Capitulo 09: O despertar do Demônio.
Syaoran estava sentado num dos bancos do pátio do presídio. Era a hora que eles tinham para tomar sol e tentar se divertir um pouco. Ociosidade era o que mais matava aqueles homens. Alguns estavam jogando futebol com uma velha bola, enquanto outros passeavam e aproveitavam para fumar um pouco. Li estava sozinho com seus pensamentos no que tinha ouvido nesta madrugada. Yanamoto se despencou de Tomoeda apenas para comprar Watanabe e o convencê-lo a lhe matar. Porque aquela pressa toda em lhe ver morto? Será que Hiroshi já tinha mexido alguns de seus pauzinhos para lhe tirar do presídio? Bem, o rapaz teria todas as respostas assim que o amigo lhe visitasse para pegar os papeis. Ele levou uma das suas mãos até o abdômen onde estava escondido a pasta com os documentos. Não a deixaria na cela por precaução.
Takahashi (se aproximando dele): 'Não vai jogar bola, Chinês?'
Syaoran: 'Não, não estou me sentindo muito bem'. (mentiu)
Takahashi (sentando ao seu lado): 'Quase três dias na solitária mechem com qualquer um. Mas você foi forte! Nunca vi alguém que saísse tão bem daquele cubículo como você.'
Li não respondeu.
Takahashi (encostando-se ao muro): 'Você é forte, Chinês. E tem fibra, gostaria muito que meu filho fosse assim.'
Syaoran: 'Não se mede um homem pela sua força.'
Takahashi: 'De onde eu vim, um homem fraco não tinha vez. Eu era o mais forte e o mais esperto. Ninguém era páreo para mim...' (ele sorriu orgulhoso)
Syaoran (se levantando): 'E olha onde você está agora. Gostaria do mesmo destino para o seu filho?'
Takahashi levantou o rosto e fitou o companheiro de cela. Li o encarava sério com uma leve arrogância nos olhos.
Syaoran (se afastando): 'Eu acho que não...'
O homem observou o rapaz se afastando, no fundo ele tinha razão. Não queria que seu único filho terminasse ali, preso e enjaulado, como ele. Yoshida veio ao encontro dele.
Yoshida: 'E aí, Takahashi? Não vai abandonar o time, não é?'
Takahashi (fazendo um leve gesto com a cabeça na direção de Li): 'Você sabe da onde o chinês veio?'
Yoshida: 'Da china, oras!'
Takahashi (dando um cascudo na cabeça de Yoshida): 'Isso eu sei, seu idiota!'
Yoshida (passando a mão na cabeça dolorida): 'Eu sei lá! Acho que veio de Tomoeda. Aquelas deusas que vieram visitar ele no domingo tinham um carro com a placa de lá.'
Takahashi: 'Como você sabe?'
Yoshida: 'O policial Hayrushi viu e comentou com alguns presos. Elas causaram o maior alvoroço.' (completou sorrindo)
Takahashi: 'Não acha que o chinês é um cara muito frio para ter tantas mulheres ao encalço dele?'
Yoshida: 'Vai ver a mulherada gosta de homens rudes!'
Takahashi: 'Eu não sei, às vezes me dá arrepio quando ele olha para mim. Ele não parece humano.'
Yoshida (debochando do amigo): 'Hei, hei tô te estranhando Takahashi! Pelo jeito o porte do chinês não chamou a atenção só do Kuwabara!'
Takahashi deu um soco bem forte no colega, fazendo este cair com tudo no chão.
Takahashi: 'Se repetir isso mais uma vez eu juro que te mato, Yoshida!'
Yoshida se levantou e saiu correndo para longe do amigo, antes que o enfurecesse mais.
Li estava caminhando quando um guarda se aproximou chamando o rapaz para ver o advogado que tinha acabado de chegar. Li foi algemado e acompanhado por dois policiais foi até as salas de visitas. Tanaka estava esperando o rapaz na porta principal que abria o longo corredor.
Tanaka (encarando-o): 'Aproveite sua vitória enquanto pode, Chinês.'
O policial pegou o braço dele com força, e o empurrando pelo corredor o levou até a sala onde Hiroshi estava.
Tanaka: 'Aqui está o seu cliente, senhor.'
Hiroshi (olhando para o amigo): 'Como está, Li?'
Syaoran: 'Bem.'
Li fez um gesto positivo com a cabeça indicando que tinha feito tudo do combinado. Hiroshi sorriu de lado e encarou Tanaka.
Hiroshi: 'Gostaria de ficar a sós com o meu cliente, senhor Tanaka.'
Tanaka (trincando os dentes): 'Como o senhor quiser.'
Hiroshi e Li esperaram até a porta da sala ser fechada. Li olhou para a filmadora que estava sobre suas cabeças. O rapaz caminhou para baixo dela.
Syaoran: 'Bem embaixo a filmadora velha não tem alcance para nos filmar.'
Hiroshi (caminhando até ele): 'Você sempre pensa em tudo, não é?'
Syaoran: 'Está dentro da minha roupa.'
Hiroshi (sorrindo): 'Quer que eu tire a sua roupa?'
Syaoran: 'Pare de brincadeira. Se eu não tivesse com as mãos algemadas eu mesmo pegava.'
