Capitulo 06: Vingança, prato que se come frio.

Frei Lourenço: 'Romeu! Romeu! Oh dor! Que sangue é este que mancha a entrada pétrea do sepulcro? Que quererão dizer estas espadas sem dono, a estilar sangue e descoradas, neste lugar de pás?'(Ele entra no túmulo) 'Romeu!Oh, pálido! Quem mais? Quê! Também Partis? E encharcado de sangue? Oh! Que hora dura teve culpa deste acontecimento lamentável? A senhora se mexe.'

Julieta desperta.

Julieta: 'Ó meu bom frade, onde está meu senhor? Sei muito bem onde eu devia estar, onde me encontro. Mas onde está Romeu?'

Barulho dentro.

Frei Lourenço: 'Ouço bulha.Saí, senhora, desse ninho de morte, de contágio e sono contrário à natureza. Uma potência por demais forte para que a vençamos frustrou nossos intentos. Vem, bem logo! Teu marido em teu seio se acha morto; Partis também. Vem logo; vou levar-te para um convento de piedosas freiras. Não percas tempo com perguntas; vamos; a guarda está chegando. Vem, bondosa Julieta; não me atrevo a esperar mais.'

Julieta: 'Vai, que eu daqui não sairei jamais.'

Sai frei Lourenço.

Julieta: 'Que vejo aqui? Um corpo bem fechado na mão de meu amor? Certo: veneno foi seu fim prematuro. Oh! Que sovina! Bebeste tudo, sem que me deixasses uma gota amiga, para alivio. Vou beijar esses lábios; é possível que algum veneno ainda se acha neles, para me dar alento e dar a morte.' (Beija-o) 'Teus lábios estão quentes.'

Primeiro guarda (dentro): 'Vamos, guia-me rapaz; qual é o caminho?'

Julieta: 'Ouço barulho. Preciso andar depressa. Oh! Sê bem-vindo, punhal!' (Apodera-se do punhal de Romeu) 'Tua bainha é aqui. Repousa ai bem quieto e deixa-me morrer.'

Julieta cai sobre o corpo de Romeu e morre. Entram os homens da guarda com o pajem de Paris.

Pajem: 'É ali o ponto, onde está acesa a tocha.'

Primeiro guarda: 'Há sangue pelo chão. Passai revista em todo o cemitério, e se encontrardes alguém, prendei-o.' (Saem alguns guardas) 'Oh vista dolorosa! Aqui se encontra, assassinado, o conde, e Julieta a sangrar de novo e morta recentemente, que há dois dias fora posta neste sepulcro. Ide depressa chamar os Capuletos e os Montecchios. Na busca prossegui vós outros' (alguns guardas saem).

Kaho limpou as lágrimas com um delicado lenço perfumado. A cena que assistia no teatro sempre a emocionava, não importava se a visse duzentas vezes. Eriol segurou sua mão e sorriu para a esposa que o fitou com os olhos brilhando pelas lágrimas. Vinte minutos depois os dois estavam saindo do principal teatro de Paris. Ela estava com o braço dado ao marido.

Eriol: 'Gostou?'

Kaho (com um doce sorriso): 'Você sabe que nunca me canso de ver Shakespeare.'

Eriol: 'Fico feliz que tenha gostado.'

Ela repouso sua cabeça no ombro do marido e suspirou fundo.

Kaho: 'A noite está tão linda' (ela levantou a cabeça e contemplou a lua cheia). 'Olhe a lua, querido! Ela está perfeita.'

Eriol (sorrindo): 'Não tão perfeita como você, querida.'

Kaho sorriu e corou um pouco com o elogio do marido.

Eriol: 'Podemos jantar fora. Conheço um ótimo restaurante.'

Kaho: 'Não estou me sentindo muito bem.'

O rapaz parou de caminhar e olhou preocupado para a esposa.

Eriol: 'O que está sentindo?'

Kaho (com uma das mãos no peito): 'Apenas uma dor no peito. Mas nada demais.'

Eriol (nervoso): 'Como não é nada demais?! Quando começou sentir esta dor novamente?'

Kaho (balançando a cabeça): 'Há pouco tempo. Mas juro Eriol, não é nada demais, é apenas uma dorzinha...'

De repente a dorzinha começou a aumentar, fazendo Kaho sentir as pernas moles e o corpo pesado. Eriol a pegou antes de atingir o chão, chamando, ou melhor, gritando o nome da esposa que desmaiara nos seus braços. Alguns pedestres foram ao auxilio do jovem casal. Eriol a pegou nos braços e pedindo licença às pessoas correu até o hospital mais próximo.

Sakura rolou para o lado de Li da cama querendo ficar mais próxima ao namorado. Ela rolou e rolou caindo por fim no chão. A menina estatelada no chão levantou o rosto e observou a cama completamente vazia.

Sakura: 'Onde está o Syaoran?'

Olhou para o relógio.

