Capitulo 22: A cidade dos monstros
Sakura olhava para Kuoto que ainda procurava pela sua manta. A menina correu até ele e pulou no pescoço do rapaz beijando-o. Ele apenas envolveu sua cintura e retribuiu o beijo com a mesma paixão. Maraki olhava aquilo com imensa curiosidade. Sakura afastou-se dele com as mãos nos lábios, havia alguma coisa errada com aquele Syaoran.
Kuoto (com um sorriso nos lábios): 'Ah, então é assim o cumprimento dos humanos?'
Sakura (vermelha e confusa): 'Como pode estar na forma dele? E Por quê?'
Kuoto: 'Me deu vontade. Eu tinha que escolher uma forma, pois aquela manta estava limitando os meus movimentos.'
Ele mexeu-se um pouco observando a si mesmo.
Kuoto: 'Este tal namorado não passa de um garoto.'
Maraki (rindo com gosto): 'Você vai acabar com ele rapidinho, Kuoto.'
Kuoto: 'Realmente, pequena. Ele não parece muito forte.'
Sakura (olhando-o assustada): 'Como sabia que esta era a forma dele?'
Kuoto (inclinando-se até ela): 'Vamos dizer que sua mente é um livro aberto para mim.'
Sakura (dando uns passos para trás): 'V-Você lê as mentes?'
Kuoto (depois de confirmar com a cabeça): 'Sim. E posso dizer que você estava morrendo de curiosidade para saber como eu era.'
Sakura estava vermelha.
Sakura (erguendo uma sobrancelha): 'Então você sabe quem eu sou?'
Kuoto: 'Hum-hum.'
Sakura olhou para o chão sem saber o que fazer, depois levantou o rosto para Kuoto que sorria debochado igual a Li. A saudade bateu mais forte no peito dela. O demônio percebeu isso e mudou de forma. Agora estava na forma de Touya. Sakura levou um outro susto e pulou para trás. O que fez tanto Kuoto como Maraki rirem com gosto.
Kuoto (caminhando): 'Vamos, antes que Kyle se distancie ainda mais de nós.'
Kuoto caminhava ao lado de Maraki que ria das transformações do demônio. Sakura observou os dois afastando-se. Do grupo inicial de 10 demônios agora existiam apenas 7. Três acabaram morrendo no ataque das minhocas assassinas.
Maraki (virando-se para ela): 'Anda, pequena! Ou vai ficar aí atrás!'
Sakura respirou fundo e deu uma corrida até eles. Sozinha é que não poderia ficar no meio daquele deserto com aquele monte de minhocas.
O grupo caminhou durante muito tempo, difícil definir-se, ou precisar os dias. Maraki era o mais gentil que podia com Sakura depois que ela tinha salvo-lhe a vida, ele sempre a carregava quando a menina estava cansada e queria dormir pois Kyle não permitia que parassem. Era verdade que ele a carregava de brincadeira, mas para Sakura era uma bênção. Além disso sabia que o grandalhão a protegeria se os outros resolvessem rebelar-se novamente contra ela. Kuoto depois que perdeu a sua manta, cada hora estava numa forma. Mas a forma que mais gostava de ficar era a de Syaoran, assim pregava enormes peças em Sakura que sempre se assustava.
Sakura estava sentada ao lado de Maraki lhe contando como era o céu do mundo dos homens. O demônio ria pensando em um monte de pontinhos brilhantes num manto negro. O pior era que ele sempre associava com alguma outra coisa que Sakura não conhecia, tornando a descrição um pouco complicada. Kyle estava conversando com Cary, Kasakar e Kuoto, que agora estava na forma de um demônio muito estranho.
Sakura cerrou os olhos em Kuoto, pensando no que aquele demônio realmente sabia sobre ela. Se a sua mente era realmente um livro aberto para ele, então ele tinha como saber do amor incondicional que ela sentia por Li. Talvez por isso ele transformou-se na forma do namorado, para mostrar a ela que ele poderia ser como Li, até a maneira de falar e de agir muito se assemelhava com o seu namorado. A menina balançou a cabeça tentando raciocinar direito. Tudo era muito louco para ela.
Maraki: 'Ainda assustada com o poder de Kuoto?'
Sakura: 'Um pouco. Não gosto que leiam a minha mente.'
Maraki: 'Você se acostuma. Eu também levei um susto quando ele transformou-se no meu pior inimigo. Eu tentei atacá-lo, mas...'
Sakura: 'Ele se defendeu... demônios com este tipo de poder são perigosos porque prevêem todos os golpes do inimigo.'
Maraki: 'Eles se tornam invencíveis.'
Sakura: 'Espero que ele não encontre Syaoran...'
Maraki (depois de rir): 'Ele vai catar o seu namorado pelo mundo das trevas inteiro. Ele escolheu você, pequena.'
Sakura (brava): 'Eu já disse que não sou um objeto para ser escolhida na prateleira de um supermercado!'
Maraki (rindo mais): 'Você não tem escolha.'
Sakura (levantando-se): 'Tenho sim! Eu vim até aqui para encontrar o meu namorado e eu vou levá-lo comigo de qualquer maneira! Estou cansada de todos decidirem a minha vida!'
Ela afastou-se de Maraki ainda brava, sentou-se o mais longe possível de todos e fitou o enorme deserto que ainda tinha à sua frente. Seus pensamentos foram até os amigos que tinha deixado no seu mundo.