Hiroshi abriu o macacão do amigo e pegou a pasta com os documentos.
Hiroshi (olhando admirado para os documentos): 'Cara! Está tudo aqui! Você foi demais! Como conseguiu?'
Syaoran (sorrindo de lado): 'O porco do Watanabe tinha tudo guardado no escritório dele.'
Hiroshi: 'Também o coitado nunca poderia imaginar que invadiriam seu escritório num presídio.'
Syaoran (sério): 'Você mexeu no processo?'
Hiroshi: 'Não. Estava esperando estes documentos para mexer nele.'
Syaoran: 'Então eu estou na mesma?'
Hiroshi: 'Não é assim. Vou te tirar daqui o quanto antes agora.'
Syaoran: 'Não é isso. Sei que fará o melhor, mas preciso saber se tem alguma coisa marcada para quarta feira.'
Hiroshi (balançando a cabeça negativamente): 'Não. Depois que eu abrir o processo contra Yanamoto e Watanabe vai ser mole te tirar daqui. Uma semana no máximo.'
Syaoran começou a ficar mais preocupado, se não foi o amigo que ameaçou o tirar dali na quarta, porque aquela presa toda de Yanamoto em lhe matar?
Hiroshi: 'O que foi?'
Syaoran: 'Nada. Coloque estes papeis dentro do seu terno antes que o idiota do Tanaka entre aqui por estarmos invisíveis para ele.'
Hiroshi fechou a pasta e colocou dentro do terno satisfeito.
Hiroshi: 'Isso aqui é uma bomba atômica na cabeça dos dois.' (disse batendo de leve na pasta dentro do terno).
Os dois ouviram a porta se abrindo de supetão. Era Tanaka que foi conferir o que acontecia com eles que estavam invisíveis pela filmadora de segurança.
Tanaka: 'Posso saber porque os dois estão escondidos embaixo da filmadora?'
Hiroshi: 'Isso realmente não é da sua conta.'
Tanaka (olhando para o macacão de Li aberto): 'E porque o meu preso está com suas roupas abertas?'
Hiroshi (indignado): 'Não é nada disso que está pensando!'
Syaoran: 'Isso mesmo, não está acontecendo nada aqui!'
Tanaka caminhou até Li e o empurrou até a cadeira onde o fez se sentar.
Tanaka: 'Não existe visitas intimas no meu presídio, senhor Suzuki.'
Hiroshi (fulo da vida): 'Hei, me respeite! Estava verificando se meu cliente tinha sinais de violência!'
Tanaka (sorrindo maliciosamente): 'Sei, e precisava se esconder debaixo da câmera?'
Syaoran: 'A visita é privada, senhor Tanaka.'
Tanaka (se abaixou e falou no ouvido do seu preso): 'O pessoal ficará satisfeito em saber que temos uma nova boneca aqui no presídio.'
Li franziu a testa e teve vontade de enforcar aquele nojento, mas estava ansioso demais para continuar sua conversa com Hiroshi.
Tanaka: 'Vou deixar o casalzinho sozinho.'
Hiroshi trincou os dentes, observando o policial fechar a porta da sala.
Hiroshi: 'Ele está na minha lista negra logo depois do Yanamoto.'
Syaoran: 'Deixa ele. É um porco idiota.'
Hiroshi (dando um soco na mesa): 'Onde já se viu pensar esta besteira de mim! Logo eu que sou...'
Syaoran (completando): 'O terror da mulherada. Eu sei... eu sei...'
Hiroshi (mal se controlando): 'Idiota! Porco idiota!'
Syaoran: 'Porque não tenta se acalmar. O pior vai ficar para mim.'
Hiroshi (se jogando na cadeira): 'Eu já ouvi disser sobre isso.'
Syaoran: 'Preciso sair daqui o quanto antes. Yanamoto quer acabar comigo logo.'
Hiroshi (erguendo uma sobrancelha): 'Acabar?'
Syaoran: 'Ouvi uma conversa entre ele e Watanabe esta madrugada...'
Hiroshi: 'Ouvi como? Ele veio aqui?'
Syaoran (depois de confirmar com a cabeça): 'Isso aí! O cara está fulo da vida comigo.'
Hiroshi: 'Nunca pensei que Yanamoto fosse tão obcecado pela Kinomoto. Nossa, ele ficou mais de um ano no pé dela na faculdade.'
Syaoran: 'Escolheu a garota errada.'
Hiroshi (se debruçando na mesa): 'Li, aquela história de você estar morto é verdade?'
Syaoran confirmou com a cabeça.
Syaoran: 'Se abrirem o meu tumulo, aí sim estou encrencado.'
Hiroshi: 'Então você é um espírito? Você é o que?'
Syaoran (sorrindo de lado): 'Um morto vivo, talvez.'
Hiroshi (se arrepiou todo): 'Você só pode estar de brincadeira comigo.'
Syaoran: 'Acredito no que quiser.'
Hiroshi: 'Com aqueles papeis eu vou tirar você daqui o quanto antes. Se cuide, porque pelo jeito o Tanaka panaca está no seu pé. Deve estar apaixonado por você.' (disse caindo as gargalhadas)
Syaoran: 'O que posso fazer se sou o máximo!'
