Capítulo XVI – Draco Malfoy implora

O vulto bateu novamente, mas desta vez falou.Era tarde da noite, e um vulto se aproximava da casa dos Weasley. Molly aprendera a rezar, uma crença secular dos trouxas e passava as noites rogando a Deus que seu marido estivesse vivo e bem. A luz de velas, enquanto tricotava mais um blusão para os filhos, ela implorava pela saúde e bem estar do marido. porém, em certo momento, ela percebeu a aproximação de algo. Largou tudo o que tinha nas mãos e correu pegar uma varinha, numa gaveta de um móvel qualquer. Ela percebia claramente, devido a grande luminosidade da luz, que a o vulto se aproximava cada vez mais.. e mais, mais e mais. Molly pensou em chamar Gina, mas reconsiderou a idéia, pensando que seira melhor que menina só soubesse das desgraças depois delas terem acontecido.

O vulto se aproximou da porta e bateu levemente, como se tivesse a impressão de que daquela maneira, não seria pressentido. Molly ficou com medo, e num primeiro momento não foi abrir a porta, mesmo porque, naqueles dias, não sabia exatamente quem poderia aparecer em sua porta.

O vulto bateu novamente, mas desta vez falou.

- Molly querida, abra.. Sou eu!

- Arthur! – ela reconheceu o tom de voz do marido, e correu abrir a porta. Ele entrou, e rapidamente ela encostou a porta. – Arthur! – esganiçou ela, se atirando nos braços do marido.


Alastor Moody desaparatou nas cercanias de Askaban, onde visualizou a presença de Lord Voldemort e de Draco Malfoy. Visto de longe o garoto parecia-se mais ainda com Lúcio. Eles pareciam estar discutindo em algum ponto, e Alastor Moody procurou se aproximar sem ser pressentido. Moody jamais fora um Comensal da Morte, apenas se aproximara de Voldemrot, na esperança de conseguir se vingar deste, por Ter lhe roubado Minerva quando eram jovens. Na verdade isso fora a muito mais tempo do que Moddy imaginava. Do infeliz casamento de Minerva só restaram cinzas, e não que ela não tivesse feito por merecer aquele destino cruel. Ela mereceu muito tudo o que havia acontecido. Merecera por Ter acreditado na pessoa errada, merecera por imaginar que todo o mundo estaria errado, e que só Thomas Riddle estaria certo. mas Minerva pagara com a vida, mesmo que muito tempo depois. Mas, sinceramente não fora por falta de aviso. Como a extensa maioria daqueles que se tornaram comensais da morte, ele estava ali por causa de uma mulher. Na verdade, fora assim até bem pouco tempo. Se preocupara em vingar-se de Riddle, quando poderia Ter procurado Minerva, tê-la auxiliado. mas certamente ela teria apenas debochado dele, como tantas vezes fizera. Na verdade ele começou a gostar do poder que tinha. Começara a se habituar com aquela vida, de ser odiado, de ser respeitado, mas sobre tudo ser temido. ser temido pelos dois lados: pelos Comensais e pelos Aurores. Traíra seu sempre companheiro Alvo, mas tinha poder, dinheiro e tudo o que pudesse querer no mundo. Na verdade, não atingira seu primeiro intento, mas conseguira muito mais do que isso. Não tivera Minerva, mas tivera dinheiro, poder... PODER.

- Não posso acreditar nos meus ouvidos, Malfoy! – disse Voldemort, sardonicamente. – Devolva minha varinha, agora moleque.

- Não sou nenhum moleque Milord. – retrucou Draco. – mas não devolverei sua varinha até que o senhor me prometa que não irá matar meu padrinho!

- Que comovente.. Você não vem aqui implorar por seu pai, que lhe criou, que lhe deu tudo, lhe deu dinheiro, nome, fama. – considerou o Lord. – Veio implorar pela vida do seu padrinho, pela vida do traste do Severo Snape, alguém que nunca fez nada pelo seu bem... Que idiota que você é, Malfoy!

- Fez mais do que o senhor pode imaginar... Ele sempre gostou de mim. – explicou Draco - Ele sempre gostou de mim, e foi a única pessoa que fez isso na vida.