Sakura (depois de suspirar): 'Espero que estejam todos bem.'
Tomoyo cantava para a imensa platéia que estava assistindo a sua apresentação no principal teatro de Londres. Assim que terminou de cantar aproximou-se do público e sorriu, quem não a conhecia bem não perceberia a enorme tristeza que estava estampada em seus olhos violetas.
Tomoyo (ao microfone): 'Esta próxima musica é em homenagem a...'
Ela respirou forte tentando conter as lágrimas que se formavam em seus olhos, a platéia toda estava observando-a curiosa.
Tomoyo (continuando): 'A uma grande amiga... a minha melhor amiga...'
Tomoyo começou a cantar sentindo lágrimas nos olhos. Um imenso coro a acompanhava na sua interpretação.
Packing
up the dreams God planted
In the fertile soil of you
Can't believe the hopes He's granted
Means a chapter in your life is through
But we'll keep you close as always
It won't even seem you've gone
'Cause our hearts in big and small ways
Will keep the love that keeps us strong
And friends are friends forever
If the Lord's the Lord of them
And a friend will not say ";never";
'Cause the welcome will not end
Though it's hard to let you go
In the Father's hands we know
That a lifetime's not too long to live as friends.
With
the faith and love God's given
Springing from the hope we know
We will pray the joy you'll live in
Is the strength that now you show
But we'll keep you close as always
It won't even seem you've gone
'Cause our hearts in big and small ways
Will keep the love that keeps us strong
And friends are friends forever
If the Lord's the Lord of them
And a friend will not say ";never";
'Cause the welcome will not end
Though it's hard to let you go
In the Father's hands we know
That a lifetime's not too long to live as friends.
No final do teatro e invisível aos olhos da cantora, estava um belo jovem que a admirava e sorria levemente relembrando todos os bons momentos que aquela música trazia, não apenas para ela, mas para ele também.
Logo após a apresentação, ela despediu-se do público e recolheu-se ao camarim. Entrou nele exausta quando viu em cima da mesa um enorme buquê de flores de cerejeiras. Olhou desconfiada e caminhou em direção às belas flores. Inclinou-se inspirando o gostoso aroma que elas tinham. Pegou o cartão e o abriu.
Tomoyo: 'Com carinho, Eriol Hiraguizawa.'
A moça não pode deixar de dar um leve sorriso. Ela suspirou pensando no ardente beijo que o rapaz lhe deu a quase três meses atrás. Passou a mão de leve nos lábios e fechou os olhos. Como ela desejava sentir aqueles lábios novamente.
Tomoyo (balançando a cabeça): 'Meu Deus, ele é casado!' (Comentário da Rô na integra - "a Tomoyo sempre se ferra...eheh...dois amores impossíveis? Tadinha". Putz eu sou má pra caramba com ela mesmo! Hehehehehe)
Ela largou o cartão na mesa e afastou-se das flores. Aquilo tudo era muita loucura para sua cabeça.
Sakura olhou com alegria para a grande cidade que aparecia a sua frente.
Sakura: 'Eu não acredito!!!'
Maraki (também não contendo o entusiasmo): 'Finalmente saímos do deserto.'
Sakura (dando pulinhos de alegria): 'Conseguimos, conseguimos!'
Kuoto sorria de leve vendo a menina pular de alegria, até Maraki começava a pular também imaginando que aquilo era um ritual humano de vitória, o que no fundo não era de todo mentira.
Kyle (parando ao lado de Kuoto): 'Sei que está encantado com a pequena, mas não se esqueça do nosso acordo.'
Kuoto (sem tirar os olhos de Sakura): 'Não se preocupe, lhe ajudarei a eliminar Devillus, mas espero que a minha parte do acordo também seja cumprida.'
Kyle: 'Quando eu for o rei das trevas, você será o meu braço direito.'
Kuoto: 'Não. O acordo foi que quem mandasse fosse eu. A única coisa que fará é dar as minhas ordens.'
Kyle trincou os dentes, olhando com raiva para Kuoto.
Kuoto: 'Controle-se Kyle, se realmente tentar me matar agora, será você que irá para o Limbo.'
Kyle começou a se afastar.
Kuoto: 'Não tente nada contra ela, senão o nosso acordo estará cancelado também.'
Kyle: 'Está começando a agir como humano.'
Kuoto (depois de rir levemente): 'Não seja idiota, a pequena tem um poder extraordinário. Você a viu lutar, ou melhor, você a viu salvar a sua vida.' (falou com um tom malicioso)
Kyle trincou os dentes novamente e afastou-se de vez. Com uma ordem ríspida pediu para todos irem em direção à cidade que estava a frente de seus olhos.
Sakura nunca obedeceu a uma ordem dele com tanto entusiasmo. Finalmente poderia tomar um banho demorado e trocar de roupa. Maraki a pegou e colocou-a num de seus ombros caminhando em direção às ruínas a frente deles.
Sakura (não agüentando o entusiasmo): 'Será que eles têm roupas novas? Será que tem cama para a gente dormir um pouco? Ou quem sabe tem doces!? Eu sei que a gente não precisa comer aqui, mas estou com saudades de comer doces! Chocolate!!!! Ah um imenso bolo de chocolate!!!'
Maraki: 'O que é isso?'