Hiroshi: 'Bem que a Kinomoto disse que você não tinha mudado nada! Está com quantas namoradas agora? Trinta?'
Syaoran: 'Trinta? Acha que eu posso tanto assim?'
Hiroshi: 'Na época que dividíamos o dormitório era tantas garotas procurando por você.'
Syaoran: 'Mas era sempre eu que tinha que arranjar um outro lugar para dormir quando você resolvia levar suas namoradas.'
Os dois riram com gosto lembrando daquele tempo.
Hiroshi: 'Foram bons tempos.'
Syaoran: 'Sim, foram.'
Hiroshi: 'E olha onde estamos? Eu sou um promotor e você é um morto vivo.'
Syaoran: 'Verdade.'
Hiroshi: 'Vou te tirar daqui. Não se preocupe.'
Syaoran: 'Obrigado.'
Hiroshi: 'Estou lhe devolvendo os favores que me fez naquela época.'
Syaoran (se levantando): 'Putz! Então acho que estou cobrando barato!'
Hiroshi: 'Convencido.'
Syaoran: 'Deixa de conversa, abotoa logo este macacão e abre logo este processo contra Yanamoto.'
Hiroshi: 'Vê se eu sou homem de vestir outro.'
Syaoran: 'Deixa de besteira, se eu chegar assim lá na cela, o negócio vai ficar feio para mim.'
Hiroshi abotoou o uniforme do amigo a contra gosto.
Syaoran (caminhando até a porta): 'Só mais uma coisa. Cuide de Sakura, não a deixe fazer nenhuma besteira.'
Hiroshi: 'Ela é louca por você, sabia?'
Syaoran (sorrindo de lado): 'Eu sei.'
Li bateu de leve a porta com o pé para que os policiais viessem o pegar. Tanaka foi o primeiro a entrar e encarou o preso, depois seus olhos se desviaram para o promotor. Ele sorriu maliciosamente fazendo os nervos de Hiroshi explodirem de raiva. Os policiais pegaram Li pelos braços e começaram a levá-lo para cela junto com os outros.
Tomoyo e Meilyn se entreolhavam apreensivas. Desde que a amiga chegou do trabalho havia se trancado no quarto. Mesmo com os pedidos insistentes das amigas em abrir a porta. Kero voava de um lado para o outro da sala, nem jantar o bichinho tinha tamanha era sua preocupação com sua mestra e, mesmo que não quisesse admitir, com o moleque. A campainha tocou na casa. Meilyn foi atender imaginando que fosse Touya, enquanto Kero voou até a estante e se fingia de boneco.
Meilyn: 'Pois não?'
Seiya: 'A Sakura está pronta?'
Meilyn (com um enorme ponto de interrogação na cabeça): 'Quem quer falar com ela?'
Tomoyo (se aproximando): 'Yanamoto? O que está fazendo aqui?'
Seiya (sorrindo): 'Boa noite, Daidouji.'
Tomoyo (se controlando): 'Não deveria estar aqui.'
Meilyn: 'Peraí! Este cara é o tal juizinho que ferrou com Xiao Lang?'
Tomoyo (encarando Seiya): 'Porque não deixa a Sakura em paz?'
Meilyn: 'Me responda, Tomoyo!'
Seiya: 'Não quero discutir com você. Vim apenas buscar a Sakura.'
Tomoyo começou a ficar vermelha de raiva. Sua amiga tinha aceitado a proposta nojenta do ex-noivo.
Tomoyo (com a mão na cara dele): 'Que tipo de homem você é? Que tipo de homem faz uma proposta daquelas para uma mulher? E pensar que eu incentivei a Sakura a namorar um cara desprezível como você!'
Meilyn (perdida): 'O que está acontecendo aqui?'
Tomoyo: 'Pois eu vou contar tudo para o Li assim que ele sair da cadeia e ele vai dar uma surra muito bem dada em você!'
Meilyn (se surpreendendo com a atitude da amiga): 'Tomoyo...'
Seiya: 'Ele não pode fazer nada onde está.'
Tomoyo: 'Pois saiba que ele vai sair de lá rapidinho e você vai se ferrar!'
Meilyn agora é que estava assustada. Tomoyo praticamente gritava na cara de Yanamoto. Até Kero estava observando a amiga de queixo caído.
Tomoyo: 'Pode ter certeza que o Li vai te dar uma surra tão grande que você nunca mais vai poder caminhar direito na vida e...'
Sakura (do alto da escada): 'Tomoyo, por favor...'
Tomoyo e Meilyn se viraram rápido para trás e viram a amiga descendo vagarosamente os degraus. Ela estava linda com um vestido longo tomara que caia verde musgo, o que realçava mais os seus belos olhos.
Meilyn: 'Você vai sair Sakura?'
Sakura (se aproximando deles): 'Estou aqui, Seiya. Agora me dê o que prometeu.'
Seiya estava hipnotizado com a imagem daquela mulher a sua frente. Ela estava linda. Seria a esposa mais bela entre todas, ele teria tanto orgulho de andar de braços dados com ela em festas e eventos sociais.
Tomoyo (fitando a amiga): 'Sakura, não me diga que...'