Sakura (franzindo a testa): 'Três e vinte da manhã?'

Ela se levantou do chão ainda sentindo o corpo dolorido pela pequena queda. Enrolou-se com a colcha e saiu do quarto procurando o namorado pela casa. Abriu discretamente a porta do quarto onde Meilyn e Tomoyo dormiam. As duas amigas estavam no décimo sono. Ela caminhou pelo segundo andar, imaginando que Li poderia ter acordado para aproveitar o silêncio da madrugada e estudar. Nada dele. Desceu até a sala e nada também. Kero dormia profundamente na sua gaveta-quarto. Olhou pela cozinha e pelas janelas para ver se ele estava no quintal. Não o encontrou em canto nenhum da casa. Ela começou a ficar nervosa. Onde ele estaria? O que teria acontecido com ele?

Ela estava subindo novamente para o segundo andar quando a porta dos fundos da cozinha abriu. Li entrou por ela.

Sakura: 'Onde estava?'

Li sentiu o sangue congelar ao ouvir a voz da namorada. O que ele contaria para ela? Que estava sobrevoando os céus de Tomoeda para utilizar seu novo par de asas de demônio?

Syaoran (depois de vacilar um pouco): 'Estava com calor e resolvi ficar um pouco lá fora.'

Sakura se encolheu mais dentro do edredon e olhou feio para ele. Era impossível sentir calor num clima daquele, mas vendo o namorado sem camisa em pleno inverno japonês também era algo impossível.

Sakura: 'Mas eu olhei para o quintal e não o vi.'

Syaoran (subindo para o segundo andar): 'Oras Sakura, você é uma tonta. Não deve nem ter olhado direito.'

Sakura sentiu que ele estava fugindo das perguntas, mas não quis forçar a barra. Aquele dia já tinha sido por demais tumultuado com a visita inesperada e catastrófica da senhorita Mishimura. Achou melhor não forçar uma resposta, Li provavelmente ainda estava possesso com ela e Meilyn. O jantar tinha sido praticamente um velório. Tomoyo até tentou puxar assunto, mas Li ainda olhava atravessado para a prima e a namorada. Sem contar que ele nem dirigiu uma palavra a Kero pela agressão a filha do seu patrão.

A menina deu um longo suspiro e subiu para o segundo andar também. Deitou-se ao lado do namorado e se encolheu no edredon.

Sakura: 'É incrível como você não sente frio.'

Syaoran: 'Quando se vive dois anos num inferno sente saudades do frio.'

Aquela resposta atravessada foi uma punhalada na menina. Li sempre soltava alguma coisa daquele lugar terrível. Sakura se sentia mal pelo namorado ter passado por tantos tormentos apenas para ficar com ela. Uma lágrima de remorso saiu dos olhos da menina. Ela se virou para o lado ficando de costas para Li.

Sakura: 'Valeu a pena?'

Syaoran abriu os olhos.

Syaoran: 'Como assim?'

Sakura (tentando controlar a voz para ele não perceber que ela chorava): 'Valeu a pena ter ido ao inferno por mim?'

Syaoran se sentou na cama apreciando o corpo da namorada escondido pelo cobertor.

Syaoran: 'Quem disse que eu fui para lá por você?'

Sakura (sem se virar para ele): 'Eriol.'

Syaoran teve raiva do amigo, não era para ele ter aberto a boca e contar que resolveu ir para o mundo das trevas para procurar uma brecha.

Syaoran: 'Eriol se enganou. Eu fui parar lá porque não fui muito legal. Lembre-se que eu matei algumas pessoas.'

Sakura: 'Não minta para mim. Eriol contou isso para os magos no tal Circulo. Ele disse que você resolveu fazer isso depois que me viu no cemitério.'

Syaoran: 'Ele contou isso?'

Sakura confirmou com a cabeça ainda não encarando ele. Li suspirou fundo encarando o nada. Não sabia direito o que falar, Eriol já tinha dado com a língua nos dentes. Com certeza da próxima vez que o visse tomaria satisfação. Olhou de relance para Sakura ainda encolhida e sorriu. É claro que tinha valido a pena ter voltado para ela, por ela. Ele se deitou a abraçando por trás.

Syaoran (ao ouvido dela): 'Viveria mil anos lá apenas para estar aqui com você agora, minha flor.'

Sakura sorriu, mas não conseguia parar de chorar. Ele forçou que ela se virasse e secou o rosto molhado a fitando com carinho.

Syaoran: 'Não chore. Não importa onde eu estive, o importante é que estou aqui com você.'

Ela abraçou forte ele por mais que não quisesse chorar não conseguia parar. Ele afagava de leve seus cabelos. Os dois adormeceram assim, abraçados um ao outro, ali eles eram um só corpo, uma só alma.

Eriol entrou no quarto do hospital se controlando para não chorar na frente da esposa. Deu uns passos em direção ao leito onde jazia sua adorada. Assim que ele se aproximou, ela abriu os olhos e com doçura o fitou.