Sakura: 'É uma das coisas mais gostosas do mundo! Se tiver, nós vamos comer! Você vai ver Maraki, é muuuuito bom! O Kero amava!!!'
Kuoto (caminhando ao lado de Maraki): 'Não deveria ficar tão contente, pequena. Estamos entrando uma cidade de demônios inferiores, com certeza eles se esconderão de nós.'
Sakura: 'Então ninguém vai falar com a gente?'
Cary: 'Provavelmente, teremos que matar alguns para eles abrirem a boca e falarem onde é o castelo de Devillus.'
Sakura: 'Ai! Vocês pretendem mesmo ir atrás deste tal de Devillus? (ela sentiu um arrepio percorrer a sua espinha de medo) Ele parece ser tão mau.'
Maraki: 'Dizem que ele matou um exército inteiro de demônios sozinho.'
Cary: 'Isto é apenas boato.'
Kasakar: 'Não é não, eu mesmo o vi matando a todos.'
Kyle: 'Ele estava sozinho?'
Kasakar: 'Tinha dois demônios com ele no começo, agora... bem, agora ele tem o seu próprio exército de seguidores.'
Kyle: 'Cara metido.'
Sakura: 'Mas como vocês querem lutar com um demônio que tem um exército inteiro de outros demônios?'
Kyle: 'Eu vou desafiá-lo.'
Sakura: 'E será que ele vai lutar sozinho com você?'
Kasakar: 'Irá, o filho da mãe é arrogante e metido.'
Sakura (pensativa): 'Espero que Syaoran não tenha encontrado com este tal Devillus, ele é muito orgulhoso também.'
Maraki (depois de rir): 'Se o seu namorado cruzou com Devillus, acho que poupará um bocado de trabalho para Kuoto.'
Kuoto: 'Isso é verdade.'
Sakura (um pouco brava): 'Tenho certeza que nada aconteceu com Syaoran.'
Cary (rindo debochado): 'Como pode saber?'
Sakura (com as duas mãos no peito): 'Eu apenas sei. Sei que ele está bem.'
Kuoto: 'Por enquanto.'
Sakura virou-se para Kuoto que agora estava na forma de um grande demônio com asas e longos cabelos negros. Aquelas mudanças deixavam qualquer um tonto.
O grupo entrou nos domínios da cidade, Kuoto tinha razão os demônios começaram a se esconder. Sakura olhava para os lados um pouco receosa, Maraki ainda estava carregando-a num dos ombros. Ela observava a tudo com imensa curiosidade, as presenças eram muito fracas comparadas com qualquer um do grupo. Kuoto apontou para uma porta estreita. Maraki desceu Sakura do ombro colocando-a delicadamente no chão.
Kuoto (para Kyle): 'Naquele bar encontrarão o que precisam. Eu vou com a pequena comprar algumas coisas.'
Sakura (sem entender): 'Não seria melhor você ir com eles? Assim poderia ler a mente dos demônios, não precisaria usar de violência.'
Todos riram com gosto do comentário.
Kuoto: 'É bem esperta quando quer, pequena.'
Kasakar (estalando as mãos): 'Estou com saudades de torturar um pouco algum demônio nojento.'
Cary (rindo): 'Eu também.'
Sakura olhou espantada para eles. Kuoto segurou a sua mão.
Kuoto (agora na forma de Li): 'Vamos. Deixe o trabalho sujo para eles.'
Sakura (desorientada): 'Mas... mas eles vão matar?'
Kuoto: 'Deixe eles se divertirem um pouco.'
Sakura: 'Desde quando matar e torturar é diversão?'
Kuoto: 'Desde que somos demônios.'
Sakura virou-se finalmente para Kuoto e olhou de volta para o grupo que já estava entrando pela porta com enormes sorrisos nos rostos. Kuoto a puxou para que começasse a andar. Caminharam por vários becos, parecia que estavam num filme de terror trash. A menina olhava assustada para alguns seres estranhos que apareciam e desapareciam de repente. Ela quase pulou no colo de Kuoto com o susto que um demônio salamandra lhe deu. O cheiro era forte e ruim. Kuoto divertia-se cada vez mais com ela e seus pitis de humana quando vê uma barata.
Eles desceram uma escada e entraram num lugar que mais parecia um porão úmido e fedido. A menina sentiu um arrepio e olhou para Kuoto com medo.
Kuoto: 'Não precisa ter medo, não vou possuí-la até matar o seu namorado. Até porque você pertence a ele ainda.'
Sakura (erguendo a sobrancelha): 'Pertenço?'
Kuoto (fitando-a): 'Você já acasalou com ele.'
Sakura fez cara feia. Nunca o ato de fazer amor com um homem foi colocado de forma tão grosseira como aquela. Ela não era um animal para acasalar.
Kuoto: 'Está bem, você dormiu com ele...'
Sakura pulou para trás. Ainda não tinha acostumado-se por completo com o fato de Kuoto ler a sua mente como se o que ela estivesse pensando, na verdade estava sendo dito em alto e bom som. O demônio afastou-se e parou em frente a um balcão velho, bateu duas vezes em cima dele e olhou para os lados procurando alguém.
Sakura (aproximando-se dele): 'Não deve ter ninguém. Todos fugiram.'
Kuoto: 'Só estão escondidos. Sarya, apareça, ou eu vou ter que destruir esta espelunca para você me atender?'