Sakura: 'Por favor, Tomoyo, Meilyn... Deixem-me sozinha com Seiya.'
Tomoyo falaria mais alguma coisa mais o olhar de Sakura era tão firme que a amiga apenas respirou fundo e carregou Meilyn para a cozinha.
Sakura (encarando friamente o rapaz): 'Quero o papel agora.'
Seiya: 'Ainda nem saímos.'
Sakura: 'Tem a minha palavra que cumprirei a parte do nosso acordo, mas quero o papel agora.'
Seiya: 'Já é tarde. Não pode soltá-lo de madrugada.'
Sakura (estendendo a mão): 'O papel.'
Seiya o tirou a contra gosto de dentro do terno e deu para Sakura. Ela desdobrou e leu para verificar se estava tudo certo. Olhou a assinatura e o carimbo e respirou fundo.
Sakura (dando as costas): 'Eu já volto.'
A moça foi até a cozinha com o papel abraçado no peito. Aquilo seria a salvação do seu pequeno lobo, com ele poderia tirá-lo daquele lugar horrível.
Tomoyo (vendo a amiga se aproximar): 'Enlouqueceu, Sakura?'
Sakura: 'Tomoyo, preste muita atenção. Quero que pegue este papel e o guarde muito bem. (ela lhe estendeu a folha) Ligue para Suzuki assim que eu sair com Seiya e lhe diga que já temos o documento para soltar Syaoran.'
Meilyn: 'Mas como você conseguiu?'
Tomoyo (zangada): 'Não faça isso, Sakura. Se Li souber...'
Sakura: 'Ele não vai saber se ninguém contar.'
Meilyn: 'Contar o quê?'
Tomoyo (segurando o braço dela): 'Ele não vai te perdoar.'
Sakura: 'Eu é que não vou me perdoar se não fizer nada para tirá-lo de lá.'
A jovem puxou o braço com um pouco de força para a amiga a soltar e caminhou até a sala onde voltaria a se encontrar com Seiya.
Sakura (pegando a bolsa): 'Já estou pronta.'
Seiya (não contendo o sorriso): 'Está linda, minha querida.'
Sakura: 'Vamos logo com isso.'
Ela passou por ele e começou a caminhar em direção do carro. Ele foi logo atrás para abrir a porta do carro. Tomoyo, Meilyn e Kero espiavam pela janela o carro se afastando da casa.
Kero: 'A Sakura está maluca? Se o moleque souber que ela está saindo com o almofadinha enquanto ele está preso vai acabar com ele e com ela!'
Meilyn: 'Xiao Lang é muito machista, não vai gostar de saber disso nem um pouco. Mas o que deu na tonta da Sakura?'
Tomoyo (depois de suspirar fundo): 'Está cometendo a maior burrada da vida dela.'
A moça se afastou e observou a carta em suas mãos. Foi até o telefone e discou o numero de Hiroshi em Tókio. Tinha feito o que prometeu.
Li estava caminhando em direção a sua cela, tinha acabado de limpar a louça do jantar daquela noite. Os presos que o acompanhavam olhavam entre si e depois para o chinês. Dois policiais o acompanhavam junto com Tanaka.
Tanaka (parando no corredor): 'Vocês levem os outros presos para suas celas. O Chinês aqui fica comigo.'
Li já estava esperando por isso. Os policiais levaram os outros presos que observavam discretamente Li parado ao lado de Tanaka.
Tanaka (assim que os outros desapareceram): 'Está com medo, Chinês?'
Syaoran (debochado): 'De você?'
Tanaka trincou os dentes enquanto desferiu um golpe forte nas costas do rapaz com o seu bastão de defesa. Li caiu no chão com tudo, Tanaka voou em cima dele para lhe desferir um chute no rosto, mas o rapaz rolou para o lado fugindo do ataque. Rapidamente o rapaz se levantou e tentou desviar dos ataques sucessivos de Tanaka com seu bastão.
Tanaka (desferindo ataques): 'Fica quieto, Chinês!'
Li apenas se desviava dos ataques até que se cansou e com um forte chute desarmou o policial que uivou de raiva.
Syaoran: 'Acho que não era muito bom em luta corpo a corpo na acadêmica, não é Tanaka?'
Tanaka (voando em cima dele): 'Insolente!'
Li desviou dos dois primeiros socos de Tanaka, se abaixou e com uma rasteira fez o policial cair com tudo no chão de costas. Li chutou o policial no estômago fazendo o coitado vomitar sangue.
Tanaka (virando-se para ele): 'Vai se arrepender disso, Chinês.'
Syaoran: 'Acho que você não está muito em vantagem para fazer ameaças.'
Touhu (surgindo por trás de Li): 'Mas nós estamos.'
Li não teve tempo de fazer nada logo sentiu uma forte picada nas costas. Caiu no chão sentindo aquela fina dor perto do ombro. Touhu tinha atirado nele pelas costas.
Touhu (pisando na cabeça do rapaz): 'Agora quem está em desvantagem, Chinês?'
Li gritou de dor e isso fez o grandão rir com gosto. Seu bando estava todo em volta apreciando a tortura. Por fim Touhu deu um forte chute no rapaz que o fez voar contra a parede do corredor e cair no chão.