Eriol (pegando a mão dela entre as suas): 'Você ficará boa, minha querida.'

Kaho (com uma voz fraca): 'Quero que vá ao Japão, meu bem.'

Eriol arregalou os olhos e balançou a cabeça negando fortemente.

Eriol: 'Nunca vou deixá-la neste estado. Estarei ao seu lado sempre.'

Kaho (sorriu docemente): 'Eu não ficarei bem sabendo que Sakura não está bem. Precisa estar ao lado dela, Eriol. Precisa estar ao lado de Li.'

Eriol (já não conseguindo controlar as lágrimas): 'Não'. (ele apertou mais forte a mão dela entre as suas) 'Não vou deixá-la sozinha.'

Kaho (depois de um longo suspiro): 'Não tente mudar o destino, Eriol. Sabemos que não devemos mudar o que está escrito para nós.'

Eriol: 'Não! Eu não vou deixar que se vá! Você é minha mulher, é a minha vida!'

Kaho levantou seu braço com suas últimas forças e passou pelo rosto tão amado.

Kaho: 'Todos percorremos caminhos que nunca pensamos em atravessar. Você passará por estes caminhos...'

Eriol: 'Desde que eu passe por eles com você.'

Kaho: 'Não meu querido, há caminhos que devemos atravessar sozinhos ou com a companhia de outras pessoas... outras pessoas queridas.'

Eriol (franziu a testa): 'O que está querendo me dizer, Kaho?'

Ela apenas sorriu e fechou os olhos tentando buscar forças.

Kaho: 'Me prometa que irá ao Japão o quanto antes.'

Eriol ficou em silêncio, não prometeria isso nunca, sua obrigação como esposo era ficar ao lado dela em tempo integral, ele era responsável por ela. A senhora Mizuki entrou no quarto acompanhada por uma triste Nakuru. A velha senhora foi até a filha.

Mizuki: 'Oh minha menina! Não me dê mais estes sustos. O coração da sua pobre mãe não vai agüentar isso.'

Eriol se afastou deixando mãe e filha sozinhas, ele saiu do quarto secando o rosto com uma das mãos. O rapaz pediu para sua guardiã ficar com a senhora Mizuki, ele tinha que ainda falar com o médico, com certeza ele daria o diagnostico que todos já sabiam: Coração fraco. Mas agora viria o pior, ele daria ao rapaz o tempo de vida da sua esposa sem saber que o rapaz já sabia dele.

Sakura olhava para as crianças brincando no recreio. Seus pensamentos foram até sua amiga chinesa. Já haviam se passado bastante tempo que ela estava com eles. Era tão bom tê-la ao seu lado, a ver dando ordem em tudo e inventando mil e umas mudanças na casa. Li às vezes perdia um pouco a paciência com ela, mas Sakura sabia que o rapaz a adorava também, só não tinha muito jeito para expressar seus sentimentos.

Por sorte, nada aconteceu com a unha da senhorita Mishimura e principalmente com o emprego de Li na firma japonesa. Apesar de Sakura controlar legal a hora dele agora e tentava se controlar para não ligar inúmeras vezes para o trabalho do namorado (também, era o mínimo que ela podia fazer! Quem mandou ter um namorado gostosão!!!). Ela sentou debaixo da cerejeira e começou a almoçar observando as crianças correndo de um lado para o outro. Ela olhou para o lado e viu um grupinho de meninas almoçando juntas. Por alguns instantes pode se ver com as amigas de infância fazendo a mesma coisa. Mordeu com vontade o sanduíche que Tomoyo havia preparado para ela de manhã.

Assim que acabou de comer tudo se levantou, olhou para o relógio e constatou que ainda tinha alguns minutos para descansar antes de dar aula para a segunda série. Espreguiçou-se apreciando o sol fraquinho. Quando sentiu ser observada, olhou para o lado e viu um rapaz a observando. Reconheceu de imediato. Lá estava parado Seiya Yanamoto.

Sakura engoliu seco lembrando-se do seu último encontro com o ex-noivo.

Sakura entrou na mansão Yanamoto, tudo estava deserto. A decoração para o casamento ainda estava ali, provavelmente não tiveram tempo de desmontar tudo. Ela olhou para trás e viu Li a esperando debruçado numa árvore. Ela queria tanto que ele fosse com ela, mas sabia que aquela deveria ser uma conversa particular. Olhou novamente para o enorme quintal da mansão e viu o altar que armaram para a ocasião. A menina deu alguns passos e pode ver Yanamoto sentado no chão do altar com as mãos no rosto.

Sakura (com a voz tremula): 'Seiya.'

Seiya levantou o rosto e olhou para a noiva de forma apaixonada, ele sabia que ela não o abandonaria, com certeza tinha acontecido alguma coisa, talvez fora até seqüestrada! Mas ela estava ali, linda, apesar do cabelo um pouco despenteado. Ele se levantou e em dois grandes passos a envolveu em seus braços, apertando-a forte contra o peito.