Um demônio em forma de cobra apareceu na frente deles, Sakura pulou para trás novamente assustada.
Sakura (com a mão no peito): 'Acho que vou morrer do coração aqui de tanto susto que eu levo.'
Kuoto: 'Você já devia ter se acostumado.'
Sakura: 'Eu nunca vou me acostumar a levar susto!'
Kuoto (virando-se para a enorme cobra com mãozinhas): 'Quero um traje de combate feminino. (ele fez um gesto com a cabeça) Para ela.'
Sirya (fitando Sakura): 'Ela é humanóide. Eu não tenho este tipo de traje.'
Kuoto (sério): 'Então providencie. Agora.'
A cobra rastejou até Sakura e rodou umas três vezes a sua volta analisando-a.
Sirya: 'Tenho uma pele de Matriciotita (Não me perguntem o que é isso!!!! )que pode servir para fazer um traje para ela, mas vai demorar um pouquinho.'
Kuoto: 'Faça o mais rápido que puder.'
Sirya (afastando-se deles): 'Eu farei.'
Kuoto sentou no chão em posição de Buda e cruzou os braços sobre o peito. Sakura sentou ao lado dele, era estranho estar ao lado da imagem de Li sem ser ele.
Sakura: 'Porque está sempre na forma dele?'
Kuoto: 'Porque você gosta.'
Sakura: 'Quem disse que eu gosto?'
Kuoto: 'Você.'
Sakura: 'Você leu isso na minha mente. Se eu pedir para parar com isso...'
Kuoto: 'Não tem como.'
Sakura (depois de suspirar fundo): 'Então tá. Perguntar não ofende.'
Os dois ficaram em silêncio novamente.
Sakura (tomando coragem): 'Vocês vão mesmo encontrar-se com este tal Devillus?'
Kuoto: 'Atravessamos o deserto para isso.'
Sakura: 'Então eu posso seguir adiante, né? Não preciso ir com vocês.'
Kuoto (rindo de leve): 'Você virá comigo. Assim que eliminarmos Devillus procuraremos o seu namorado e eu o matarei.'
Sakura: 'Eu não vou deixar você matá-lo.'
Kuoto: 'Você vai ficar com raiva de mim, mas depois se acostumará.'
Sakura (levantando-se): 'Eu nunca vou me acostumar!'
Kuoto (sem se abalar): 'Irá.'
Sakura olhou-o nos olhos e pode ver o mesmo olhar sério de Li. Era incrível, Kuoto conseguia reencarnar o namorado com perfeição.
Kuoto: 'Impressionada?'
Sakura: 'Pare com isso.'
Ela sentou-se no balcão e ficou observando o lugar. Kuoto não tirava os olhos dela, incomodando um pouco a menina.
Sakura: 'O que viu em mim? Eu sou humana! Pelo que eu saiba demônios não gostam de humanos, eles são desprovidos de sentimentos como você mesmo me confirmou.'
Kuoto: 'Já disse, preciso de uma companheira e você tem o poder para isso.'
Sakura (debochando um pouco): 'Nossa, estou lisonjeada.'
Kuoto: 'Seu poder é uma mistura interessante. Ele provém da sua magia como feiticeira, da sua posição de pilar da vida do seu universo e um poder que veio de outros demônios igualmente poderosos. É justamente este último poder que faz com que consiga sobreviver neste mundo.'
Sakura engoliu seco, lembrando das suas queridas cartas.
Kuoto: 'Não se sinta culpada, foi uma decisão delas.'
Sakura (já começando a acostumar-se com o poder dele): 'Eu sei, mas ainda não consigo aceitar que não as verei novamente.'
Kuoto: 'Os sentimentos humanos são peculiares. Acho que é isso que me intrigou em você.'
Ela levantou o rosto para ele fitando-o.
Kuoto: 'Você é a mistura perfeita entre o humano e o demoníaco.'
Sakura: 'Acho que isso não é uma grande vantagem.'
Kuoto: 'Você tem o poder de um demônio forte, mas tem os sentimentos dos humanos.'
Sakura: 'Se eu fosse boa o suficiente não tinha permitido que Syaoran caísse no abismo, não tinha duvidado dele, não tinha tentado matá-lo.'
Kuoto (aproximando-se dela): 'Para os humanos, errar em julgamentos é uma das suas principais características.'
Sakura (de cabeça baixa): 'Ele não irá me perdoar.'
Kuoto (à sua frente): 'Ele não terá tempo para lhe perdoar. Eu vou matá-lo antes disso.'
Sakura (levantando o rosto para ele): 'Ele vai matar você, Kuoto. E eu não quero isso.'
Kuoto (franzindo a testa): 'Porque diz isso?'
Sakura: 'Porque Syaoran não é um humano qualquer e você sabe disso.'
Kuoto concentrou-se fitando Sakura intensamente, deu uns passos para trás e olhou espantado para ela.
Kuoto: 'Não me diga que ele...'
Sakura: 'Pensei que tinha lido isso na minha mente.'
Kuoto: 'Nunca dei importância para ele. Você esconde no fundo da sua alma a forma original dele. Você morre de medo dela.'
Sakura (concordando com a cabeça): 'Sim, posso dizer que a forma original de Syaoran é o meu pior pesadelo.'