Homem 1: 'Podemos brincar com ele um pouco chefe.'
Touhu fez pouco caso, com um gesto nas mãos autorizou que seu bando se divertisse um pouco com Li. Tanaka se sentou no chão com as mãos no estômago e riu vendo Li sangrando.
Homem 2: 'Vamos te maltratar um pouquinho, chinês.'
Homem 3: 'Infelizmente recebemos ordens para lhe matar esta noite, então acho que teremos que aproveitar ao máximo ela.'
Li levantou o rosto e os viu se aproximando com correntes e bastões de ferro na mão. Ele fez força para soltar as algemas e com uma certa facilidade a quebrou. Esperou até que eles estivessem ao seu alcance.
Homem 2: 'Se implorar, prometo que não serei tão malvado.'
Homem 4: 'Iremos nos divertir muito esta noite.'
Um deles levantou o bastão de ferro para desferir com toda a força no rosto de Li, porem este o pegou antes de lhe atingir a face.
Syaoran: 'Realmente, acho que isso vai ser muito divertido.'
Li puxou o bastão e com um golpe com as pernas atingiu o homem fazendo o cair no chão de cara. Com um impulso com as pernas se levantou e encarou o que estava na sua frente, que tentou o acertar com as correntes que tinha na mão. Syaoran se abaixou e o atingiu com três fortes socos na altura do abdômen o que fez o coitado se retorcer de dor, finalizou se ataque com um gancho fazendo-o cair desacordado no chão.
Outros dois homens vieram ao seu ataque. Li pulou e com uma tesoura no pescoço de um deles o desativou. O outro conseguiu o atingir no rosto com a pesada barra de ferro, mas apenas abriu um corte na altura da sobrancelha do guerreiro. Li caminhou até ele e o com um jamp e um chute o fez cair no chão como boneco de pano.
Li se virou para Touhu que apontou a arma para ele.
Touhu: 'Se mexer eu atiro!'
Syaoran (caminhando até ele): 'Você vai atirar de qualquer maneira.'
O grandão atirou, mas agora foi fácil para Li desviar da bala. Ele deu uma cambalhota e quando estava bem próximo ao grandão o desarmou com um chute. Os dois começaram a luta corpo a corpo. Chutes e socos foram desferidos um no outro, mas por fim Touhu tinha menos resistência e com uma voadora Li fez o coitado pedir clemência.
Syaoran (o pegando pelo colarinho): 'Porque tinham pressa em me matar?'
Touhu (choramingando): 'Eu não sei! Watanabe apenas mandou eliminar você esta noite!'
Syaoran (apertando mais ele): 'Resposta errada!'
O rapaz deu dois socos no rosto do grandão abrindo mais os ferimentos dele.
Syaoran: 'Anda! Responde!'
Touhu: 'Por favor! Eu não sei, quem sabe de tudo é o Tanaka, ele que é o braço direito do Watanabe!'
Li soltou Touhu que escorregou pela parede até atingir o chão. Ele se virou para Tanaka que tentava fugir pelo corredor. Li sorriu e correu até ele parando em sua frente e impedindo de passar pela porta.
Syaoran (com um dedo balançando negativamente): 'Que coisa feia, fugindo como uma mulher de uma luta.'
Tanaka olhou com desespero para o preso, era para ele estar morto ou implorando pela sua vida.
Syaoran (empurrando ele contra a parede): 'Desembucha, Tanaka! Porque Yanamoto está com presa em acabar comigo?!'
Tanaka (tremendo como vara verde): 'Eu não sei. Apenas Watanabe é que fala com ele.'
Syaoran (o soltando): 'Então vamos fazer uma visitinha ao nosso querido diretor.'
Tanaka: 'Ele está no escritório dele esperando a gente.'
Li pegou Tanaka com força pelo braço e o levantou do chão. Ao lado dele saiu dela porta. Outros policiais estavam na sala e olharam assustados e apontaram suas armas para os dois.
Tanaka: 'Abaixem as armas. Só vamos falar com o senhor Watanabe.'
Os policiais abaixaram as armas e observaram Li sair com Tanaka, os dois atravessaram o pátio do presídio indo em direção ao prédio administrativo. Alguns policiais acompanharam os dois com armas em punho. Li caminhava rápido pelos corredores, algo dentro dele doía e não eram os inúmeros ferimentos que estava cicatrizando graças ao poder de Lutor, era uma dor que vinha de dentro do seu peito, quase o asfixiando.
Li deu um chute na porta do escritório a arrombando, empurrou Tanaka para dentro e encarou o porco do Watanabe se borrando de medo sentado atrás de sua mesa.
Watanabe: 'O que está acontecendo aqui?!'
Syaoran: 'Porque Yanamoto quer me ver morto até quarta feira?'
Watanabe começou a suar como um porco que era. Li deu um murro na mesa a rachando e encarou feio o homem.
Syaoran: 'Vou ter que bater em você para desembuchar?'
Watanabe (se encolhendo): 'Guardas, atirem nele!!'
Os Guardas empunharam suas armas prontas para atirar. Li riu e estendeu seu braço na direção dos policiais.
Watanabe (se escondendo embaixo da mesa): 'Atirem nele!'