Sieya: 'Graças a Deus, você está bem, meu amor.'

Aquilo só piorava a situação. Ela se afastou um pouco dele impedindo que ele a beijasse.

Sakura (com lágrimas nos olhos): 'Seiya, eu... eu preciso te contar... uma coisa.'

O rapaz franziu a testa, mas depois sorriu.

Seiya: 'Não se preocupe meu amor, podemos nos casar no cartório agora mesmo.'

Sakura: 'Eu não posso me casar com você, Seiya.'

Ele ficou um tempo sem reação, apenas a fitava de forma assustada.

Seiya: 'Como assim não pode? Porque?'

Sakura: 'Ele voltou.'

Seiya (quase berrando): 'Quem voltou?!'

Sakura: 'Syaoran voltou.'

O rapaz começou a ficar descontrolado, andou de um lado para o outro fitando a grama verde do jardim, ele balançava a cabeça negativamente, como se não quisesse acreditar que aquilo esta acontecendo.

Seiya (a encarando): 'E você foi correndo para os braços dele?'

Sakura (com a voz falhando): 'Eu não posso me casar com você.'

Seiya (berrando na cara dela): 'Porque?! Só porque aquele filho da p... (censurado) voltou?! Ele resolveu aparecer do nada e você se joga nos braços dele novamente!!!!'

Sakura: 'Por favor...'

Seiya (sem dar ouvidos para a garota): 'Porque faz isso, Sakura? Porque é tão submissa a ele? Porque?!'

Ela falaria alguma coisa, mas o rapaz pegou seu braço com força.

Seiya: 'Não vou permitir que ele volte do nada e a tire de mim! Não vou permitir isso!'

Sakura: 'Está me... machucando...'

Seiya (apertando mais forte): 'Você vai ser minha, Sakura. Você é minha!'

Sakura: 'Me solte... por favor...'

Seiya apertou mais forte fazendo a menina gemer novamente de dor. O rapaz estava realmente a machucando com a forte pressão no braço. Ele a puxou com força fazendo quase com que a menina cai-se de joelhos no chão. Ele pretendia levá-la em direção a mansão.

Voz: 'Acho que ela pediu para você a soltar.'

O rapaz se virou e viu a figura de Li. Seu sangue ferveu, quem era aquele cara para desaparecer do nada e depois surgir no dia do seu casamento e lhe tomar a noiva? Quem ele pensava que era para arruinar a sua vida daquela maneira?

Seiya: 'Isso é assunto de família. Não se meta!'

Syaoran (erguendo uma sobrancelha): 'Desde quando a minha garota faz parte da sua família?'

Aquela frase debochada ecoou na cabeça de Seiya. Nunca ninguém tinha se dirigido a ele daquela forma debochada. Ele realmente odiava Syaoran Li. Ele apertou mais forte o braço de Sakura que já o sentia dormente, ela se retorceu com a dor. Aquilo já tinha sido demais para Li, ninguém machucaria sua flor na sua frente. Ele deu alguns passos em direção ao casal. Seiya se mantinha parado com os olhos trêmulos de raiva, Li parou alguns centímetros dele o encarando de frente, olho no olho.

Syaoran: 'É a última vez que eu falo, solte-a agora.'

Seiya não obedeceu e nem iria. Li perdeu a calma, foi com tudo para cima dele que revidou como pode. Sakura caiu no chão de joelhos assim que o noivo finalmente a soltou, olhou para o braço e pode ver a marca dos dedos de Seiya. Levantou o rosto e viu Li com Yamamoto levantado pelo colarinho.

Seiya (tentando se livrar): 'Eu juro que te mato, Li! Nem que seja a última coisa que eu faço nesta vida! Eu te mato!!!'

Syaoran (sem dá importância as palavras dele): 'Se machucar ela novamente... se tocar nela novamente, quem vai morrer aqui vai ser você, ouviu bem, Yamamoto?!' (falou apertando mais o colarinho do rapaz, o deixando semi asfixiado)

Li o soltou e Seiya caiu no chão com as mãos no pescoço tentando buscar ar novamente para seus pulmões. Sakura se levantou e foi até Li.

Sakura (com lágrimas nos olhos): 'Eu sinto muito, Seiya. Eu sinto muito.'

Seiya (depois de um riso sarcástico): 'Ainda não acabou.'

Syaoran (dando as costas para ele): 'Vamos, Sakura.'

Sakura esticou a mão para tocar nos cabelos no ex noivo que ainda tentava se recuperar, mas voltou atrás.

Sakura: 'Seja feliz...'

Ele levantou o rosto para ela e a fitou profundamente, Sakura não soube o que sentiu naquela hora: pena ou medo.

Seiya: 'Você é minha, Sakura.'

Sakura: 'O meu coração não é seu, Seiya. Sinto muito...'

Ela se virou e correu até Li que caminhava para fora da mansão.