Kuoto caminhou de um lado para o outro do pequeno cômodo, parecia um animal enjaulado. Ele fitou Sakura intensamente.
Kuoto: 'Não consigo entender porque veio atrás dele então.'
Sakura: 'Por que acima de todo o medo que tenho, eu o amo.'
Os dois voltaram a ficar em silêncio. Kuoto não conseguiu ver claramente a forma de Li como demônio, o medo da menina era tanto que ela tinha escondido aquela imagem no fundo da sua mente. Mas apenas em ver o vulto do rapaz, já tinha feito Kuoto começar a se preocupar com o seu rival.
Sirya apareceu em pouco tempo trazendo uma roupa de cor mesclada, verde musgo com preto. Ela estendeu para Sakura que a pegou. O tecido era estranho, não era viscoso, mas era mole e escorregadio.
Sakura: 'Isso é poliéster?'
Sirya olhou desconfiada para a menina.
Kuoto: 'Vista, precisamos ir. Kyle já deve ter obtido as informações que queria.'
Sakura foi atrás de uma porta de madeira e tirou a roupa. Num canto tinha um barril com água, resolveu banhar-se rapidamente antes de colocar a tal roupa. Vestiu-se e tentou olhar para si mesma, pois não tinha sequer um espelho pequenininho. A roupa era um macacão inteiro ou inteiriço, a elasticidade do tecido permitindo a Sakura vesti-lo todo de uma vez, colando-se ao seu corpo. Não parecia ser muito resistente como a tal cobrinha falou. Nos pés vestiu uma bota sem salto o que foi um enorme alívio, pois seu sapatinho de boneca estava em estado deplorável, seu vestido também não estava muito atrás. Ela jogou tudo num canto e foi ao encontro de Kuoto. (Essa eu tenho que repetir o que a Rô falou! Esta roupa tá toda com cara da mulher-gato!!! Se o Marcelo lê isso vai falar que eu fiz plagio do Batman agora! Hehehehehe).
Sakura: 'Pronto! Nossa isso aqui até que é bem confortável.'
Sirya: 'Este tipo de pele é muito rara, ela é muito resistente.'
Sakura ergueu a sobrancelha não levando muita fé no que a cobra falou. Kuoto a admirava. O vestido largo e sujo n permitira que se vissem as belas formas do corpo de Sakura, agora realçadas pela roupa colante.
Sakura: 'E ai Kuoto?'
Kuoto (depois de tossir um pouco): 'Está linda!'
Sakura (franzindo a testa): 'Não foi isso que eu quis perguntar! Estou querendo saber se você acha isso aqui resistente?'
Kuoto (aproximando-se dela): 'É sim. Pele de Matriciotita é muito resistente e leve.'
Sakura: 'P-Pele?'
Sirya: 'Já fiz a minha parte, quero o meu pagamento.'
Kuoto afastou-se de Sakura que estava com uma cara horrorosa de nojo observando a roupa ao relembrar de que era feita de pele, ele pegou uma sacola e colocou na mesa. Sirya abriu a sacola e olhou o monte de cabeças pequenininhas de uns monstrinhos verdes.
Sirya: 'Não preciso contar, não é?'
Kuoto: 'Sinta-se a vontade.'
A cobra começou a contar as cabecinhas colocando todas em cima do balcão. Sakura olhou espantada para aquilo, esquecendo-se completamente da roupa de pele. Seu estômago começou a dar voltas e mais voltas, no final saiu correndo do cômodo. Kuoto foi atrás dela depois de cumprimentar Sirya.
Sakura (ajoelhada no chão tentando recuperar a respiração): 'Que nojo!'
Kuoto: 'São cabeças de Kytios. São uns demoniozinhos muito irritantes.'
Sakura: 'Eu conheço eles.'
Kuoto: 'Ah sim, antes do tal caos.'
Sakura: 'Isso.'
Ele pegou o braço da menina forçando-a a levantar-se. Os dois começaram a caminhar de volta ao encontro de Kyle e os outros.
Sakura estava sentada numa ruína da cidade dos monstros. Kyle e os outros desenhavam na areia sua estratégia de invadir de algum modo os domínios de Devilus. Sakura estava indiferente à conversa deles, até que todos olharam para ela de repente.
Kyle: 'Talvez ela consiga. É pequena e pode se esconder em qualquer lugar.'
Kuoto (não gostando da idéia): 'Acho melhor não. Eu vou, posso ficar na forma de qualquer demônio.'
Cary (olhando para Sakura): 'Ela também pode.'
Sakura (com um enorme ponto de interrogação): 'Como?'
Kasakar: 'Você precisa estar ao lado de Kyle, não podemos arriscar uma separação agora. A pequena vai, olha todo o ambiente e depois volta para contar-nos o que viu.'
Sakura: 'Contar o quê? Entrar onde?'
Maraki: 'No templo de Devillus.'
Sakura (depois de um pulo): 'Vocês estão de sacanagem, não é?'
Kuoto: 'Acho melhor não arriscar.'
Muy (outro demônio): 'Ela é a única que não chamará a atenção se entrar no templo dele.'
Cary: 'Não gosto da idéia, mas é a única que temos.'
Sakura: 'Hellôôô!!! Eu só vim aqui procurar o meu namorado, não invadir o templo de demônio malvadão nenhum.'