Os guardas atiraram mas as balas bateram em algo invisível e voltaram completamente descontroladas, atingindo todos os lugares. Os policiais saíram correndo do escritório. Li se virou devagar para Tanaka e Watanabe que estavam, além de tremendo, de boca aberta o observando.
Syaoran: 'Agora me digam ou eu vou ter que arrancar de vocês?'
Watanabe: 'O Yanamoto chantageou a garota. Ele ia dar um habeas-corpus para ela te soltar amanhã de manhã.'
Syaoran (franzindo a testa): 'Chantageou? Como assim?'
Watanabe (encolhido com as mãos na cabeça): 'Isso eu não sei, eu juro que não sei.'
Li olhou para o telefone na mesa de Watanabe e o pegou discando o numero de casa. O telefone tocou três vezes até ser atendido por Tomoyo.
Tomoyo: 'Alô.'
Syaoran: 'Cadê a Sakura?'
Tomoyo (assustada): 'Li?'
Syaoran: 'Daidouji, cadê a Sakura?'
Tomoyo (não sabendo o que responder): 'A Sakura... ela... ela está tomando banho.' (mentiu descaradamente)
Syaoran: 'Mentira não combina com você.'
Tomoyo (desesperada): 'Li por favor... eu...'
Syaoran: 'Ela saiu com Yanamoto?'
Tomoyo (sentindo o ar lhe falta nos pulmões): 'eu...'
Syaoran (gritando): 'Sim ou não?!'
Tomoyo (chorando): 'Sim... mas ela...'
Li desligou o telefone. Ele já tinha entendido que tipo de chantagem Yanamoto fez com a sua namorada. Ele se virou para Tanaka e Watanabe.
Syaoran: 'Corram daqui!'
Os dois se levantaram e quase rastejaram foram até a porta do escritório, quando chegaram ali simplesmente saíram correndo. Li foi até a janela e subiu no parapeito. Concentrou-se e suas duas asas surgiram em suas costas. Com a ajuda das pernas deu um forte impulso pulando no ar. As asas começaram cortar o vento frio subindo até ficar acima das nuvens. Ele planou no ar observando sua localização. Tomoeda ficava para oeste, era só seguir a estrada. Começou sua viajem desesperada para a cidade. Se Tomoeda ficava a duas horas de carro ele teria que fazer em menos de uma.
Li não soube direito quanto tempo ficou voando sem parar. Seu corpo estava dolorido, o poder de Lutor o curava mais isto demorava um tempo além de arder bastante. De vez em quando ele via algum carro passando pela estrada, mas logo o automóvel desaparecia de sua vista. O rapaz olhou as luzes da cidadezinha japonesa. Apesar do cansaço aumentou a velocidade, fazendo seus olhos arderem com o vento frio daquela noite.
Voando acima das nuvens ele foi até a sua casinha. Parou a poucos metros dela e se concentrou para sentir a presença de Sakura. Ela não estava lá. Onde poderia ter ido? Pensava como louco. O rapaz olhou de um lado para o outro em desespero. Para onde Yanamoto a levaria?
Syaoran: 'Para a sua mansão.'
Ele voltou a bater suas asas em direção a mansão Yanamoto. Ele tinha ido uma vez até lá apenas, logo quando tinha voltado do mundo das trevas, mas ele tinha que achar. A noite estava bem escura devido a lua nova que pouco iluminava, isso lhe deu liberdade para voar sem muitos cuidados pela cidade. Parou vendo a imponente mansão que ficava um pouco afastada do centro de Tomoeda. Pousou e guardou suas asas, olhou pra cima e pode sentir a presença forte da namorada, correu encostado aos muros e fugindo das vistas dos seguranças da casa. Parou embaixo da sacada de um dos quartos que emitia uma luz fraca, mas dali vinha a presença mais forte de Sakura. Ele subiu com a agilidade de um gato até a varanda. Pulou a baixa grade decorativa e pisou na sacada. Ele ouvia barulho vindo do quarto, seu coração começou a doer mais forte, uma dor asfixiante. A varanda era separada por uma porta de vidro que permitia ver o que estava acontecendo no quarto. Li caminhou devagar até ficar próxima a porta.
O barulho começava a ficar mais alto, ele podia ouvir gemidos vindo do cômodo. Apesar de todos os seus sentidos mandarem que fosse embora e que não espiasse por aquela janela, ele não poderia fazer isso, ele precisava ver o que estava acontecendo. Caminhou sentindo a presença forte da amada. Quando estava próximo se debruçou para encostar-se ao vidro e assim poder ver o que acontecia.