Seiya (observando os dois): 'Ainda não acabou, Li! Ainda não acabou!!!!'

Sakura sentiu todos os pêlos se arrepiarem do seu corpo com o olhar direto de Seiya sobre ela. Ele sorriu para ela e fez um pequeno gesto com a cabeça cumprimentando-a. Ela ficou sem saber o que fazer, deu alguns passos na direção do rapaz para falar com ele, mas o sinal do termino do recreio das crianças tocou. Isso significava que daqui a pouco daria aula para a segunda série e ela ainda tinha que arrumar a sala. Olhou para o prédio que abrigava o colégio e viu as crianças correndo para dentro dele, se virou novamente para a cerca e viu Yanamoto se afastando devagar. Ela se sentiu aliviada pelo sinal ter tocado naquela hora.

Li estava arrumando suas coisas para ir embora para casa quando o senhor Mishimura entrou de braços dados com a filha. Todos do escritório se levantaram para cumprimentar o dono da firma que trabalharam. Mishimura cumprimentou a todos mas seus olhos cravaram em Li.

Mishimura (estendendo a mão para ele): 'Ainda não tive a oportunidade de o cumprimentar e lhe agradecer pessoalmente por ter salvo a minha vida e a de minha filha, Senhor Li.'

Syaoran (apertando a mão do senhor): 'Não há necessidade de agradecimento, senhor. Fico feliz em vê-lo bem e forte novamente.'

Mishimura sorriu para ele de forma sincera. Olhou de relance para a filha e depois voltou a encarar o rapaz.

Mishimura: 'Mas eu insisto em lhe agradecer de alguma forma...'

Syaoran (interrompendo-o): 'De maneira alguma, tenho certeza que qualquer outro em meu lugar faria o mesmo.'

Mishimura (estreitando os olhos nele): 'Vejo que é orgulhoso, Senhor Li. E isso é uma qualidade que admiro, um homem sempre teve preservar o seu orgulho. Não insistirei então em uma recompensa, mas faço questão que almoce um dia em minha casa, onde será muito bem-vindo.'

Syaoran adoraria dizer que não, mas não teve como recusar.

Syaoran: 'Será que posso levar uma pessoa?'

Akami (nervosa): 'A sua namorada?!'

Mishimura (olhando feio para a menina): 'É claro que ele pode levar quem quiser, Akami. Lembre-se ele é o nosso convidado.'

Akami sorriu sem graça e tentou se controlar.

Mishimura (virando-se para o rapaz): 'Seu acompanhante será bem-vindo também.'

Syaoran: 'Obrigado.'

Os dois trocaram um último aperto de mãos antes do senhor sair da sala com sua filha.

Kobayashi (batendo de leve no ombro de Li): 'Ora, ora, pelo jeito daqui a um tempo o novo dono das corporações Mishimura será um ex-estagiário meu!'

Syaoran: 'Não fale besteira, Senhor Kabayashi.'

Saito: 'Não se faça de rogado. A filha do chefão tá louca para virar a nova senhora Li. E pelo jeito você já ganhou o sogrão.' (falou rindo com gosto)

Syaoran (olhando para os dois): 'Mas já existe uma senhora Li.'

Saito: 'Para de falar como homem casado! Você nem se casou com ela de verdade!'

Syaoran (sorrindo de lado): 'Isso é apenas uma questão de tempo. Até amanhã!'

Saito e Kobayashi observaram o rapaz se afastar.

Saito: 'É um idiota!'

Kobayashi (depois de respirar fundo): 'Nossa, nunca vi um homem tão apaixonado por uma garota. Esta tal futura senhora Li deve ser muito bonita.'

Saito (balançando de leve a cabeça): 'E é! A vi uma vez na faculdade. Eles já namoram a um tempão, estão até morando juntos.'

Kobayashi: 'Esta juventude, sempre tão apresados...'

Saito (sentando-se a sua mesa): 'Eu não tenho pressa nenhuma. Quero distância de casamento!'

Kobayashi (erguendo uma sobrancelha): 'Você não tem pressa para nada, nem para terminar o seu trabalho.'

Saito se engasgou com as palavras do seu chefe, voltou a observar o computador e tentar terminar o quanto antes o seu trabalho.

Li chegou em casa e pode sentir o cheiro gostoso do jantar. Olhou para a sala deserta e pelo falatório alto, todos os moradores da casa estavam na cozinha.

Meilyn: 'Não é assim Sakura! Já falei que você tem que esperar até dourar a cebola. Xiao Lang gosta da cebola bem frita!'

Sakura: 'Ele nunca reclamou da minha cebola!'

Meilyn: 'Isso porque ele não quis magoar você! Mas eu sei que ele gosta dela bem dourada!'

Sakura: 'Mas eu não gosto!'

Meilyn: 'Se você quer segurar um homem, tem que começar pelo estômago!'

Tomoyo: 'Pelo estômago? Nunca ouvi isto.'