- Que patético... – comentou o Lord caminhando em direção ao rapaz. – Me diga uma coisa, Draco Malfoy.. como você se apoderou de minha varinha??

- Não tenho tantas habilidades nas trevas como o senhor. – explicou ele. – Apenas juntei sua varinha quando ela caiu no chão na sala de Dumbledore, quando o senhor ressuscitou, digamos assim.

- Não percebi que minha varinha caiu...

- Nem, o senhor, nem Moody e muito menos Dumbledore... – retrucou o garoto, sorrindo friamente. – o senhor sumiu e eles dois ficaram desesperados quando viram a Mcgonagall morta.

- Devolva minha varinha, Draco!

- E quanto ao meu pedido...

- Não fica bem, a um homem do seu tamanho implorar algo para mim, mas digamos que prometo pensar no seu caso.

Draco alcançou a varinha ao Lord das Trevas , que pegou sua varinha, acariciando-a com carinho,. Antes que elaborasse uma idéia fixa de o que fazer, Alastor Moody apareceu a seu lado.

- Muito bem, Moody. – disse o Lord com aprovação. – Quais são as novidades?

-A menina Snape acabou de matar Cornélio Fudge. – explicou Moody, levemente inseguro. – Ela disse que o senhor entenderia.

- Lauren é uma eterna surpresa, mas reconheça-se que ela demorou muito tempo para fazer isso.- disse o Lord com aprovação. – Porque ela não veio com você?

- Acho que ficou por lá para escapelar o corpo de Cornélio. – disse Moody, com um sorriso.

-Vamos invadir essa fortaleza, agora! – disse o Lord caminhando na frente, com Moddy e Draco Malfoy logo atrás. Eles caminharam por alguns instante, quando Lord Voldemrot virou-se para trás, e apontando a varinha na direção de Draco, gritou:

- Crucio!! – Draco começou a se contorcer de dor. sentia vontade de morrer de tanta dor ... parecia que o mundo sumira debaixo de seus pés... – Isso é para você nunca mais, contestar uma ordem minha.. E saiba Draco que só não o mato agora, pois não tenho muitos homens competentes a meu lado.


- Então foi isso, Molly. naquele dia, eu fiquei oculto no lado de fora da casa dos Granger, e reconheço que foi assustador Ter visto o filho do temível Deus das Trevas, estampando um banco de aurores com uma varinha, que nem se quer ele sabia para que servia.

- Mas, Arthur, ele deve saber... – considerou Molly, - senão, não teria como se defender dos aurores.

- O Dr. Granger me confidenciou que não sabe nada de magia. Que pegou a varinha, apenas para assustar aquelas pessoas. E que quando eles se recusaram a sair ele gritou a primeira palavra que veio a mente: estupore. – ele contou para a esposa. – Eu acredito nele.. Você precisava ver Molly, muitas tomadas e todas aquelas coisas que funcionam com electricidade..

- Mas e onde você ficou escondido esse tempo todo? – ela quis saber, com ar de preocupação.

- Numa fazenda de uns parentes dos Granger. De um irmão da mãe de Hermione, para ser preciso. Segundo o Dr. Granger, não haveria perigo de me descobrirem por lá. E ele tinha toda razão.. Agora ele esteve lá e pediu para que eu voltasse, que fosse até a casa de Frank Longbotton.. Parece que a guerra via começar..

-Tudo de novo, Arthur? – perguntou Molly desolada.

- Molly, torçamos para que essa seja ultima vez.


Lauren Snape, procurou Hermione por toda a casa, mas só a encontrou na cozinha. Ela previra que a garota tivesse ficado chocada caso tivesse visto as cenas entre ela e Cornélio. E isso realmente tinha acontecido. Hermione ficara com pavor depois de Ter visto a crueldade que Lauren havia feito ao marido. Não que Cornelio Fudge não merecesse. Ele merecia e muito... Mas ver toda a cena assim, era realmente muito chocante.

- Venha, Hermione. – disse ela, para a garota encolhida ao lado da lareira. – Não é preciso ter medo.

Hermione não se mexeu, apenas olhou para a mulher que lhe observava com uma expressão levemente preocupada nos grande olhos negros, iguais aos de Severo.

