Capítulo XVII- Uma desagradável surpresa
Os dementadores eram como já dizia Alvo Dumbledore aliados fiéis do Lord das Trevas. Realmente fora uma prova de incapacidade, perante tantas provas de incompetência de Cornélio Fudge devolver Askaban aos dementadores. Segundo a opinião de Alvo, eles deveriam ter sido banidos do mundo mágico, mas como Alastor e Cornélio conjuntamente haviam feito uma campanha para lhe desestabilizar perante o mundo mágico.
Estes apenas voltaram a se submeter a Voldemort. Mas o plano deste era infinitamente simples. Não seria mais pego de surpresa como da primeira vez em que chegara a acreditar naquela garota parva. Ainda não formulara nada... Precisava recuperar seus homens primeiro. Ele adentrou a fortaleza, seguido de perto por Alastor Moody e Draco Malfoy, seus atuais fiéis escudeiros.
Por onde o trio passava todos os dementadores reverenciavam Voldemort, que lhes dera uma série de direitos e lhes permitira realizar suas fantasias mais macabras. A mando do Lord das Trevas, os dementadores foram abrindo cela a cela, e todos os prisioneiros foram libertados, fossem os seguidores das trevas, fossem condenados por outros crimes, que daquele momento em diante passaram a reverenciar o Lord das trevas com seu herói. E não que Voldemort não gostasse daquela bajulação, ele gostava sim, pois desta forma se assegurava do poder de vida e morte que tinha entre seus comandados.
Praticamente todos os prisioneiros saiam das celas como que abobalhados, alguns quase que desconhecendo seu próprio eu, e haviam aqueles que encolhidos no fundo das celas, temiam sair dali, como que achando que receberiam os beijos dos dementadores no instante seguinte. Os dementadores, com o auxilio de Draco e Moody, foram levando os prisioneiros aos poucos para fora das celas.
Quando Moody ajudou Karkaroff a sair de sua cela, algo nele registrou que havia algo de errado ali, mas a demanda do serviço era absorvente demais e além do mais aquele ambiente opressivo lhe deixava quase que fora de si, como se tivesse sofrendo com sucessivas vertigens.
Por algum tempo, todos trabalham na liberação dos prisioneiros, os levando para fora da fortaleza sob a surpevisão de Voldemort...
Quando estavam todos sentados fora da fortaleza, onde se ouvia e se via claramente o barulho das ondas batendo contra as pedras da ilha, Voldemort finalmente se pronunciou, olhando com frieza completa a Moody disse:
- Alastor, que diabos você fez com meu trio de ouro? Porque eles não estão aqui?
Fora uma viagem rápida, indolor, mas não fácil. Hermione, com Pó de Flu, saíra da lareira dos Longbotton, no meio do café da Manhã. Antes mesmo de ser cumprimentada, escutou a voz de Alvo que comentou.
- Bom, saber que a sua lareira, Frank não foi desconectada a linha de Flú. Isso poderá ser útil.
- Venha, Hermione! – alguém lhe estendia a mão.
- Neville! – exclamou ela, se erguendo.
- Seja bem vinda, mas não vou abraçar você, porque esta imunda... – explicou ele. – veja bem no que a minha casa se transformou.
Ela observou os rostos em torno da mesa. Eram Alvo Dumbledore, Harry, Arthur Weasley, Frank Longbotton, Sírius Black, ambas as sras. Longbotton, Alicia Parkinson e por fim seu pai...
- Pai! – ela correu abraçá-lo. – Que saudades do senhor.
- Eu também estava morrendo de saudades e de preocupação, Hermione. Que idéia é essa de sumir sem deixar nenhum vestígio de onde poderia estar?
- Pai, eu nem lhe conto. Aconteceu uma coisa muito incrível. – Ela começou a falar, mas depois se dirigiu a Dumbledore. – Professor, Cornélio Fudge está morto?
- Como é, Hermione? – perguntou o velho bruxo.
- Sim, professor Dumbledore. – ela começou a contar tudo o que havia acontecido nos mínimos detalhes. Poderia estar agindo erradamente, o que sempre era uma possibilidade, mas Lauren não lhe pedira segredo.
- Lauren, Lauren Snape. Lembro vagamente dessa irmã de Severo... – comentou Frank. - Sírius deve conhecê-la melhor, pois era vizinho dos Snape.