Meilyn: 'Isto mesmo! Para segurar um homem, a mulher deve servi-lo bem na cama e na mesa.'

Sakura: 'Para de falar besteira, Meilyn!'

Tomoyo: 'Ai Sakura! Você fica tão encantadora vermelhinha de vergonha...'

Meilyn: 'Vocês são umas tontas. Aproveitem a minha estadia aqui para aprenderem alguma coisa! Ou vão ficar encalhadas!'

Sakura: 'Eu não sou encalhada!'

Tomoyo: 'E eu também não sou! Só estou esperando a pessoa certa!'

Meilyn: 'Ah claro! Uma é porque teve a sorte de encontrar o tonto do meu primo e a outra fica chupando dedo esperando que o homem ideal caia do céu!'

Kero: 'Será que eu posso falar uma coisa?'

As três: 'NÃO!'

Li sorriu ouvindo o dialogo, afrouxou a gravata e tirou o terno. Colocou tudo em cima do sofá e se sentou esticando as pernas por cima da mesinha de centro. Pensou em como era feliz vivendo com sua flor. Sakura não precisava dourar bem a cebola para que ele ficasse ao seu lado. Ele sempre estaria ao lado dela. Olhou novamente para a cozinha e viu a sombra das três atrapalhadas na cozinha. Meilyn dava ordens a torto e a direito, sobrou até mesmo para o coitado do Kero. Logo o rosto amado apareceu na porta, provavelmente ela tinha sentido a presença dele e apenas esticou o corpo para verificar que estava certa.

Sakura (sorrindo): 'Syaoran...'

Ela foi ao encontro dele secando as mãos no avental que estava amarrado na sua cintura fina.

Sakura: 'O jantar vai estar pronto daqui a alguns minutinhos.'

Ele a puxou para se sentar no seu colo e beijou de leve os seus lábios.

Syaoran: 'Qual vai ser o cardápio desta noite?'

Sakura pronunciou uma palavra completamente desconhecida para o rapaz. Ele franziu a testa mostrando que não entendeu nada.

Sakura: 'Ai pergunta para a Meilyn? Ela disse que você adorava isso!'

Syaoran: 'Ah! Tenshin! Mas isso é sobremesa!'

Sakura se embolou toda.

Sakura (suspirando): 'Desisto! Não me lembro o nome do prato principal só o da sobremesa...'

Syaoran: 'Não tem problema, tenho certeza que seja o que for vai estar uma delicia.'

A jovem o fitou de forma apaixonada e sorriu.

Syaoran: 'Mas vocês fizeram Tenshin, mesmo?' (Eta olho grande!!!!)

Sakura confirmou com a cabeça.

Syaoran: 'Acho que então você merece uma recompensa por fazer um doce que eu gosto tanto.'

Sakura (vermelha): 'Mereço mesmo, deu o maior trabalho. Ainda mais com a Meilyn gritando no meu ouvido.'

Syaoran (beijando-a): 'Vou saber recompensá-la direitinho.'

Os dois começaram a se beijar, se esquecendo que não viviam mais sozinhos na casa.

Kero: 'Hei vocês dois!!!! Respeitem uma casa de família!'

Sakura se levantou rápido tentando se arrumar, Li ficou sentada tentando fazer os efeitos dos hormônios do seu corpo diminuírem.

Syaoran (entre os dentes): 'Odeio esta bola de pêlo!'

Sakura voltou a cozinha para ajudar as amigas enquanto Kero pousou na frente de Li o encarando feio.

Kero: 'Não gosto de você.'

Syaoran: 'Digo o mesmo.'

Kero: 'Não suporto a sua arrogância.'

Syaoran: 'E eu não suporto a sua burrice.'

Kero: 'Mas para o bem da Sakura, eu vou tentar agüentar conviver que a sua presença insuportável.'

Syaoran: 'Para o bem dela. E para o seu bem, aconselho controlar o tempo de vídeo game, se a conta de luz vier alta você é que vai ter que dar um jeito de pagar.'

Kero (levantando vôo): 'Pão duro.'

Syaoran: 'Viciado.'

Tomoyo entrou na sala e encarou os dois.

Tomoyo: 'É impressão minha ou está armando uma tempestade aqui?'

Syaoran: 'Que isso, estávamos apenas jogando conversa fora.'

Kero (rindo sem graça): 'Isso mesmo. Estávamos conversando sobre...'

Syaoran (vendo que Kero não tinha muita criatividade apesar da cabaça grande): 'Sobre o jogo de ontem. Nossa que fiasco o time japonês fez.'

Kero (revoltado): 'O juiz trapaceou!!!! Os chineses nunca venceriam!'

Pronto se os dois estavam discutindo em voz baixa foi só falar em futebol que já se alteraram! Meilyn e Sakura vieram da cozinha tentando amenizar a situação. Enquanto um gritava na cara do outro defendendo o seu time. (Aprendam meninas: Futebol faz os homens voltarem a idade das pedras e esquecer toda a educação que eles poderiam ter ir por água abaixo).