- Venha.. – Lauren estendeu sua mão, para ajudar Hermione a se erguer.

- Olhe Hermione, aquilo era uma questão puramente pessoal. – explicou ela. – Eu poderia apagar sua memória, mas não farei isso. Se eu tiver que ser presa por algo, que seja por matar Cornélio. Nada me dará mais satisfação! – ela sorriu, mas era um sorriso mau.

Hermione sentou-se na mesa da cozinha, e alguns elfos serviram comida para as duas.

- Coma Hermione, pois daqui a pouco, você irá fazer uma viagem com pós de Flu.

-Para onde? – ela Quis saber.

- Na verdade, pensei muito, - explicou ela, mas com as informações de Moody cheguei a conclusão que os fieis a Dumbledore devem estar na casa de Frank. E por isso, vou mandar você para lá..

- Mas...

- Sem mas, por favor. – disse Lauren, num tom de quem encerrava o assunto. – Você irá para lá.. devem estar precisando de você. Com certeza sei de alguém que deve estar morrendo de saudade de você...

Hermione sorriu e baixou os olhos.


Harry Potter, que estava dormindo na casa dos Weasley e Arthur Weasley desapararam na casa dos Longbotton, já na primeira hora da manhã. Todos pareciam estar dormindo. Todos exceto Alvo Dumbledore, que os olhou por cima de seus oclinhos de meia lua e disse.

- Muito bom que vocês tenham vindo, meus caros... Acho que de hoje, essa luta não passa.

- Por que isso, Alvo?

- Porque imagino que Voldemort esteja a ponto de reabrir Askaban.

- Mas Alvo, e porque nós não vamos imediatamente para lá?? – quis saber Arthur empolgado.

- Estratégia, meu caro Arthur, estratégia. – explicou Dumbledore. – Lá estaremos no território de Voldemort e nossas chances são infinitamente menores. Num lugar neutro, ou que seja a nosso favor, acredito que tenhamos todas as forças necessárias para o exterminarmos de vez. Não devemos ir ao encontro dele, mas ele deverá vir a nosso encontro.

- Mas, Alvo, você tem alguma idéia de onde se dará esse conflito? – quis saber Arthur, sob o olhar curioso de Harry Potter.

- Tenho sim, no St. Mugus.

- Mas aquilo é um hospital??

- Exatamente. – assentou o diretor- Você, Arthur passou um tempo afastado e por isso não sabe, que na verdade, não são Crabbe, Goyle e Karkaroff que estão no hospital mágico e sim Severo, Lúcio e Richard. Voldemort quer exterminar os três, porque eles se atreveram a traí-lo. Ao ver que eles não estão em Azkaban, rapidamente deduzirá onde eles estão e imaginando-os indefesos, correrá para matá-los.

- Você tem certeza, Alvo?

- Certeza não tenho. mas na verdade, não existem certezas neste mundo. O que devemos fazer é ficamos preparados para o momento oportuno. – sentenciou o diretor.


Voldemort, acompanhando por seus fiés, entrou na Fortaleza de Askaban. Alguns dementadores, apenas os olharam. Draco ficou impressionado com a estrutura da prisão. Era horrível. As paredes imundas, um aspecto frio, horripilante, que o fazia ter arrepios até os ossos. Eram melhores milhares de Criucios do que Ter que ficar ali algum tempo. Por um segundo ele sentiu pena de seu pai. Mas depois achou muito merecido eles estarem ali sofrendo. Os dementadores começaram a rodeá-los, até que um com uma vestimenta diferentes, aproximou-se de Voldemort e lhe beijou as vestes.


Naquela manhã tudo parecia diferente. Severo Snape estava cada vez mais preocupado, por estar ali, naquele hospital sem saber de nada do que estava acontecendo no mundo lá fora. Lúcio e Richard dormiam, alheios a tudo. Como eles podiam se preocupar tão pouco? Talvez o Lord das Trevas nunca chegasse até eles, mas era certo que tentaria exterminá-los. Das informações de Irnius também não se poderia Ter certeza de nada, pois realmente o dentista sabia muito pouco. Na realidade, ele sabia de tudo, mas não conseguia externar todos os fatos, e numa situação dessas, qualquer detalhe poderia ser fatal.