem apropriado, meu caro. CORNÉLIO. Você se casou com ela, como quis. Lhe deu uma bela casa, uma vida honrada e digna, mas saiba que ela sempre se encontrou as escondidas com Lúcio Malfoy e que eles tem um caso a muitos anos. Acho que desde que vocês se casaram para ser preciso.
- Moody, jamais pensei que fosse lhe agradecer, mas obrigado por Ter evitado que eu gastasse todas essas palavras do meu próprio vocabulário para contar esse pequeno fato a Cornélio. – era Lauren que aparecia na escada, alguns degraus acima do marido. Ela estava linda, um vestido vermelho de brocado, e parecia uma princesa.
Cornélio virou sua cabeça e olhou a esposa, interrogativamente:
- Claro que é Cornélio. – afirmou ela, com deboche- Você não achou que eu seria uma esposa fiel, achou? Isso não estava no trato.
O homem, com um olhar de fúria e ódio, foi subindo das escadas, em direção a esposa que empunhava uma varinha, e ela gritou:
- Avada Kedavra! – e um jato verde jorrou de sua varinha, atingindo Fudge, que não teve nem chance de reagir. O Ministro da Magia caiu ao chão rolando escadaria a baixo, sob as gargalhadas estridentes de Moody.
Lauren desceu as escadas, enquanto Hermione se beliscava para Ter certeza de que aquilo não era um sonho ou uma peça de ópera. Charmosamente, Lauren cutucou o marido morto no chão, com seu delicado sapato.
- Cornélio, meu querido! – ela falou em um tom de zombaria incrédula- Você está morto.. E bem morto. Espero que nunca mais volte....
- E quanto a você, Moody, vá atrás do Lord e lhe diga o que aconteceu com Cornélio, tenho certeza de que ele me apoiará.
Moody não esperou o segundo convite, talvez temeroso de que ela quisesse repetir o que fizera a alguns instantes atrás.. E desaparatou.
- Pobre Cornélio! Teve um ataque cardíaco, coitado!! – ela riu para o cadáver.
Severo Snape, explicou brevemente e nos termos menos técnicos que pode empregar sobre os antídotos ao Dr. Granger. Este, ouvia profundamente absorto todas as consideração do outros, enquanto parecia pesar e medir as palavras.
- Para terminar, o filho do Frank...- Severo continuava seu tom de oratória.
- O menino das plantas? – quis confirmar o dentista.
- Sim, esse mesmo. Parece incrível que nós não tenhamos nos dado conta de algo que ele percebeu... que deveríamos usar isso em benefício próprio. Eu desenvolvi boa parte das pesquisas, mas quem realmente as fez funcionar foi Hermione. – contou ele – de qualquer modo Alvo deve saber a receita de como prepará-las... E as usamos nas guerras, nas lutas. Eu lhe aconselho a tomar antes da batalha final. É uma maneira de nos assegurarmos de que continuaremos vivo.. Claro, não existe defesa para o Avada...
- Avada Kedavra?? – quis saber o dentista. – O cão me ensinou.
- O cão?? – questionou Richard
- Sim, aquele que não sei como vira um cachorro preto enorme.
- Ah, Sirius Black.
- Exatamente.
- Escute aqui, Granger jamais diga Avada Kedavra com uma varinha apontando para algum de nós, ou senão já éramos...- comentou Lúcio com frieza... - ... se eu sair daqui...
- Se sair daqui... –Richard falou, tentando induzir Lúcio a continuar a frase.
- Vou fazer uma coisa que deveria Ter feito a muitos e muitos anos.
Irnius olhava para ele, admirado, e quis saber
- O que eu você deveria Ter feito e não fez, Malfoy?
- Você sabe, não sabe?? – Lúcio respondeu com seriedade, olhando para Severo.
- Imagino que sim... – este retrucou com frieza - Finalmente você percebeu??
- Lúcio, você achou que aquilo tudo era mesmo verdade?? – Richard perguntou, muito admirado, assim que percebeu o assunto que eles tratavam.
- O que é verdade? De quem estão falando??
- Um dia, eu lhe conto, Irnius. – afirmou Lúcio.- Pode Ter certeza... E agora, você trouxe nossa Poção Polissuco??
- Trouxe sim. – disse ele, tirando da maleta dois pequenos frascos.
- Só isso? – perguntou Snape, preocupado, pois sabia que havia muito pouca poção dentro daqueles frascos, talvez para mais 3 ou 4 dias, no máximo.
- Sim. – ele começou a explicar. – O diretor pediu para lhes dizer, que fiquem atentos. Parece que o Lord das Trevas, ressuscitou.
- Nossa, mas Milord é difícil mesmo de morrer... – comentou Richard com deboche. – Ele sim é aquele que se costuma dizer que vai ficar para a sem...