A discussão só parou quando bateram a campainha com força repetidas vezes.

Meilyn: 'Que gente mal educada!'

Tomoyo: 'Devem estar com pressa. Kero é melhor se esconder rápido!'

Kero voou para cima da estante e se fingiu de boneco. Meilyn foi atender a porta pronta para dar um sermão no mal educado quando se deparou com um monte de homens uniformizados.

Senhor: 'Aqui é a residência de Li Syaoran?'

Meilyn (vacilando): 'Sim, quem gostaria de falar com ele?'

Senhor: 'É a policia. Ele está?'

Li franziu a testa quando ouviu "a policia". Sakura apertou seu braço um pouco mais forte. Ele foi até a porta ver o que estava acontecendo.

Syaoran: 'Sou Li Syaoran, o que querem comigo?'

Senhor (estendendo um papel para ele): 'O senhor está preso acusado de falsidade ideológica e falsificação de documento de identidade.'

Sakura sentiu o sangue escorrer do seu corpo, Tomoyo teve que a segurar para que a garota não caísse no chão. Meilyn olhava incrédula para a cena. Li pegou o papel das mãos do delegado e leu em silêncio.

Syaoran (baixinho): 'Só podia ser ele.'

Dois policiais se aproximaram do rapaz e o forçaram contra a parede com as mãos para trás para colocar as algemas.

Senhor: 'O senhor tem o direito de permanecer calado. Qualquer coisa que dizer, pode e será usado contra você no tribunal. Tem...' (Gente, estão vendo que eu vejo muito filme policial, né? Hehehehehe)

Sakura (se desesperando): 'Vocês não tem o direito de fazer isso! Soltem ele!'

Senhor: 'Senhora, aconselho a ficar calma...'

Sakura (mal controlando as lágrimas enquanto segurava um dos braços de Li): 'Ele não fez nada, não podem o tratar como criminoso!'

Syaoran (calmo): 'Preste atenção, Sakura. Ligue para Hiroshi (os policiais já estavam o levando para a viatura) e fale com ele o que aconteceu, peça para me procurar na delegacia de Tomoeda. Faça isso agora.'

Sakura (tentando segurar ele): 'Não! Por favor não o levem!'

Syaoran (sendo colocado no carro): 'Tudo vai terminar bem. Não se preocupe.'

Sakura acompanhou as viaturas desaparecendo pela rua com lágrimas nos olhos. Tomoyo e Meilyn estavam ao lado dela em estado de choque ainda. Sakura se abaixou abraçando os joelhos enquanto controlava os soluços. Tomoyo se abaixou até ela tentando lhe dar apoio.

Tomoyo: 'Shiiiii, não adianta chorar, Sakura. Vamos procurar Suzuki, ele vai poder ajudar Li.'

Meilyn: 'Isso mesmo, vamos. Precisamos tirar Xiao Lang logo de lá!'

Em dez minutos Syaoran estava sentado numa sala de interrogatório na delegacia de Tomoeda. O delegado Amizuki entrou acompanhado de dois outros policiais e Seiya Yanamoto.

Amizuki: 'Vamos esclarecer o que está acontecendo aqui senhor Li. Não ficará detido por muito tempo, tenho certeza.'

Amizuki não se sentia bem vendo o rapaz a sua frente algemado, a imagem que tinha do rapaz lutando contra uma besta de quase três metros de altura e cuspidora de fogo tentando proteger não só ele como outro policial fazia com que o velho policial tivesse uma dívida eterna com aquele garoto (referência ao capitulo 15 – O senhor do Caos).

Yanamoto: 'Acho que as coisas não são tão simples assim. Temos acusações muito sérias contra você, Li.'

Syaoran (sorrindo de lado): 'Tirando que eu roubei a sua noiva, que acusação tem contra mim, Yanamoto?'

Amizuki franziu a testa e olhou discretamente para o jovem juiz que estava ao seu lado. Odiava quando vinha um destes fedelhos atrapalhar o seu trabalho. Se descobrisse que aquela confusão toda fora só por causa de uma disputa amorosa, acabaria com a vida daquele juizinho.

Yanamoto (tentando controlar a raiva): 'Forjar a própria morte é um delito muito grave, senhor Li. Mas partindo de você isso é pouco!'

Syaoran: 'Do que está falando?'

Yanamoto (jogando um atestado de óbito na mesa): 'Acho que você sabe ler chinês, não é? Ou eu vou precisar chamar um tradutor para você?'

Li desviou os olhos dele e viu o seu atestado de óbito. É claro que teria um já que está morto, aquele detalhe tinha passado despercebido durante muito tempo. Voltou a fitar Yanamoto.

Syaoran: 'Minha família pensou que eu estivesse morto quando teve aquela confusão toda em Tomoeda.'