Kyle: 'Você chegou até aqui com nossa ajuda.'
Sakura (erguendo uma sobrancelha): 'Espera aí! Vocês queriam me matar!'
Kasakar: 'Não reclama! Você nos deve.'
Sakura abriu a boca para falar mais uns desaforos, mas parou quando Maraki repousou sua mão em um dos seus ombros.
Maraki: 'Faça isso, pequena.'
Sakura (levantando os olhos para ele): 'Está bem, mas só porque você me pediu, Maraki. Porque se fosse pelos outros eu não faria nadica de nada!'
Ela olhou feio para Kyle e seu grupinho.
Sakura (depois de um longo suspiro): 'O que eu tenho que fazer?'
Tomoyo estava caminhando pelo museu imperial de Londres. Ela adorava aquele lugar, no fundo sentia que seu espírito era de uma velha por gostar de coisas antigas e clássicas. A menina observava uma peça da realeza britânica quando sentiu alguém parar ao seu lado. Virou-se para ver quem era e arregalou os olhos.
Tomoyo: 'P-Professora Mizuki...'
Kaho voltou-se para ela e sorriu de forma doce, como sempre.
Kaho: 'Como vai, Tomoyo?'
Tomoyo: 'Que coincidência encontrar a senhora aqui.' (Já imaginaram a Mizuki responder igual ao seu Saraiva! Hehehehehe)
Kaho: 'Coincidências não existem, minha querida, apenas o inevitável.' (Essa frase que é inevitável...eheheh)
Tomoyo sentiu um arrepio percorrer-lhe a alma, e um remorso enorme por lembrar do beijo que Eriol lhe deu a tempos atrás.
Kaho: 'Gostaria de tomar um chá comigo?'
Tomoyo (sem graça): 'Claro.'
As duas caminharam até o pequeno café que tinha no lado de fora do museu. Elas sentaram uma de frente a outra e pediram os chás de suas preferências.
Tomoyo: 'Como a senhora está?'
Kaho: 'Bem.'
Tomoyo (depois de beber um pouquinho do seu chá): 'E Eriol?'
Kaho (sorrindo): 'Com saudades de você...'
Tomoyo quase deixou cair a xícara das mãos.
Kaho: 'De Sakura e de Li.'
Tomoyo (tentando recompor-se): 'Ah sim claro. Ele deve estar muito preocupado com os dois.'
Kaho (depois de mexer a colher no chá e misturar bem o açúcar): 'Como você está reagindo aà viajem de Sakura?'
Tomoyo (depois de um longo suspiro): 'Tenho pesadelos terríveis com ela.'
Kaho: 'Não se preocupe, ela está bem.'
Tomoyo: 'Ela já se foi a mais de seis meses...' (É isso tudo mesmo!!! Como eu sou má!!!!!!)
Kaho: 'Li voltou depois de dois anos.'
Tomoyo: 'Isso que me dói, eu vivo esperando o dia que ela volte.'
Kaho: 'Sakura ama infinitamente Li, e se ele quiser ficar no mundo das trevas, ela vai ficar com ele.'
Tomoyo levantou os olhos para a bela mulher a sua frente.
Tomoyo (com lágrimas nos olhos): 'Ela seria capaz?'
Kaho: 'Ela é capaz.'
Tomoyo engoliu em seco aquela informação. Conhecendo a amiga como conhecia era bem capaz dela ficar com Li no mundo das trevas.
Kaho: 'Sabe, às vezes ficamos tão cegos com a paixão, que cometemos loucuras... mas são estas loucuras que fortalecem os sentimentos.'
Tomoyo (olhando para a xícara na mesa): 'Acho que sim.'
Kaho: 'A paixão nos cega, não vemos mais nada a nossa frente que não seja a pessoa que amamos. Porém quando o sentimento não é correspondido deixamos de viver, e vivemos apenas em função do que poderíamos ter vivido se fosse diferente.'
Tomoyo (franzindo a testa): 'O que está querendo dizer com isso?'
Kaho (sorrindo): 'Que deixamos de ver outras possibilidades de sermos felizes.'
Tomoyo perguntou-se o porque da sua antiga professora lhe falar aquilo.
Kaho: 'Está deixando uma grande oportunidade passar em sua vida, Tomoyo. Uma oportunidade de ser feliz. Aproveite-a!'
Kaho terminou de beber o chá em silêncio, Tomoyo ainda olhava-a um pouco dopada com o que a ex-professora havia lhe falado. A bela mulher levantou-se.
Kaho: 'Tenho que ir agora. Tenho consulta com o meu médico. Foi um prazer reencontrá-la, Tomoyo.'
A moça despediu-se e observou Kaho afastando-se, olhou novamente para o chá perguntando-se o que aquelas palavras realmente queriam dizer. Pensou em Meilyn. A amiga nunca deixou de amar Li, sempre o amou e pelo jeito sempre irá amá-lo, mas casou-se e agora é apaixonada pelo marido. Tomoyo sorriu levemente lembrando do casamento relâmpago e simples que os dois fizeram há poucas semanas atrás. Novamente ela tinha se casado com Hyo Ling e agora os dois viviam felizes no apartamento do rapaz. Ele estava trabalhando numa empresa no Japão e ela continuava com suas apresentações da peça. Os dois eram felizes, Tomoyo sentira isso quando foi visitá-los para o casamento.