Uma lágrima desceu pelo rosto do guerreiro. Ele nunca havia chorado antes, nunca em sua vida havia chorado. Nem em seus maiores sofrimentos, nem quando estava morrendo, nem quando seu corpo queimava em chamas, ele nunca sentiu lágrimas nos olhos, mas a cena que assistia pela janela daquele quarto era o pior de seus pesadelos. Uma falta de ar fez seu peito doer, como se finalmente seu coração tivesse parado de bater e seu corpo congelasse. Seus olhos não piscavam vendo os dois corpos rolando na cama do meio do quarto enquanto que em seus ouvidos os gemidos vindo deles faziam sua cabeça zunir. Ele levantou uma de suas mãos até tocar o vidro frio a sua frente. Como ele queria que aquela visão fosse apenas um pesadelo, o pesadelo mais doloroso que já teve. Um gemido alto o fez se afastar assustado, era Seiya que gritava o nome de Sakura. O rapaz levou as mãos nos ouvidos e fechou os olhos tentando se controlar, tentando se afastar daquela visão, daquela terrível visão de ver a sua amada sendo possuída por outro homem. Ele preferia estar mil vezes morto, preferia estar queimando no mundo das trevas. Outra lágrima desceu pelos seus olhos enquanto olhava os dois vultos rolando na cama. Um deles ele poderia reconhecer a distancia, era o corpo pequeno e perfeito de sua namorada sendo tocado por outro homem.
Li deu dois passos para trás não sabendo direito o que fazer, a dor era tanta que pela primeira vez apenas sentiu vontade de sentar no chão e chorar como quando fazia quando era criança e um dos anciões lhe dava uma surra e o chamava de fraco e vergonha dos Lis. Talvez agora eles tivessem com a razão, ele era a vergonha do clã.
O guerreiro se sentou no chão daquela varanda com as mãos no ouvido, simplesmente não sabia o que fazer, não tinha idéia do que fazer. Outra lágrima desceu dos seus olhos, enquanto que seu peito uma dor fina e cortante queimava-lhe o coração. Sakura não era mais dele apenas, ela não era mais a sua flor, agora ela era do outro também. Ele levantou os olhos e podia ver a sombra dos dois se amando.
"Você é um fraco!!! Não passa de um inútil!!! Como pode perder as cartas Clow para uma menina idiota e sem estudo nenhum em magia!!!!"
"Vergonha! É apenas isso que sentimos de você!!! Vergonha!!!"
"Será levado para o treinamento nas ilhas desertas e se falhar novamente será banido do clã!"
"Sentimos vergonha de você! Perder as cartas para uma japonesa! Para uma guria!!!"
"Fraco! Você não passa de um fraco!"
"Vergonha!"
"Vergonha!!!"
Li se levantou de repente, seus olhos se tornaram dois rubis brilhantes enquanto seu corpo era envolvido por uma áurea fraca púrpura. Ele podia sentir o sangue ferver dentro de suas veias. Franziu a testa observando os dois ainda se amando. Ele os mataria! Ele não permitiria passar novamente pela vergonha, ele não permitiria que Sakura o humilhasse novamente.
Caminhou lentamente até a porta e estendeu a mão que brilhava intensamente, com um leve aceno a porta voou longe, espalhando pedaços dela por todo o quarto. Deu dois passos para frente e encarou Seiya e Sakura olhando perplexos para ele. Os dois tentavam se cobrir com os lençóis da cama. O rapaz tremia como vara verde vendo o inimigo a sua frente. Li cravou os olhos nele.
Syaoran: 'Acho que estou atrapalhando.'
Seiya (gaguejando): 'O quê-quê você está f-fazendo aqui?'
Li sorriu sarcasticamente do desespero do rapaz, olhou para Sakura que permanecia o encarando de forma assustada. Li olhou dentro dos olhos dela com raiva, mas tinha algo errado, algo estava errado nela, aquela não era Sakura. Aquilo tudo era...
Syaoran (para si mesmo): 'Ilusão.'
A porta do banheiro se abrir de supetão e Sakura apareceu olhando assustada para tudo que estava acontecendo no quarto.
Sakura (atordoada): 'Syaoran?'
O rapaz se virou para ela ainda com os olhos vermelhos, a menina arregalou os olhos fitando seu amado. Mil coisas passavam pela cabeça da jovem, mas os olhos de Li eram o que mais a impressionava, ela só tinha visto aqueles olhos antes em uma única pessoa: Shyrai. Um calafrio percorreu todo o corpo dela fazendo seu coração bater forte e desesperadamente, ao lembrar do homem que matou seu amado e a deixou em coma por mais de um mês.
Sakura: 'O que aconteceu com você? O que você está fazendo aqui?'
Ilusão voltou a sua forma de carta e pousou nas mãos de Sakura que não tirava os olhos de Li. No final tudo não passava de uma visão, a Sakura de Yanamoto era apenas um dos travesseiros que estava na cama do rapaz. Li e Seiya apenas vira e sentiram o que estavam nas cabeças dos dois .
Syaoran: 'Você é uma idiota, Sakura.'
Ela ouviu aquilo como uma facada no peito, aquele não era o seu Syaoran, aquele não era o seu pequeno lobo. Ele foi até Seiya e o encarou. O rapaz olhava assustado para Li.
Syaoran: 'Acho que está na hora da gente tirar as nossas diferenças, Yanamoto.'
Seiya: 'O que está acontecendo aqui?!'
Syaoran (pegando o pescoço do rapaz e o apertando): 'Eu vou acabar com você de uma vez.'
Sakura correu até ele o segurando pelo braço para que Li soltasse o pescoço de Yanamoto que começava a ficar vermelho por falta de ar.
Sakura: 'Vai matá-lo! Solta ele, Syaoran!'
Li não o soltou, pelo contrário estava gostando de ver a agonia de Seiya. Sakura batia no braço do namorado tentando soltá-lo. Com a confusão dois seguranças entraram no quarto e apontaram armas para Li.