Yanamoto: 'Tenho testemunhas que podem me confirmar que viram o seu corpo. (ele se sentou na frente de Li o fitando com deboche) Me diga quem matou para passar por você?'

Syaoran (sem perder a calma): 'Não tem como provar nada, Yanamoto.'

Yanamoto: 'Sim, eu tenho como provar tudo! Tenho provas para fazer você pelo menos passar uma boa temporada na prisão!'

Amizuki: 'Onde estão estas provas?'

Yanamoto (se levantou e encarou o velho delegado com fúria): 'Está duvidando da minha palavra senhor Amizuki?!'

Amizuki: 'Apenas gostaria de ver as provas.'

Yanomoto: 'Sou um juiz, não devo satisfações a um delegadozinho. Faça o que eu mando, o prendam em cela comum.'

Amizuki: 'Ele cursa nível superior deve ficar em cela...'

Yanamoto: 'O senhor está questionando as minhas ordens?'

Amizuki (engolindo seco): 'Não senhor.'

Dois policiais seguraram Li e o levaram em direção as celas.

Yanamoto: 'Eu disse que não tinha acabado, Li.'

Li não respondeu nada, no fundo até achou graça de um idiota daquele achar que tinha vencido. Mal sabia Yanamoto que uma cela não era nada comparado com o que ele já tinha passado. Ele acompanhou os policiais sem resistência. Os três caminharam em silêncio. Os policiais se entreolhavam discretamente.

Policial 1 (não agüentando a curiosidade): 'É verdade que roubou a noiva dele?'

Li não respondeu. Bem ou mal estavam falando de Sakura.

Policial 2: 'O delegado Amizuki detesta ele. O moleque não faz nada e ainda se acha com o rei na barriga.'

Policial 1: 'Cara você teve coragem de tirar a noiva dele no dia do casamento?'

Policial 2: 'Eu li este episódio no jornal. A tal noiva o deixou no altar por causa de outro homem.'

Policial 1: 'Se eu fosse você, amigo. Tomava cuidado, o juiz Yanamoto tem poder.'

Syaoran: 'Acreditem, vocês não sabem o que é realmente poder.'

Os policiais se entreolharam assustados com a autoconfiança do rapaz. Ele estava algemado, sendo acusado, praticamente com o pé na prisão e não parecia abalado. Yanamoto fez questão que ele ficasse numa cela comum com marginais de verdade e ele parecia que estava indo para mais um dia de trabalho. O policial abriu a tranca da cela e entrou com Li pedindo para os outros se afastarem. Abriu as algemas, liberando os braços de Li e depois trancou novamente a cela. Os dois deram uma última olhada no rapaz que observava o ambiente e saíram.

Policial 2: 'O garoto tá ferrado.'

Policial 1: Está mesmo!'

Policial 3 (que estava encostado numa das paredes observando os presos): 'Quem tá ferrado é o juizinho.'

Policial 2: 'Porque diz isso, cara?'

O policial passou a mão no braço direito como se lembrasse de alguma coisa.

Policial 3: 'Acredite amigo, aquele garoto não é normal, o juiz Yanamoto não sabe com quem está se metendo.'

Li observou bem a cela, havia oito homens presos junto com ele. Todos observavam o rapaz com curiosidade, se perguntando o que um garoto daqueles estava fazendo preso com assassinos e criminosos. Um deles se aproximou de Li.

Homem 1: 'O que um garotão malhado de academia está fazendo aqui?'

Homem 2: 'Que droga você fez garoto?'

Syaoran (se sentando no chão e apoiando as costas na parede): 'Isso não interessa. Vamos fazer o seguinte, vocês ficam na de vocês que eu fico na minha e ninguém sai machucado.'

Os homens se entreolharam, um outro se aproximou de Li e o cutucou com o pé.

Homem 3: 'Olha aqui garoto, aqui você é um bebê chorão perto de nós todos. Engole esta sua arrogância e é bom se acostumar que quem manda aqui sou eu.'

Syaoran: 'Quem manda aqui é o delegado Amizuki. Você não manda em nada.'

Li reparou que o grande homem na sua frente começou a ficar com raiva, ele não queria se meter em briga logo, mas pelo jeito não era muito bom nisto. O homem se preparou para chutar Li com mais força, mas Syaoran foi rápido o suficiente para aplicar uma rasteira nele fazendo-o cair no chão. Sem se levantar Li levantou a perna e com o calcanhar bateu feio no meio do peito do homem fazendo ele se encolher de dor. Os outros ficaram observando a cena de boca aberta.

Syaoran (vendo eles se afastarem): 'Como eu disse, eu fico na minha e vocês ficam na de vocês.'

Continua...

PS rapidinho da autora: Lembram aquela música do capitulo 4? O cantor é Remy Zero (este é o nome do infeliz que canta ela! Hehehehe). Quem estiver morrendo de curiosidade para ver a tradução pode ir na página que lá tem a tradução bunitinha!!!