- È verdade, Frank. Lauren é um ano mais nova que Severo, mas realmente até hoje não descobri porque ela não estudou conosco em Hogwarts. Ela estudava em Beuxtbatons. Ela fala francês como se fosse francesa.- disse Siruus, com aprovação - È incrível. Mas depois de toda aquela história, que Hermione nos contou detalhadamente e que envolvia o Cornélio Fudge, nunca mais tinha ouvido falar nela. Lembro disso tudo, ela estava no último ano da escola e ia se casar com Lúcio no inicio do ano seguinte. Na verdade, Lúcio nunca valeu muita coisa, mas depois que perdeu Lauren, piorou muito. Quando sai de Askaban, ouvi alguns boatos de que eles eram amantes.
- Eu acho que é verdade, Sírius. – interrompeu Frank. – Richard comentou que Lúcio estava indo muito à França ultimamente e que ele gostaria muito de saber que tipo de negócios Lúcio tinha por lá. Está tudo explicado.
- Realmente, algo que não tinha sido explicado até agora, fora o porquê Lucio, derepente se voltara contra seu mestre- comentou Arthur, silenciando Dumbledore com a mão – Alvo você pode me dizer que ele percebeu que desta vez Voldemort seria derrotado, mas isso não é por si só, uma bela justificativa. Agora, Hermione nos diz que o Lord ajudou Cornélio a enganar as pessoas naquela questão da Lauren Snape. Simples: Lúcio descobriu!
- Pois é, Arthur. Você está coberto de razão. – sentenciou Dumbledore- Alguém como Lúcio Malfoy jamais abandonaria as trevas sem um bom motivo.
- Professor, Lauren está de qual lado, afinal? – quis saber Hermione, ainda abraçada no pai.
- Realmente não saberia responder, Hermione. – começou a falar Dumbledore com todos os olhares dos presentes presos em si - Lauren sempre se manteve distante dessas coisas, embora toda a sua família fosse oriunda das trevas. Realmente não saberia dizer ontem, mas hoje acredito que se a recrutarmos ela deva nos ajudar. Acredito pessoalmente que ela seja da tese de que entre a luz e as trevas tenham centenas de nuvens escuras, exclusivamente para confundir as pessoas. E que ela deva estar em algum lugar ali neste intervalo.
- Entendo, professor, mas...
- Bem... – Alvo a interrompeu - Quero deixar todos de sobreaviso. Acredito que há essas horas Voldemort já tenha libertado seus seguidores, mas Sírius aqui presente pode nos explicar detalhadamente como as pessoas perdem as consciências em Askaban.
Sírius apenas baixou sua cabeça.
- Portanto, é possível que ele vá até o hospital de St. Mugus com dois ou três seguidores. Mas é claro que posso estar errado.
- Além dele, que se saiba temos Moody e o Malfoy filho. Mais alguém? – perguntou Frank.
- Não, Frank, mas ele terá todos os dementadores a seu serviço, portanto, todo o cuidado é pouco.
- Estou com péssimos pressentimentos. – comentou Severo Snape aos amigos.
- Severo, você tem esse habito antigo de ver pulga em ovo. – troçou Lúcio. – O que pode estar acontecendo de tão errado??
- Qualquer coisa, Lúcio... Qualquer coisa.- afirmou ele.
- Não sei, nunca tive esses tipos de presságios, mas entendo perfeitamente o que Severo quer dizer, Lúcio. – comentou Richard, enrolando-se no cobertor. – Existe uma inquietude no ar. È isso, não é Severo?
- Perfeita definição Richard. – o outro assentiu - É isso mesmo, não sei o que dizer. Qualquer barulho me assusta, qualquer ranger de porta me deixa inquieto. È como se uma tempestade fosse cair a qualquer instante.
- O que você teme que aconteça, Severo? – quis saber Lucio.
- Andei pensando sobre as coisas que Irnius falou. Realmente não sei o que pode acontecer, o Lord pode a essas horas já ter chegado em Azkaban e descoberto que não estamos lá, ele pode ter desviado seus planos e ter tomado Hogwarts, Pode ter ido a Dumstrang buscar novos seguidores.... Enfim, ele pode ter feito inúmeras coisas.
- Você muito pessimista, Severo. – disse Lúcio, com ironia.
- Pessimista não, meu caro Lúcio. Severo Snape sempre foi muito realista. – era a uma voz gélida que falava da porta do quarto...