Segurança: 'Solte o senhor Yanamoto!'
Sakura (em desespero): 'Por favor não atirem!'
Li virou o rosto e sorriu novamente.
Syaoran: 'Que atirem...'
Sakura (com lágrimas nos olhos): 'Para com isso, Syaoran. Por favor...'
Os seguranças atiram no rapaz, Sakura fechou os olhos e se encolheu esperando as balas. Ouviu o barulho de vários tiros e gritos dos seguranças, alguma coisa tinha saído errada no ataque deles. Ela abriu os olhos e os viu tentando avançar até Li mas eram impedidos por alguma coisa, uma barreira invisível que só era vista por pequenas manchas vermelhas nos locais onde os homens batiam. Ela virou-se para Li que continuava com o pescoço de Seiya bem apertado em uma das mãos. Ele estava o matando. Lágrimas não paravam de sair dos olhos dela, ela não poderia deixá-lo se tornar um assassino, não na frente dela, ela tinha que o impedir, aquele não era o seu amado, aquele era outro demônio.
Sakura se afastou e puxou uma nova carta, com uma dor enorme no coração a jogou para o alto.
Sakura: 'Trovão!'
A forte rachada foi com tudo em cima de Li, o eletrocutando. Mas para desespero da menina ele apenas se virou para ela com seus olhos vermelhos e frios, nada tinha afetado ele, o poderoso trovão não tinha nem ao menos lhe causado cócegas.
Syaoran: 'Como uma fraca como você conseguiu me derrotar?'
Sakura: 'Quem é você?! Você não é Syaoran! Quem é você?!!'
Seiya depois de se debater ao máximo perdeu a consciência e desmaiou ainda pendurado por Li pelo pescoço. Sakura olhava em pânico para a cena.
Sakura: 'Você o matou!'
Syaoran (jogando o corpo do rapaz longe): 'Ainda não.'
Vários seguranças estavam tentando passar pela barreira mágica, mas eram inúteis as suas tentativas. Li caminhou até Sakura e pegou seu braço com força fazendo a menina gemer de dor.
Syaoran: 'Você não vai me humilhar mais.'
Sakura: 'Do que está falando? Eu não entendo... o que fez com o meu namorado?'
Syaoran: 'Eu sou o seu namorado.'
Sakura (tentando se soltar dele): 'Não! Você não é ele!!!'
Syaoran (a apertando mais forte): 'Sou! E você é minha!'
Ele a arrastou até a varanda, pulou dela ainda segurando a menina com força e apesar dos protestos a arrastou pelas ruas de Tomoeda. Sakura depois de se debater, tentado usar a carta força e disparo para o rapaz a soltar, desistiu. Começou a caminhar em silencio, de vez em quando Li a puxava com força para caminhar mais rápido, não adiantaria nada gritar com ele, apenas chamaria mais atenção para o casal. Ela reparou que ele estava com o macacão do presídio e estava todo sujo de sangue. Ela se perguntava o que tinha acontecido? Como Li soube onde estava? Como tinha fugido da prisão? E porque ele estava tratando ela daquela maneira?
Caminharam por quase vinte minutos até chegarem em frente a casinha branca. Li subiu ainda puxando Sakura, a menina com certeza já estava com um enorme hematoma no braço. Abriu a porta, quase a arrombando.
Tomoyo (se levantando rápido do sofá): 'Li?'
Syaoran não ouviu a amiga, cruzou a sala com Sakura e começou a subir as escadas até o segundo andar.
Syaoran: 'Não se metam nisso!'
Meilyn, Tomoyo e Kero olharam assustado para o casal. Eles viram que Sakura chegou a tropeçar num degrau por causa do vestido longo e Li a puxou com força e grosseria para continuar acompanhando ele.
Meilyn: 'O que aconteceu com ele?'
Kero (se arrepiando todo): 'Aquela aura! Meu Deus, aquele não era o moleque!'
Tomoyo (em desespero): 'Será que ele viu alguma coisa? Será que ele viu a Sakura com o Yanamoto?'
Meilyn (nervosa): 'Claro que sim!'
Kero: 'Ele vai matar ela.'
Tomoyo (correndo até a escada): 'Temos que impedir... aí!'
A jovem caiu estatelada no chão com a mão na testa. Meilyn e Kero foram até ela.
Meilyn (a levantando): 'O que foi, Tomoyo?'
Tomoyo: 'Eu não sei! Alguma coisa me empurrou para trás!'
Kero (voando em frente as duas): 'Nada te empurrou. Você bateu num escudo de magia.'
Meilyn: 'Como?'
Kero voou até ele e bateu suas patinhas na barreira invisível.
Kero: 'Ele já tem este poder.'
Tomoyo: 'Do que está falando?'
Kero: 'O moleque está mais evoluído do que eu e Ywe pensávamos.'
Meilyn: 'Evoluído? Do que você está falando, bola de pêlo?'
Kero se transformou na sua forma original.
Kerberus: 'Se afastem! Eu vou tentar passar por ela!'
As duas amigas se esconderam atrás do sofá enquanto o felino tentava com suas bolas de fogo romper a barreira de Li.
Continua...