Tomoyo respirou fundo pensando que queria aquela felicidade também, talvez nunca a alcançasse se continuasse vendo apenas Sakura a sua frente, ela olhou para o lado e viu um belo rapaz observando-a. A moça sorriu para ele apesar das bochechas ruborizarem. O rapaz retribuiu e levantou a xícara de chá, num convite a um brinde. Tomoyo fez o mesmo e depois bebeu um gole do líquido quente. "A professora Mizuki tem razão eu preciso olhar para os lados e não apenas para frente, onde eu só vejo Sakura..."
O belo rapaz levantou-se, aproximando-se de Tomoyo.
Rapaz: 'Posso lhe fazer companhia?'
Tomoyo (sorrindo): 'Claro.'
Ele sentou-se e estendeu a mão.
Rapaz: 'Meu nome é Richard Brinks.'
Tomoyo (apertando a mão dele): 'Tomoyo... Tomoyo Daidouji.'
Richard (com um enorme sorriso): 'É um prazer conhecê-la senhorita Daidouji.'
Tomoyo (sorrindo levemente): 'O meu também.'
Sakura olhava para a enorme construção a sua frente. Só em sentir a energia daquele lugar já causava terríveis sensações à menina.
Sakura (virando-se para trás): 'Se eu não voltar, o que vocês vão fazer?'
Kyle: 'Se fizer tudo direitinho, você vai voltar.'
Kuoto: 'Se cuida, pequena.'
Sakura (quase suplicando): 'Tem que ser eu mesma?'
Kasakar: 'Ela é uma tonta! Não vai fazer nada direito.' ("Putz....tem que Ter alguém p chamá-la de tonta". Claro né Rô! Se isso não acontecesse não seria a minha Sakurinha! Hehehehe)
Maraki: 'Não! Ela vai conseguir. Não é, pequena?'
Sakura adoraria falar que não ia conseguir droga nenhuma. Entrar na toca de um demônio que tinha fama de assassino frio e mortal, não era uma idéia muito agradável. Ela voltou a observar a construção e sentiu um aperto no peito.
Kuoto (repousando uma mão no seu ombro): 'Vá, estarei esperando por você aqui. Todos estarão esperando por você.'
Sakura respirou fundo e tomando toda a coragem do mundo deu o primeiro passo em direção àquele templo. Era tantas presenças malignas que vinham dele, que ela pensou que estivesse entrando em um matadouro. Se algum demônio a pegasse lá, seria morte na certa. Tentou não pensar muito sobre os "se". Era só entrar lá e dar uma espiadinha em tudo. Caminhou um bom tempo até aproximar-se do portão, escondeu-se atrás de uma pedra e observou. Viu que era um entra e saiu intenso nos portões. Vários demônios iam procurar Devillus para lhe dar apoio ou para desafiá-lo. Pelo que ela pode entender, ele era o novo imperador da maior parte do mundo das trevas, principalmente ao norte.
Sakura: 'Meu Deus, faça com que eu não encontre este demônio.'
Ela respirou fundo e concentrou-se, logo estava na forma de um demônio qualquer que se aproximavam em caravana, graças ao poder de Ilusão. Ela juntou-se discretamente a eles, conseguindo entrar assim pelos enormes portões. A menina olhava a tudo com um imenso espanto, o pátio era grande, enorme. Havia inúmeros demônios treinando artes de guerra entre si. Alguns pareciam ser os instrutores. Eles falavam de Devillus com orgulho e admiração, o tal parecia ser um Deus entre eles.
Um demônio forte aproximou-se do grupo e examinou os monstros que chegavam. O que parecia ser líder do grupo que Sakura estava deu alguns passos em direção ao mostro e ajoelhou-se respeitosamente. A menina cravou os olhos no grande demônio imaginando que aquele deveria ser Devillus. O sangue dela gelou.
Demônio (ajoelhado): 'Viemos pedir para que o grande imperador aceite nossa ajuda em sua missão de dominar o mundo das trevas.'
Demônio (sem dar importância ao grupo): 'Ele logo virá falar com vocês.'
O grupo agradeceu e sentaram-se encostados ao muro olhando com admiração os outros treinando. Um monstro que estava ao lado de Sakura acabou soltando inúmeras exclamações.
Demônio: 'Se nos unirmos a Devillus, participaremos da grande revolução. Estou louco para conhecê-lo pessoalmente.'
Sakura olhou para o monstro completamente descrente, o que ela mais queria era ir embora daquele lugar que mais parecia ser um grupo organizado. Ela levantou-se discretamente e caminhando como quem não quer nada acabou entrando numa das portinhas ao lado do pátio, abrindo o cadeado. Sakura às vezes assustava-se com o seu próprio poder.
A porta dava para um imenso corredor escuro, Sakura voltou à sua aparência humana, e estendeu uma mão a frente fazendo um pequeno ponto de luz que pudesse guiá-la naquela escuridão. Não havia janelas ou qualquer outra coisa, por isso o céu em chamas não conseguia iluminar o ambiente. Depois de caminhar uma eternidade chegou a outra porta. Ela ouviu barulho e encostou-se à parede em silêncio. Ouviu passos por trás da porta, assim que eles sumiram, ela forçou-a e espiou. O lugar era bem deserto, dava para um jardim morto e seco, como tudo no mundo das trevas. Ouviu novamente vozes vindo em direção a ela, com o poder de Pulo subiu até uma das árvores secas e rezou para que ninguém olhasse para cima. Um grupo de demônios passou pelo pequeno pátio. O coração da menina pulsava como louco, se fosse descoberta seria eliminada como uma mosca dada a quantidade de demônios daquele lugar.