- Cala, Richard! – disse Lúcio, impaciente. – Irnius que história é essa de ressurreição? Onde ele estava o tempo todo??
O dentista explicou toda a história, ou melhor aquilo que conseguira entender das conversas entre Frank Longbotton e o diretor. Na verdade, ele não conseguiria explicar uma coisa dessa, que envolviam um anel de brilhantes, uma professora de Hogwarts, o Lord das trevas, o ectoplasma deste e o amor. Eram coisas que não combinavam entre si, e que ele sinceramente, não conseguia perceber a ligação. Depois que Lúcio o fizera repetir a historia três vezes, e que o Trio de Ouro conseguiu compreender o que o dentista queria dizer desde o inicio.
- Também, como vocês querem que eu explique algo que eu nem sequer entendi??- perguntou ele, exasperado.
- Realmente não era muito fácil de entender.. e você é um trouxa Irinus, portanto...
- Fica quieto Malfoy! – ralhou o dentista.
- Então era por isso que Minerva me odiava tanto..
- Ela odiava você, Severo desde o tempo da escola. – comentou Richard.
- Ela fez tudo para afastar Hermione de mim.. ela sempre estava ali, como pedra no meu sapato.. simplesmente pelo fato que eu era seguidor do marido dela?? – perguntou ele, aos outros três incrédulos.
- Eu sempre achei a Mcgonagall uma mal amada... – começou a falar Lúcio.- Duvidava que ela tivesse tido algum amor da vida.. E mais, pensem vocês.. – ela fez um gesto indicando os outros. – O Lord das trevas.. vejam bem.. o Lord das Trevas casado com a Minerva Mcgonagal... seria realmente muito cômico se não fosse trágico...
- Se eu desconfiasse disso, no nosso tempo de escola.. quanta chantagem, hein Lúcio? – perguntou Richard.
- Eu sinceramente, ainda não consigo acreditar. – disse Severo mexendo na barbicha que tinha no rosto, habito do próprio Karkaroff.
- E você Irnius, o que acha? – quis saber Lúcio.
- Sobre o que?
- Sobre o casamento da Mcgonagall e o Lord.
- Eu não acho nada.. nem sequer sei quem são essas pessoas!
Lúcio começou a gargalhar sonoramente.
Lord Voldemort estava no lado de fora de Askaban. Poderia invadir a prisão a qualquer momento. E esse momento teria que acontecer rapidamente, enquanto seus homens ainda tinham algum tipo de consciência. lembrava-se muito bem, do quão fora difícil fazer os Lestrange voltarem a vida normal. Claro, ele se fora logo depois quando voltar a ser ativista das trevas, e ela, estava novamente ali, por jamais Ter renunciado a ele. Eram engraçados os motivos que levavam as pessoas a serem ativistas das Trevas. A maioria estava ali por poder ou dinheiro, mesmo que alguns como Lúcio Malfoy já o tivessem em demasia. Minerva, pobre Minerva que o amara tanto, mas que não soubera aceitar e conviver com o fato de que seu marido Thomas era Lord Voldemort. Parecia ainda de ver a expressão amedrontada dos olhos castanhos dela. E ao invés de apoiá-lo era preferia correr e se abrigar junto ao defensor da plebe, Alvo Dumbledore. Severo Snape, o melhor Comensal da Morte que já tivera, também havia feito o mesmo caminho. Todos buscavam abrigo com Dumbledore. Perguntou-se intimamente o que o trio de Ouro estaria pensando e sentido trancafiado naquela prisão. Brown deveria estar se arrependendo de sua escolha precária, de seu casamento errado, com uma mulher quase tão ambiciosa quanto o próprio Lord das Trevas. Lúcio Malfoy, talvez estivesse arrependido de tê-lo traído, ou talvez nem isso. Lúcio, seu mais fiel seguidor, somente jogaria no time que ganhava as guerras... Mas Lúcio não iria trai-lo somente por causa disso.. Deveria Ter algo mais... algo mais profundo... Severo deveria estar perdendo seu tempo pensando na bobinha e traidora Hermione Granger.
Que homens que eu arranjei, que se perdem sempre por causa de mulher... Sim, Lúcio trocara de lado, decerto porque descobrira que ele ajudara Cornélio Fudge a encobrir a historia com a menina Snape.
Voldemort, colocou a mão no bolso onde estaria sua varinha decidido a entrar na fortaleza., uma vez que talvez estivesse desperdiçando um precioso tempo por ali. Mas não a encontrou. Revirou suas vestes e nada... Ele cogitava aonde teria deixado sua varinha, quando uma voz atrás de si, disse:
- Estou com sua varinha, Milord. – Era Draco Malfoy.
- Me dê a varinha, Malfoy! – ordenou Voldemort, com sua voz mortífera.
- Não a devolverei, Milord....