Quando estava com coragem para descer, ouviu uma risada que lhe chamou a atenção. Ela esticou o corpo tentando ver o que acontecia por um janelão que estava um pouco afastado da árvore. Esticou-se ao máximo levada pela curiosidade louca. O riso era tão alegre que ela quis saber porque uma pessoa estaria rindo num lugar como aquele.
Uma moça apareceu perto da janela rindo ainda, pedindo para alguém que parasse com a brincadeira. Sakura esticou-se mais tentando ver a moça, a voz dela lhe era familiar, lhe era muito familiar. Sakura arregalou os olhos e piscou várias vezes tentando entender o que via a sua frente. Era ela, Sakura podia se ver claramente na janela, a menina sentiu as faces quentes se vendo nua.
Sakura: 'O que está acontecendo aqui?'
Tomada agora pelo sentimento descontrolado da curiosidade, avançou mais pelo galho seco da velha árvore que a sustentava para ver o que acontecia no quarto. A risada da jovem, ou melhor dela mesma, estava mais alta. Sakura esticou o pescoço e viu quando um jovem abraçou a moça, encostando seu corpo no dela e beijando-a de forma faminta. Os dois provavelmente estavam, ou estariam ou iriam fazer amor. Esticou-se mais, sem nem ao menos importar-se de ser vista, foi quando reconheceu o rapaz que beijava a sua imagem.
Sakura (com lágrimas nos olhos): 'Syaoran...'
O galho partiu com tudo, fazendo a menina cair no chão estatelada, ela estava tão perturbada com a imagem que estava assistindo que nem pensou em invocar algum poder. Olhou para cima e pode ver a imagem dela e de Li assustados, olhando-a sentada no chão seco do pátio. Sakura não sabia o que pensar, encontrar o namorado agarrando-se com outra mulher, mesmo que seja igual a ela, não era uma coisa muito agradável. Olhou para a moça que não se dava nem ao trabalho de cobrir-se, uma névoa a rodeou e a imagem de outra mulher com longos cabelos vermelhos apareceu. Sakura gelou, então aquela era o tal demônio feminino que Logan havia falado.
Li estava parado com os olhos cravados em Sakura, ela pode ver que seus olhos estavam arregalados, mostrando claramente que fora pego de surpresa. Mas logo ele franziu a testa sério, olhando-a de forma fria e mortal.
Syaoran: 'Quem é você?'
Sakura estava sem cabeça para pensar agora, olhou a sua volta e viu que alguns demônios tinham entrado no pátio vindo atrás do grito que ela deu ao cair da árvore velha. A menina levantou-se e materializou suas asas, com uma leve flexão nos joelhos, levantou vôo antes que algum a atacasse. Pode ouvir Li gritando para que ela não se atrevesse a fugir, mas não deu importância. A última coisa que queria agora era olhar para ele.
Ela voou o mais rápido que pode, pensando que já estivesse segura, pois não viu ninguém seguindo-a, parou no ar, batendo as asas e virou-se para trás vendo o templo de Devillus. A menina respirou fundo tentando assimilar tudo o que estava acontecendo.
Voz (vindo por trás): 'Eu só vou perguntar uma vez e quero que me responda rápido e objetivamente...'
Sakura reconheceu a voz firme de imediato, virou-se lentamente sentindo o seu coração saltar pela boca.
Syaoran: 'Porque está nesta forma?'
Sakura arregalou os olhos e fitou o namorado que estava pairando no ar com suas asas de demônio.
Syaoran (em tom sério e perigosamente baixo): 'Você vai falar ou eu vou ter que arrancar isso de você?'
Continua...
N/A: Olá Pessoal tenho algumas notinhas para vocês!
1.Como viram consegui atualizar na Sexta certinho, agora Flor da China ficou mesmo só para quarta feira que vem! Tenho duas festas para ir neste final de semana e acho difícil conseguir arrumar o texto que a Rô me passou!
2.Novamente venho agradecer a Rô pela ajuda em revisar o texto! Acho que não preciso agradecer sempre, mas é que realmente fico muito feliz pela ajuda que ela está me dando! Ah falando nisso preparem-se para ler a triologia "SEM BARREIRAS" da Rô. Com certeza não irão se arrepender em o ler! Este fic está maravilhoso e não estou falando isso só pq ela é minha amiga, mas porque realmente é muuuuuuito bom!!!!! AGUARDEM para mais um mega sucesso de CCS!!! Agora no mundo da espionagem!!!! Hehehehehe
3.A musica que a Tomoyo cantou é "Friends" de Deborah D. Smith e é interpretada por Michael W. Smith. Quem a sugeriu foi a minha grande amiga Andy Gramp e a escolhi em homenagem a nossa amizade! Andy, obrigada por tudo querida amiga!!! Vc sabe que é muito importante para mim, não sabe?
4.Aêêê Miaka Yuuki!!!! Vc foi a única que acerto que não era o Li!!! Hehehehehehe Beijos para todos que deixaram reviews!!!
Beijos a todos,
Kath
